Para ter
estabilidade social, política e pacificação, é preciso cumprir rigorosamente a
Constituição', diz Temer.
Um dia após
o segundo turno das eleições presidenciais e para governador, realizadas no
domingo (28), o presidente da República, Michel Temer, defendeu que o governo
do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), seja de continuidade e que faça as
reformas que ainda precisam ser feitas para o crescimento do país.
Temer
defendeu ainda que a Constituição brasileira deve ser “rigorosamente” cumprida
em busca da harmonização das relações sociais e que a oposição tenha um papel
de fiscalização, e não “político”.
“Vamos
entrar agora em num momento de transição. Estamos com tudo formatado para que o
próximo governo receba tudo o que nós realizamos e vamos insistir pra que não
haja descontinuidade, pelo contrário, para que haja continuidade, e ainda há
aquilo que há de ser feito”, disse Temer os empresários em São Paulo, ao
participar da abertura de um evento do setor agrícola e energético.
“Vejo com muita
alegria que vários setores do governo eleito já dizem que certas coisas tem que
continuar. Mais do que nunca, estamos cientes de que, para ter estabilidade
social, política, pacificação é preciso cumprir rigorosamente a Constituição. E
quando você abre a Constituição e vê o seu contexto, você verifica que ela
existe para regular as relações sociais e para harmoniza-las, nunca para
desarmoniza-las”, afirmou o presidente.
Papel da
oposição
Ao falar
sobre o resultado das urnas, durante o discurso, Temer afirmou que o país, após
o período eleitoral, entra em um período político-administrativo, “em que a
obrigação que a Constituição impõe aos eleitos e não eleitos” é de respeito.
“E, dentro
do momento político administrativo, a obrigação que a Constituição nos impõe,
aos eleitos e aos não eleitos, porque os não eleitos também foram votados, os
vencedores e os que não ganharam foram objeto de manifestação da soberania
popular. E a Constituição toda diz: você que é a maioria governa respeitando o
direito da minoria, e a minoria não pode atrapalhar a maioria. Então, em um
sistema democrático, é fundamental que haja oposição, a oposição ajuda a
fiscalizar”, defendeu Temer.
Segundo ele,
“a oposição não pode ter um significado político, e no Brasil ela tem um significado
político. Ou seja, se eu perder a eleição, o meu dever é destruir o governo que
foi eleito. Este não é o significado jurídico de situação e de oposição na
democracia. Na democracia, você tem atos de governo, que podem ser contestados,
mas tem os atos de estado”. Segundo Temer, não deve haver oposição política.
“Isso não
pode mais acontecer no Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário