Fazenda é
invadida e governo é alertado sobre risco de conflito armado entre posseiros e
pistoleiros em MT
Clima no
local é de tensão, pois, segundo o MP, 30 seguranças particulares devem ir para
a fazenda na intenção de retirar as famílias.
Por G1 MT
30/10/2018
16h42 Atualizado há 4 horas
Clima no
local é de tensão, pois, segundo o MP, 30 seguranças particulares devem ir para
a fazenda na intenção de retirar as famílias.
Um grupo de
aproximadamente 200 pessoas ocupou uma fazenda em Colniza, a 1.065 km de
Cuiabá, nessa segunda-feira (29). A invasão é preocupante, segundo o Ministério
Público Estadual (MPE), que alertou o governo de Mato Grosso sobre risco de
conflito armado.
O MPE
informou que 30 seguranças que teriam sido contratados pelos proprietários da
terra devem ir para a fazenda na intenção de retirar os posseiros, que também
estariam armados.
“Não há
dúvida de que a ausência de intervenção imediata do Estado pode ocasionar a
morte de dezenas de pessoas”, diz um documento encaminhado ao governador do
estado, Pedro Taques (PSDB), pelo promotor da Comarca de Colniza.
De
acordo com o MPE, a Fazenda Agropecuária Bauru (Magali) vem sendo alvo de
invasões desde o ano 2000 e que, após a reintegração de posse em
2017, as ameaças se intensificaram até culminar com a invasão do grupo que
invadiu a terra nessa segunda-feira.
O órgão cita,
com base no relato do gerente da fazenda, que ainda não houve confronto armado,
porque a segurança privada recuou para evitar o conflito, já que estão em
número menor.
No entanto,
existe ameaça de retorno com reforço de homens ainda nesta terça-feira (30).
A preocupação
do MPE é que ocorra novamente uma tragédia na região, assim como a registrada
em abril de 2017, quando
9 trabalhadores rurais foram brutalmente assassinados no Distrito de Taquaruçu
do Norte.
A Secretaria
Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT) informou, por meio de nota, que o
policiamento já foi reforçado em Colniza, com o objetivo de evitar possíveis
confrontos armados na região, em razão da invasão à Fazenda Agropecuária Bauru
(Magali). "Policiais militares estão de prontidão para garantir a ordem
pública e a segurança dos cidadãos locais. A Sesp esclarece ainda que
continuará monitorando a situação e aguarda o andamento dos trâmites legais que
competem ao proprietário da área junto ao Poder Judiciário, para o cumprimento
de eventual operação de reintegração de posse".

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