quarta-feira, 31 de outubro de 2018


Novo governo
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Informação foi dada após reunião entre presidente eleito e empresário do agronegócio. Onyx Lorenzoni, futuro chefe da Casa Civil, havia anunciado a fusão dos dois ministérios.
Por Raoni Alves e Filipe Matoso, G1 — Rio de Janeiro e Brasília.
A assessoria de Bolsonaro informou na noite desta quarta-feira (31) que o presidente eleito ainda não decidiu sobre a fusão dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente.
A informação foi dada após Bolsonaro se reunir com o empresário do agronegócio Luiz Antônio Nabhan Garcia.
Ao deixar o encontro, Garcia disse que o presidente eleito "quer ouvir todo mundo para depois tomar uma decisão".
Questionada, então, sobre a informação, a assessoria de Bolsonaro confirmou que ainda não há decisão sobre o tema.
Isso porque, nesta terça, o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, havia dito que Bolsonaro havia decidido unir os dois ministérios.
Esta era a primeira ideia de Bolsonaro, mas, durante a campanha, ele disse que poderia recuar em nome do diálogo e em razão das críticas que havia recebido.
Críticas do atual governo
Após o anúncio de Onyx Lorenzoni, nesta terça-feira, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, divulgou uma nota na qual lamentava a decisão do governo.
Para ele, se a fusão acontecer, haverá "prejuízos" para o agronegócio brasileiro.
"Como um ministro da Agricultura vai opinar sobre um campo de petróleo ou exploração de minérios?", questionou Maggi.
Além disso, o Ministério do Meio Ambiente afirmou por meio de nota ter recebido com "surpresa e preocupação" a fusão das duas pastas.
"O novo ministério que surgiria com a fusão do MMA e do MAPA teria dificuldades operacionais que poderiam resultar em danos para as duas agendas. A economia nacional sofreria, especialmente o agronegócio, diante de uma possível retaliação comercial por parte dos países importadores", afirma a nota.
Novo ministério
Quatro ministros já foram anunciados pelo presidente eleito:
Além disso, Bolsonaro se reunirá nesta semana com o juiz federal Sérgio Moro para discutir a nomeação dele como ministro da Justiça.


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