sexta-feira, 30 de outubro de 2020

 

 

Polícia Civil e Centro de Perícias Científicas realizam simulação para apurar baleamento de candidato a prefeito

Redação do Portal Pebinha de Açúcar

Publicado em: 30/10/2020 A simulação realizada na noite desta quinta-feira (29) pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves em conjunto com a Polícia Civil quer esclarecer a ocorrência que teve como vítima, o candidato a prefeito de Parauapebas, Júlio Cesar, no último dia 14 de outubro, na estrada da Vila Carimã, zona rural do município do sudeste paraense. O candidato foi baleado.

Durante a reprodução, foram analisados os posicionamentos das vítimas, de objetos na cena do crime e das testemunhas. Para o delegado-geral de Polícia Civil, Walter Resende, o ato de reconstituição previsto na constituição é essencial para a apuração do fato, e todas as medidas necessárias estão sendo adotadas junto ao Centro de Perícias Científicas e à Universidade Federal do Pará (UFPA).

O delegado-geral de Polícia Civil, Walter Resende afirmou que “essa modalidade nos permite dirimir dúvidas em relação à dinâmica do acontecimento apurado. A simulação se fez necessária para esclarecer qualquer divergência entre o procedimento policial e tudo o que está sendo divulgado. O resultado apurado vai nos direcionar com precisão ao ocorrido para que possamos esclarecer tudo com exatidão. Estamos atentos a todos os detalhes e trabalhando para que o resultado saia o mais breve possível”.

Segundo o perito criminal e gerente do Núcleo de Crimes Contra a Vida do CPC Renato Chaves, Mariluzio Moreira, foram realizadas duas perícias: a simulação do veículo que o candidato estava e a reprodução simulada do fato no local e horário indicado nos depoimentos.

Para Mariluzio Moreira, todos os exames periciais realizados são essenciais e complementares para que seja emitido o laudo final. Ele informou que alguns exames serão feitos nas próximas semanas em Belém.

À frente das perícias, esteve uma equipe composta por oito peritos criminais, com o acompanhamento do diretor da Divisão de Homicídios (DH), delegado Cláudio Galeno; do diretor de Polícia do Interior, delegado Hennison Jacob; e do superintendente Regional, Thiago Carneiro.

A ação contou também com o apoio da Polícia Militar e do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte de Parauapebas. O resultado técnico será emitido pelo CPCRC e vai compor as diligências solicitadas pela Polícia Civil.

 

 

 

Parauapebas

Governo do Pará acelera as obras de reconstrução dos 60 Km da PA-275

As frentes de trabalho aceleram as obras de reconstrução, com implantação de acostamento da PA-275, entre os municípios de Curionópolis, Eldorado do Carajás até o município de Parauapebas, cidades na região sudeste do Pará.

As equipes da Secretaria de Estado de Transportes (Setran) estão no trecho entre Parauapebas e Curionópolis, com execução de obras de terraplanagem e reforço de subleito, processos que são anteriores à pavimentação.

Serão executados 60 km de acostamento e reconstrução em toda a via. O prazo previsto para conclusão da obra é março de 2022.

Segundo o secretário de Estado de Transportes (Setran), Adler Silveira, a obra da PA-275 é um dos grandes investimentos da Setran no ano de 2020 para a requalificação da malha rodoviária do Estado.

“A rodovia é uma importante rota de escoamento da produção mineral do estado, principalmente, para o município de Parauapebas, cidade destaque no País na exportação de minerais como ferro, cobre e manganês, além de ser um corredor logístico importante para o agronegócio paraense”, destacou, o secretário Adler Silveira, que pontua que o grande complexo do Carajás fica localizado às margens da PA-275.

Com um pouco mais de 100 Km de extensão, a rodovia PA-275 passa por três municípios e duas rodovias de acesso: a BR-155, que dá acesso ao município de Marabá, principal cidade do sul e sudeste do Pará; e a PA-160, dando acesso à cidade de Canaã dos Carajás.

 

 

 

 

Van do serviço de hemodiálise é flagrada fazendo transporte de cerveja em Santarém, no PA

De acordo com nota oficial da Prefeitura de Santarém, medidas administrativas já foram adotadas.

Adquirida recentemente pela Prefeitura de Santarém, oeste do Pará, com a finalidade de transportar pacientes renais crônicos para as sessões de hemodiálise no Centro de Nefrologia Municipal, uma Van foi flagrada nesta quinta-feira (29), em frente a um estabelecimento comercial no Centro da cidade, fazendo o transporte de cerveja. O G1 apurou que o motorista foi afastado da função.

Um homem e uma mulher carregavam as caixinhas de vários tipos de cerveja e acomodavam dentro da van para o transporte. A ação chamou a atenção de quem passava pelo local, já que o veículo é devidamente identificado com o nome da Hemodiálise, o brasão do município e o nome da Prefeitura de Santarém.

Logo após a primeira postagem do flagrante nas redes sociais, foram dezenas de compartilhamentos e repost e não demorou para virar meme. Usando uma das fotos, uma internauta escreveu: Onde vai ser essa festa que eu não fui convidada?"; "Parece que as cervejas passaram mal e foram levadas para a hemodiálise", disse um internauta; "Eu acho que é teste nos pacientes para saber se o rim ficou 100%", disse outro; "Sextou cedo, hehehehe", escreveu outro; "Isso é para o paciente poder filtrar melhor a urina, será?", questionou outro.

Por meio de nota oficial, a Secretaria Municipal de Saúde informou que adotou as medidas administrativas necessárias em relação ao episódio. Veja abaixo

"A Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) esclarece que tomou conhecimento sobre a utilização indevida da van que possui destinação exclusiva no transporte de pacientes e acompanhantes em atendimento no serviço de hemodiálise.

A Semsa lamenta o ocorrido e informa que tomou as medidas administrativas pertinentes a partir da apuração dos fatos.

A Prefeitura reitera que não compactua com condutas diversas da moralidade e da ética administrativa na prestação do serviço público municipal".

De acordo com informativo distribuído à imprensa pela assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), na segunda-feira (26), o transporte de renais crônicos estava paralisado devido as más condições do veículo anteriormente utilizado, e foi retomado desta vez com uma Van que atende todas as exigências.

Ainda de acordo com a Semsa, o modelo é totalmente adaptado para que, além do transporte normal, também garanta acessibilidade de pacientes cadeirantes. Tem capacidade para até 16 pessoas por viagem, que é o número de pacientes atendidos em cada turno no Centro de Nefrologia Municipal

Atualmente, o Centro de Nefrologia está sob a direção do Centro de Hemodiálise Ari Gonçalves Ltda (Cehmo), empresa que venceu a chamada pública realizada pela Prefeitura de Santarém para administrar o serviço.

Serviço retomado

 


Forte terremoto causa destruição na Turquia; veja fotos

Ao menos seis prédios caíram na cidade de Izmir, na Turquia. O tremor chegou a ser sentido em Istambul, a maior cidade do país, e também em alguns pontos da Grécia.

Por G1Um forte terremoto que atingiu o Mar Egeu nesta sexta-feira (30) causou grande destruição na cidade costeira de Izmir, na Turquia. O tremor de magnitude 7,0 também chegou a ser sentido em alguns pontos da Grécia e em Istambul.

Segundo o governo turco, pelo menos quatro pessoas morreram e outras 120 ficaram feridas após o desabamento de cerca de seis prédios em Izmir. Veja fotos da destruição:

Trabalhadores do resgate tentam socorrer pessoas feridas nos escombros de um prédio que desabou na Turquia após um forte terremoto no Mar Egeu nesta sexta-feira (30)appe — Foto: Ismail Gokmen/AP

Trabalhadores do resgate tentam socorrer pessoas feridas nos escombros de um prédio que desabou na Turquia após um forte terremoto no Mar Egeu nesta sexta-feira (30)appe — Foto: Ismail Gokmen/AP

Parte de prédio desabou na cidade de Izmir, na Turquia, após um forte terremoto atingir o Mar Egeu nesta sexta-feira (30) — Foto: Tuncay Dersinlioglu/Reuters

Parte de prédio desabou na cidade de Izmir, na Turquia, após um forte terremoto atingir o Mar Egeu nesta sexta-feira (30) — Foto: Tuncay Dersinlioglu/Reuters

Escavadeira ajuda no trabalho dos socorristas para tentar buscar por sobreviventes em desabamento na Turquia após forte terremoto no Mar Egeu nesta sexta-feira (30) — Foto: Tuncay Dersinlioglu/Reuters

Escavadeira ajuda no trabalho dos socorristas para tentar buscar por sobreviventes em desabamento na Turquia após forte terremoto no Mar Egeu nesta sexta-feira (30) — Foto: Tuncay Dersinlioglu/Reuters

Homens trabalham no resgate de sobreviventes após desabamento de prédio na Turquia depois de forte terremoto no Mar Egeu nesta sexta-feira (30) — Foto: Ismail Gokmen/AP

Homens trabalham no resgate de sobreviventes após desabamento de prédio na Turquia depois de forte terremoto no Mar Egeu nesta sexta-feira (30) — Foto: Ismail Gokmen/AP

 


 

'Procura outro para pagar tua vacina aí', diz Bolsonaro em novo ataque a Doria

O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar o governador de São Paulo e disse que o governo federal não comprará a vacina CoronaVac, desenvolvida

Fonte: undefined - iG @ https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2020-10-30/procura-outro-para-pagar-t Por iG Último Segundo | 30/10/2020 07:32 - Atualizada às 30/10/2020 07:42

bolsonaro

Alan Santos/PR

'Procura outro para pagar tua vacina aí', diz Bolsonaro em novo ataque a Doria

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e disse que o governo federal não vai comprar a vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. A declaração foi feita durante uma live semanal realizada nas redes sociais, nesta quinta-feira (29) à noite.

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"Ninguém vai tomar a tua vacina na marra não, tá ok? Procura outro. E eu que sou o governo, o dinheiro não é meu, é do povo, não vai comprar tua vacina também, não, tá ok? Procura outro para pagar tua vacina aí", disse ele.

Na última semana, Bolsonaro desautorizou seu ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que havia informado que o governo federal compraria 46 milhões de doses da CoronaVac.

"Já mandei cancelar, o presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade", disse.

Apesar das negativas contra a vacina 'chinesa', Jair Bolsonaro já tinha assinado, em agosto, uma medida provisória que libera R$ 1,9 bilhão para produção, compra e distribuição de 100 milhões de doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório Astrazeneca. No Brasil, a pesquisa sobre esse imunizante é liderada pela Fiocruz.

 

 

Vale: preço do minério de ferro vai despencar, mas e daí? Compre as ações, diz UBS

Por Márcio Juliboni

29/10/2020 - 15:57

Quem lê o cenário traçado pelo UBS para o mercado de minério de ferro pode se perguntar como as mineradoras (e a Vale – VALE3 -, entre elas) sobreviverão nos próximos anos. O banco suíço estima que a cotação do mineral despencará dos US$ 130 por tonelada, registrados em setembro, para US$ 70 até 2023.

Dois fatores pressionarão os preços, segundo o banco suíço. O primeiro é a desaceleração da demanda chinesa, representada pela estabilização da produção de aço do país. O segundo é o próprio aumento da produção da Vale, que deve acrescentar mais 80 milhões de toneladas de minério de ferro à oferta mundial até 2023.

À primeira vista, parece que a companhia dará um tiro no pé, mas Andreas Bokkenheuser, Cleve Rueckert e Cadu Schmidt, que assinam o relatório do UBS, mantêm o otimismo. A razão é que, nas contas do trio, o preço de US$ 70 por tonelada ainda permitirá à Vale operar com uma boa margem de lucro.

O UBS calcula que o preço mínimo para viabilizar as operações da Vale é de US$ 55 por tonelada. Por isso, o banco reforçou sua recomendação de compra para os papéis, com preço-alvo de US$ 13 para as ADRs (VALE) no intervalo e 12 meses.

O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (ebitda) ajustado somou R$ 6,1 bilhões, versus US$ 4,6 bilhões no mesmo período do ano passado.

terceiro trimestre, aumento de 76% ante o registrado no mesmo período do ano passado, com impulso de melhores preços do minério de ferro em meio à forte demanda da China, informou a companhia nesta quarta-feira.

 

 

Bolsonaro pede desculpas após zombar de refrigerante rosa no Maranhão e diz que vê 'maldade' BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro pediu desculpas após ter feito uma piada preconceituosa ao tomar o Guaraná Jesus, refrigerante cor-de-rosa popular no Maranhão, durante visita ao estado nordestino.

— Pessoa, fiz uma brincadeira. Se alguém se ofendeu, me desculpa aí, tá certo. O Guaraná Jesus, devido à cor dela, cor-de-rosa — disse Bolsonaro, durante transmissão ao vivo nas redes sociais, enquanto bebia o produto.

Mais cedo, ao visitar o Maranhão, o presidente tomou o refrigerante e questionou se teria virado "boiola", devido à cor da bebida.

— Agora, eu virei boiola igual maranhense, é isso? Olha o guaraná cor-de-rosa do Maranhão ai ó. Quem toma esse guaraná vira maranhense — disse, rindo, enquanto mostrava o copo com a bebida.

Cerca de um minuto depois, Bolsonaro volta a falar de "boiolagem" ao citar a cor do refrigerante.

— Guaraná cor-de-rosa do Maranhão, fudeu, fudeu. É boiolagem isso aqui — afirma.

Ao comentar o episódio, ele afirmou que o interlocutor levou a brincadeira "na esportiva" e disse ver "maldade" nas críticas que recebeu nas redes sociais.

Leia mais:Bolsonaro diz que deve reeditar 'semana que vem' decreto sobre privatização de unidades básicas de saúde

— A brincadeira que eu fiz não foi televisão, não. Tava conversando com o cara "Pô, o guaraná é cor-de-rosa aqui". Falei uns troços lá, alguém pegou, divulgou, não sei o que, como se eu tivesse ofendendo aí quem quer que seja no Maranhão. Muito pelo contrário. Com quem eu tava brincando era um maranhense, que levou na esportiva. Agora, a maldade está aí — disse o presidente.

A declaração de Bolsonaro foi criticada pelo governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), que faz oposição ao presidente e prometeu processá-lo.

Leia: Bolsonaro inaugura obra no Maranhão sem Flávio Dino e elogia parlamentares do estado

"Bolsonaro veio ao Maranhão com sua habitual falta de educação e decoro. Fez piada sem graça com uma de nossas tradicionais marcas empresariais: o guaraná Jesus. E o mais grave: usou dinheiro público para propaganda politica. Será processado.”

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Bolsonaro dá apoio a Crivella, critica Martha e elogia Paes

Presidente reconheceu queBRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro anunciou oficialmente nesta quinta-feira seu apoio à reeleição do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos). Bolsonaro já havia feito gestos a Crivella, mas ainda não havia formalizado o apoio. De acordo com a colunista do Extra, Berenice Seara, Crivella vai se reunir com Bolsonaro na manhã de sexta-feira para um café da manhã e a gravação de um vídeo de apoio.

— Terminado agora com um nome que dá polêmica, porque o Rio de Janeiro sempre é polêmico. Estou aqui com o Crivella. Conheço ele há muito tempo. Foi deputado federal comigo, depois foi ser senador, prefeito do Rio de Janeiro — disse Bolsonaro, durante transmissão ao vivo em redes sociais.

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Bolsonaro lembrou que Crivella serviu durante oito anos no Exército e que, quando senador, foi autor de uma proposta que permitiu a profissionais de saúde das Forças Armadas acumularem cargos civis. Mas ressaltou que estava pedindo voto "pela administração lá no Rio de Janeiro".

Em seguida, o presidente fez uma referência indireta, sem citar nomes, aos principais adversários de Crivella: a deputada estadual Martha Rocha (PDT), que cresceu e empatou numericamente com o atual prefeito, de acordo com a última pesquisa Datafolha, e o ex-prefeito Eduardo Paes, que lidera as pesquisas.

Sobre Martha, Bolsonaro citou a possibilidade de Ciro Gomes, um dos principais patrocinadores da sua candidatura, ocupar um cargo em sua administração.

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— Nós sabemos que tem mais dois nomes concorrendo. Um lá, que é de um partido X, o tal do Ciro Gomes falou que se ela ganhar vai ser chefe da Casa Civil dela. Terrível, né.

Em relação a Paes, Bolsonaro adotou um tom mais amigável e disse que ele é um "bom administrador", mas ressaltou preferir o atual prefeito.

— E o outro vocês conhecem também, é um bom administrador, mas eu fico aqui com o Crivella. Não tem muita polêmica, não. Se não quiser votar nele, fica tranquilo. Não vamos criar polêmica, brigar entre nós. Eu respeito os seus candidatos também.

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No início do mês, o GLOBO mostrou que dirigentes de partidos do centrão, que hoje integra a base do governo no Congresso, têm atuado para aproximar a família Bolsonaro de Paes.

 

Outro candidato que buscava o apoio de Bolsonaro é o deputado federal Luiz Lima (PSL), filiado ao antigo partido do presidente. Luiz Lima, contudo, não foi citado na transmissão desta quinta-feira.

Durante a transmissão, Bolsonaro também declarou apoio a quatro outros candidatos a prefeito: Celso Russomanno (Republicanos) em São Paulo, Bruno Engler (PRTB) em Belo Horizonte, Ivan Sartori (PSD) em Santos e Coronel Menezes (Patriota) em Manaus. O presidente há havia indicado apoio a todos eles. Capitão Wagner (PROS), a quem o presidente também havia sinalizado apoio, não foi citado dessa vez.

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Bolsonaro também declarou apoio a candidatos a vereador. Entre eles, seu filho Carlos Bolsonaro (Republicanos), candidato no Rio de Janeiro. Sua ex-mulher Rogério Bolsonaro, que também concorre no Rio pelo mesmo partido, não foi citada. Em São Paulo, por exemplo, o presidente citou duas candidatas a vereadoras.

Em Porto Alegre, ao invés de apoiar um candidato, Bolsonaro criticou Manuela D'Ávila (PCdoB), que lidera as pesquisas. O presidente focou suas críticas no partido de Manuela.

— Uma candidata do PCdoB está lá na frente? Pensa nas consequências. Vejam o que esse partido defende, os problemas que esse partido cria para a família tradicional brasileira — disse. — É um apelo que eu faço para Porto Alegre. Não vou indicar ninguém, vocês são livres para votar. Agora, votar em uma candidata do PCdoB, acho que é o fim da picada.

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Tempo fechado na Alepa e a Lei Fiscal do Pará estão no RD de hojeOtempo fechou na sessão de anteontem da Alepa por iniciativa exclusiva do deputado Caveira (PP), contumaz descumpridor das normas de civilidade. Como de hábito, ele usou a tribuna para desferir insultos contra autoridades e atacar colegas de parlamento com xingamentos e palavras de baixo calão. Discutiu com o deputado Igor Normando (Podemos) e foi advertido pelo deputado Chicão (MDB), líder do governo, que pretende propor a instalação de uma Comissão de Ética, prevista em ResoLEI FISCAL

O Pará é um dos poucos Estados onde a despesa com o funcionalismo fica abaixo da margem mínima da lei fiscal. Graças aos investimentos, aumento da arrecadação e rigor nos gastos públicos, a receita ficou acima da média e tirou o Estado da lista dos piores arrecadadores, onde se encontrava há vários anos. O peso do funcionalismo sobre a arrecadação líquida chegou ao menor nível histórico e concedeu ao Pará a quarta melhor posição entre as 27 Unidades da Federação quanto ao equilíbrio de gastos e à economia de recursos públicos. Desempenho valorizado pelas dificuldades impostas pelo período da pandemia.

RESPONSABILIDADE

Em 12 meses, de setembro de 2019 a agosto de 2020, o Pará gastou somente 39,12% de sua receita para manter os servidores diretamente vinculados à máquina administrativa estadual. As informações são do Blog do Zé Dudu, que comparou o desempenho da maior economia do Norte com os demais Estados e concluiu que apenas Maranhão (37,17%), Amapá (37,96%)

Surge mais um personagem presepeiro na morna campanha eleitoral da capital. Candidato a vereador pelo Partido Verde, que apoia a candidatura governista de Thiago Araújo (Cidadania), usou as redes sociais para exibir um vídeo revelador de seu projeto político: “Vou roubar, pelo menos vou roubar para beber com meus amigos...”, diz André Felipe da Costa Rodrigues (André Doug), fazendo apologia ao crime. Enquanto soltava essa pérola, a imagem 

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

 

Depois de 45 anos, pai e filha se reencontram em Parauapebas

Redação do Portal Pebinha de Açúcar

Publicado e Em 1975 o senhor Adalto se separou da mulher e veio para o sudeste do Pará em busca de trabalho

Hoje, com 76 anos de idade, o senhor Adalto Soares de Sousa reencontrou a filha mais velha, graças a ajuda de uma amiga que postou nas redes sociais a foto dele contando a história de vida desse senhorzinho. Segundo Adalto, quando chegou na região, Parauapebas era apenas uma fazenda.

“Quando vim para aqui, em busca de emprego, eu me separei da mãe dos meus filhos, pois ela brigava muito comigo e esta minha filha tinha apenas dois anos, aqui em Parauapebas era uma fazenda, eu tomava banho e pescava neste igarapé que passa aqui perto, o igarapé Ilha do Coco, e tinha um curral aqui perto”, explica o senhor apontando para Rua Rio de Janeiro, no Bairro Rio Verde.m: 23/10/2020 Dona Joanes Santos conheceu o bom velhinho lá no Garimpo das Pedras, e logo fizeram amizade, e segundo ela, sempre ele ficava triste quando ela ia no local com os filhos.

“Um dia perguntei porque sempre ficava triste quando eu vinha com meus filhos, aí ele me contou que há 45 anos ele não via os filhos e perdeu o contato, e que ele não queria morrer sem reencontrar os três filhos”, relata a dona de casa, toda emocionada.

Logo, Joanes anotou em um caderno toda a história do senhor Adalto, como nome e sobrenome de toda a família e de outras pessoas que ele se lembrava do município de Portel, na Ilha do Marajó.

“Com todas as informações, cheguei em casa e escrevi tudo que tinha anotado, coloquei uma foto e publiquei no meu Facebook. Algumas pessoas compartilharam minha publicação, mas nada relevante, e uma amiga de Belém, Deise, me pediu que mandasse todas as informações que eu tinha colocado no meu face, porque ela tinha algumas amigas de Portel. E não é que ela encaminhou para a amiga e acharam a filha mais velha em menos de uma semana”, conta dona Joanes, toda orgulhosa pela conquista.

 

Então, a filha que trabalha como sacoleira lá no Marajó, entrou em contato e arrumou as malas para vir buscar o pai, que ela não tinha notícias desde criança.

“Quando vi todas as informações e a foto, eu sabia que era meu pai, ele saiu de casa com 31 anos e nunca mais vi ele, as pessoas lá onde eu moro falavam: seu pai já morreu, e no meu coração algo me dizia que não, que ele estava vivo, e que um dia eu iria me encontrar com ele”, enfocou dona Maria de Nazaré Soares, já em prantos. Mas dona Joanes não teve tempo de contar para Adauto que encontrou uma pessoa que aparentemente era a filha dele, mas o senhor de 76 anos contou algo que ele considera um aviso de Deus.

“Eu estava no Garimpo das Pedras e de noite eu sonhei que alguém me falava, vai para Parauapebas na casa da Joanes que alguém está te esperando. No outro dia arrumei minhas coisas e vim para a cidade, e quando cheguei, meu coração quase parou quando vi aquela mulher parada na sala, eu sabia que era minha filha Maria de Nazaré”, conta Adalto secando as lágrimas que escorria pelo rosto todo enrugado. Pai e filha puderam dar um abraço apertado que estava guardado nos sonhos por 45 anos e o simpático senhorzinho agora vai para Portel, reencontrar os outros 2 filhos, amigos e parentes que ainda vivem por lá.

“Por muitos anos eu trabalhei para juntar dinheiro para voltar para minha cidade, mas sempre quando estava com algo guardado algo acontecia, na última vez que pensei em ir, meu dinheiro foi roubado, aí pensei: vou parar de sonhar em voltar para Portel e ver minha família, pois sempre acontece algo que não consigo ir, e agora estou aqui com minha filha do meu lado”, disse Adalto, querendo contar para filha que nunca desistiu deles. Filha e Pai já pegaram o ônibus para a capital paraense, depois vão pegar um barco para seguir viagem para Portel, e logo vamos saber como foi a recepção da cidadezinha de mais de 50 mil habitantes do homem que por 45 anos ficou perdido da família, trabalhando nas fazendas da região, na “Capital do Minério”.

Reportagem: Adersen Arantes | Portal Pebinha d

 

 


Centro de Perícias recebe cédulas apreendida O Núcleo de Documentoscopia Forense (NDF) do Instituto de Criminalística do Centro de Perícia Científicas Renato Chaves (CPCRC) recebeu o valor de R$ 7.034,00 que estavam com duas pessoas em Castanhal, na semana passada, mas que foram apreendidos pela Polícia Civil (PC) para o exame pericial de falsificação em cédulas monetárias. A perícia constatou que o valor de R$ 6.100,00, distribuídos em notas de R$ 100, eram em notas falsas.

A perícia consistiu na constatação da autenticidade das peças de exame, adotando como parâmetro de confronto as informações contidas nas normativas do Banco Central do Brasil, referente a cédulas monetárias. A conferência inicial do NDF apontou que o valor apreendido estava distribuído em 61 notas de R$ 100, 12 cédulas de R$ 50, 16 de R$ 20, uma de R$ 10 e duas notas de R$ 2.

s para análise de falsificação Ainda em relação a análise, os peritos oficiais criminais fizeram o uso dos equipamentos tecnológicos do Núcleo, que possuem alta tecnologia para avançados recursos de verificação de autenticidade dos elementos de segurança das cédulas analisadas como microi A partir dos procedimentos periciais aplicados, os peritos criminais apontaram que apenas as 61 cédulas de R$ 100 eram falsas. “As cédulas apresentavam aspectos pictóricos falsos, além de conterem o mesmo número série, que deixou evidente a falsidade das notas”, explica Isabela Barretto, perita criminal gerente do NDF.

Ainda de acordo com a perícia criminal, as peças falsas que foram apreendidas pela PC e analisadas apresentavam imitações de elementos de segurança de cédulas autênticas que podiam facilmente enganar as pessoas, se tivessem sido circuladas. “A semelhança a uma nota autêntica era muito próxima, e uma pessoa leiga seria facilmente enganada, ainda mais para quem desconhece tais características de segurança”, completou a perita Isabela Um dos equipamentos usados na perícia dos R$ 7.043,00 foi o Mouse Espectral, que foi adquirido este mês pelo CPCRC ao Núcleo de Documentoscopia Forense. Por ser de avançada tecnologia, o aparelho facilitou o trabalho pericial e, consequentemente, agilizou o tempo de resposta para a autoridade policial. “Temos esse compromisso de contribuir para os casos de justiça, por isso nos preocupamos em aparelhar todo nosso CPCRC”, concluiu Celso Mascarenhas, diretor-geral do CPCRC.Barretto.mpressões, marca d’água, imagens holográficas e reagentes a luz ultravioleta.

 

Pesquisa no Bico do Papagaio mostra falta de incentivo à permanência de jovens no campo

Pesquisa entrevistou 245 jovens e revelou que 72% dessa juventude rural quer ficar no campo, mas 50% não sabe se vai conseguir

O “Diagnóstico Juventudes Rurais do Bico do Papagaio”, lançado no último dia 15 de outubro, em uma live no canal do YouTube da Alternativa para a Pequena Agricultura no Tocantins (APA-TO), tornou-se um alerta que denuncia a falta de motivações para a permanência dos jovens no campo.

Participaram da pesquisa 245 jovens. Destes, 84% têm idade entre 15 e 29 anos, e 83% consideram-se pardos ou negros. Em relação ao gênero, são 128 homens, 111 mulheres e dois jovens declararam-se transexuais, jovens que se reconhecem com outro gênero.

Dentre os jovens, 78,8% está estudando, e dessa porcentagem, 74,3% está no ciclo da educação básica. Dos 21,2% que não estudam, os principais motivos são a falta de renda, de interesse, e o trabalho no campo que sobrecarrega boa parte do dia. Do total de jovens, 69% quer cursar o ensino superior e 43,7% deseja fazer pós-graduação.

Quando o questionamento foi o que faz a juventude sair do campo, as respostas mais ovem sem terra e militante do setor de comunicação e cultura do MST Tocantins, Laís Cardoso, do Acampamento Padre Josimo em Carrasco Bonito (TO), alerta para a invisiblização do trabalho da juventude camponesa. “Os jovens estão insatisfeitos, pois não têm o desejado retorno financeiro de suas atividades. São esses jovens que cuidam da terra, da vida, das águas, do solo, com práticas agroecológicas, respeitando a biodiversidade do Cerrado e da Amazônia, e que infelizmente se veem obrigados a migrar porque não encontram oportunidades para se beneficiarem dentro dos seus próprios territórios. E a partir desse diálogo direto com a juventude do campo, conhecemos profundamente sua realidade e pensar projetos para dar perspectiva pra essa juventude”.

Maria Aparecida da Coordenação das Comunidades Quilombolas do Tocantins (COEQTO) ressalta a importância dessa juventude retornar para seus territórios após cursar o ensino superior. “É importante estudar, estar na academia e conectar o saberes tradicionais com os acadêmicos, mas mais importante ainda é não perder nossas raízes, estar sempre presente nas nossas comunidades, e após adquirir todo o conhecimento, retornar para as para contribuir com nossos pais, avós e os mais velhos, com os saberes tradicionais junto aos saberes acadêmicos. Esse é o desafio, sair pra buscar o conhecimento acadêmico e retornar pros nossos territórios para compartilhar o nosso conhecimento alinhado aos saberes tradicionais que buscamos nos nossos territórios”.

Dos jovens entrevistados, 79,2% vem de famílias que trabalham na terra, porém, 66% não possuem terras em seu nome. A relação com o trabalho dessa juventude é precarizada: 42% está em situação de atividade não remunerada, e essas condições afetam ainda mais as mulheres jovens, que por conta da injusta divisão do trabalho por gênero. A maioria desses jovens trabalha no campo, mas participam pouco das decisões de planejamento da produção e da renda de suas famílias. O maior poder de decisão nas famílias ainda está nas mãos dos homens.

É essa juventude que aposta na agroecologia como caminho para produzir no campo, cuidar da natureza e promover bem estar para toda a comunidade: 74% prefere a produção agroecológica e 52% não usa agrotóxico em suas produções.

Laís Cardoso alertou também para a precarização do trabalho no campo, sobretudo para as jovens mulheres. “Infelizmente ainda existe para mim e diversas outras jovens do campo como eu, mulher negra, sem terra e militante, uma barreira muito grande entre as decisões que nós também podemos e devemos participar no campo e as limitações do trabalho que nos direcionam: cuidar de uma criança, limpar a casa, lavar a louça, fazer comida. Isso nos impede de participar das decisões, contribuir no próprio trabalho do campo, e quando não nos negam invisibilizam nossa atuação na direção desses espaços. E a partir desse diagnóstico nosso objetivo é fazer com que esses jovens sejam beneficiados no campo, nas suas relações camponesas e no diálogo geracional, porque nós somos o futuro da luta camponesa. O objetivo dessa pesquisa também é preparar essa juventude para assumir as trincheiras da luta campesina”.

Jorge Luís Lima, dirigente estadual da juventude do MST Tocantins ressaltou o protagonismo da juventude na organização da luta camponesa. “Esse diagnóstico teve muito protagonismo da juventude na articulação, nosso objetivo é entender melhor o que a juventude da nossa região pensa sobre o futuro pra atuarmos de forma mais concreta, compreendendo a realidade dos diversos territórios da região. A pesquisa foi realizada em todos os territórios da região do Bico do Papagaio e durante a própria pesquisa realizamos um trabalho de base pra incentivar a organização dos coletivos de juventude nas comunidades que participaram. Com esse diagnóstico específico da nossa região temos mais propriedade pra organizar nossa juventude a partir da nossa realidade. Antes nossas análises eram a partir das pesquisas e estudos sobre juventude em âmbito nacional, feitas em outras regiões com outras realidades, e não com as nossas especificidades da região”.

A região do Bico do Papagaio é localizada no extremo norte do Tocantins, na divisa entre o Pará e Maranhão e é banhada pelos rios Tocantins e Araguaia, em uma área de transição entre a Floresta Amazônica e o Cerrado (Mata de Cocais).

No Bico, vivem os povos que são guardiões da biodiversidade, preservam as matas, as águas, a terra e o ar, são as quebradeiras de coco de babaçu, as comunidades quilombolas, agricultoras e agricultores familiares e os acampados e assentados, que lutam por reforma agrária popular.

A agricultura e o extrativismo são as principais atividades produtivas nesses territórios, e a sucessão rural é uma grande preocupação desses povos. Quem vai cuidar do campo? Com essa questão foi realizada a pesquisa e um diagnóstico da juventude rural do Bico do Papagaio para compreender a vida e os sonhos da juventude campesina.

Selma Yuki Ishii, coordenadora do projeto Juventude e Agroecologia em Rede, da APA-TO, ressalta que a sucessão rural é uma grande preocupação desses povos e que a juventude dessa região tem suas especificidades e precisam ser consideradas. “Há muito tempo as organizações e os movimentos sociais do território têm a preocupação da sucessão rural. No trabalho com as juventudes, buscamos dados, mas o que conseguimos eram mais nacionais, não tínhamos informações da região. Então, achamos que era pertinente entender melhor as juventudes do Bico, o que estavam pensando, quais seus desafios, foi isso que nos motivou a fazer o diagnóstico”.

Articulação de agroecologia realiza Levante Popular na Amazôniaconstantes foram: falta de renda, de estrutura, de apoio das famílias, e desvalorização da pequena produção. Do total entrevistado, 72% quer permanecer no campo, mas 50% não sabe se vai conseguir.

O trabalho foi coordenado pela APA-TO, pelo GT das Juventudes Rurais do Bico, pela Rede Bico Agroecológico e pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), com o apoio da agência de cooperação alemã Misereor, além de envolver jovens quebradeiras de coco, quilombolas, acampados/as e assentados/as, agricultores e agricultoras sem terra e suas famílias, professores da Escola Família Agrícola e lideranças de organizações e movimentos sociais, como o MST Tocantins, para promover o importante diálogo geracional nesse processo.

Jovem sem terra e militante do setor de comunicação e cultura do MST Tocantins, Laís Cardoso, do Acampamento Padre Josimo em Carrasco Bonito (TO), alerta para a invisiblização do trabalho da juventude camponesa. “Os jovens estão insatisfeitos, pois não têm o desejado retorno financeiro de suas atividades. São esses jovens que cuidam da terra, da vida, das águas, do solo, com práticas agroecológicas, respeitando a biodiversidade do Cerrado e da Amazônia, e que infelizmente se veem obrigados a migrar porque não encontram oportunidades para se beneficiarem dentro dos seus próprios territórios. E a partir desse diálogo direto com a juventude do campo, conhecemos profundamente sua realidade e pensar projetos para dar perspectiva pra essa juventude”.

Maria Aparecida da Coordenação das Comunidades Quilombolas do Tocantins (COEQTO) ressalta a importância dessa juventude retornar para seus territórios após cursar o ensino superior. “É importante estudar, estar na academia e conectar o saberes tradicionais com os acadêmicos, mas mais importante ainda é não perder nossas raízes, estar sempre presente nas nossas comunidades, e após adquirir todo o conhecimento, retornar para as para contribuir com nossos pais, avós e os mais velhos, com os saberes tradicionais junto aos saberes acadêmicos. Esse é o desafio, sair pra buscar o conhecimento acadêmico e retornar pros nossos territórios para compartilhar o nosso conhecimento alinhado aos saberes tradicionais que buscamos nos nossos territórios”.

 

Dos jovens entrevistados, 79,2% vem de famílias que trabalham na terra, porém, 66% não possuem terras em seu nome. A relação com o trabalho dessa juventude é precarizada: 42% está em situação de atividade não remunerada, e essas condições afetam ainda mais as mulheres jovens, que por conta da injusta divisão do trabalho por gênero. A maioria desses jovens trabalha no campo, mas participam pouco das decisões de planejamento da produção e da renda de suas famílias. O maior poder de decisão nas famílias ainda está nas mãos dos homens.

 

É essa juventude que aposta na agroecologia como caminho para produzir no campo, cuidar da natureza e promover bem estar para toda a comunidade: 74% prefere a produção agroecológica e 52% não usa agrotóxico em suas produções.

 

Laís Cardoso alertou também para a precarização do trabalho no campo, sobretudo para as jovens mulheres. “Infelizmente ainda existe para mim e diversas outras jovens do campo como eu, mulher negra, sem terra e militante, uma barreira muito grande entre as decisões que nós também podemos e devemos participar no campo e as limitações do trabalho que nos direcionam: cuidar de uma criança, limpar a casa, lavar a louça, fazer comida. Isso nos impede de participar das decisões, contribuir no próprio trabalho do campo, e quando não nos negam invisibilizam nossa atuação na direção desses espaços. E a partir desse diagnóstico nosso objetivo é fazer com que esses jovens sejam beneficiados no campo, nas suas relações camponesas e no diálogo geracional, porque nós somos o futuro da luta camponesa. O objetivo dessa pesquisa também é preparar essa juventude para assumir as trincheiras da luta campesina”.

 

 

Jorge Luís Lima, dirigente estadual da juventude do MST Tocantins ressaltou o protagonismo da juventude na organização da luta camponesa. “Esse diagnóstico teve muito protagonismo da juventude na articulação, nosso objetivo é entender melhor o que a juventude da nossa região pensa sobre o futuro pra atuarmos de forma mais concreta, compreendendo a realidade dos diversos territórios da região. A pesquisa foi realizada em todos os territórios da região do Bico do Papagaio e durante a própria pesquisa realizamos um trabalho de base pra incentivar a organização dos coletivos de juventude nas comunidades que participaram. Com esse diagnóstico específico da nossa região temos mais propriedade pra organizar nossa juventude a partir da nossa realidade. Antes nossas análises eram a partir das pesquisas e estudos sobre juventude em âmbito nacional, feitas em outras regiões com outras realidades, e não com as nossas especificidades da região”.

 

Onde fica o Bico do Papagaio?

A região do Bico do Papagaio é localizada no extremo norte do Tocantins, na divisa entre o Pará e Maranhão e é banhada pelos rios Tocantins e Araguaia, em uma área de transição entre a Floresta Amazônica e o Cerrado (Mata de Cocais).

 

No Bico, vivem os povos que são guardiões da biodiversidade, preservam as matas, as águas, a terra e o ar, são as quebradeiras de coco de babaçu, as comunidades quilombolas, agricultoras e agricultores familiares e os acampados e assentados, que lutam por reforma agrária popular.

 

A agricultura e o extrativismo são as principais atividades produtivas nesses territórios, e a sucessão rural é uma grande preocupação desses povos. Quem vai cuidar do campo? Com essa questão foi realizada a pesquisa e um diagnóstico da juventude rural do Bico do Papagaio para compreender a vida e os sonhos da juventude campesina.

 

Selma Yuki Ishii, coordenadora do projeto Juventude e Agroecologia em Rede, da APA-TO, ressalta que a sucessão rural é uma grande preocupação desses povos e que a juventude dessa região tem suas especificidades e precisam ser consideradas. “Há muito tempo as organizações e os movimentos sociais do território têm a preocupação da sucessão rural. No trabalho com as juventudes, buscamos dados, mas o que conseguimos eram mais nacionais, não tínhamos informações da região. Então, achamos que era pertinente entender melhor as juventudes do Bico, o que estavam pensando, quais seus desafios, foi isso que nos motivou a fazer o diagnóstico”.

 

os jovens entrevistados, 79,2% vem de famílias que trabalham na terra, porém, 66% não possuem terras em seu nome. A relação com o trabalho dessa juventude é precarizada: 42% está em situação de atividade não remunerada, e essas condições afetam ainda mais as mulheres jovens, que por conta da injusta divisão do trabalho por gênero. A maioria desses jovens trabalha no campo, mas participam pouco das decisões de planejamento da produção e da renda de suas famílias. O maior poder de decisão nas famílias ainda está nas mãos dos homens.

 

É essa juventude que aposta na agroecologia como caminho para produzir no campo, cuidar da natureza e promover bem estar para toda a comunidade: 74% prefere a produção agroecológica e 52% não usa agrotóxico em suas produções.

 

Laís Cardoso alertou também para a precarização do trabalho no campo, sobretudo para as jovens mulheres. “Infelizmente ainda existe para mim e diversas outras jovens do campo como eu, mulher negra, sem terra e militante, uma barreira muito grande entre as decisões que nós também podemos e devemos participar no campo e as limitações do trabalho que nos direcionam: cuidar de uma criança, limpar a casa, lavar a louça, fazer comida. Isso nos impede de participar das decisões, contribuir no próprio trabalho do campo, e quando não nos negam invisibilizam nossa atuação na direção desses espaços. E a partir desse diagnóstico nosso objetivo é fazer com que esses jovens sejam beneficiados no campo, nas suas relações camponesas e no diálogo geracional, porque nós somos o futuro da luta camponesa. O objetivo dessa pesquisa também é preparar essa juventude para assumir as trincheiras da luta campesina”.

 

 

Jorge Luís Lima, dirigente estadual da juventude do MST Tocantins ressaltou o protagonismo da juventude na organização da luta camponesa. “Esse diagnóstico teve muito protagonismo da juventude na articulação, nosso objetivo é entender melhor o que a juventude da nossa região pensa sobre o futuro pra atuarmos de forma mais concreta, compreendendo a realidade dos diversos territórios da região. A pesquisa foi realizada em todos os territórios da região do Bico do Papagaio e durante a própria pesquisa realizamos um trabalho de base pra incentivar a organização dos coletivos de juventude nas comunidades que participaram. Com esse diagnóstico específico da nossa região temos mais propriedade pra organizar nossa juventude a partir da nossa realidade. Antes nossas análises eram a partir das pesquisas e estudos sobre juventude em âmbito nacional, feitas em outras regiões com outras realidades, e não com as nossas especificidades da região”.

 

Onde fica o Bico do Papagaio?

A região do Bico do Papagaio é localizada no extremo norte do Tocantins, na divisa entre o Pará e Maranhão e é banhada pelos rios Tocantins e Araguaia, em uma área de transição entre a Floresta Amazônica e o Cerrado (Mata de Cocais).

 

No Bico, vivem os povos que são guardiões da biodiversidade, preservam as matas, as águas, a terra e o ar, são as quebradeiras de coco de babaçu, as comunidades quilombolas, agricultoras e agricultores familiares e os acampados e assentados, que lutam por reforma agrária popular.

 

A agricultura e o extrativismo são as principais atividades produtivas nesses territórios, e a sucessão rural é uma grande preocupação desses povos. Quem vai cuidar do campo? Com essa questão foi realizada a pesquisa e um diagnóstico da juventude rural do Bico do Papagaio para compreender a vida e os sonhos da juventude campesina.

 

Selma Yuki Ishii, coordenadora do projeto Juventude e Agroecologia em Rede, da APA-TO, ressalta que a sucessão rural é uma grande preocupação desses povos e que a juventude dessa região tem suas especificidades e precisam ser consideradas. “Há muito tempo as organizações e os movimentos sociais do território têm a preocupação da sucessão rural. No trabalho com as juventudes, buscamos dados, mas o que conseguimos eram mais nacionais, não tínhamos informações da região. Então, achamos que era pertinente entender melhor as juventudes do Bico, o que estavam pensando, quais seus desafios, foi isso que nos motivou a fazer o diagnóstico”.

 

Assista ao vídeo do lançamento do Diagnóstico Juventudes Rurais do Bico do Papagaio:

 

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Lula completa 75 anos defendendo legado de combate à fome e à pobreza no Brasil

Nascido no agreste pernambucano, ex-presidente tornou-se referência em políticas de inclusão Lula é abraçado por apoiadores: “Os poderosos podem matar uma, duas ou cem rosas, mas jamais conseguirão deter a chegada da primavera”. Fotos: Ricardo Stuckert

Metalúrgico, líder sindical, fundador do maior partido de esquerda do país, primeiro presidente oriundo da classe trabalhadora, “campeão mundial” na luta contra a fome. Há 75 anos, vinha ao mundo Luiz Inácio Lula da Silva, um filho do Brasil ao qual ninguém pode ser indiferente.

“Quem nasceu em Pernambuco e não morreu de fome até os cinco anos de idade, não se curva mais a nada”, costuma dizer Lula, o sétimo filho de Aristides Inácio da Silva e Eurídice Ferreira de Melo. O local exato de nascimento é Caetés (PE), em 27 de outubro de 1945, mas o registro só foi feito sete anos depois, em São Paulo.

Do Nordeste ao Sudeste, foram 13 dias de pau-de-arara. Lula cruzou 2,5 mil km com a família para reencontrar o pai, que havia migrado em busca de melhores condições de vida.

A viagem é um emblema da trajetória política do ex-presidente. De cidade em cidade, ombro a ombro com trabalhadores urbanos e rurais, enfrentando todo tipo de dificuldade para construir um futuro digno, sem perder de vista suas raízes.

Início da vida política

Ao contrário dos pais, Lula teve a chance de se alfabetizar – sempre conciliando estudos e trabalho no litoral paulista. Vendia laranjas, tirava lenha, capturava mariscos e caranguejos. Trabalhou em uma tinturaria, foi engraxate e auxiliar de escritório, até se formar torneiro mecânico pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Em 1964, ano do golpe civil-militar no Brasil, Lula perdeu o dedo mínimo da mão esquerda após um acidente de trabalho em uma siderúrgica que fabricava parafusos. Quatro anos depois, filiou-se ao Sindicato de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema – por influência do irmão mais velho, Frei Chico –, e já nos primeiros meses foi eleito para compor a diretoria.

Naquela época, conheceu a viúva Marisa Letícia Rocco Casa, inspetora em um colégio estadual. Os dois se casaram em 1973 e permaneceram unidos até a morte dela, em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC) em 2017.

Com 30 anos, o operário pernambucano já era conhecido por seu carisma e capacidade de comunicação. Eleito presidente do sindicato em 1975, liderou greves no ABC paulista durante a ditadura até o início dos anos 1980, foi preso por 31 dias e incluído na Lei de Segurança Nacional.

Não havia mais volta: Lula estava mergulhado na política. A criação do Partido dos Trabalhadores (PT), em 1980, “juntou as pontas” de sua história familiar, no campo, e sua trajetória profissional, na cidade, abrindo caminho para disputas muito além do chão de fábrica.

Lula visita o campus de Salinas do Instituto Federal do Norte, em 26 de outubro de 2017 / Ricardo Stuckert

Insistência e consagração

Após a participação na campanha “Diretas Já” e o fim da ditadura civil-militar, em 1985, Lula foi eleito deputado federal por São Paulo e colaborou nos debates que resultaram na Constituição Federal de 1988.

Derrotado nas eleições presidenciais de 1989, 1994 e 1998, percorreu o Brasil de ponta a ponta, acumulou experiência e adotou um tom conciliatório com setores empresariais, sem abrir mão do compromisso de enfrentar a pobreza.

“A esperança venceu o medo” nas eleições de 2002, inaugurando um ciclo de 14 anos do PT no governo federal.

Lula é considerado um dos responsáveis por tirar o Brasil do Mapa da Fome, construiu mais universidades federais que qualquer outro presidente, aproximou o país de uma realidade de “pleno emprego” e garantiu aumento real de salário mínimo em todos os anos de seu governo.

Do ponto de vista internacional, avançou em projetos de integração regional sem a tutela dos Estados Unidos e manteve diálogo com chefes de Estado de todos os espectros políticos.

Com o programa Bolsa Família – que nem seus adversários ousaram extinguir –, o ex-presidente tornou-se sinônimo de combate à fome e à miséria e incluiu milhões de famílias brasileiras na esfera do consumo. Com mais de 80% de aprovação ao final do segundo mandato, ajudou a eleger Dilma Rousseff (PT) como sucessora em 2010.

Nas eleições de 2018, dois anos após o golpe contra Dilma e depois de vencer um câncer de média agressividade na laringe, Lula manifestou desejo de voltar à Presidência. Ele liderava a disputa em todos os cenários até ser preso após condenação em segunda instância no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Perseguição e perdas

Desde que se tornou um personagem político relevante no cenário nacional, Lula convive com perseguições.

Na ditadura, deixou o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) para participar do velório da mãe, carinhosamente chamada de Dona Lindu. Quase 40 anos depois, preso sem provas na Lava Jato, o ex-presidente foi impedido de velar o corpo do irmão Vavá, e compareceu sob forte esquema de segurança ao funeral do neto Arthur, de sete anos.

Na última semana, Lula virou réu pela quarta vez na operação Lava Jato. Em todas as ações fora de Curitiba (PR), ele já foi absolvido. O conjunto de processos contra o petista é reconhecido por juristas de várias partes do mundo como exemplo de lawfare, ou seja, “guerra jurídica” com fins políticos.

Lula está solto desde o dia 8 de novembro de 2019, após o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhecer a ilegalidade das prisões antes do trânsito em julgado, ou seja, enquanto a condenação não é definitiva e há possibilidade de recursos.

Lula é considerado um dos responsáveis por transformar a Petrobras em uma das maiores empresas de petróleo do mundo / Ricardo Stuckert

Reconhecimento

Sem nunca ter iniciado um curso em uma instituição de ensino superior, Lula é doutor honoris causa por 35 universidades.

Viúvo de Marisa Letícia, ele vive em São Bernardo do Campo (SP) com a companheira Rosângela da Silva, que conheceu meses antes da prisão. Dos últimos três aniversários, este é o primeiro em que Lula comemora fora da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Mesmo silenciado pela mídia comercial, o petista continua relevante. Durante 580 dias, milhares de pessoas passaram pela Vigília Lula Livre, manifestaram solidariedade e mostraram ao mundo que sua prisão era injusta.

Nas eleições de 2018, a chamada transferência de votos para o candidato e ex-ministro Fernando Haddad (PT) chocou aqueles que duvidavam da influência do ex-presidente. Este ano, mais uma vez, segundo o Datafolha em São Paulo, Lula é o “cabo eleitoral” com maior potencial nas eleições municipais, com menos rejeição que Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador João Doria (PSDB).

Impedido de se candidatar, o pernambucano de Caetés não esconde o desejo de voltar a percorrer o Brasil com suas caravanas – a última foi em 2018, na região Sul.

STJ marca julgamento em data de aniversário

Está na pauta da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) desta terça-feira (27) o julgamento de um recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex do Guarujá (SP).

Os advogados do ex-presidente já solicitaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) que determine a retirada do processo da pauta. O argumento da defesa de Lula é de que decisões anteriores do STJ – como não admissão de recursos considerados legítimos segundo a legislação e o próprio regimento interno do tribunal – prejudicaram o pleno exercício do direito de defesa de Lula.

De acordo com reportagem do Valor, o requerimento aguarda apreciação do ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no STF. O ministro determinou, em abril, a suspensão de um julgamento virtual do recurso de Lula no STJ. A defesa do ex-presidente alegou que não foi comunicada previamente da inclusão do processo no calendário. O exame desses embargos na Quinta Turma deverá ocorrer por videoconferência.

* Com informações da Rede Brasil Atual

 

 

 


Movimentos e entidades populares denunciam riscos da mineração de urânio e fosfato, no Ceará

As entidades e moradores do local denunciam que o projeto não apresenta viabilidade socioambiental e oferece riscos ambientais e à saúde

Projeto de exploração de urânio para energia nuclear e fosfato para fertilizantes, em Santa Quitéria apresenta riscos de contaminação à saúde das populações e ao meio ambiente. Foto: Diário do Nordeste

Da Página do MST

 

Movimentos populares, organizações e entidades lançam nota para denunciar a retomada do projeto de Mineração de Urânio e Fosfato em Santa Quitéria, no Ceará. O projeto também deverá causar impactos nos municípios de Itatira, Madalena e Canindé.

 

As entidades e moradores do local denunciam que o projeto não apresenta viabilidade socioambiental, oferece vários riscos ambientais e à saúde das populações que vivem no entorno da jazida e à saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras da mineração. “Os metais pesados e os elementos radioativos dispersos no ambiente pelas operações da mineração podem ser ingeridos ou inalados. Nesses casos, podem se acumular nos organismos e causar severos danos à saúde. Além disso, no projeto recentemente apresentado, foi alterada a fonte de energia para o complexo industrial e inserido o uso de coque de petróleo, que ocasionará a eliminação de gases tóxicos e metais pesados que podem contaminar o ambiente e comprometer a saúde das pessoas que vivem na região”, denunciam na nota.

 

O documento alerta ainda que a produção de combustível nuclear a partir do urânio provoca a geração de “energia suja, cara e perigosa através de usinas nucleares; para a produção de fertilizantes fosfatados e de ração animal”, utilizada para alimentar o modelo predatório do agronegócio, que concentra a terra, destrói o meio ambiente e impede a produção de alimentos saudáveis pela agricultura familiar camponesa do Semiárido.

 

Veja abaixo a nota na íntegra:

 

NOTA DE POSICIONAMENTO SOBRE A RETOMADA DO PROJETO DE MINERAÇÃO DE URÂNIO E FOSFATO EM SANTA QUITÉRIA, CEARÁ

Santa Quitéria é território livre de mineração de urânio e fosfato.

 

No entorno do depósito mineral de urânio e fosfato denominado jazida de Itataia, localizado próximo à fronteira entre os municípios de Santa Quitéria, Itatira, Madalena e Canindé, no Ceará, vivem mais de 150 comunidades. Entre elas, estão povos indígenas, comunidades quilombolas, comunidades camponesas e assentamentos da Reforma Agrária. Além desses povos tradicionais, existem vários distritos onde a produção e a comercialização de produtos da agricultura familiar camponesa geram trabalho digno e são fontes importantes de renda. São territórios de resistência, convivência com o Semiárido, saúde, transmissão intergeracional de conhecimentos e diversidade. Através da cultura popular sertaneja, da solidariedade e do respeito ao ambiente, eles tecem modos de vida baseados no cultivo da terra e na criação de pequenos animais; na preservação e na partilha de sementes crioulas; na produção de legumes, hortaliças, frutas e ervas medicinais e no cuidado com as águas.

 

Desde 2004, esses territórios resistem à exploração mineral dessa jazida através do que foi chamado de Projeto Santa Quitéria. A partir de então, foram construídas diversas pesquisas sobre os riscos desse projeto de mineração. Associações comunitárias, moradores/as, entidades, movimentos sociais e diferentes grupos de pesquisa da Universidade Federal do Ceará e da Universidade Estadual Vale do Acaraú, com apoio de outras instituições acadêmicas, produziram conhecimentos que resultaram, dentre outros, em pareceres técnicos e recomendações ao Ministério Público Federal, à Defensoria Pública da União e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), atestando a inviabilidade do empreendimento do ponto de vista social, ambiental e da saúde individual e coletiva.

 

Este último órgão negou, em 2019, após mais de cinco anos de análise, o pedido de licença ambiental para a mineração. A decisão foi motivada pela conclusão de que o projeto não apresentava viabilidade socioambiental. Porém, no final de setembro de 2020, a sociedade brasileira foi notificada da nova tentativa de pôr em operação a exploração de urânio e fosfato em Santa Quitéria. Em junho deste ano, enquanto atravessávamos o auge da crise provocada pela pandemia de Covid-19, foi apresentado ao Ibama um novo pedido de licenciamento.

 

Entretanto, permanecem as principais questões que levaram à conclusão sobre a inviabilidade socioambiental e os riscos do empreendimento para a saúde das populações locais, para as águas e para a vida na região. A inviabilidade hídrica do projeto é notória, tendo em vista a localização da jazida em pleno Sertão Semiárido, sua elevada demanda hídrica e as críticas projeções sobre as consequências das mudanças climáticas para o semiárido brasileiro, como aumento da aridez e da frequência de ocorrência das secas, que ameaçam intensificar as dificuldades de acesso à água na região. Diante dela, o Consórcio empreendedor, formado pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e pela empresa privada FOSNOR – Galvani S/A, com financiamento do Governo do Estado do Ceará e de seus órgãos de gerenciamento de recursos hídricos, insistem em remover do licenciamento ambiental a avaliação da viabilidade hídrica e dos impactos da construção da infraestrutura necessária para o abastecimento da mineração. As informações preliminares apresentadas no licenciamento causam profunda preocupação quanto ao volume (700 mil litros de água por hora) e à fonte de retirada das águas. Provoca indignação, ainda, que o governo estadual venha a público legitimar e oferecer segurança hídrica para o projeto que tantas vezes já teve sua insustentabilidade atestada.

 

Ainda sobre o tema hídrico, esse projeto oferece risco de contaminação por metais pesados e elementos radioativos de importantes bacias hidrográficas do Ceará, como é o caso da bacia do rio Acaraú. Esse risco é derivado da produção de material particulado (poeiras) contendo elementos como urânio, rádio, tório e chumbo pelas operações de desmonte, britagem, moagem de rochas e pela dispersão do material contido nas pilhas de rejeitos, provocada pela ação dos ventos.

 

Os riscos à saúde ambiental das populações que vivem no entorno da jazida e à saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras da mineração também permanecem como no projeto anterior. Os metais pesados e os elementos radioativos dispersos no ambiente pelas operações da mineração podem ser ingeridos ou inalados. Nesses casos, podem se acumular nos organismos e causar severos danos à saúde. Além disso, no projeto recentemente apresentado, foi alterada a fonte de energia para o complexo industrial e inserido o uso de coque de petróleo, que ocasionará a eliminação de gases tóxicos e metais pesados que podem contaminar o ambiente e comprometer a saúde das pessoas que vivem na região.

 

Da mesma forma, permanecem as tentativas de invisibilizar as comunidades que vivem no território; de não realizar a consulta livre, prévia e informada aos povos tradicionais; de subdimensionar a área diretamente e indiretamente afetada pelo empreendimento; de omitir os riscos do transporte rodoviário e das operações portuárias do material radioativo que se pretende escoar através da região metropolitana de Fortaleza e de se desresponsabilizar pelo monitoramento sobre os impactos à saúde.

 

A esse respeito, a construção de uma linha de base epidemiológica para aferir a situação de saúde referente às doenças diretamente relacionadas com a exposição a metais pesados e elementos radioativos, como alguns tipos de câncer e doenças renais, é indispensável sob uma perspectiva de responsabilidade socioambiental com as populações que vivem no entorno da jazida. Esse estudo segue ausente das propostas apresentadas pelo Consórcio Santa Quitéria, tanto no licenciamento ambiental anterior, como no atual.

 

Nesse e em outros aspectos desse projeto de mineração, observa-se um sistemático processo de ocultamento dos riscos, o que consiste em uma estratégia perversa de desinformação. As informações sobre radiação precisam ser disponibilizadas no licenciamento ambiental conduzido pelo Ibama. As comunidades afetadas e a sociedade interessada têm direito de decidir e de dizer não a mais esta tentativa de destruição das condições ambientais de vida no Estado do Ceará, no Brasil e no mundo.

 

Dizer sim à vida é dizer não para a produção de combustível nuclear a partir do urânio; para a geração de energia suja, cara e perigosa através de usinas nucleares; para a produção de fertilizantes fosfatados e de ração animal a partir do fosfato, que nessa jazida está ligado ao urânio e que pode ser veículo de dispersão de metais radioativos e de contaminação ambiental. Além disso, esses fertilizantes e a ração animal são pretendidos para alimentar o modelo predatório do agronegócio, concentrador de terras, destruidor de ecossistemas e diretamente relacionado ao crescimento acelerado do desmatamento e das queimadas criminosas em nosso país.

 

A alternativa que afirma a vida já está sendo cultivada há décadas nos territórios do entorno da jazida de Itataia através da agricultura familiar camponesa – com amplos conhecimentos e experiências sobre o manejo da terra e das águas no Semiárido, o cultivo agrícola e a criação de animais de pequeno porte, como caprinos, ovinos, abelhas, entre outros. Ela tem a capacidade de gerar trabalho e renda para a população local, com justiça social, hídrica e ambiental, sem contaminar o ambiente, esgotar a água e comprometer a saúde da região. Por isso, queremos ver o empenho e o investimento financeiro dedicados até aqui pelos governos federal e estadual para o início desse projeto inviável e perigoso de mineração passarem a ser direcionados para as famílias camponesas, indígenas e quilombolas; para o cultivo de seus projetos produtivos e para a regularização de seus territórios tradicionais.

 

Pelos motivos acima mencionados, os grupos, as entidades e os movimentos abaixo relacionados se posicionam veementemente contrários à nova tentativa de exploração mineral de urânio e fosfato em Santa Quitéria. Além disso, convocam o governo federal, o governo do estado do Ceará, este segundo na pessoa do Senhor Governador Camilo Santana, bem como os governos dos municípios abaixo citados, a se comprometerem com a absoluta transparência nos atos dos órgãos do executivo municipal, estadual e federal referentes a esse projeto; a abrirem um amplo e democrático diálogo com a sociedade cearense, em especial com a população dos municípios de Santa Quitéria, Itatira, Canindé e Madalena, sobre esse empreendimento; e a respeitarem a prioridade da alocação de água da região para o abastecimento humano e a dessedentação animal, conforme determina a legislação pertinente ao tema.

 

Ceará, Brasil, 24 de outubro de 2020.

 

Lista de assinaturas da nota: Organizações, entidades e movimentos nacionais ou regionais

 

Assinaturas Coletivas

 

Articulação Antinuclear Brasileira – AAB;

Articulação Nacional de Agroecologia – ANA;

Articulação Popular São Francisco Vivo;

Associação Brasileira de Agroecologia – ABA Agroecologia;

Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais – Abong BA/SE;

Associação Brasileira de Saúde Coletiva –Abrasco;

Associação Civil Alternativa Terrazul;

Associação Hibakusha Brasil pela Paz;

Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Geografia – ANPEGE;

Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior – ANDES/SN;

Brigadas Populares;

Campanha do Cerrado;

Coalisão por um Brasil Livre de Usinas Nucleares;

Comissão Pastoral da Terra – CPT/Nacional;

Comitê Chico Mendes.

Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente a Mineração – CNDTFM;

Comitê Regional da Articulação Antinuclear/PE;

Conselho Indigenista Missionário – CIMI da Região Nordeste;

Conselho Indigenista Missionário – CIMI do Regional Goiás e Tocantins;

Conselho Indigenista Missionário – CIMI Nacional;

Conselho Nacional dos Seringueiros.

Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas – CONAQ;

Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais Pelo Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – FBOMS;

Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental – FMCJS;

Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – IBASE;

Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul – Instituto PACS;

Justiça Global;

Movimento de Mulheres Camponesas – MMC;

Movimento do Pequenos Agricultores – MPA;

Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB;

Movimento dos Pequenos Pescadores e Pescadoras Artesanais – MPP;

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST;

Movimento Negro Unificado – MNU;

Movimento pela Soberania Popular na Mineração – MAM;

Observatório dos Conflitos do Extremo Sul do Brasil;

Projeto Brasil Popular;

Rede Brasileira de Justiça Ambiental – RBJA;

Rede de ONGs da Mata Atlântica – RMA;

Rede Nacional de Médicos e Médicas Populares;

Rede Saúde, Saneamento, Água e Direitos Humanos – RESSADH

Terra de Direitos;

Via Campesina Brasil;

Organizações, entidades e movimentos estaduais ou locais

 

Articulação Antinuclear do Ceará – AACE;

Articulação das Comunidades Quilombolas de Mirandiba – ASCQUIMI/PE;

Articulação Popular São Francisco Vivo / Baixo São Francisco Sergipe;

Articulação Sertão Antinuclear de Pernambuco;

Associação Comunitária de Bandarro – Quiterianópolis/CE

Associação Comunitária do Assentamento Bela Vista II – Santa Quitéria/CE;

Associação Comunitária do Assentamento Nova Brasília – Santa Quitéria/CE;

Associação Comunitária do Assentamento Piabas –Santa Quitéria/CE;

Associação Comunitária do Assentamento Roseli Nunes – Santa Quitéria/CE;

Associação Comunitária dos Assentados e Assentadas da comunidade Várzea da Cruz do Assentamento Raposa –Santa Quitéria/CE;

Associação Comunitária dos Assentados e Assentadas do Assentamento Picos de Cima – Santa Quitéria/CE;

Associação Comunitária dos Moradores de Riacho das Pedras –Santa Quitéria/CE;

Associação Comunitária dos Pequenos Produtores do Assentamento Três Marias – Santa Quitéria/CE;

Associação Comunitária dos Pequenos Produtores Rurais do assentamento Mirador –Santa Quitéria/CE;

Associação Comunitária dos Pequenos Produtores Rurais do Assentamento Pajé –ACPPRAP/Sobral/CE;

Associação Comunitária dos Pequenos Produtores Rurais do Assentamento Santa Maria II – Santa Quitéria/CE;

Associação Comunitária Nossa Senhora Aparecida do Assentamento Juá Gangorra –Santa Quitéria/CE;

Associação Comunitária Sebastião Santana dos Pequenos Produtores Rurais do Assentamento Grossos –Santa Quitéria/CE;

Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais – AATR;

Associação do Trabalhadores Rurais de Ubá – Santa Quitéria/CE;

Associação dos Geógrafos Brasileiros – AGB/Fortaleza;

Associação dos Moradores da Fazenda Várzea dos Pau Brancos – Santa Quitéria/CE;

Associação Movimento Paulo Jackson – Ética, Justiça, Cidadania;

Associação Nossa Senhora Aparecida do Assentamento Queimadas – Santa Quitéria/CE;

Associação para Grandeza e União de Palmas AGrUPa/RS;

Brigada Roseli Nunes – MST Santa Quitéria e Sobral/CE;

Cáritas Arquidiocesana de Fortaleza;

Cáritas Brasileira Regional Ceará;

Cáritas Diocesana de Crateús;

Cáritas Diocesana de Crato;

Cáritas Diocesana de Iguatu;

Cáritas Diocesana de Itapipoca;

Cáritas Diocesana de Limoeiro do Norte;

Cáritas Diocesana de Sobral;

Cáritas Diocesana de Tianguá;

Casa de Quitéria/Baixio das Palmeiras – Crato/CE;

Casa de Sementes João Patriolino da comunidade Riacho das Pedras –Santa Quitéria/CE;

Casa de Sementes Manoel Eufrázio Gomes do Assentamento Morrinhos – Santa Quitéria/CE;

Ceará no Clima;

Centro de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável do Semiárido / ONG Cactos;

Centro de Cultura e Educação Popular – CECUP/BA;

Centro de Estudos em Geografia do Trabalho/UNESP;

Centro Dom José Brandão de Castro – SE;

Coletivo Margarida Alves de Assessoria Popular;

Coletivo Rebento – Médicas e médicos em defesa de ética, da ciência e do SUS;

Comissão de Direito Ambiental da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Ceará;

Comissão Estadual de Quilombolas Rurais do Ceará – CEQUIRCE;

Comissão Pastoral da Terra – CPT Mossoró

Comissão Pastoral da Terra – CPT/Regional Ceará;

Comitê Popular dos Atingidos pela Mineração de Itabira e Região;

Conselho Pastoral dos Pescadores – Regional Ceará;

Convergência pelo Clima – BA;

Cooperativa Agropecuária dos Produtores do Ceará – AGROPAC/Santa Quitéria/CE;

Cooperativa Sertaneja Cearense – FAPE/Itatira;

Coordenadoria Ecumênica de Serviço – CESE;

Diocese de Sobral/Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos;

Escola Família Agrícola Jaguaribana Zé Maria do Tomé – Tabuleiro do Norte;

Escritório de Direitos Humanos e Assessoria Jurídica Popular Frei Tito de Alencar;

Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Ceará – FEPOINCE;

Fórum Cearense de Mulheres – FCM;

Fórum de Microrregional de Juventudes de Sobral;

Fórum Justiça – CE.

Fórum Popular da Natureza – Núcleo Bahia;

Fórum Popular das Águas do Cariri/CE;

Greenpeace Fortaleza;

Grupo Ambientalista da Bahia – GAMBA;

Grupo de Estudos de Saúde e Trabalho Rural/UFMG;

Grupo de Estudos e Práticas Interdisciplinares em Agroecologia/UFC;

Grupo de Estudos sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente/UFMA

Grupo de Estudos sobre Temáticas Ambientais – GESTA/UFMG;

Grupo de Jovens Sementes do Sertão / Assentamento Morrinhos – Santa Quitéria/CE;

Grupo de jovens Unidos pela Fé em Cristo – UFC / Comunidade Riacho das Pedras – Santa Quitéria/CE;

Grupo de Pesquisa e Articulação Campo e Território – NATERRA/UECE;

Grupo Política, Economia, Mineração, Ambiente e Sociedade – PoEMAS/UFJF;

Ilê oca Casa de tradições Afro Indígenas;

Instituto Mãos da Terra – IMATERRA/BA;

Instituto Terramar;

Instituto Verde Luz;

Jovens pelo Clima – MMM Ceará;

Laboratório de Estudos do Campo, Natureza e Território – LECANTE/UECE;

Laboratório de Geografia Agrária do Centro de Ciências Humanas – CCH/UEVA;

Mandato É Tempo de Resistência – Dep. Renato Roseno PSOL/CE;

Movimento 21 do Baixo Jaguaribe/CE;

Movimento dos trabalhadores Sem Tetos – MTST/Ceará;

Movimento Proparque;

Movimento Salve as Serras – SAS Bahia;

Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Questão Ambiental e Serviço Social –NEPASS/UFPE;

Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial – NEDET/UEVA;

Núcleo de Pesquisa e Estudos das Comunidades Camponesas – NUPESCC/UFPI;

Núcleo Trabalho, Ambiente e Saúde – TRAMAS/UFC;

Organização Popular do Aracati – OPA;

Pastoral da Juventude Rural – PJR

Povo Anacé da Japuara Terra Indígena Tradicional – T.I.T;

Povo Pankará Serrote dos Campos do município de Itacuruba/PE;

Programa de Pós-graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho da UFBA;

Quilombo Poços dos Cavalos do Município de Itacuruba/PE;

Rede Estadual de Juventudes do Ceará;

Rede Nacional de Advogadas e advogados Populares RENAP/CE;

Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará – ADUFC;

Sindicato dos Professores/as de Crateús/CE;

Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Itatira;

Sociedade Angrense de Proteção Ecológica – SAPÊ;

União pela Preservação do Camaquã – UPP;

Centros internacionais

 

Collectif Halte au Nucléaire du Gard – França;

 

Centres d’Etudes du Développement en Amérique Latine – CEDAL/França;

 

Comité pour les droits humains en Amérique latine – CDHAL/Canadá;

 

Assinaturas Individuais

 

Professores(as) de Santa Quitéria

 

Prof. Antônio Alexandre Carlos de Sousa;

Prof. José Roberto Umbelino do Nascimento;

Prof. Querubim Lopes Braga;

Profa. Anastácia Mimosa Pereira;

Profa. Quitéria Vanderléia Martins Sampaio;

Profa. Francistella Timbó Aquino;

Profa. Márcia Almeida dos Santos;

Profa. Maria Glauciene de castro Sousa;

Profa. Raquel Farias de Mesquita

Profa. Rossana Magalhães Farias

Profa. Salvador Holanda;

Profa. Sandra Duarte de Sousa Sales;

Professores(as) de Itatira

 

Prof. Antônio Alexandre Abreu de Sousa;

Prof. Francisco Wesley Carlos Sales;

Prof. Jardel Umbelino de Sousa;

Prof. Josivan Alves Barbosa;

Prof. Marcos Lennon Jucá Lopes;

Profa. Alexandra Viana de Morais;

Profa. Ana Francisca de Oliveira Torres;

Profa. Antônia Alzeleny Viana Nunes;

Profa. Francisca Mayra Alves Pereira;

Profa. Francisca Samara Marcolino;

Profa. Maria da Piedade Viera;

Profa. Maria Leidiane Ferreira de Freitas;

Profa. Maria Lúcia da Cruz;

Profa. Maria Marcilia Sousa Ferreira;

Profa. Nádia Maria Rodrigues Morais

Professores(as) da Universidade Federal do Ceará – UFC

 

Prof. Antônio Jeovah de Andrade Meireles;

Profa. Carmem E. Leitão Araújo;

Prof. Guilherme Henn;

Prof. José Roberto;

Profa. Lígia Regina Franco Sansigolo Kerr;

Profa. Maria Vaudelice Mota;                                                                   

Profa. Maxmiria Holanda Batista;

Profa. Mônica Cardoso Façanha;

Profa. Raquel Maria Rigotto;

Prof. Roberto da Justa Pires Neto;

Profa. Terezinha do Menino Jesus Silva;

Profa. Virgínia Oliveira Fernandes Cortez;

Pesquisadores(as) da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz Ceará

 

Ana Cláudia de Araújo Teixeira – Observatório da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, Floresta e Águas – Teia de saberes e práticas (Obteia)

Fernando Ferreira Carneiro – Observatório da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, Floresta e Águas – Teia de saberes e práticas (Obteia);

Vanira Matos Pessoa – Observatório da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, Floresta e Águas – Teia de saberes e práticas (Obteia);

Instituições Nacionais e Instituições internacionais

 

Azril Bacal Roij – Ingeniero agronomo, Sociólogo y Profesor Universitario;

Martha Priscylla Monteiro Joca Martins – doutoranda em direito na Universidade de Montreal (Canada);

Virginia Vargas Valente – Articulación Feminista Marcosur / América Latina

Uppsala/Suécia;

Cândido Grzybowski – Sociólogo e Presidente do Conselho Gestor do IBASE;

Francisca Edna Camelo Torres – Coordenadora da EEM Júlia Catunda Santa Quitéria;

Dagmar Olmo Talga – Essá Filmes, Gwatá/UEG;

Quitéria Elieuda Camelo de Lima – Diretora do colégio Júlia Catunda de Santa Quitéria;

Eliandro Mesquita Magalhães – PSB/SQ;

Marcos Paulo Campos – Professor da UVA e coordenador do Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial – NEDET;

Maria Ângela Cassimiro – Partido dos Trabalhadores – Santa Quitéria/CE;

Ruben Siqueira – CPT/BA.

*Editado por Solange Engelmann

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