segunda-feira, 31 de julho de 2023
O silêncio governamental sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial do Brasil
Disputa política nos bastidores, contrapõe Petrobras, MME, Ibama e o interesse de pelo menos seis estados
Publicado em 30/07/2023
às 13:27
Exploração de petróleo em alto mar
Levantamentos superficiais que precisam ser confirmados com perfurações sofisticadas, estão à espera da solução de uma luta, que embora titânica, segue ocorrendo silenciosamente nos bastidores do poder, a partir de Brasília. Envolve a gigante Petrobras S.A. (Petrobras), o Ministério das Minas e Energia (MME) e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), o poderoso órgão regulador ambiental do governo federal. Aflitos e atônitos, seis estados da região mais pobre do Brasil: Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, aguardam o desenrolar dos fatos.
São nesses seis estados, cujos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) têm como competidores diretos países africanos paupérrimos e sem recursos naturais, que o governo proibiu sondagens exploratórias de pesquisa para quantificar o que já é chamado de Novo Pré-Sal, por especialistas da área de energia, petróleo e gás natural, na faixa marítima que se estende do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte, e inclui cinco bacias sedimentares (Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar). Tal exploração já é uma realidade nos países vizinho da Guiana e do Suriname, que estão mudando da água para o vinhos as suas economias.
Mapa de exploração de petróleo e gás natural na Margem Equatorial
A recente decisão do Ibama que negou a licença sustentado em parecer técnico para a atividade de perfuração de um poço pioneiro pela Petrobras na Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira trouxe ao centro das discussões a transição energética necessária para garantir que o Planeta não superaqueça. A decisão é urgente, uma vez que muito antes do que era previsto há poucos anos está ocorrendo agora: eventos climáticos cataclísmicos, morte, destruição e prejuízos trilionários somando-se os eventos recentes ao redor do mundo.
Audiência da Comissão de Minais e Energia da Câmara os Deputados
Atualmente, existem 41 blocos exploratórios sob concessão na região, todos fruto da 11ª Rodada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), ocorrida em 2013. A então diretora-geral da ANP na época da concessão, Magda Chambriard, afirmou em audiência pública no dia 14 de junho na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, que a rodada foi pensada para descentralizar a atividade petrolífera no Brasil, concentrada no Sudeste.
Desde então, no entanto, a produção na margem equatorial tem sido marginal, motivada por fatores como dificuldades para a obtenção das licenças ambientais e centralização de investimentos petrolíferos na camada pré-sal, na bacia de Santos.
A gerente-geral de licenciamento ambiental da Petrobras, Daniele Lomba, afirmou aos deputados que a companhia tem tecnologia de ponta capaz de minimizar eventuais riscos ambientais da atividade, como vazamentos de óleo. “A gente tem uma capacidade bem robusta. Pelos nossos modelos, no pior caso, de vazar 1.500 metros cúbicos/dia de óleo, a gente tem capacidade para recolher 8.900 metros cúbicos. Então a gente tem estrutura”, disse Lomba.
Ela também afirmou que a elaboração da Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) não é de responsabilidade da Petrobras, e sim dos ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente. O documento avalia os riscos ambientais da presença de poluentes nos sedimentos e as consequências aos ecossistemas.
“Fontes de energia fósseis coexistirão com as renováveis”, atesta relatório apresentado pela Gerente Executiva de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petróleo Brasileiro S.A (Petrobras), Daniela Lomba.
Dados apresentados na audiência da Comissão de Minais e Energia da Câmara os Deputados
• Apesar de decrescente, a demanda global de petróleo projetada se mantém essencial em todos os cenários alinhados ao Acordo de Paris;
• Mesmo em cenários de transição energética acelerada, onde todos os compromissos assumidos pelos países visando a neutralidade de emissões são cumpridos (International Energy Agency – IEA, 2022), a demanda de petróleo modelada para o Brasil e região é crescente, passando por um pico em 2030, mas maior em 2050 do que em 2021;
• O petróleo brasileiro deverá substituir outros produzidos com mais emissão, frequentemente, retratado nos países desenvolvidos.
Durante a audiência pública, o secretário de Meio Ambiente do Pará, Mauro de Almeida, informou que os secretários dos estados da Amazônia Legal enviaram uma carta ao Ibama concordando com a exploração de petróleo e gás na Foz do Amazonas, pois dizem que os recursos podem ajudá-los a resolver questões econômicas e sociais da região.
Muitos debatedores pontuaram, no entanto, que é preciso equilibrar as necessidades de produção de petróleo com a transição energética, e a qualidade de vida das populações locais da Amazônia, citando os compromissos do país com a Convenção Quadro de Mudanças Climáticas, com o Acordo de Paris e com a Convenção sobre Biodiversidade, de preservação de recursos naturais.
Licenciamento
A ausência da AAAS foi um dos pontos levantados pelo Ibama para negar a licença ambiental à Petrobras em maio. Também presente ao debate, o coordenador-geral de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Marinhos e Costeiros do Ibama, Itagyba Alvarenga, afirmou que o órgão entende que a falta do documento impede uma melhor avaliação sobre o impacto da atividade exploratória na margem equatorial.
Ele disse ainda que o Ibama está aberto ao diálogo para resolver o impasse. “O Ibama tem sido um grande parceiro do setor energético do país. Boa parte do desenvolvimento do pré-sal se deve a eficiência do processo de licenciamento ambiental”, disse Alvarenga.
Disputa
O Brasil atuará com “mão firme” para cumprir etapas ambientais e avançar na exploração de petróleo e gás na margem equatorial brasileira, afirmou 5) o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Efrain Cruz, ressaltando que a pasta está empenhada apesar das negativas do Ibama.
Ao ler um discurso enviado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, Cruz frisou ainda que o país não pode prescindir da exploração na região, que engloba bacias sedimentares do Rio Grande do Norte ao Amapá, com grande potencial para descobertas, mas enormes desafios ambientais.
Ao iniciar sua fala, Cruz mencionou que o tema foi discutido em uma reunião com o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante.
“Estávamos falando da dificuldade e do enfrentamento que foi explorarmos o pré-sal brasileiro [no passado] e não é diferente do que estamos vivenciando hoje com a margem equatorial”, disse Cruz, durante cerimônia de assinatura dos contratos do 1º Ciclo da Oferta Permanente no Regime de Partilha de Produção de Petróleo no pré-sal, em Brasília.
“Pela coragem, pela resiliência e pela capacidade de articulação do presidente Lula à época, hoje estamos aqui assinando esses contratos de partilha.”
Na época em que o pré-sal foi descoberto, nos primeiros mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o país optou por adiar a concessão de novas áreas exploratórias enquanto um novo regime fiscal exploratório fosse desenvolvido.
No caso da margem equatorial, houve nos últimos anos debates intensos que envolvem os desafios ambientais da região, onde não há a realização de novos poços exploratórios desde 2015.
O Ibama negou, em maio deste ano, um pedido de licença ambiental da Petrobras para uma perfuração na bacia Foz do Amazonas, uma das áreas que integra a margem equatorial. A petroleira recorreu então da decisão.
Para o órgão ambiental, a autorização depende da realização de uma AAAS (Avaliação Ambiental de Área Sedimentar), estudo que ficaria a cargo do Ministério de Minas e Energia e do Ministério do Meio Ambiente, para análise mais ampla da região, a fim de avaliar se ela está apta a ser explorada.
No final de maio, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, afirmou que a região é pouco estudada e, por isso, os impactos ambientais não estão bem detalhados na documentação apresentada até o momento.
Cruz destacou ainda perspectivas do país de aumentar a produção nacional de petróleo, o que o ministério considera fundamental para que haja êxito durante o processo de transição energética no país.
Esses planos, no entanto, se chocam com a necessidade de frear o uso de combustíveis fósseis para combater as mudanças climáticas.
Segundo Agência Internacional de Energia, para zerar as emissões líquidas de carbono até 2050, é essencial que não sejam feitos investimentos em novos projetos de combustíveis fósseis. A meta é um dos passos para cumprir o Acordo de Paris e limitar o aquecimento global em 1,5°C.
ANP e avanços exploratórios
Também presente no evento, o diretor-geral da reguladora do setor de petróleo ANP, Rodolfo Saboia, defendeu a realização de novos leilões e também o avanço da exploração nas novas fronteiras exploratórias.
Segundo ele, a autarquia tem a expectativa de que seja possível anunciar uma nova rodada permanente de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural ainda neste ano.
O início do quarto ciclo de oferta permanente “depende apenas de manifestação de interesse por parte de empresas interessadas e nós temos a expectativa de isso possa ocorrer em breve”, afirmou.
“Para além disso, desejamos manter a produção crescente a partir de 2030. Precisaremos também buscar novas fronteiras exploratórias, essa é uma escolha estratégica que a sociedade precisa fazer e a ANP está pronta a fornecer todas as informações necessárias para que essa escolha seja consciente e bem informada”, afirmou.
Passados dez anos do primeiro leilão do pré-sal sob regime de partilha de produção, o Brasil falhou em confirmar novas grandes descobertas até agora, e a indústria do país urge por novos caminhos exploratórios que permitam manter a curva de produção em ascensão, antes que ela comece a declinar já a partir de próxima década.
Fala do ministro
Indagado sobre a discussão ‘”acalorada” sobre a exploração de petróleo na região da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, o ministro disse que não se trata de uma questão divergente da sustentabilidade. “Fizeram uma narrativa que não é verdadeira de uma exploração na Foz do Amazonas. Nós estamos tratando de um pedido de pesquisa da Petrobras a 500 quilômetros da Foz do Amazonas, a 188 quilômetros do Oiapoque”, disse, ressaltando que é preciso compreender que a Margem Equatorial não está apenas no Amapá. “Está no Ceará, no Piauí, no Rio Grande do Norte, no Maranhão, no Pará e Amapá.”
Declínio
Durante a audiência pública, os convidados também defenderam a ativação da nova fronteira. O diretor do Departamento de Política de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, Rafael Bastos, afirmou que estudos recentes do governo apontam que a produção de petróleo e gás no pré-sal, hoje responsável por quase 80% da produção nacional, vai declinar no médio prazo.
“Se não houver reposição de reservas, na década de 2030 poderemos ter o risco de perder a autossuficiência de petróleo e termos a necessidade de importar petróleo bruto”, afirmou. A mesma advertência foi feita pelo diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia. “Se não produzirmos petróleo, teremos que importá-lo”, disse.
Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.
Amazônia, Congresso Nacional, Economia, Energia, Meio Ambiente, Política
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Remo vence o Ypiranga-RS e sob
Paysandu arranca empate diante do América-RN na Arena das Dunas e segue no G8 da Série C
O Papão teve a chance de virar a partida com duas oportunidades claras na reta final
Publicado em 30/07/2023
às 18:38
O Paysandu Sport Club conseguiu um ponto importante no Campeonato Brasileiro da Série C. Na tarde deste domingo (30), o Papão encarou o América-RN, na Arena das Dunas, em Natal, e arrancou um empate precioso em 1 a 1, pela 15ª rodada da competição nacional. O Mecão estava vencendo com o gol de Álvaro, aos 47 minutos do primeiro tempo, com o time bicolor empatando com o artilheiro Mário Sérgio, aos 43 minutos da segunda etapa.
Com o resultado, o Paysandu segue dentro do G8, agora somando 22 pontos e em 8° lugar na tabela de classificação. O próximo jogo do Papão será diante do Altos-PI, Estádio Lindolfo Monteiro, em Teresina. A partida será válida pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série C.
O jogo: Ponto precioso do Papão!
O América começou melhor. Após bola na área, Matheuzinho emendou um voleio, e a bola foi para fora. O Paysandu deu o troco, depois que Robinho cobrou escanteio e Paulão cabeceou pela linha de fundo, levando perigo. Elvinho tentou para o Mecão e arriscou de fora da área, a bola passou por cima da meta bicolor. O Papão tramou bem a jogada pela esquerda, a bola sobrou de dentro da área para Nicolas Careca que foi bloqueado na hora da finalização.
Outra vez Nicolas Careca tentou para o time alviceleste, o atacante chutou de fora da área e assustou o goleiro Bruno Pianissolla. O árbitro paralisou a partida devido à confusão entre as torcidas nas arquibancadas da Arena das Dunas. No retorno do jogo, o América abriu o placar. Matheuzinho cruzou na área, Nicolas Careca não conseguiu cortar e a bola sobrou para Álvaro, que não perdoou e marcou, aos 47 minutos, 1 a 0.
No segundo tempo, o Paysandu chegou tocando bem a bola, Gustavo Custódio já dentro da área finalizou e o goleiro Bruno Pianissolla defendeu em dois tempos e salvou os donos da casa. Depois de uma sobra de bola, João Lucas arriscou de fora da área, a bola passou assustando contra a meta do goleiro bicolor Matheus Nogueira. Em mais uma tentativa americana, Álvaro disparou de fora da área e Matheus Nogueira salvou outra vez o time paraense.
Após cobrança de escanteio do lado esquerdo, Vinícius Paulista cabeceou dentro da pequena área, a bola quicou e passou por cima da meta do goleiro Matheus Nogueira. Uma chance incrível desperdiçada pelo América. O Paysandu teve a chance do empate, quando Nino Paraíba cruzou da direita e Eltinho cabeceou por cima da meta do goleiro Bruno Pianissolla. Minutos depois, Bruno Alves chutou cruzado e Mário Sérgio não conseguiu chegar na bola, perdendo uma grande oportunidade para o time bicolor.
No lance seguinte, Paulão lançou pelo meio, a bola chegou até Mário Sérgio, o Super Mário da Curuzu, acertou um belo chute e marcou um golaço, deixando tudo igual, aos 43 minutos, 1 a 1. O Papão teve duas chances reais para virar a partida. Após bola na área, Mário Sérgio furou e o goleiro Bruno Pianissolla fez a defesa. Na sequência, depois da jogada pela esquerda, Leandrinho finalizou e a bola passou com muito perigo, quase a virada alviceleste. Placar final: América-RN 1 x 1 Paysandu.
quinta-feira, 20 de julho de 2023
João Pedro Stedile debaterá o projeto popular para o Brasil
João Pedro Stédile, estará em Aracaju para participar da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária
NotasNotícias
20 de julho de 2023
Nos dias 24 e 25 de julho, segunda e terça-feira, respectivamente, o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, estará em Aracaju (SE) para participar da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (JURA). A JURA constitui um espaço estratégico de resistência ativa que se articula com as Instituições de Ensino Superior; Grupos, Núcleos e Laboratórios de Estudo e Pesquisa; Programas de Pós-Graduação; Coletivos de Trabalho; Estudantes, Sindicatos, Movimentos e Organizações Populares do Campo e da Cidade, em torno da luta para enfrentar a questão agrária e o modelo de desenvolvimento centrado no agronegócio brasileiro.
De acordo com a organização, o objetivo do evento em Sergipe é retomar os debates na Universidade Federal de Sergipe (UFS) acerca da reforma agrária popular, visando o fortalecimento de ações capazes de enfrentar os desafios postos na atual conjuntura brasileira. O evento configura-se como espaço de aglutinação e resistência à criminalização dos movimentos sociais e à CPI do MST.
No dia 24, segunda-feira, às 13h30, será realizado o Minicurso: Reforma Agrária Popular e o Projeto de Desenvolvimento para o Brasil, ministrado por João Pedro Stédile (Coordenador Nacional do MST). O minicurso será voltado para estudantes, professores/as dos multicampi da UFS e dos Institutos Federais, lideranças de movimentos sociais, no auditório da Adufs. Na ocasião, serão debatidos o projeto de desenvolvimento para o Brasil em disputa: agenda neoliberal e agronegócio versus matriz de produção, alimentos saudáveis, agroecológica, lutas populares do campo e da cidade, da floresta e das águas. Haverá, também, transmissão ao vivo pelo Youtube da ADUFS.
No dia seguinte, dia 25, terça-feira, haverá a palestra: A Criminalização dos Movimentos Sociais e a CPI do MST (com transmissão pelo Youtube da ADUFS), às 19h, no auditório da Didática VII da UFS, também com João Pedro Stédile (Coordenador Nacional do MST) e a debatedora: Profa. Dra. Christiane Senhorinha Soares Campos – Depto. de Economia (DEE). A mediadora da mesa será a Profa. Dra. Josefa de Lisboa Santos, e o evento tem como público-alvo estudantes, professores/as, lideranças de movimentos sociais e coletivos da comunidade.
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Taxa de mortes violentas na Amazônia Legal é 54% superior ao resto do país
O índice na região amazônica cresceu significativamente ao longo da última década
Notícias
20 de julho de 2023
No Brasil inteiro, no ano passado, foram registradas 47.508 mortes violentas intencionais. Foto: Reprodução
Do Brasil de Fato | São Paulo (SP)
A taxa de mortes violentas intencionais nos municípios da Amazônia legal é de 33,8%, enquanto nos demais municípios o índice é igual a 21,9%. Os dados são do 17º anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado nesta quinta-feira (20).
Trata-se do maior percentual do país, embora a região seja responsável por apenas 13,6% da população brasileira, de acordo com o Censo 2022. A diferença entre a taxa da Amazônia legal e dos demais municípios representa uma margem de aproximadamente 54%.
O índice de mortes violentas na região amazônica cresceu significativamente ao longo da última década. Em 2012, as mortes violentas nessa região representavam 15,6% do total nacional.
Paralelamente, outras regiões do Brasil tiveram um movimento inverso. O Sudeste, por exemplo, respondia por 30% das mortes violentas intencionais do país em 2012. Após 10 anos, essa taxa caiu para 25,1%. O Centro-Oeste, apesar de abrigar um estado da Amazônia Legal, o Mato Grosso, também apresentou uma redução significativa, passando de 9,3% para 7,7% no mesmo período.
No Brasil inteiro, no ano passado, foram registradas 47.508 mortes violentas intencionais – o termo agrega as vítimas de homicídio doloso, incluindo feminicídios e policiais assassinados, roubos seguidos de morte, lesão corporal seguida de morte e as mortes decorrentes de intervenções policiais. Relativamente, o número representa 23,4 mortes violentas intencionais a cada 100 mil habitantes. Ainda que o número absoluto represente um recuo de 2,4% em relação ao ano de 2021, o FBSP destaca que as taxas são expressivamente elevadas.
Nas regiões Sul e Centro-Oeste, as taxas aumentaram 3,4% e 0,8% entre 2021 e 2022, respectivamente. No Sudeste e Norte, houve uma redução de 2% e 2,7%, também respectivamente. A região Nordeste foi a que teve maior redução, de 4,5% de queda, o que significa 889 vidas poupadas.
Na escala dos estados, Amapá foi o mais violento, com 50,6 mortes violentas por 100 mil habitantes, mais do que o dobro da média nacional. Na sequência, aparece a Bahia com 47,1 por 100 mil. Na terceira posição, está o Amazonas, com taxa de 38,8 por 100 mil. Os estados com menores taxas foram São Paulo, com 8,4 mortes por 100 mil habitantes, Santa Catarina, com 9,1 por 100 mil, e o Distrito Federal, com taxa de 11,3.
O aumento das taxas em determinados estados está relacionado, de acordo com o fórum, com o racha entre as organizações criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho.
Tanto o PCC como o CV têm suas raízes no Sudeste, mas durante os anos 2000 ampliaram suas influências para além dessa região, estabelecendo colaborações com organizações criminosas locais, que também estavam envolvidas no tráfico de drogas. O PCC, em particular, intensificou essa expansão entre 2012 e 2018, realizando aproximadamente 18 mil novas adesões durante esse período, a maioria delas fora do Sudeste.
Edição: Leandro Melito
Arraiá Julino #TôComMST acontece neste sábado (22), em Curitiba
Festa camponesa chegou na cidade com comida boa, música, quadrilha e show de prêmios
Notícias
20 de julho de 2023
Evento é gratuito e está arrecadando alimentos, agasalhos e cobertores para a campanha de inverno. Foto: Coletivo comunicação MST/PR
Por Jade Azevedo
Da Página do MST
Neste Sábado (22), a partir das 12h, horário do almoço no Sindiquímica, Cidade Industrial de Curitiba (CIC), Paraná, acontece a festa julina do MST. O evento é gratuito e está arrecadando alimentos, agasalhos e cobertores para a campanha de inverno.
Com o objetivo de unir a classe trabalhadora do campo e da cidade em uma celebração pelo novo projeto popular do Brasil, o MST no Paraná está organizando uma festa animada, com atrações artísticas como a Cia Mirabólica, Will da Pisadinha e o grupo Geração Nativa, que vem do Assentamento Eli Vive puxar a quadrilha e animar a festa com bailão pra lá de bom.
Foto: Coletivo comunicação MST/PR
Na festa serão servidas várias opções de comida, a maioria trazendo um cardápio camponês, como quirera, arroz com carne de porco, caldos de feijão e mandioquinha. Todos eles também têm uma opção vegana. De lanche não vai faltar pastel, buraco quente, canjica, bolo de milho e pipoca.
Foto: Coletivo comunicação MST/PR
Com muitas brincadeiras, música e comida boa, o arraiá é para toda a família. Para a criançada o evento organizou jogos como pescaria, boca do palhaço, argolas, oficina de bichinhos de bexiga, pintura facial, desenhos de milho, cama elástica e piscina de bolinhas.
Tem comida, brincadeiras, música, quadrilha e show de prêmios
Com 10 rodadas em que você concorre a diversos prêmios que vão de kit churrasco à Cesta da Reforma Agrária, vale combustível, almoço para casal, massagem relaxante e até premiação em dinheiro. E não precisa esperar até chegar o dia da festa. Dá para comprar a cartela do show de prêmio pelo WhatsApp (45) 99825-0519.
Confira abaixo todos os prêmios:
1º – R$ 2 mil;
2º – Kit churrasco com 2 quilos de picanha bovina, 2 kg de picanha suína, 2 kg de linguiça, 1 caixinha de cerveja e 1 cachaça camponesa;
3º – Almoço para casal no Restaurante Pertutti;
4º – Cestas de produtos da Reforma Agrária do MST;
5º – Vale de 40 litros de combustível;
6º – Pacote de 10 sessões de massagem modeladora ou massagem relaxante;
7º – 1 voucher de R$100,00 reais da 257 PizzaShop;
8º – Aplicação de piercing em R$ 130;
9º – 1 kit do MST com 1 avental, uma camiseta, 1 boné, uma bandeira e 1 livro;
10º – 1 kit festa com bolo de 3 kg, 80 docinhos, 80 salgados e 4 litros de refrigerante.
Serviço
Arraiá Tô com o MST
Data: Sábado – 22/07/23
Local: Rua Senador Accioly Filho, 851, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC)
Horário: a partir do meio-dia (12h)
Mais informações: https://www.instagram.com/marmitas_daterra/
*Editado por Solange Engelmann
Mineradora britânica investe R$ 2,6 bilhões para produzir níquel no Pará
Unidade deve começar a operar em 2024, com produção prevista de 14,5 mil toneladas do material por ano; segunda linha está em estudo de viabilidade
Publicado em 18/07/2023
às 23:21
A Horizonte Minerals, com sede em Londres, foi autorizada a extrair minérios no município de Conceição do Araguaia (PA), no Projeto Araguaia Níquel, no qual planeja investir US$ 537 milhões (R$ 2,6 bilhões). É o maior investimento greenfield (em uma nova subsidiária com a construção de instalações do zero) em níquel no Brasil, estima Tiago Miranda, diretor financeiro da companhia.
A Linha 1, que recebeu o aporte, produzirá 14,5 mil toneladas de níquel por ano, com primeiro metal previsto para março de 2024. O empreendimento está com mais de 58% das obras concluídas. A vida útil da mina é de 30 anos, conforme as reservas certificadas.
Num momento em que se debate a possibilidade de déficit de níquel devido à produção de baterias elétricas no futuro, a empresa optou por atender a demanda presente, que também está em ascensão. Na Linha 1, produzirá ferroníquel, voltado para o mercado global de aço inox, que representa 72% da demanda global por níquel, contra 12% das baterias.
A Linha 2 está em estudo de viabilidade, previsto para ficar pronto no segundo semestre. Nela, a companhia estuda a possibilidade de produzir níquel matte, usado na fabricação de baterias, com uma parte do produto do forno.
Horizonte espera que extração comece em 2024 Foto: Marcos Arcoverde/Estadão
O empreendimento aproveitará a infraestrutura e serviços da Linha 1. Vai dobrar a produção do projeto, e a empresa espera ter maior flexibilidade de produção, menor intensidade de capital e maiores margens operacionais.
“A Linha 2 é uma cópia da Linha 1. Já fizemos toda a infraestrutura: terraplenagem, mina, obras civis. Só faltam a planta e os equipamentos, que vão rodar simultaneamente e paralelo”, diz Miranda. “Só precisamos da planta, incluindo equipamentos de britagem, peneiramento, secador e forno. Será uma redução importante de investimentos.”
A investida da companhia está no bojo de investimentos em níquel no Brasil, que somam US$ 2,34 milhões (R$ 11,2 bilhões) no período de 2023 a 2027, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). O estudo do instituto indica aumento de 60% nos investimentos em níquel em relação à janela de 2023-2026.
A participação brasileira no segmento ainda é tímida. A mineradora Vale é uma das maiores produtoras globais, mas a produção está concentrada no Canadá. Em território nacional, a principal produtora é a Anglo American Níquel Brasil Go, com fatia de 56%, que atende os mercados interno e externo.
Para viabilizar o capex (investimentos em bens de capitais) destinado à Linha 1, a Horizonte fechou um pacote de financiamento de US$ 713 milhões (R$ 3,4 bilhões), com uma combinação de dívida sênior de longo prazo e equity (parcela integralizada pelos sócios por meio de emissão de novas ações).
“Houve alguma dificuldade para levantar o capital porque não temos outros projetos, mas conseguimos um instrumento de dívida com cinco bancos — BNP Paribas, Société Générale, Natix, ING e Sek — somando US$ 346 milhões”, conta o executivo. O BNP Paribas liderou a operação.
Do montante aportado pelo consórcio de bancos, US$ 146 milhões (R$ 701 milhões) tiveram cobertura das agências de fomento internacionais da Finlândia (Finnvera) e da Dinamarca (EKF), países de onde veio a maior parte dos equipamentos.
A parte de equity foi composta pelos três sócios principais: o fundo luxemburguês La Mancha Resource Capital, a asset americana Orion Resource Partners e a mineradora anglo-suíça Glencore. Formada em 2006, a companhia está listada em Londres e no Canadá.
Na fase atual — até o fim de maio —, o Projeto Araguaia Níquel emprega cerca de 3 mil trabalhadores, entre contratados e terceirizados. Durante a operação, vai gerar 500 postos por 30 anos.
Com a autorização junto à Secretaria de Meio Ambiente do Pará, a companhia vai iniciar a extração para formar estoque. A etapa vai durar seis meses, focada no comissionamento. Serão formados estoques suficientes para alimentar a planta nos seis meses seguintes.
Os projetos foram desenhados para ter baixa emissão de carbono. A empresa firmou contrato de compra de longo prazo de energia elétrica. “A energia elétrica representa 30% do custo total de produção. Garantimos 100% da energia elétrica para cinco anos e 70% para os anos seguintes, a preços competitivos, o que torna o Araguaia um projeto de baixo custo quando comparado com projetos na China e na Indonésia”, detalha Miranda.
Para assegurar a logística, a Horizonte fechou acordos portuários de longo prazo, garantindo acesso para a importação de matérias-primas, como carvão, com o Grupo Atlântica Matapi, e para a exportação do produto final, com a Santos Brasil. Os acordos se referem ao Porto de Vila do Conde, no Pará.
Fonte: Estadão
investimento, Mineração, níquel
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Censo: Pará pode passar de 17 para 21 cadeiras na Câmara dos Deputados
Redistribuição de vagas será com base nas novas estimativas de população de cada estado divulgadas pelo Censo 2022
Publicado em 19/07/2023
às 15:20
Veja como pode ficar o número de deputados federais em cada estado após o Censo 2022
Dias após 28 de junho, um silencioso, porém intenso movimento se verificou nos bastidores das lideranças das 26 bancadas estaduais e do Distrito Federal, quando foram divulgadas, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as novas estimativas de população das 27 unidades federativas. Estava em jogo a distribuição das 513 cadeiras na Câmara dos Deputados. Se a lei for cumprida, a Bancada do Pará, dos atuais 17 deputados, passará a ter 21, num incremento de mais quatro cadeiras.
O aumento ou diminuição do número de componentes de uma bancada federal não se altera apenas no Senado, onde é fixo o número de três senadores em cada estado, mas na Câmara isso pode ocorrer, dependendo da oscilação, para mais ou para menos, de acordo com a população.
A cada cadeira acrescentada na bancada de um estado, significa milhões em emendas individuais impositivas e de bancada, que serçao destinados ao estado ao qual o deputado representa. Daí a disputa intensa que está ocorrendo nos bastidores. Somados os 513 deputados, número máximo permitido pela Constituição, nada menos que R$ 11,7 bilhões são indicados pelos deputados federais a cada ano, dos quatro anos do mandato.
No ano passado, quando foi votado o orçamento (PLN nº 32/2022) que gerou a Lei nº 14.535 de 17/01/2023, que está sendo executado neste ano, cada parlamentar pôde apresentar R$ 19,7 milhões em emendas individuais impositivas no valor total de R$ 11,7 bilhões. Já as bancadas estaduais têm um teto de R$ 7,7 bilhões para emendas impositivas, o que resultou em R$ 284,8 milhões para cada estado. Mas as bancadas apresentaram emendas no valor total de R$ 25,8 bilhões.
As comissões da Câmara e do Senado não têm limites para apresentação de emendas, mas elas não têm caráter impositivo. Ou seja, o Poder Executivo não tem obrigação de executá-las mesmo que sejam aprovadas.
Nas emendas individuais, 50% dos valores devem ser destinados à saúde, mas os parlamentares destinaram um pouco mais: R$ 6,2 bilhões. Em seguida, as áreas mais favorecidas foram economia, trabalho e previdência; cidadania, esporte e educação.
Além das 6.575 emendas de aumento de despesa ou de remanejamento, foram apresentadas 59 emendas de alteração do texto do projeto e 6 de reestimativa de receita. Ou seja, no total, foram 6.640 emendas. O Orçamento de 2023 contou com R$ 19,4 bilhões em emendas que foram elaboradas pelo relator-geral.
Legislação
Quanto à legislação que rege o número de componentes de cada bancada, ocorreu o seguinte: em 2013, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) emitiu a resolução sobre a redistribuição das vagas por estado com base no censo realizado em 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF), no ano seguinte, declarou que a resolução era inconstitucional e definiu que caberia à própria Câmara fazer a divisão por meio de lei complementar.
Passados nove anos, o número de cadeiras por estado não é alterado desde dezembro de 1993, ano em que ocorreu o último redesenho das vagas na Câmara, a partir da aprovação de lei complementar. Ou seja, não houve atualização do tamanho das bancadas, a partir dos dados dos censos divulgados em 2000 e 2010, entretanto, a situação não deve se repetir com os números apresentados pelo Censo de 2022, uma vez que um novo retrato do tamanho de cada população nos estados mostrou as mudanças no período, desde 2010. Mas, em se tratando de Brasil, as mudanças podem ou não ocorrer, a partir de entendimentos políticos das lideranças.
Cenários
De todo modo, o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) foi provocado por políticos e pela imprensa, para avaliar as mudanças apontadas no tamanho da população do Censo 2022. Foram elaborados dois cenários de número de deputados por estado. O primeiro com aplicação da regra atual de distribuição das cadeiras dentro dos limites mínimos e máximos de cadeiras por estado; e o segundo — a título de curiosidade — como seria cada bancada estadual na hipótese da distribuição pela proporcionalidade populacional desconsiderando os limites mínimo e máximo, ou seja, de 8 a 70 deputado federais para os estados.O primeiro cenário aponta perdas e ganhos em 7 estados. Nas perdas, o estado do Rio de Janeiro (4), Rio Grande do Sul (2), Piauí (2), Paraíba (2), Bahia (2), Pernambuco (1) e Alagoas (1) reduziriam a representação das suas bancadas na Câmara.E teriam ganhos com aumento da bancada: Santa Catarina (4), Pará (4), Amazonas (2), Ceará (1), Goiás (1), Minas Gerais (1) e Mato Grosso (1) conforme revela tabela abaixo.
Fonte: Diap
O segundo cenário mostra como seriam as bancadas de cada estado na hipótese de existir as regras que garantem representação mínima e máxima de deputados federais para cada UF. Como não houve essa regra, o estado de São Paulo, por exemplo, teria direito à bancada mínima de 112, ou seja, 42 cadeiras a mais em relação aos atuais 70 que possui a UF.
Fonte: Diap
Como é feito o cálculo da distribuição
Para chegar à quantidade de cadeiras de cada estado na Câmara dos Deputados, é preciso usar como referência o QPN (Quociente Populacional Nacional), que equivale a 395.833. O número é o resultado da divisão da população do País, segundo o último Censo (203.062.512), pela quantidade de vagas na Câmara (513).
Na sequência, é preciso dividir a população de cada Unidade da Federação pelo QPN, obtendo assim o QPE (Quociente Populacional Estadual). O QPE é a base para definir o número de assentos a que cada estado tem direito. Por isso, se considera apenas números inteiros.
No Maranhão, por exemplo, o QPE — que é a divisão entre 6.775.152 (população do MA) por 395.833 (QPN) — é 17,12. Assim, o estado tem direito a 17 cadeiras na Câmara dos Deputados e não 18, como tem hoje, número, inclusive, superior à bancada do Pará, estado cuja população é maior que a do estado vizinho.
Quando o estado não atinge o QPE mínimo de 8, arredonda-se o número para 8. Exemplo do estado do Acre que possui QPE de 2,10.
No caso de São Paulo, unidade mais populosa da Federação, limita-se o número de cadeiras a 70. Se não houvesse o limite, o estado teria direito a mais de 100 deputados federais.
Após as operações com todas as unidades da Federação, 493 cadeiras das 513 são preenchidas. Com isso, restam 20 vagas. Para preenchê-las, são excluídos São Paulo e os 9 estados com QPE abaixo de 8: Acre, Alagoas, Amapá, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.
Ou seja, as 20 cadeiras que compõem as sobras serão distribuídas entre as 17 unidades da Federação remanescentes.
Para realizar a distribuição das sobras, é preciso calcular a MM (Maior Média), que corresponde à população do estado dividido pelo número de cadeiras inicial do estado mais 1. A Unidade da Federação com a maior média obtida, ganha a primeira cadeira de sobra, e assim sucessivamente.
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Marabá tem 22,7 mil famílias em extrema pobreza
Neste mês de julho, 29.193 famílias foram beneficiadas pelo Programa Bolsa Família, totalizando um investimento de R$ 21.290.597,00; já em Parauapebas, foram 20.742 famílias beneficiadas e um total de R$ 14.700.761,00 transferidos
Publicado em 19/07/2023
às 20:12
Comitê do Bolsa Família em Marabá
Dados levantados pelo Blog do Zé Dudu junto ao Bolsa Família revelam que no município de Marabá há 22.789 famílias em situação de extrema pobreza. Os números são preocupantes e mostram a desigualdade que ainda há na maior cidade do sudeste do Pará. As informações foram colhidas na tarde desta quarta-feira (19), junto ao Portal de Transparência do Governo Federal, que tem como base atualizada o mês de abril deste ano.
Ainda segundo a fonte, há 58.890 famílias cadastradas no programa, sendo que 10.654 estão na denominada “situação de pobreza”. Outras 13.129 são consideradas de baixa renda e 12.318 recebem acima de meio salário mínimo.
Abaixo, veja os dados de transferência de recursos de Marabá e Parauapebas, segundo o Bolsa Família e CadÚnico, já no mês de julho.
MARABÁ
86.659 – Benefício de Renda de Cidadania (BRC): no valor de R$ 142 por integrante, destinado a todas as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família.
25.389 – Benefício Complementar (BC): destinado às famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família cuja soma dos valores relativos aos benefícios financeiros seja inferior a R$ 600, calculado pela diferença entre este valor e a referida soma.
16.760 – Benefício Primeira Infância (BPI): no valor de R$ 150 por criança, destinado às famílias beneficiárias que possuírem, em sua composição, crianças com idade entre 0 e 7 anos incompletos.
29.505 – Benefício Variável Familiar (BVF): no valor de R$ 50, destinado às famílias beneficiárias que possuírem, em sua composição, gestantes; nutrizes; crianças com idade entre 7 e 12 anos incompletos; ou adolescentes, entre 12 e 18 anos incompletos;
199 – Benefício Extraordinário de Transição (BET): destinado exclusivamente às famílias que constarem como beneficiárias do Programa Auxílio Brasil na data de entrada em vigor deste inciso, que será calculado pela diferença entre o valor recebido pela família em maio de 2023 e o que vier a receber em junho de 2023.
Com isso, no mês de julho de 2023, o município de Marabá teve 29.193 famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa Família, totalizando um investimento de R$ 21.290.597,00 e um benefício médio de R$ 732,77.
PARAUAPEBAS
62.717 – Benefício de Renda de Cidadania (BRC): no valor de R$ 142 por integrante, destinado a todas as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família.
18.179 – Benefício Complementar (BC): destinado às famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família cuja soma dos valores relativos aos benefícios financeiros seja inferior a R$ 600, calculado pela diferença entre este valor e a referida soma.
12.826 – Benefício Primeira Infância (BPI): no valor de R$ 150 por criança, destinado às famílias beneficiárias que possuírem, em sua composição, crianças com idade entre 0 e 7 anos incompletos.
22.236 – Benefício Variável Familiar (BVF): no valor de R$ 50, destinado às famílias beneficiárias que possuírem, em sua composição: gestantes; nutrizes; crianças com idade entre 7 e 12 anos incompletos; ou adolescentes, entre 12 e 18 anos incompletos;
143 – Benefício Extraordinário de Transição (BET): destinado exclusivamente às famílias que constarem como beneficiárias do Programa Auxílio Brasil na data de entrada em vigor deste inciso, que será calculado pela diferença entre o valor recebido pela família em maio de 2023 e o que vier a receber em junho de 2023.
Com isso, no mês de julho de 2023, o município de Parauapebas teve 20.742 famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa Família, totalizando um investimento de R$ 14.700.761,00 e um benefício médio de R$ 716,45.
SAIBA MAIS
Segundo o governo federal, o programa Bolsa Família registrou recuo no valor médio dos benefícios concedidos às famílias no mês de julho. Em todo o Brasil, o repasse médio por residência foi de R$ 684, quando, no mês anterior, houve recorde, com o repasse médio de R$ 705 por família. No Pará, entre junho e julho, o benefício caiu de R$ 728,61 para R$ 710,68.
A redução pode ser explicada a partir das novas regras do programa. O Bolsa Família tem um valor mínimo de R$ 600 por família, no entanto, algumas condicionantes podem fazer a pessoa receber mais ou menos do que o mínimo estabelecido. Isso ocorre porque o benefício é dado apenas para família em que cada integrante recebe menos de R$ 218 por mês.
Parauapebas
Magno Ribeiro, ex-atacante de Remo e Paysandu, vai defender as cores do Carajás
O atleta está treinando firme com elenco do Gavião Real de olho no acesso
Publicado em 20/07/2023
às 10:14
O Carajás Esporte Clube promete entrar forte na disputa do Campeonato Paraense da 2ª divisão. O chamado Gavião Real vem reforçando seu elenco para buscar o acesso para a elite do Parazão. O experiente atacante Magno Ribeiro, de 29 anos, está treinando firme de olho na disputa do estadual. O ex-atacante de Remo e Paysandu quer subir a equipe para a primeira divisão.
“Espero com muito trabalho junto com meus companheiros do Carajás Esporte Clube, consegui o tão sonhado acesso à Série A do Campeonato Paraense para a temporada de 2024”, disse Magno.
Além de Leão e Papão, Magno Ribeiro teve passagens por clubes como Parauapebas, Londrina-PR, Náutico-PE, Cascavel-PR, Independente Tucuruí, Leixões de Portugal, Grêmio Anápolis-GO e Atlético Paraense.
O jogador teve uma boa atuação pelo Parauapebas, quando ajudou o clube na campanha histórica da elite do Parazão de 2015, onde o PFC conseguiu a façanha de bater a dupla Remo e Paysandu dentro de Belém. Na ocasião, diante do Remo no Estádio Mangueirão, vencendo por 2 a 1, sendo um dos gols de Magno, e contra o Paysandu, o placar foi de 3 a 1, em pleno Estádio da Curuzu, com o atacante sofrendo pênalti que deu origem ao gol de empate para depois o time virar o marcador.
O Carajás Esporte Clube está no Grupo D da Segundinha do Parazão, ao lado de Atlético Paraense, Parauapebas, Canaã e Gavião Kyikatejê. O Gavião Real tem estreia marcada diante do Canaã Futebol Clube para o dia 16 de agosto, às 15h30, no Estádio José Raimundo Roseno Araújo, o Rosenão.
Delegado de Homicídios diz que os três acusados dois assassinatos e de tentativa de homicídio do Bairro da Paz já estão na Cadeia Pública
Maelson dos Santos Rocha, Nilson Sousa Matos e Luan Silva da Costa tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça Estadual
Publicado em 19/07/2023
às 21:57
O delegado de Polícia Civil Felipe Oliveira, titular da Delegacia de Homicídios da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, concedeu entrevista na tarde desta quarta-feira (19), quando falou da prisão, em tempo recorde, dos indivíduos Maelson dos Santos Rocha, Nilson Sousa Matos e Luan Silva da Costa. Eles são acusados do duplo homicídio que tirou a vida de Vitor William Gomes de Sousa, o Di Menor, e Álvaro Sousa de Oliveira, 18 anos, na madrugada de ontem, terça-feira (18), no Bairro da Paz, quando também foi baleado Anderson José da Silva, 18, que escapou com vida e foi internado no Hospital Municipal de Parauapebas.
De acordo com o delegado, indagados sobre a motivação do crime, os acusados ficaram calados, seguindo a orientação de advogados, mas, segundo Felipe Oliveira, conforme apontam as investigações, uma das vítimas teria ameaçado o trio no bar em que estavam, porque um dos atiradores haveria encostado na namorada de um das baleados.
Em tese, ainda de acordo com a autoridade, o indivíduo cuja namorada se sentira ofendida, disse fazer parte de uma facção criminosa e que os demais teriam de respeitá-lo.
O delegado informou que as diligências foram realizadas o que resultou na prisão, em flagrante de todos os acusados. Felipe Oliveira representou à Justiça pela prisão preventiva dos acusados e, após análise do Ministério Público Estadual e do Judiciário, a prisão preventiva dos três foi decretada e Maelson dos Santos Rocha, Nilson Sousa Matos e Luan Silva da Costa já estão na Cadeia Pública de Parauapebas.
Perante a Justiça eles vão responder pelos crimes de duplo homicídio e homicídio tentado e por porte ilegal de arma de fogo. Os veículos encontrados com o trio passarão por perícia e serão encaminhados à Justiça a fim de que sejam incorporados aos autos do processo.
Sobre a rapidez com que a Polícia Civil deu a resposta à sociedade, prendendo o primeiro suspeito no mesmo dia do crime e os demais em menos de 24 horas após a primeira captura, o delegado disse que é importante a ajuda da sociedade civil organizada aos órgãos de segurança pública, uma vez que é um dever de todos.
“A gente necessita que a sociedade atue junto com os órgãos incumbidos da Segurança Pública. Então, qualquer informação de algum crime que aconteça na cidade, é muito relevante a comunicação de qualquer cidadão a nós. Temos um telefone 24 horas, à disposição da sociedade, que fica com a equipe de Homicídios, pelo qual todos podem fazer contato, que é o (94) 99663-2306. A identidade do denunciante fica sob sigilo total”, conclui o delegado Felipe Oliveira.
Edital seleciona formadores de Marabá para capacitação de agentes culturais
Período de inscrição vai até o dia 24 deste mês. Candidatos devem atuar no meio artístico-cultural nas cidades das 12 regiões de integração do Pará
Publicado em 20/07/2023
às 12:04
A Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), em parceria com a Secretaria de Cultura do Pará (Secult) publicou um edital do processo de inscrição e seleção de formadores e formadoras para capacitação de agentes culturais nos 144 municípios do Pará, englobando as 12 regiões de integração do estado (Araguaia, Baixo Amazonas, Carajás, Guajará, Guamá, Lago de Tucuruí, Marajó, Rio Caeté, Rio Capim, Tapajós, Tocantins e Xingu).
O objetivo do edital é selecionar 72 pessoas para ministrarem o curso de “Capacitação de Agentes Culturais” de forma presencial, mediante 15 horas de duração cada aula. As exigências do processo seguem as Leis de Fomento à Cultura do Estado do Pará e da União (Semear, Aldir Blanc, Paulo Gustavo e Rouanet).
As inscrições começaram em 12 de julho de 2023 e terminam em 24 de julho de 2023. Serão aceitas inscrições apenas de pessoas que atuem no meio artístico-cultural nas cidades das 12 regiões de integração do Pará.
Critérios de participação
Para se inscrever no projeto, os candidatos e candidatas têm que ter 18 anos ou mais, devem morar no Pará e precisam ter atuação cultural nas cidades que fazem parte das 12 regiões de integração. As pessoas que se inscreverem devem ter as seguintes habilidades: facilidade de ministração de curso para público diversificado da área artístico-cultural com clareza e objetividade; intimidade com ferramentas de tecnologia de comunicação; habilidade com internet; boa comunicação; manuseio de google meet e outras plataformas de formação a distância; ter conhecimento do movimento artístico-cultural da região de integração considerando as mais diversas formas de expressão da cultura nas cidades e nos territórios rurais.
Além disso, os candidatos e candidatas devem ter conhecimento e experiência no campo cultural, habilidades de ensino e comunicação, adaptabilidade e flexibilidade, tempo de atuação na região de integração do Pará.
Contato
Para saber mais sobre a inscrição, etapas de seleção, valores do trabalho e critérios de avaliação, basta acessar o edital completo no site da Fadesp.
Edital completo: https://portalfadesp.org.br/?page_id=41987
Formulários de inscrição:
Pessoa física: https://forms.gle/4pz2sFgYy1F5ZozEA
MEI: https://forms.gle/hNHdWN1YJebD1zbr6
Período de inscrição: 12 a 24 de julho de 2023
agentes culturais, Fadesp
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Águia dá início a construção de Centro de Treinamento
Integram o projeto, dois campos de futebol, alojamento para 60 pessoas, área para pré-temporada e academia de ginástica
Publicado em 20/07/2023
às 12:14
Se o Águia de Marabá, apesar das turbulências recentes, vai muito bem dentro de campo, fora das quatro linhas há progressos também. O clube anunciou o início das obras do seu Centro de Treinamento (CT). O empreendimento vai funcionar em uma área no Bairro Novo Progresso, Núcleo São Félix.
Por meio das redes sociais do clube, o presidente Sebastião Ferreira Neto, o “Ferreirinha”, confirmou que o projeto inicial do CT prevê a construção de dois campos de futebol, alojamento para 60 pessoas, área para pré-temporada, academia de ginástica, piscina, além da área administrativa.
Ainda de acordo com o presidente do Águia, a torcida será informada sobre o andamento das obras, na medida que os investimentos forem feitos. E a expectativa da diretoria do Azulão Marabaense é que já em 2024 seja construído o primeiro campo de futebol para que o Águia faça seus treinamentos.
O cartola explicou também que o terreno onde será construído o CT foi obtido graças a uma parceria com a Prefeitura e a Câmara Municipal, que firmaram um termo de Concessão de Uso, por 25 anos.
Águia de Marabá, Centro de treinamento
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Turismo: Sabino quer Brasil como 3º maior destino do mundo
Deputado paraense assumiu comando do Ministério do Turismo na sexta-feira (14)
Publicado em 20/07/2023
às 13:46
Já despachando em seu gabinete na Esplanada dos Ministérios, o paraense Celso Sabino, novo ministro do Turismo, tem grandes planos para desenvolver o setor
Com a publicação de sua nomeação no Diário Oficial da União, na última sexta-feira (14), o agora deputado federal licenciado e novo ministro do Turismo, o paraense Celso Sabino, presidente estadual do União Brasil no Pará, quer “transformar o Brasil no 3º maior destino turístico do mundo”. Confira alguns planos do ministro para atingir a ambiciosa missão.
Sabino foi nomeado após uma novela com capítulos quase diários, que duraram mais de 40 dias, envolvendo sua indicação pelas lideranças de seu partido e aliados na Câmara dos Deputados, o que resultou na demissão da também deputada federal Daniela do Waguinho (União-RJ), então titular do ministério.
Os problemas da então ministra vieram em decorrência do grupo político da qual é uma das líderes e que é comandado pelo seu marido, prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro, mais conhecido como Waguinho, que se desentendeu com a direção nacional do União Brasil numa disputa politica local, levando-o a migrar, com cuias e redes, para o Republicano
A troca de sigla resultou na falta de sustentação do União à ministra, que perdeu as condições para manter a mulher e aliada no cargo, porque ela, também, pediu judicialmente, desfiliação da legenda, para também migrar para o Republicanos.
Planos
Celso Sabino não disse, mas semanas antes já estava confirmado no cargo. Ao assumir, ele tem planos ousados para a pasta do Turismo, mas, politicamente, quer distância de confusão e se concentrar na elaboração de um plano nacional de desenvolvimento do turismo que pretende apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até o fim de setembro. “Esse programa é mais macro, é para cinco anos, e prevê metas de alcance de geração de riquezas”, adiantou.
Explicando melhor a frase “confusão política”, Celso Sabino se refere, por exemplo, sobre a permanência de Marcelo Freixo — recentemente filiado ao PT fluminense —na direção da Embratur, órgão sob o guarda-chuva da pasta do Turismo. “Cabe ao presidente a decisão dos espaços que serão ocupados”, disse, dando a entender que o ministério não foi entregue com a “porteira fechada”, como se costuma dizer.
Nas conversas antes de assumir o cargo, Sabino garante que Lula prometeu incrementar o orçamento da pasta, e a ele, como deputado bem relacionado no Congresso, incrementar com emendas parlamentares dos atuais e futuros aliados que procurarão a pasta. Geralmente, existe uma secretaria de turismo nos municípios, mesmo nos mais pobres.
Em relação à questão orçamentária, Celso Sabino disse que: “Pretendemos sensibilizar a junta de execução orçamentária, e os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Esther Dweck (Gestão), Simone Tebet (Planejamento) para fazer uma recomposição orçamentaria no ministério. O turismo é a segunda atividade no Brasil que mais gera emprego, queremos que ele receba o orçamento necessário para o crescimento que temos pela frente. Começamos a elaborar um cardápio de propostas e projetos para apresentar aos senadores e deputados para atrair emendas. Projetos que variam de R$ 200 mil a R$ 10 milhões.”
Recuperação do setor
O turismo foi um dos setores econômicos e sociais mais afetados pela pandemia de Covid-19 nos últimos anos. Mas esse cenário está mudando, o que possibilita que milhões de pessoas voltem a visitar seus lugares preferidos e a conhecer novos destinos.
Segundo o último Barômetro Mundial de Turismo da Organização Mundial do Turismo (OMT), divulgado em maio deste ano, as viagens internacionais atingiram 80% dos níveis pré-pandêmicos no primeiro trimestre de 2023. Estima-se que 235 milhões de turistas viajaram internacionalmente nos primeiros três meses, mais que o dobro do mesmo período de 2022.
O ranking mais recente dos países mais visitados no mundo feito pela OMT e disponível no relatório International Tourism Highlights, 2020 Edition (com dados de 2019, pré-pandemia) mostra quais foram os 10 destinos globais que receberam 40% dos turistas.
Dessa lista, destacam-se lugares na Europa e nas Américas como os que mais atraíram turistas recentemente — ainda que lutem para retomar os mesmos patamares pré-pandemia. Enquanto isso, países do Oriente Médio e da Ásia têm ganhado notoriedade entre viajantes que buscam passeios internacionais.
Sabino, aliás, conta com o gigantesco patrimônio de belezas naturais que o país possui para torna-lo um dos três mais visitados do mundo, sua meta mais ousada a frente da pasta.
“As nossas prioridades aqui, já conversadas com o presidente, é fazer com que o turismo no Brasil signifique, em termos de geração de receita, geração de riqueza para o país, o que alguns países no mundo têm conseguido. Existem países no mundo que não tem nem próximo do que a gente tem para ‘vender’ para o turismo, em termos de belezas naturais, de florestas, de patrimônio cultural e histórico”, contou.
O novo ministro citou como exemplo internacional que o Brasil deve seguir, o país irmão Portugal, “que em dez anos, chegou a triplicar o número de turistas. Foi uma política de turismo, divulgaram na Europa, melhoraram as questões de segurança”, citou.
O ministro, nascido no Pará, quer carimbar o seu nome a frente da pasta. “Quero ver o Brasil estar entre os três países que mais recebem turistas no mundo. É uma meta ousada, mas com cinco anos de prazo podemos buscar”, disse otimista.
Top 10 dos países mais visitados do mundo
1. França
Em primeiro lugar no ranking, a França recebeu 89 milhões de turistas internacionais, segundo o último levantamento da OMT. Paris, a capital, é a cidade que mais retém visitantes.
2. Espanha
Em seguida, a Espanha aparece no ranking com 84 milhões de chegadas internacionais, segundo dados da OMT. Barcelona e Madrid são os destaques entre as cidades mais turísticas do país mediterrâneo.
3. Estados Unidos
Com inúmeros pontos turísticos famosos, os Estados Unidos receberam 79 milhões de visitantes internacionais segundo o último levantamento da OMT. Nova York, por exemplo, recebeu 56 milhões de visitantes em 2022, de acordo com a NYC & Company (agência de fomento ao turismo da cidade), sendo a mais visitada do país.
4. China
Em quarto lugar está a China, tendo recebido 66 milhões de turistas em 2019. Hong Kong e Macau figuram entre os principais destinos.
5. Itália
Já a Itália contou com 65 milhões de chegadas internacionais, atraindo turistas por cidades em todas as regiões do país, diz o relatório da OMT. Roma, Florença, Milão e Veneza continuam como os destinos favoritos, mas algumas ilhas italianas, como Sicília e Sardenha, também são destaques.
6. Turquia
A Turquia vem ganhando preferência entre os turistas internacionais nos últimos anos. Segundo o ranking mais recente da OMT, o país recebeu 51 milhões de turistas em 2019, 12% a mais em comparação com o ano anterior. Ele foi o país com o maior crescimento no turismo internacional.
7. México
Em sétimo lugar está o único país latino-americano do ranking dos mais visitados. Em 2019, o México recebeu 45 milhões de turistas internacionais. A capital, Cidade do México, e a região de Cancún são os principais atrativos.
8. Tailândia
Com 40 milhões de chegadas internacionais, a Tailândia é o segundo país da Ásia entre os destinos favoritos. Segundo a OMT, Bangkok, capital do país, acaba sendo o ponto de partida dos turistas que são atraídos pelos diversos templos e ilhas paradisíacas.
9. Alemanha
Outro destino querido pelos viajantes que partem para a Europa é a Alemanha. O país recebeu 40 milhões de visitantes segundo o último levantamento da OMT. Sua capital, Berlim, e a cidade de Frankfurt, que abriga um dos maiores aeroportos do mundo, são as cidades que mais atraem turistas.
10. Reino Unido
Por fim, a lista dos mais visitados acaba com o Reino Unido, registrando a chegada de 39 milhões de turistas internacionais. O levantamento leva em consideração os desembarques na Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, sendo que a Inglaterra e sua capital, Londres, são os principais destinos.
Quem é Celso Sabino
Celso Sabino, 44 anos, é casado; auditor fiscal estadual licenciado, tendo ingressado na carreira através de concurso público quando tinha 22 anos; é formado em Direito e Administração, doutor em Ciências Jurídicas e Sociais; foi secretário de estado de Trabalho, Emprego e Renda, na gestão do então governador Simão Jatene; ex-presidente do Imetro no Pará, foi deputado estadual por dois mandatos e deputado federal também por dois mandatos. No Plebiscito de 2010, que consultou a população paraense sobre a criação dos estados do Carajás e do Tapajós, Sabino foi a voz contra a divisão do Pará.
terça-feira, 18 de julho de 2023
MST realiza Escola de Férias da Juventude Sem Terra no estado do Paraná
A formação é uma iniciativa do Coletivo de Juventude do MST e do Setor de Educação
Notícias
18 de julho de 2023
Cerca de 60 jovens participaram do curso, que destinou-se àqueles que estão nas escolas itinerantes e do campo. Foto: Juliana Barbosa
Por Juliana Barbosa*
Da Página do MST
Entre os dias 11 e 15 de julho, o Coletivo de Juventude junto com o setor de Educação do MST reuniu mais de 60 jovens do Movimento na Escola de Férias da Juventude Sem Terra, no acampamento Herdeiros da Luta de Porecatu, em Porecatu, região Norte do Paraná. O curso, de etapa única, destinou-se àqueles que estão nas escolas itinerantes e do campo. As atividades formativas aconteceram no período das férias escolares.
O curso tem o objetivo de formar os jovens, apropriar-se do debate sobre a Juventude no MST, seu papel na organização, desafios político-organizativos e contribuir para a qualificação da sua atuação na luta pela terra.
Os jovens vindos de diversos acampamentos e assentamentos do estado tiveram uma programação organizada com formações políticas pedagógicas, oficinas teóricas e práticas, além de momentos de socialização.
Alan Kilson integra o Coletivo Nacional de Juventude do MST. Foto: Juliana Barbosa
Alan Kilson, do Coletivo Nacional de Juventude do MST, estava na Coordenação Política Pedagógica (CPP) e trabalhou o tema “Os Desafios da Juventude Sem Terra”.
Ele explica que desde a “gênese da criação do MST”, a juventude foi protagonista nesse processo de construção e organização. “É um trabalho constante cada vez que a luta de classes se acirra, as tarefas da nossa juventude vão aumentando. Então, a gente tem que colocar a nossa juventude no processo de formação e, aí, delegando tarefas, reacendendo essa chama, a mística revolucionária da nossa juventude. Queremos que a terra seja repartida entre os povos, que seja uma sociedade igualitária para todos e todas”, afirmou Kilson.
Prática e teoria na formação da Juventude
As oficinas tiveram o papel de dialogar na prática com as ideias colocadas no curso, desenvolvendo o diálogo entre o corpo e a mente. Cada oficina teve um momento específico, cada educando e educanda pode participar da qual se identificava mais.
A batucada buscou compreender o básico sobre percussão e alguns ritmos como samba; na de ateliê, aprender ferramentas de comunicação visual como faixas, pirulitos, standards. O muralismo ensinou técnicas para construção de murais e embelezamento dos territórios da Reforma Agrária Popular.
A Comunicação Sem Terra também está fortalecida com jovens relatando a luta pela terra e as produções em acampamentos e assentamentos. O audiovisual abordou técnicas de construção de roteiros, captação e edição de imagens e voz para a construção de curta-metragem. Enquanto isso, a fotografia entendeu e trabalhou técnicas de captação e edição de fotografias com a perspectiva da luta de classes. Todas tiveram como objetivo dialogar e resgatar a arte e a cultura que o MST carrega ao longo dos seus quase 40 anos.
Por fim, a oficina de poesia construiu, coletivamente, um texto com a Juventude Sem Terra contando suas histórias. Confira:
Cultivar o Presente para Colher o Futuro
Lutando pela terra
Para acabar com a guerra
A educação do campo em nossa escola não é esmola
Nossa escola tem fartura
Na produção agroecológicos
Tem legumes e verduras
Endurecer sem jamais perder a ternura
Nossa casa é lona preta
A escola tem liberdade e não mureta
Pra gente construir uma nova sociedade
A gente quer plantar comida saudável
Sentimento pela natureza tem que ser amável
Com o esforço do dia a dia
A camponesa e o camponês fazem a agroecologia
Em nossa Escola de Férias da Juventude
Aprendemos sobre o Movimento
A transformação leva tempo
Que assim como o vento, não dá pra ver mas se sente
Estamos no acampamento Herdeiros da Luta de Porecatu
A coletividade quebra toda e qualquer corrente
A mística me dá felicidade
Para a semente ter continuidade
Cultivamos a resistência
E colhemos a vida
A terra conta a história
Para que a gente não esqueça da memória
E, pela luta, conquistarmos a vitória
A juventude quer terra, alegria, liberdade, sabedoria, amor e Reforma Agrária Popular
A juventude quer viver
Somos o MST!
Foto: Juliana Barbosa
Foto: Juliana Barbosa
Escola aproxima jovens de diversas regiões do estado
Victoria Gabriella, educanda do curso e moradora do assentamento Nova Itaúna, em Manoel Ribas, comentou a importância da escola. “Esse curso é muito importante para poder incentivar a juventude a ir para a luta, aprendi que a gente tem que ter o companheirismo em tudo, que a gente tem que ter visão de futuro para frente, tem que ajudar nas comunidades e ser comunitário. Fiz oficina de muralismo e fotografia, um tipo mais profissional, aprendi técnicas básicas com a câmera. Agora vou voltar para minha base, passar para os jovens de lá, para ter o incentivo deles também”, destacou.
A coordenadora do curso, Clesmilda Oliveira, disse que “precisamos amar com todas as forças a nossa causa a nossa bandeira nosso legado e nunca esquecer de deixar a chama da rebeldia apagar, nunca deixar que o sistema de fora apague essa luz, essa esperança e o sonho que a juventude tem”, enfatizou.
Cada jovem durante o encerramento levou sementes de Ipê Laranja para suas áreas, com o objetivo de garantir o plantio e a recuperação ambiental.
Foto: Douglas Murilo
Foto: Douglas Murilo
Foto: Heloísa Vaz
Foto: Heloísa Vaz
*Integrante do Coletivo de Juventude do MST no estado do Paraná
**Editado por Wesley Lima
MST realiza Festa da Colheita do Café da Reforma Agrária Capixaba
Mais de 100 mil sacas de café conilon em grãos são produzidos anualmente pelo MST no Espírito Santo
Notícias
18 de julho de 2023
O café integra uma das principais cadeias produtivas do MST, presentes no estado capixaba, mas também em Minas Gerais, Paraná, Bahia e Rondônia. Foto: MST no Espírito Santo
Por Mariana Motta
Da Página do MST
Neste próximo sábado (22), o MST no Espírito Santo realiza a 1ª Festa da Colheita do Café da Reforma Agrária Capixaba, na sede da Cooperativa de Beneficiamento, Comercialização e Prestação de Serviços dos Agricultores Assentados (Coopterra), localizada no assentamento Vale da Vitória, em São Mateus, no estado do Espírito Santo.
Fundada em 2012, a Coopterra é uma das cooperativas referências na produção dessa cultura no estado. No Espírito Santo, em assentamentos e acampamentos da Reforma Agrária se destaca o cultivo e a produção do café conilon, que passou a ser produzido a partir da ocupação desses territórios pelas famílias Sem Terra, em áreas antes abandonadas e que não cumpriam sua função social.
O café integra uma das principais cadeias produtivas do MST, presentes no estado capixaba, mas também em Minas Gerais, Paraná, Bahia e Rondônia.
Nos assentamentos capixabas, tal produção é a principal atividade comercial das famílias camponesas. E agora, com a experiência dos acampamentos produtivos, a cultura tem se ampliado com relação à produção. Com isso, mais de 100 mil sacas de café conilon em grãos são produzidas anualmente nos assentamentos e acampamentos do estado.
A Coopterra surge a partir da organização da produção de 34 famílias Sem Terra, que se integraram à primeira ocupação do MST no estado, em 1985. Foto: MST no Espirito Santo
Durante a Festa haverá apresentação de novas instalações da cooperativa, para o beneficiamento da produção, e um momento formativo com João Pedro Stedile, da direção nacional do MST, sobre: “A cadeia produtiva do café e sua importância no contexto da Reforma Agrária e seus desafios atuais”.
Terra de Sabores
O embrião da Coopterra surge a partir da organização da produção de 34 famílias Sem Terra, que se integraram à primeira ocupação de terra do MST no estado do Espírito Santo, em 1985.
Após a conquista do assentamento Vale da Vitória e por meio da cooperação das famílias, a Coopterra se tornou referência na produção de café e pimenta, e desde 2021, criou a marca Terra de Sabores. E vem ampliando a produção e comercialização de café, pimenta do reino, além de licores e geleias, todos produtos disponíveis para compra na rede de Armazéns do Campo.
Adelso Rocha Lima, assentado, produtor de café e dirigente do setor de produção do MST, explica que a celebração da colheita farta faz parte da tradição do povo camponês, representa os frutos do trabalho na agricultura e, com ela, vem as perspectivas para um novo ciclo do ano.
“O café é um alimento que usamos no despertar do dia, no início das atividades cotidianas. É também um alimento de acolhida de amigos, parceiros, familiares”, menciona Adelso, comentando sobre a esfera simbólica dessa cultura, que está no cotidiano produtivo. Para ele o café é “alimentar o afetivo das famílias camponesas”, por estar no consumo diário do povo brasileiro.
Programação:
9h – Acolhida
10h – Mística e Ato de Abertura
11h – Inauguração das instalações da cooperativa
12h – Almoço
14h – Formação: “A cadeia produtiva do café e sua importância no contexto da Reforma Agrária e seus desafios atuais” João Pedro Stedile – direção nacional do MST
15h – Ato político
18h – Confraternização – Show com Forró Chapéu de Palha, Val Santana e Didiu e companhia
*Editado por Wesley Li
Feminicídio: Morre mulher atropelada e esfaqueada pelo marido neste domingo (16). O acusado já está na Cadeia Pública
Sulamita Magalhães Viana dos Santos estava no quinto mês de gravidez. Foi assassinada por não querer reatar a relação conjugal com Lourismar dos Santos, de quem estava separada
Publicado em 17/07/2023
às 09:18
Morreu, horas depois de ter sido atendida no Hospital Geral de Parauapebas (HGP), Sulamita Magalhães Viana dos Santos. Ela foi socorrida por populares e por uma guarnição da Polícia Militar, após o ex-marido, Lourismar Jesus dos Santos, tê-la atropelado e a esfaqueado na garganta, por volta das 7h30 da manhã deste domingo (16).
Sulamita estava no quinto mês de gravidez e foi assassinada por não querer reatar a relação conjugal com Lourismar, que, nesta manhã fez mais uma tentativa de reconciliação e novamente a proposta foi recusada pela mulher.
Lourismar Jesus dos Santos
Ela ainda chegou a ser socorrida por populares que testemunharam o atropelamento e o esfaqueamento. Uma guarnição da Polícia Militar foi avisada e chegou rapidamente ao local, na Rua Mato Grosso, entre as Sol Poente e Vinte e Quatro de Março, no Bairro da Paz, onde várias pessoas tentavam estancar o sangramento do pescoço da mulher.
Os policiais militares chegaram a ligar para o Samu, mas a ambulância estava demorando muito a chegar e Sulamita foi removida ao HGP no veículo policial, enquanto Lourisval, que ainda se encontrava próximo ao local, era preso em flagrante. Após o hospital ter noticiado a morte de Sulamita, ele foi conduzido à Cadeia Pública de Parauapebas.
A Prefeitura Municipal de Parauapebas emitiu uma nota sobre o caso, confira abaixo na íntegra:
“A Prefeitura Municipal de Parauapebas, por meio da Secretaria de Saúde, vem a público informar o ocorrido envolvendo a paciente Sulamita Santos, que deu entrada no serviço de Pronto Atendimento às 08h06min deste domingo, 16, com múltiplas lesões causadas por arma branca.
De imediato, a paciente recebeu os primeiros socorros e desde o primeiro momento foi acompanhada pelo cirurgião clínico Dr. Rodrigo Tessa e sua equipe.
Devido à instabilidade hemodinâmica, a paciente foi encaminhada para o centro cirúrgico às 10 horas. Todos os procedimentos necessários foram realizados com diligência pelo Dr. Rodrigo Tessa e sua equipe. No entanto, lamentavelmente, a paciente não resistiu aos ferimentos e veio a óbito devido à gravidade dos mesmos.
O Hospital Geral de Parauapebas manifesta profundo pesar pelo falecimento de Sulamita Santos, enlutando-se junto aos familiares e amigos que estão enfrentando este momento de imensurável dor”.
(Reportagem: Caetano Silva)
Polícia Civil, Polícia Militar
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Marabá: Presidente da Acim prevê mais 6 mil novos empregos a partir de agosto
O investimento de 6 bilhões de reais em quatro grandes empreendimentos em andamento garante mais emprego, renda e desenvolvimento para a cidade
Publicado em 17/07/2023
às 12:37
Em Marabá, a geração de empregos deve chegar, em agosto, a 6 mil novos postos de trabalho, diretos e indiretos. A previsão é do presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá (Acim), João Tatagiba, baseado no avanço das obras da segunda ponte rodoferroviária do Rio Tocantins, da duplicação da Ferrovia Carajás em terras indígenas, da construção da terceira ponte do Rio Itacaiúnas e da edificação da planta de Tecnored no Distrito Industrial.
“Estamos hoje diante dessas obras que estão acontecendo, gerando empregos. Serão em torno de 2 mil salários a mais. Isso é uma massa salarial significativa que inicia o recebimento já em agosto, no máximo setembro”, destaca Tatagiba, ressaltando que, para cada emprego direto são criados três indiretos, resultando em aproximadamente 6 mil empregos na cidade.
O investimento nesses empreendimentos é de cerca de 6 bilhões de reais ao longo do período de obras e movimenta, além do mercado de trabalho, o comércio local, com o fornecimento de insumos às empresas contratadas pela Vale (ponte do Rio Tocantins, duplicação da ferrovia e Tecnored) e pela Prefeitura de Marabá (ponte do Rio Itacaiúnas), assim como o setor de prestação de serviços.
Expansão
“Por isso, eu posso assegurar que Marabá hoje é uma das poucas cidades do Brasil que está recebendo investimento dessa monta”, salienta o presidente da Acim, lembrando ainda de outros dois grandes empreendimento que também alavancam a economia do município: a ampliação da planta industrial da Correias Mercúrio, que absorveu um investimento de 100 milhões de reais, com geração mais 100 empregos; e a ampliação da produção da Siderúrgica Sinobras, que investiu 1 bilhão de reais e está finalizando a expansão da produção de aço longo em mais de 100 por cento, saltando de 350 mil toneladas para 850 mil toneladas, com criação de mais 500 empregos de forma perene.
“Essa expansão da Sinobras logo inicia e vai dar espaço para a instalação do projeto do polo metal mecânico. “Isso vai dar margem para que a gente consiga trazer para Marabá uma indústria de pregos, de arame, de parafusos, de tela, enfim, um sem-número de indústrias periféricas para verticalizar com agregação de valor aos produtos primários gerando emprego e renda além de outras oportunidades de negócios. Ou seja;
desenvolvimento sustentável”, prevê João Tatagiba.
Potencialidades
Paralelamente a isso, Tatagiba destaca outras potencialidades de Marabá que podem impulsionar mais ainda a cidade no caminho do desenvolvimento. Ele lembra, que historicamente, o município dependia apenas do setor extrativista mais especificamente, com a exploração da castanha, de madeira, do caucho, do diamante, do ouro, e, por último, ainda no setor mineral calcado mais na área de ferro, cobre e manganês.
“E hoje, o que acontece com a gente? Nós temos um grande potencial de desenvolvimento na logística em função da privilegiada localização geográfica de Marabá”, diz João Tatagiba, acrescentado que é interessante frisar que Marabá é um dos poucos lugares no mundo que não fica no litoral, e consegue absorver os quatro modais viários. “Isso é uma peculiaridade ímpar que dá a Marabá uma condição de competitividade muito grande frente ao outros mercados produtores”.
Turismo
“Pela sua condição socioeconômica e geográfica, Marabá é uma cidade polo que absorve um turismo de negócio significativo, por ter uma boa rede hoteleira, o melhor Centro de Convenções da região, voos regulares de segunda a segunda para as capitais do estado e do País, Shopping Center, riquezas naturais ainda inexploradas, representações de órgãos regional e nacional. Enfim, uma estrutura considerável”, atesta o presidente da Acim.
Em relação ao turismo de lazer, ele reconhece que o município tem um potencial gigantesco, mas pouco explorado. “Isso significa que este é um vetor de desenvolvimento que oferece grandes oportunidades, acredito que nós precisamos entender melhor dessas potencialidades também nesta área”, afirma Tatagiba, salientando que isso tudo significa oportunidades de negócios, oportunidade de desenvolvimento com geração de emprego e renda.
Agronegócio
“Outro vetor de desenvolvimento econômico muito importante que nós temos aqui é o agronegócio, que cresce de forma continua na região e, direta ou indiretamente, impacta Marabá pela sua importância, já que oferecemos todo o suporte para a região, ou seja, toda a condição estrutural para a atividade”, observa o presidente da Acim. Para ele, Marabá pode verticalizar também a produção do agro, assim como outros produtos, agregando valor com alta empregabilidade e novas oportunidades de negócios.
Saúde
“Marabá na saúde pública enfrenta o desafio de atender a demanda de toda região circunvizinha, carecendo assim de alternativas para melhor atender os pacientes local, na saúde privada fica atrás de Parauapebas e até mesmo de Redenção, e a anos-luz de Araguaína (TO) e Imperatriz (MA), fato que pode ser um vetor desenvolvimentista importantíssimo para atrair investimentos com possibilidades de geração de um sem-número de empregos com grande massa salarial”, adverte Tatagiba.
Na opinião dele, o que deve ser feito para mudar esse quadro é investir mais na saúde privada, através de um plano de atração de investimentos. Por outro lado, é uma janela de possibilidades de negócios que Marabá oferece, assim, “consideramos que Marabá é um celeiro de oportunidades”, analisa João Tatagiba.
“É imperativo que o poder público crie políticas que traga um ambiente favorável para que o investimento aconteça, caso contrário ficaremos apenas na imaginação, acredito que o nosso trabalho na Associação Comercial e Industrial de Marabá deve continuar como sempre foi no sentido de provocar o poder público para que as iniciativas sejam tomadas.
Congresso entra recesso sem votar LDO, Arcabouço Fiscal e Reforma Tributária
Deputados e senadores só retornam ao trabalho no dia 1º de agosto
Publicado em 17/07/2023
às 12:46
Palácio do Congresso Nacional, sede da Câmara dos Deputados e do Senador Federal
A partir desta segunda-feira (17), os 513 deputados federais e 81 senadores, entram em “recesso branco”, mesmo contrariando a letra constitucional. Os congressistas só voltam ao trabalho no 1º de agosto. De acordo com a Constituição, o Congresso Nacional só poderá entrar em recesso, previsto para o período de 18 a 31 de julho, se aprovar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLN nº 4/2023) até o dia 17 de julho, caso contrário, o recesso é suspenso e congressistas têm que continuar o trabalho normalmente no mês de julho, mas não foi o que aconteceu.
A LDO (PLN nº 4/2023) é uma diretriz para a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2014. Também define as prioridades da administração pública federal e estabelece a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Instalada em 11 de abril deste ano, a CMO – Comissão Mista do Orçamento (confira a composição) é presidida pela senadora Daniela Ribeiro (PSD-PB) e relatada pelo deputado federal Danilo Forte (União/CE). Da bancada do Pará, apenas a deputada federal Dilvandra Faro (PT-PA), tem assento na CMO, na condição de titular, assim como, o seu marido, senador Beto Faro (PT-PA).
Demissão por justa causa
Se numa empresa privada, o conjunto dos funcionários não entregasse a sua principal tarefa, todos seriam demitidos por justa causa pela direção. Entretanto, a certeza da impunidade dos 594 congressistas os faz agir normalizando uma irregularidade, como se fosse permitido que eventualmente o Congresso faça o recesso do meio do ano sem a votação da matéria. Na prática, basta apenas os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados não marcarem sessões durante o período. Mas, a lei é clara: o recesso é suspenso até que se vote a LDO 2024.
A confusão de não votar a LDO foi criada pelos próprios congressistas, e é fruto de uma sucessão de disputas ocorridas desde o início da 57ª Legislatura. Ocorre que o contribuinte brasileiro não tem como demitir seus políticos, exceto na ocasião das eleições, ficando, portanto, mais essa conta a ser paga, os salários bilionários e regalias inacreditáveis que deputados e senadores usufruem nos cargos mesmo não cumprindo com suas obrigações básicas.
Disputa como desculpa esfarrapada
A queda de braço entre situação e oposição gerou um efeito dominó. O principal motivo é a não-conclusão da aprovação do arcabouço fiscal, que substituirá o teto de gastos como regra de contenção de despesas da União.
A avaliação dos ministros da área econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva é de que sem o novo marco fiscal, não é possível votar a LDO, pois o primeiro definirá as bases para o segundo. O entendimento é reforçado pelo relator da LDO, o deputado Danilo Fortes.
O arcabouço fiscal já foi aprovado pelas duas Casas do Legislativo, mas terá de passar por nova análise pela Câmara, por ter passado por alterações no Senado. No início de agosto, os deputados devem votar a matéria é definir se acatam ou não os pontos inseridos pelos senadores.
A pausa vem após uma semana de esforço concentrado na Câmara, com sessões de segunda (3) a sexta-feira (7), em que os deputados aprovaram a reforma tributária e o projeto que beneficia o governo em votações do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf).
Já na semana, que ainda seria de atividade legislativa, a Casa não realizou sessões plenárias, enquanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) tira folga em um cruzeiro do cantor Wesley Safadão, nas Bahamas, estabelecendo, com a anuência do colega, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado e do Congresso, a inédita duas semanas “extraoficiais”.
A peça orçamentária do governo Lula (PT) ficará para votação apenas no segundo semestre. De 17 de julho até 1° de agosto, os plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal não votarão mais nenhum projeto relevante.
Nesse período, a maior parte dos congressistas também estará fora de Brasília, mas seguirá recebendo o salário mensal bruto de R$ 41.650.
Impasse da LDO
Um dos pontos do projeto do novo marco fiscal enviado ao Legislativo permite que o orçamento do próximo ano tenha despesas primárias em valor superior ao teto de gastos, condicionadas à aprovação do novo arcabouço fiscal no Congresso Nacional.
De acordo com o texto, as despesas condicionadas à aprovação da nova regra fiscal totalizarão R$ 172 bilhões em 2024. “Essa autorização viabilizará a recomposição e a execução das políticas públicas prioritárias para o país, o funcionamento da máquina e o investimento da União”, detalhou o Ministério do Planejamento e Orçamento.
Um impasse que resultou no atraso da votação da LDO diz respeito sobre possível redução na capacidade de gastos públicos em função de mudanças no texto do novo marco fiscal. A matéria foi aprovada pela Câmara e sofreu mudanças, agora, volta novamente ao exame dos deputados.
O governo busca evitar um corte de cerca de R$ 40 bilhões no orçamento de 2024, o primeiro a ser elaborado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — o orçamento de 2023 foi feito pela gestão anterior, de Jair Bolsonaro (PL).
O relator do texto na Câmara, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), alterou diversos pontos do projeto original enviado pelo Poder Executivo, entre eles o período da inflação que será considerado para corrigir as despesas federais.
O substitutivo de Cajado aprovado pelos deputados passou a considerar a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, em 12 meses até junho, e não mais a projeção para todo o ano.
Como o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) é enviado ao Congresso em agosto de todos os anos, o texto diz que ele conterá a inflação acumulada e apurada de julho do ano anterior a junho do ano de tramitação do projeto.
Segundo a ministra do Planejamento e Gestão, Simone Tebet, a mudança feita pela Câmara pode gerar compressão de espaço fiscal na ordem de R$ 32 bilhões a R$ 40 bilhões. Ou seja, o governo teria de cortar algo em torno desse valor em despesas no orçamento de 2024.
“A única coisa que o Ministério do Planejamento e Orçamento esclareceu para a classe política é que, temporariamente, a ficar o IPCA da forma como veio da Câmara, nós precisaríamos mudar já na LOA (Lei Orçamentária Anual), no orçamento que virá até 31 de agosto, uma compressão de espaço fiscal com despesas de R$ 32 bilhões a R$ 40 bilhões, a depender dos cálculos que forem feitos”, explicou a titular a ministra.
Medidas Provisórias
Ainda no campo de lentidão imposto pelas disputas de forças políticas no Congresso Nacional, há pendência de votação, de nada menos que 14 medidas provisórias enviadas pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional que não foram votadas, e mais uma que chegou na Câmara dos Deputados há quatro dias, a MPV 1180/2023, que abre crédito extraordinário, em favor do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, no valor de R$ 280.000.000,00.
MPs têm prazo de validade de 60 dias, prorrogáveis por mais 120 dias e se não forem votadas perdem a validade.
CPIs
O Legislativo federal terminou o primeiro semestre com seis comissões de inquérito ativas. As reuniões são semanais e mobilizam deputados e senadores, em especial nos colegiados que miram o desgaste do governo. As investigações de cada CPI, no entanto, avançam em ritmo devagar.
Sem um apoio consolidado na Câmara, aliados da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se esforçam para contornar reveses nos colegiados em que a oposição quer expor o Executivo.
A comissão que mais mobiliza congressistas é a que investiga os atos de vandalismo de 8 de Janeiro. Formada por deputados e senadores, a CPI começou atrasada em relação às investigações da Polícia Federal e da Justiça sobre os atos.
Além da comissão mista, há na Câmara quatro comissões de inquérito e no Senado, uma. No caso da Câmara, o regimento da Casa determina um máximo de cinco CPIs em funcionamento ao mesmo tempo.
Na época em que foram instaladas na Câmara, o presidente Arthur Lira (PP-AL) garantiu que os colegiados não atrapalhariam as votações da Casa. As oitivas e depoimentos em cada comissão, no entanto, têm se estendido por horas. A CPI do 8 de Janeiro, por exemplo, foi criada em maio e já teve quase 50 horas somadas de reuniões.
As CPIs são temporárias e têm duração de 120 dias, mas podem ser prorrogadas. Os colegiados têm poderes de investigação e podem ouvir testemunhas, tomar depoimentos de autoridades, requisitar informações de outros órgãos e determinar diligências.
Essas comissões, no entanto, não processam ou julgam pessoas, apenas investigam fatos. Ao final é produzido um relatório dos trabalhos realizados que deve ser enviado ao Ministério Público ou à AGU (Advocacia Geral da União).
Observadores políticos, em opinião antagônica ao do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, são unânimes em afirmar que a quantidade expressiva de CPIs em funcionamento, drenam a capacidade de trabalho do Plenário em votar a pauta.
O governo Lula estuda abrir espaço no governo para a participação de partidos do chamado Centrão, que além do União Brasil, que recebeu o Ministério do Turismo, que será comandado pelo deputado paraense Celso Sabino, deve entregar ao Republicanos e ao Partido Progressista outras pastas do primeiro escalão da administração federal.
Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.
Congresso Nacional, LDO, Política
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Governo antecipa o Programa Desenrola Brasil para esta segunda-feira (17)
Com recorde de brasileiros ‘muito endividados’, a partir de hoje, quem ganha até R$ 20 mil por mês vai poder renegociar dívidas com instituições financeiras
Publicado em 17/07/2023
às 14:06
Pesquisa detectou que, dos brasileiros que se dizem endividados, 18,5% dos consumidores dizem estar “muito endividados”, a maior parcela da série histórica, que começou em janeiro de 2010
Brasília – Os brasileiros endividados poderão, a partir desta segunda-feira (17), acessar o programa de renegociação de dívidas do governo federal, o Desenrola Brasil, disponível para quem tem dívidas com bancos e tenha renda mensal bruta de até R$ 20 mil – a chamada Faixa 2 do programa. O Ministério da Fazenda estima que esta etapa do programa deve beneficiar cerca de 30 milhões de pessoas a renegociar até R$ 50 bilhões em dívidas.
O governo resolveu antecipar o início do programa. A fatia de brasileiros que afirmam ter dívidas a vencer aumentou 0,2 ponto percentual em junho, para 78,5%, a maior desde novembro do ano passado, conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Desse grupo, 18,5% dos consumidores dizem estar “muito endividados”, a maior parcela da série histórica, que começou em janeiro de 2010.
O levantamento considera dívidas de carnê de loja, cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, empréstimo pessoal e financiamento de casa e de carro. O endividamento avançou um mês antes do esperado pela entidade, que afirma que cada vez mais famílias buscam no crédito, especialmente no cartão de crédito, uma forma de sustentar o consumo de bens e serviços. A maioria (87%) dos endividados possui dívidas no cartão de crédito.
Outra etapa do programa que começa hoje diz respeito a quem tem dívidas de até R$ 100 com instituições financeiras. Como condição do governo, os bancos que toparem participar do Desenrola Brasil vão ter de limpar o nome das pessoas com dívidas até este valor. Mas não significa o perdão da dívida, que deverá ser paga pelo devedor.
Esta ação deverá limpar o nome de cerca de 1,5 milhão de pessoas e deve ser concluída até 28 de julho pelos bancos que aderirem ao Desenrola. Com o nome limpo, o consumidor vai poder voltar a comprar a prazo, a fazer empréstimos e a fazer um contrato de aluguel, entre outras situações que o ‘nome sujo’ não permite ou dificulta.
Como participar do Desenrola Brasil?
Quem tiver interesse em participar não precisa fazer cadastro em nenhuma plataforma específica do governo. Neste momento as negociações vão ser feitas diretamente com os bancos e instituições financeiras por meio de site, aplicativos e demais plataformas de atendimento. Apenas em setembro, quando o governo federal abrir o programa para quem ganha até dois salários mínimos – a Faixa 1 do programa, haverá necessidade de cadastro em plataforma específica.
Os bancos que já aderiram ao Desenrola Brasil são: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e Santander.
MP faz devassa na Prefeitura de Tucuruí por contratos de R$ 40 milhões
GAECO realiza ação de busca e apreensão, suspensão de contratos e investiga fraudes milionárias na maior cidade da Região do Lago
Publicado em 17/07/2023
às 16:37
Gestão do prefeito de Tucuruí, Alexandre Siqueira, está na mira do MPPA por contratos suspeitos de corrupção
O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, o temido GAECO, realizou uma grande operação nesta segunda-feira, dia 17, no município de Tucuruí, o maior município da chamada Região do Lago.
A operação, batizada de “Magnus Locus”, investiga um esquema de corrupção na Prefeitura de Tucuruí, sob comando do prefeito Alexandre Siqueira. E foi pela Prefeitura que o GAECO iniciou o cumprimento de medida cautelar de busca e apreensão deferida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, a pedido do procurador de Justiça do Estado, César Mattar Jr.
A operação, segundo o Ministério Público, fundamenta-se em procedimento investigatório criminal instaurado com o objetivo de investigar condutas ilícitas consistentes em integrar organização criminosa, falsidade ideológica, corrupção passiva e fraudes em certames licitatórios.
Um dos alvos da ação é o prédio da prefeitura municipal, além de empresários e empresas que mantêm contratos considerados suspeitos com o município.
Os mandados de busca e apreensão, deferidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, foram cumpridos em Tucuruí no prédio da Prefeitura Municipal, bem como em endereços residenciais e em sedes de pessoas jurídicas.
A Justiça determinou, ainda, a suspensão de todos os contratos administrativos dos anos de 2021 e 2022 assinados pela Prefeitura Municipal de Tucuruí com as pessoas jurídicas envolvidas no esquema fraudulento, bem como a suspensão dos pagamentos que seriam realizados no âmbito desses contratos, cuja soma alcança o valor de mais de R$ 40 milhões.
Ressalta-se que no decorrer das investigações foi constatado que, no exíguo prazo de 15 dias, uma das empresas investigadas aumentou seu capital de R$ 50.000,00 mil para R$ 4.700.000,00, integralizando o valor total em moeda corrente.
Poucos dias depois, a mesma empresa ganhou um contrato com dispensa de licitação de mais de R$ 4.500.000,00 e outro de mais de R$ 3.000.000,00, também com dispensa.
Finalmente, essa empresa ganhou um pregão eletrônico de 27.000.000,00 para operacionalizar transportes em Tucuruí.
Foram apreendidas durante a operação mais de 20 pastas contendo documentos dos procedimentos de dispensa de licitação dos contratos e dos pregões eletrônicos investigados, além da quantia de aproximadamente R$ 218.000,00 em cheques e R$ 33.000,00 em dinheiro, telefones celulares, um cofre e documentos comprobatórios de propriedade de empresa investigada.
Até a publicação desta reportagem, a Prefeitura de Tucuruí não havia publicado posicionamento sobre as investigações, conforme solicitado pela reportagem.
Corrupção, GAECO, Ministério Público
Vale assina mais dois convênios com Marabá no valor total de R$ 70 milhões
Eles integram o Termo de Compromisso 02/2022, assinado em março deste ano, que compõe o Plano Diretor da cidade
Publicado em 17/07/2023
às 19:29
A Vale e a Prefeitura de Marabá assinaram dois termos de compromisso que somam R$ 70 milhões em repasses. Do total, R$ 65 milhões serão destinados à execução de obras de pavimentação e drenagem de vias públicas, preferencialmente nos bairros da área de abrangência do projeto de construção das novas pontes do Rio Tocantins, enquanto os R$ 5 milhões restantes serão investidos na construção de um novo bloco no Hospital Municipal de Marabá (HMM).
Com a assinatura dos novos termos, a Vale passa a ter três contratos firmados com o município de Marabá para executar medidas mitigatórias, compensatórias e condicionantes relacionadas aos impactos socioeconômicos do empreendimento. Eles integram o Termo de Compromisso 02/2022, assinado em março deste ano, que compõe o Plano Diretor de Marabá.
A articulação contou com o apoio da Câmara Municipal. O primeiro convênio foi celebrado em abril, quando a empresa se comprometeu em investir R$ 5 milhões na aquisição de cinco caminhões coletores de lixo. “O objetivo é contribuir para a construção de um legado sustentável nos territórios onde a Vale está presente, alinhado às políticas públicas”, diz o líder do Projeto, Marcello Puziello.
Além das ações que serão executadas a partir dos repasses da Vale, o Termo de Compromisso prevê a construção de uma feira coberta no núcleo São Félix, pela prefeitura, com recursos do município. A iniciativa atende a uma demanda da comunidade que fica na área de abrangência do projeto. Atualmente, a Vale realiza a implantação de estacas em solo na área do projeto das novas pontes. Junto com a colocação dos blocos, esta fase faz parte da infraestrutura da fundação da obra e antecede a execução dos pilares, prevista para o final do ano.
O Consórcio da Ponte do Rio Tocantins (CPRT), contratado pela Vale e formado pelas construtoras EGTC e Barbosa Mello, é responsável pelas obras civis da ponte. De acordo com o CPRT, cerca de 500 pessoas já foram contratadas para o projeto, das quais a grande maioria de moradores dos núcleos Nova Marabá e São Félix. Iniciadas em 2022, com as atividades de limpeza do terreno, terraplanagem e drenagem, as obras preveem a construção de duas novas pontes ao lado da estrutura rodoferroviária atual, cada uma com 2,3 km de extensão.
Uma delas será exclusivamente rodoviária, o que irá desafogar o trânsito em Marabá e reforçar a ligação entre o sudeste do Pará e outros estados. Já a outra ponte será ferroviária, contribuindo para o aumento da capacidade da ferrovia Carajás. O prazo de construção da obra é de cinco anos.
De pênalti, Mário Sérgio marca e Paysandu vence o Remo pela 13ª rodada da Série C
O Leão teve a chance de empatar, mas Muriqui perdeu pênalti parando na defesa de Matheus Nogueira
Publicado em 17/07/2023
às 23:32
Paysandu Sport Club e Clube do Remo disputaram na noite desta segunda-feira (17), o clássico de número 770 da história, válido pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série C. Melhor para o Papão, que com o gol de pênalti marcado pelo atacante Mário Sérgio, o Super Mário, aos 34 minutos o primeiro tempo, venceu o Leão, por 1 a 0, e ficou a um ponto de entrar no G8 da competição nacional.
O Remo teve a chance de empatar o clássico, mas o atacante Muriqui perdeu um pênalti quando parou na defesa do goleiro Matheus Nogueira, aos oito minutos do segundo tempo. Com o resultado, o Papão chegou aos 18 pontos, e ocupa a 10ª colocação, enquanto que o Leão segue na zona de rebaixamento, somando 13 pontos, e permanecendo em 17° lugar.
A dupla volta a campo pela 14ª rodada da Série C no mesmo dia, no próximo domingo (23) e no mesmo horário, às 19h. O Paysandu encara o CSA-AL no Estádio Leônidas Castro, o Banpará Curuzu, em Belém, e o Remo visita o Náutico-PE no Estádio Eládio de Barros Carvalho, o Aflitos, em Recife.
O jogo: Deu Papão!
O Remo começou melhor. Pedro Vitor cobrou falta e o goleiro Matheus Nogueira foi no canto para fazer uma grande defesa e salvar o Paysandu. O Leão voltou ao ataque. Após uma sobra de bola, Claudinei arriscou de fora da grande área, a redonda passou com perigo contra a meta bicolor. Só dava Leão. Evandro arriscou de longe e a bola desviou na zaga do Papão e foi para escanteio.
Mas quem marcou foi o Paysandu. Evandro saiu jogando errado dentro da área, a bola ficou com o time bicolor que levantou a redonda e na sobra, Vinícius Leite foi derrubado por Claudinei, o árbitro marcou pênalti. O artilheiro Mário Sérgio cobrou e marcou, 1 a 0 Papão, aos 34 minutos. Em mais uma saída errada azulina, Edilson cruzou na área, Nicolas Careca cabeceou e a zaga cortou, na sobra, Robinho disparou e a defesa desviou para escanteio. Quase o segundo gol bicolor.
Novamente o Papão chegou com Mário Sérgio, que cruzou rasteiro e Vinícius Leite marcou, mas a arbitragem assinalou impedimento do atacante do Paysandu, aos 43 minutos. Já no segundo tempo, Muriqui tocou para Élton que foi derrubado dentro da área e o árbitro marcou pênalti. Muriqui cobrou e o goleiro Matheus Nogueira defendeu e evitou o gol de empate, aos oito minutos.
Minutos depois, Mário Sérgio recebeu na frente e tentou por cobertura, mas chutou em cima do goleiro Vinícius, que salvou o Leão. Após cobrança de escanteio, Diego Ivo cabeceou e quase marcou o gol de empate para o Remo. Vitor Leque cobrou outro escanteio para os azulinos, a bola bateu no travessão quase o chamado “gol olímpico” no Mangueirão.
O Remo teve a chance do empate, depois do escanteio, Fabinho desviou de cabeça e Élton na pequena área chutou e parou na defesa milagrosa do goleiro Matheus Nogueira, que outra vez salvou o Papão. Em uma falta para o Leão, Pablo Roberto cruzou e Élton cabeceou por cima da meta alviceleste. O Paysandu voltou ao ataque, depois que Kevyn cruzou rasteiro da esquerda, Mário Sérgio tentou marcar de letra, a bola foi em cima do goleiro Vinícius.
Após um lançamento na frente, o goleiro Matheus Nogueira cortou de cabeça e a bola caiu nos pés de Pablo Roberto, que dominou e arriscou do meio de campo e quase marcava um golaço, mas a bola passou por cima da meta bicolor. Placar final: Paysandu 1 x 0 Remo.
Por Fábio Relvas / Foto: Beatriz Reis
Polícia Civil, Polícia Militar
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mem sai baleado na perna em tentativa de homicídio
O crime aconteceu na manhã desta segunda-feira (17), no Bairro Novo Horizonte
Publicado em 17/07/2023
às 23:35
Em Parauapebas, Witalo Pinto dos Santos foi baleado, na manhã desta segunda-feira (17), por um indivíduo em uma motocicleta Yamaha Fazer, quando se encontrava na Rua Grécia, Bairro Novo Horizonte. O motociclista disparou duas vezes em direção ao homem, porém somente uma das balas o atingiu, na perna esquerda.
Antero Vieira da Silva, que estava próximo do local e testemunhou a tentativa de homicídio, foi quem socorreu a vítima e o levou ao Hospital Municipal, acompanhado por uma guarnição da Polícia Militar que foi avisada pela base do 23º Batalhão e se dirigiu ao local. A Polícia Civil já está investigando o caso.
Moto recuperada pela GMP
Uma guarnição da Guarda Municipal de Parauapebas recuperou, na manhã de ontem (16), a motocicleta Honda Biz, vermelha, placa OFP-4429. O veículo foi abandonado na Rua Arthur de Azevedo, próximo à VS-10, no Bairro Caetanópolis. A moto havia sido roubada e, após os procedimentos de praxe, foi devolvida à proprietária, Josiane Rodrigues da Costa.
Moto recuperada e entregue à proprietária
Moto roubada e abandonada
No mesmo dia, a mesma guarnição encontrou, no Bairro Alto Bonito, outra moto abandonada e com registro de roubo: uma Honda Biz 125, vermelha, placa NSU-5268. O veículo foi levado para a 20ª Seccional Urbana da Polícia Civil. (Caetano Silva)
Polícia Civil, Polícia Militar
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Órgãos públicos do Pará abrem seleção para 50 vagas
Confira os prazos de inscrição e quais os cargos disponíveis.
Publicado em 18/07/2023
às 10:20
O governo do Pará abriu processos seletivos ofertando 50 vagas em dois órgãos e secretarias do Estado.
As oportunidades são para vários níveis de formação, com remuneração de R$ 1.320 a R$ 1.845,32.
As inscrições são exclusiva no site do Sistema Integrado de Processo Seletivo Simplificado (Sispros) – no link: https://www.sipros.pa.gov.br/.
Confira a seguir quais os concursos disponíveis e seus respectivos prazos de inscrição.
Sespa
Terminam nesta terça-feira (18) as inscrições no processo seletivo da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). São no total 20 vagas para 9 cargos na secretaria.
A remuneração é de R$ 1.215,50 a R$ 3.104,35. A contratação é por prazo determinado, em funções temporárias de níveis médio, técnico e superior.
Os cargos ofertados são:
ENFERMEIRO
FARMACÊUTICO
FARMACÊUTICO BIOQUÍMICO
MÉDICO
TÉCNICO EM HIGIENE DENTAL
AGENTE ADMINISTRATIVO
ANALISTA DE SISTEMAS
CONTADOR
ENGENHEIRO CLÍNICO
IDEFLOR-Bio
O certame do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (IDEFLOR-Bio) tem inscrições abertas a partir desta quarta-feira (19) até dia 20 de julho.
São 30 vagas distribuídas em Altamira, Belém, Maracanã, Breves (Marajó), Marabá, São Félix do Xingu, Oriximiná, Monte Alegre e Tucuruí sendo que as contratações são de caráter temporário.
A remuneração é de R$1.845,32, acrescida de gratificação e benefícios.
Veja a disponibilidade de vagas:
Técnico em Gestão Ambiental – Biólogo
Técnico em Gestão Ambiental – Biólogo Pós- graduação em Botânica da Flora Amazônica.
Técnico em Gestão Ambiental – Engenheiro Agrônomo.
Técnico em Gestão Ambiental – Engenheiro Florestal
Técnico em Gestão Ambiental – Engenheiro Ambiental e Sanitária
Técnico em Gestão Ambiental – Engenheiro de Produção
Técnico em Gestão Ambiental – Engenheiro de Pesca
Técnico em Gestão Ambiental – Arquiteto e Urbanista
Técnico em Gestão Ambiental – Bacharel em Direito
Técnico em Gestão Ambiental – Contador
Técnico em Gestão Ambiental – Administrador
Técnico em Gestão Ambiental – Médico Veterinário
Técnico em Gestão Ambiental – Engenheiro Civil
Técnico em Gestão Ambiental – Bacharel em Etnodesenvolvimento
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