Vale vai investir R$ 1,5 bilhão para
recuperar minério em Parauapebas
A mineradora pretende recuperar cerca de 10 milhões
de toneladas por ano de pellet feed (o mais fino dos três tipos de minério)
A região do Gelado, onde desde 2012 a mineradora
multinacional Vale atua recuperando rejeitos de minério de ferro será alvo de
investimentos da ordem de 428 milhões de dólares (ou R$ 1,58 bilhão a preço de
hoje) para manutenção do processo, que é todo feito no município de
Parauapebas. A informação foi dada pela própria Vale ontem (24), por ocasião da
divulgação do seu desempenho financeiro referente ao terceiro trimestre deste
ano. O Conselho de Administração da multinacional aprovou no mês passado o
capital, que é equivalente a um ano e meio de receita líquida da Prefeitura de
Parauapebas.
O futuro projeto Gelado ficará na Serra Norte de
Carajás e terá condições de recuperar cerca de 10 milhões de toneladas por ano
de pellet feed com 64,3% de teor de ferro, 2% de sílica e 1,65% de alumina
proveniente de barragens de rejeito das minas de N4 e N5. A operação, segundo a
Vale, vai reduzir custos e despesas operacionais. O minério recuperado já
emerge com teor acima do preço de referência, que se baseia num produto com 62%
de hematita.
Na avaliação da Vale, o minério de Carajás é tão
bom, com qualidade tão excepcional, que até mesmo os resíduos antigos são
superiores em qualidade aos padrões ditos normais da indústria. A previsão é de
que o projeto Gelado inicie a manutenção das operações no segundo semestre de
2021 e dure até 2031, período durante o qual deve alimentar a usina de
pelotização de São Luís (MA), recentemente reiniciada.
GELADINHO
No final do ano de 2015, a Vale divulgou que já
havia recuperado 10,5 milhões de toneladas de ultrafino de minério que estavam
depositadas na barragem do Geladinho. A ação, inclusive, reduz a necessidade de
alteamento das barragens existentes ou construção de novas unidades.
O processo de recuperação do minério é feito
basicamente com o uso de dragas (espécie de estrutura flutuante) com tubulação,
baias (onde o minério é depositado temporariamente) e planta de repeneiramento
para a retirada de galhos e pedras, antes do carregamento nos vagões de trem.
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