De capitão a presidente: conheça a trajetória de Jair
Bolsonaro
Capitão reformado do Exército, deputado de 63 anos
conseguiu apoio com discurso conservador e de que não é político tradicional.
Por Guilherme Mazui e Fernanda Calgaro, G1 — Brasília.
Capitão reformado do Exército, deputado federal desde 1991 e
dono de uma extensa lista de declarações polêmicas, Jair Messias Bolsonaro
materializou em votos o apoio que cultivou e ampliou a partir das redes sociais
e em viagens pelo Brasil. Ao catalisar, com um discurso conservador, o
sentimento contrário à corrupção, ao PT e ao próprio sistema político, o
candidato do PSL foi eleito neste domingo (28), aos 63 anos, presidente da
República.
Superou na campanha a estrutura pequena do PSL e a falta de
alianças com grandes legendas. Foi criticado por exaltar a ditadura e por suas
declarações polêmicas. E sobreviveu a um atentado. Em 6 de setembro, Bolsonaro
era carregado nos ombros por seguidores em Juiz de Fora (MG) quando
foi agredido por um homem com uma faca que perfurou seu abdômen.
Submetido a cirurgias, passou três semanas internado e concentrou a campanha
nas redes sociais.
Embora esteja na política há três décadas, ele vendeu a
imagem de que não é um político tradicional. Ganhou apoios fora de sua base
política, no Rio, e nos diversos estratos da sociedade.
A decisão de ser candidato
Dias depois da reeleição de Dilma Rousseff (PT) em 2014, o
deputado estava na casa onde mora com a família no Rio de Janeiro, sozinho à
mesa, quando tomou a decisão de concorrer à Presidência da República.
Família de Bolsonaro saiu da Itália no século XIX para trabalhar
no interior de SP
Fantástico
Ele diz que não havia ninguém a seu lado. "Ninguém.
Depois eu levei para minha esposa, foi a segunda pessoa que tomou conhecimento.
E depois botamos o plano em funcionamento. Ninguém acreditava."
"De vez em quando, eu confesso, até eu falava: será que
eu estou no caminho certo?"
Para o
general Hamilton Mourão (PRTB), agora vice-presidente eleito, Bolsonaro
percebeu o recado das urnas em 2014, após a vitória apertada da petista Dilma
Rousseff sobre Aécio Neves, do PSDB.
“A eleição passada mostrou que a onda esquerdista estava se
esgotando e que as pessoas queriam um novo jeito de fazer política”, relatou o
general ao G1.
Ele saltou de 120,6 mil votos em 2010 para 464,5 mil em
2014, sendo
o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro.
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