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Desembargador nega habeas corpus com pedido de liminar de
Hélio Gueiros Neto, acusado de matar a esposa no PA.
O pedido foi negado pelo desembargador Mairton Carneiro.
Caso o juiz de direito da 1ª Vara do Juizado de Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher aceite o pedido, o réu vai a julgamento O desembargador Mairton
Marques Carneiro, do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), indeferiu no dia 17 de
janeiro a solicitação de habeas corpus com pedido de liminar a favor de Hélio
Gueiros Neto. Ele é acusado de ter assassinado a mulher, Renata Cardim,
asfixiada em 2015. Procurada pelo G1, a defesa de Gueiros Neto quis não se
manifestar.
Esta não é a primeira vez que Hélio Gueiros Neto tem pedido
de Habeas Corpus negado. Em abril de 2018, a ministra do Supremo Tribunal
Federal (STF) Rosa Weber negou a liminar no Habeas Corpus no qual a defesa do
advogado Hélio Gueiros Neto pedia a suspensão da ação penal a que ele responde
pela suposta prática de feminicídio.
Neste novo pedido, a defesa de Neto alega que o direito de
resposta em depoimento não foi resguardado, com isso não respondeu seu
interrogatório. A defesa afirma ainda que Neto foi prejudicado e pediu a
suspensão do processo, fazendo com que volte para a fase inquisitória, a qual
são prestados os depoimentos.
Ainda acordo com a defesa, a liminar teria caráter de
urgência, mas segundo o desembargador Carneiro o pedido não tem fundamento e
não ficaram caracterizados requisitos da liberação de liminar, considerando que
não há indícios de veracidade do que está sendo pedido.
Entenda o caso
O Ministério Público do Pará (MPPA) apresentou as alegações
finais do caso que investiga a autoria da morte de Renata Cardim, no dia 14 de
janeiro de 2019. De acordo com a denúncia, no dia 27 de maio de 2015, por volta
das 2h45, Hélio Neto asfixiou a vítima que estava deitada após ter sido sedada.
“O crime ocorreu pelo fato do denunciado não suportar mais a
esposa e encontrar-se insatisfeito com o seu modo de ser, situação que levou o
acusado de forma fria, cruel, premeditada matá-la asfixiada, conforme restou
evidente no relatório do Instituto Médico Legal e das conversas de whatsapp
extraída do celular de Renata Cardim”, enfatizou o 4º promotor de Justiça de
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Franklin Lobato Prado.
O Ministério Público do Estado pediu a pronúncia de Hélio
Gueiros Neto pelo crime de feminicídio qualificado, decorrente de violência doméstica
e familiar e menosprezo à condição de mulher, combinado com o crime de fraude
processual.
Caso o Juiz de direito da 1ª Vara do Juizado de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher aceite o pedido, o réu vai a julgamento
pelo Tribunal do Júri.
Reviravolta
Neto foi denunciado pelo Ministério Público do Pará (MPPA)
depois da exumação do cadáver da esposa. A morte dela foi considerada,
inicialmente, natural, mas depois o laudo cadavérico revelou que a advogada
morreu de asfixia mecânica por sufocação direta.
Hélio Gueiros Neto nega ter matado a esposa. Ele teve pedido
de habeas corpus negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na qual a defesa
queria a suspensão da ação penal a que ele responde.
A Justiça adiou a audiência marcada para o início de
dezembro, onde ele seria ouvido. Os advogados de defesa entraram com um pedido
ao Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) para que sejam feitas novas diligências
sobre o caso.
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