Por que a
descoberta do vírus da zika em macacos pode ser problema sério para o Brasil
Estudo
feito por pesquisadores brasileiros e americanos indica a possibilidade de um
ciclo silvestre da doença, que atualmente é transmitida apenas em áreas urbanas.
Aedes aegypti
é o transmissor da dengue, vírus zia e chikungunya — Foto: Divulgação.
O vírus da zia
atinge não apenas humanos, mas também macacos, segundo um novo estudo brasileiro
publicado nesta terça-feira (30). A
descoberta sugere que a doença também pode ter um ciclo silvestre no país, o
que aumentaria seu alcance.
Atualmente, a
zia, transmitida entre humanos pelo mosquito Aedes aegypti, é considerada uma
doença urbana e endêmica pelo Ministério da Saúde, que monitora os casos desde
a epidemia de 2015.
Mas um estudo
publicado na revista "Scientific Reports" afirma que o vírus foi
encontrado em carcaças de macacos que foram mortos a tiros, pauladas ou
mordidas de cachorros durante o surto de febre amarela, nas cercanias de São
José do Rio Preto (SP) e de Belo Horizonte (MG).
"O vírus
da zika já tinha sido encontrado em macacos que conviviam com humanos no Ceará,
mas esta é a primeira vez em que é encontrado inequivocamente em macacos de
regiões de mata próximas a duas cidades", disse à BBC News Brasil o pesquisador
da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) e presidente da
Sociedade Brasileira de Virologia Maurício Lacerda Nogueira, que liderou o
estudo.
A descoberta,
segundo Nogueira, significa que macacos podem ser infectados pelo vírus e,
portanto, serem hospedeiros para ele, assim como os humanos. Caso seja provado
que mosquitos que picam estes animais também contraem o vírus, fica
estabelecido um ciclo silvestre, assim como o da febre amarela.
"Ainda
não sabemos se o vírus conseguiu ficar circulando dentro da floresta. Agora,
estamos investigando mosquitos e primatas em regiões de floresta mais profunda
em São José do Rio Preto e em Manaus para ver se também encontramos os vírus
neles", afirma o pesquisador.
O estudo teve
apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e reuniu
pesquisadores da Famerp, da Universidade Federal de Minas Gerais, do Instituto
Adolfo Lutz, da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual
Paulista (Unesp), do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Dengue e da
University of Texas Medical Branch (UTMB), nos Estados Unidos.
Animais
doentes e 'moles'Por que a
descoberta do vírus da zika em macacos pode ser problema sério para o Brasil
Estudo
feito por pesquisadores brasileiros e americanos indica a possibilidade de um
ciclo silvestre da doença, que atualmente é transmitida apenas em áreas urbanas.
Aedes aegypti
é o transmissor da dengue, vírus zia e chikungunya — Foto: Divulgação.
O vírus da zia
atinge não apenas humanos, mas também macacos, segundo um novo estudo brasileiro
publicado nesta terça-feira (30). A
descoberta sugere que a doença também pode ter um ciclo silvestre no país, o
que aumentaria seu alcance.
Atualmente, a
zia, transmitida entre humanos pelo mosquito Aedes aegypti, é considerada uma
doença urbana e endêmica pelo Ministério da Saúde, que monitora os casos desde
a epidemia de 2015.
Mas um estudo
publicado na revista "Scientific Reports" afirma que o vírus foi
encontrado em carcaças de macacos que foram mortos a tiros, pauladas ou
mordidas de cachorros durante o surto de febre amarela, nas cercanias de São
José do Rio Preto (SP) e de Belo Horizonte (MG).
"O vírus
da zika já tinha sido encontrado em macacos que conviviam com humanos no Ceará,
mas esta é a primeira vez em que é encontrado inequivocamente em macacos de
regiões de mata próximas a duas cidades", disse à BBC News Brasil o pesquisador
da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) e presidente da
Sociedade Brasileira de Virologia Maurício Lacerda Nogueira, que liderou o
estudo.
A descoberta,
segundo Nogueira, significa que macacos podem ser infectados pelo vírus e,
portanto, serem hospedeiros para ele, assim como os humanos. Caso seja provado
que mosquitos que picam estes animais também contraem o vírus, fica
estabelecido um ciclo silvestre, assim como o da febre amarela.
"Ainda
não sabemos se o vírus conseguiu ficar circulando dentro da floresta. Agora,
estamos investigando mosquitos e primatas em regiões de floresta mais profunda
em São José do Rio Preto e em Manaus para ver se também encontramos os vírus
neles", afirma o pesquisador.
O estudo teve
apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e reuniu
pesquisadores da Famerp, da Universidade Federal de Minas Gerais, do Instituto
Adolfo Lutz, da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual
Paulista (Unesp), do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Dengue e da
University of Texas Medical Branch (UTMB), nos Estados Unidos.
Animais
doentes e 'moles'Por que a
descoberta do vírus da zika em macacos pode ser problema sério para o Brasil
Estudo
feito por pesquisadores brasileiros e americanos indica a possibilidade de um
ciclo silvestre da doença, que atualmente é transmitida apenas em áreas urbanas.
Aedes aegypti
é o transmissor da dengue, vírus zia e chikungunya — Foto: Divulgação.
O vírus da zia
atinge não apenas humanos, mas também macacos, segundo um novo estudo brasileiro
publicado nesta terça-feira (30). A
descoberta sugere que a doença também pode ter um ciclo silvestre no país, o
que aumentaria seu alcance.
Atualmente, a
zia, transmitida entre humanos pelo mosquito Aedes aegypti, é considerada uma
doença urbana e endêmica pelo Ministério da Saúde, que monitora os casos desde
a epidemia de 2015.
Mas um estudo
publicado na revista "Scientific Reports" afirma que o vírus foi
encontrado em carcaças de macacos que foram mortos a tiros, pauladas ou
mordidas de cachorros durante o surto de febre amarela, nas cercanias de São
José do Rio Preto (SP) e de Belo Horizonte (MG).
"O vírus
da zika já tinha sido encontrado em macacos que conviviam com humanos no Ceará,
mas esta é a primeira vez em que é encontrado inequivocamente em macacos de
regiões de mata próximas a duas cidades", disse à BBC News Brasil o pesquisador
da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) e presidente da
Sociedade Brasileira de Virologia Maurício Lacerda Nogueira, que liderou o
estudo.
A descoberta,
segundo Nogueira, significa que macacos podem ser infectados pelo vírus e,
portanto, serem hospedeiros para ele, assim como os humanos. Caso seja provado
que mosquitos que picam estes animais também contraem o vírus, fica
estabelecido um ciclo silvestre, assim como o da febre amarela.
"Ainda
não sabemos se o vírus conseguiu ficar circulando dentro da floresta. Agora,
estamos investigando mosquitos e primatas em regiões de floresta mais profunda
em São José do Rio Preto e em Manaus para ver se também encontramos os vírus
neles", afirma o pesquisador.
O estudo teve
apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e reuniu
pesquisadores da Famerp, da Universidade Federal de Minas Gerais, do Instituto
Adolfo Lutz, da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual
Paulista (Unesp), do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Dengue e da
University of Texas Medical Branch (UTMB), nos Estados Unidos.
Animais
doentes e 'moles'

Todas as
carcaças examinadas eram de animais que foram mortos no primeiro semestre de
2017, no auge do surto de febre amarela que, entre dezembro de 2016 e março de
2018, matou 676 pessoas no País e deixou mais de 2 mil doentes.
Todas as
carcaças examinadas eram de animais que foram mortos no primeiro semestre de
2017, no auge do surto de febre amarela que, entre dezembro de 2016 e março de
2018, matou 676 pessoas no País e deixou mais de 2 mil doentes.
Todas as
carcaças examinadas eram de animais que foram mortos no primeiro semestre de
2017, no auge do surto de febre amarela que, entre dezembro de 2016 e março de
2018, matou 676 pessoas no País e deixou mais de 2 mil doentes.
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