sexta-feira, 31 de dezembro de 2021
Vaqueiro se entrega à polícia e confessa assassinato de fazendeiros em Canaã
Ele alega que matou o patrão após uma discussão e temendo morrer. E diz que assassinou também a mulher porque ela estava junto no momento da execução do marido
Publicado em 27/12/2021
às 11:39
O acusado, identificado inicialmente como Cleiton, se entregou neste domingo (26), a uma guarnição da Polícia Militar, no Assentamento Jaú, localizado no Distrito Casa de Tábua, em Santa Maria das Barreiras, no sul do Pará. Ele alegou que matou os patrões, porque estava sendo ameaçado pelo fazendeiro, após uma discussão entre ambos. Ao se entregar, Cleiton gravou um vídeo confessando o crime.
Cleiton gravou vídeo, dizendo que matou patrões porque estava sendo ameaçado
O casal de fazendeiros João Valadares, 58 anos, e Anita Valadares, 54, foi encontrado morto pelos filhos, na última sexta-feira (24), na propriedade onde morava, na Vila Feitosa, zona rural de Canaã dos Carajás. Os corpos já estavam em adiantado estado de decomposição.
Os filhos procuram os pais, após terem ficado preocupados, porque João e Anita não mais atenderam às ligações telefônica nem respondiam a mensagens enviadas por aplicativo. Segundo eles, a última vez em que os pais fizeram contato foi na quarta-feira (22), por mensagens. Ao ser preso, o vaqueiro, identificado pelo prenome de Cleiton, contou que matou o casal naquele mesmo dia.
Ele detalhou que teve um desentendimento com João Valadares, cujos motivos não revelou, e, depois disso, passou a ser ameaçado. O réu confesso disse ainda que, na quarta-feira saiu para foi caçar e foi seguido pelo fazendeiro, que estaria armado com uma espingarda.
Com medo, o homicida admite que pensou em matar o patrão e conta que colocou a ideia em prática, assassinando João Valadares. Como Anita estava junto no momento do crime, também foi eliminada. Depois do duplo homicídio, Cleiton fugiu da propriedade.
A família do casal chegou a oferecer R$ 20 mil para quem desse informação sobre o paradeiro de peão e espalhou uma foto dele nas redes sociais. Com a repercussão do caso, Cleiton fugiu para o sul do estado.
Conseguiu escapar do cerco policial em Redenção, mas temendo ser morto, procurou ajuda e se entregou a uma guarnição da Policia Militar e foi conduzido para a Delegacia de Polícia Civil de Conceição do Araguaia, onde foi ouvido e já está à disposição da Justiça e deve ser recambiado para Canaã, onde ocorreu o duplo assassinato.
GTO prende quatro bandidos e mata um no Bairro Nova Carajás 2
Um adolescente de 16 anos foi apreendido, assim como maconha, crack e cocaína, e recuperada uma motocicleta roubada. Um dos marginais apontou uma arma para os PMs e foi baleado
Publicado em 30/12/2021
às 00:07
Uma guarnição do Grupo Tático Operacional (GTO), do 23º Batalhão de Polícia Militar, prendeu, em Parauapebas, por volta das 11h45 desta quarta-feira (29), Geovane Araújo Campos, 33 anos, Maicon de Sousa Silva, 26, Marcos Martins Rodrigues, 23, Jéssica Estefani de Melo Oliveira, 26, apreendeu um adolescente de 16 anos, e matou Jeovanes de Sousa Costa, 30, que apontou uma arma de fogo para os policiais militares. As prisões aconteceram na Rua 135, Quadra 912, Bairro Nova Carajás 2.
Com o bando, foram apreendidos 373 gramas de crack, 39 gramas de maconha, 36 gramas de cocaína, uma motocicleta Honda Biz, cinza, placa JVN-7096/Parauapebas (PA), de propriedade de Sandra Silva Rocha, de quem foi roubada; e outra moto, da mesma marca e modelo, de cor vermelha e placa OTV-7089/Jacundá (PA).
A guarnição estava averiguando a denúncia de que, em uma casa da Quadra 912, no Bairro Nova Carajás 2, estariam reunidos indivíduos envolvidos no assassinato de uma pessoa que foi decapitada e também em roubo de motocicletas.
Quando os policiais militares chegaram ao endereço, três indivíduos que estavam no imóvel fugiram correndo enquanto o adolescente, que não conseguiu escapar, foi apreendido em uma casa nos fundos da primeira.
Quanto a Jeovanes Costa, este pulou um muro, entrou na casa vizinha e tentou fazer refém a família que ali estava. Entretanto, com a entrada da guarnição, as pessoas aproveitaram o tumulto para sair do imóvel.
Em um dos quartos, Jeovane já esperava os policiais, armado com uma espingarda calibre 22, com uma munição na agulha e outras duas no bolso. Quanto um dos PMs entrou e percebeu que corria risco de morte, foi mais rápido e disparou duas vezes contra Jeovane, que ainda chegou a ser levado ao Pronto Socorro, mas morreu.
Guarda Municipal tira traficantes e drogas de circulação durante a quarta-feira
Denúncias feitas ao CCO e encaminhas à GMP têm sido fundamentais para as prisões e apreensões em Parauapebas
Publicado em 30/12/2021
às 10:57
A Guarda Municipal de Parauapebas (GMP) tirou de circulação ontem (29) três indivíduos acusados de tráfico de drogas e uma adolescente de 16 anos, acusada de ato infracional análogo ao tráfico. O primeiro a ser preso foi José Mikael da Silva Oliveira, flagrado por volta das 2h da madrugada, com dois papelotes de crack, na Rua Sol Poente, nas proximidades da Escola Carlos Drummond de Andrade, local considerado de concentração do tráfico de entorpecentes. O flagrante se deu em razão de denúncia feita ao CCO (Centro de Controle Operacional).
Já no decorrer do dia, também por meio de denúncias enviadas ao CCO, a Guarda prendeu, no bloco 41 do Residencial Alto Bonito, um indivíduo, cujo nome não foi informado, com 42,2 gramas de maconha 10 petecas de crack. Ele ainda tentou fugir, mas foi agarrado pelos agentes da lei.
Durante a tarde, também no Alto Bonito, a GMP prendeu Antônio Francisco Pereira Rodrigues, flagrado com certa quantidade de crack. O acusado ainda tentou se desfazer do produto ilícito, mas não conseguiu se livrar do flagrante.
No início da noite, por volta das 18h40, uma guarnição da GMP apreendeu, por ato infracional análogo ao tráfico de entorpecentes uma adolescente de 16 anos. Com a garota foram apreendidos 15 papelotes de maconha, pesando no total, 34 gramas do entorpecente. O flagrante se deu na Rua 3 do Bairro Vila Nova.
Todos os casos foram parar na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Parauapebas, onde os acusados foram apresentados aos delegados de plantão para os procedimentos legais.
DOCUMENTO DE TREINAMENTO ANTI-ESQUERDA DO EXÉRCITO TEM MLT, PARTIDO DOS OPERÁRIOS E MÍDIA SAMURAI COMO INIMIGOS
Simulação feita em 2020 revela como a tropa de elite do Exército está sendo treinada para combater a esquerda e movimentos sociais.
Rafael Moro Martins
7 de Dezembro de 2021, 6h06
Ilustração: Rodrigo Bento/The Intercept Brasil
O EXÉRCITO REALIZOU em 2020 uma simulação em que candidatos a integrar a sua tropa de elite tiveram de combater uma “organização armada clandestina”. No texto que apresenta o exercício, a força explica que o inimigo fictício surgiu “de uma dissidência do Partido dos Operários”, o “PO”, que “recruta e treina militantes do MLT”, o “Movimento de Luta pela Terra”.
Os documentos que descrevem o exercício foram entregues ao Intercept por uma fonte que pediu para não ser identificada por medo de retaliações. A Operação Mantiqueira foi realizada em novembro de 2020 em Piquete, cidade paulista de menos de 15 mil habitantes localizada no Vale do Paraíba e próxima à divisa com Minas Gerais e Rio de Janeiro. A locação não foi escolhida à toa: a cidade é sede de uma das mais antigas unidades da Imbel, a Indústria de Material Bélico do Brasil, uma estatal vinculada ao Exército.
O teor do exercício a que os oficiais do Exército submetem candidatos às suas Forças Especiais deixa claro que, passados quase 40 anos desde a redemocratização, a maior das três Forças Armadas não apenas segue a enxergar movimentos sociais e políticos de esquerda como inimigos – ela também está sendo treinada para combatê-los.
Participaram da Operação Mantiqueira sargentos de carreira e oficiais do Exército que eram alunos do Centro de Instrução de Operações Especiais, o CIOpEsp, localizado em Niterói, cidade da região metropolitana do estado do Rio. Ela foi a última atividade do curso que serve como vestibular para o ingresso nas Forças Especiais. Em 2020, segundo a fonte que entregou os documentos ao Intercept, de uma turma de quase 40 alunos, 17 foram aprovados para trabalhar no Batalhão de Forças Especiais, o BFEsp, sediado em Goiânia.
Eu apresentei os documentos a dois pesquisadores que detêm amplo conhecimento do universo militar e a um alto oficial da reserva – este pediu para não ser identificado, também pelo temor de represálias. Os três os consideraram autênticos.
Também submeti os papéis à assessoria de imprensa do Exército, questionando-a sobre a autenticidade deles e fazendo uma série de perguntas sobre a atividade. Minhas questões chegaram a ser encaminhadas ao Comando Militar do Planalto – a quem o BFEsp é subordinado – antes de voltarem ao Quartel General, em Brasília.
De posse das questões por mais de três semanas, o Exército me disse na sexta-feira, 3 de dezembro, que não as responderia. Em momento algum, porém, a força ou os oficiais da assessoria de imprensa – dois coronéis, um capitão e um tenente – com quem tratei sobre o pedido de informações desmentiram os documentos.
Exercício CIOpEsp
5 pages
‘Objetivos políticos’
O texto que apresenta o exercício aos alunos do CIOpEsp começa apresentando o “Exército de Libertação do Povo Brasaniano”, o ELPB, “criado a partir de um projeto de partido político de caráter marxista e com uma organização armada clandestina, nascido de uma dissidência do Partido dos Operários e que recruta e treina militantes do MLT” num país fictício chamado Brasânia. As referências, óbvias, são ao Exército de Libertação Nacional da Colômbia, ao Partido dos Trabalhadores e ao MST. Existe, também, um movimento que luta pela reforma agrária chamado Movimento de Luta pela Terra, fundado na década de 1990 na Bahia.
“As cores do ELPB são defendidas em diversos tipos de protestos pelo país, logo o ELPB não é apenas um grupo criminal, mas um movimento que assume contornos de irregularidade com objetivos políticos”, prossegue o texto assinado pelo major Marcos Luís Firmino, oficial de inteligência do BPFesp – o negrito é do documento original. Busquei pelo nome de Firmino no Portal da Transparência do governo federal, mas não o encontrei. Alguns integrantes das Forças Especiais podem ter os nomes ocultados ali, como ocorre com delegados da Polícia Federal ou agentes da Abin, a Agência Brasileira de Inteligência.
“Nos últimos anos, o ELPB foi reestruturado, afastado dos grandes centros e interiorizado [para] investir em recrutamento e treinamento em áreas rurais, bem como formar novas alianças”. Aqui é óbvia a emulação da guerrilha do Araguaia, a última célula da resistência armada à ditadura militar, dizimada com requintes de crueldade pelo Exército após o extermínio da guerrilha urbana – retratada em “Marighella“, filme de Wagner Moura.
‘Só serve para doutrinação, para relacionar a esquerda a ameaças’.
Do início dos anos 1970, a fantasia paranóica do major Firmino salta de repente às jornadas de 2013. “A primeira frente do EPLB se organizou em 2012, recrutada de diversos grupos de pressão insatisfeitos com a situação do país [e] infiltrando elementos violentos em diversos protestos. Esses grupos infiltrados em protestos causaram grande destruição em propriedades governamentais e privadas, estabelecendo um clima de desordem e ineficiência do aparato de segurança do estado”, afirma o texto.
“Cabe ressaltar que esses grupos têm utilizado canais da Deep Web e de mídias sociais para disseminar vídeos, imagens e outros produtos sobre as ações violentas executadas. Essa prática ficou conhecida como ‘Mídia Samurai'” – aqui a referência é à Mídia Ninja, que documentou os protestos contra reajustes nas tarifas do transporte público em São Paulo e outras capitais e depois se tornou um veículo de mídia popular na esquerda.
Mas não são apenas as mídias de esquerda as citadas no documento: a imprensa como um todo apanha. “Uma ala mais tendenciosa da imprensa vem acompanhando o ELPB de forma velada, com notícias que buscam divulgar o caráter ‘democrático e de liberdade’ que o ELPB ‘defende'”, critica o texto.
Também é difícil não notar a coincidência dos personagens fictícios com figuras reais. Pedro João Cavalero, criador das ELPB, e a deputada estadual Erica Ericsson, “expulsa do PO por portar-se de maneira extremada”, parecem menções óbvias a João Pedro Stédile, do MST, e Erica Malunguinho ou Erika Hilton, respectivamente a primeira mulher transexual eleita para a Assembleia Legislativa de São Paulo e primeira mulher trans eleita vereadora na capital paulista. Ambas são filiadas ao Psol.
Para Juliano Cortinhas, professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, a UnB, o uso de termos nos documentos do treinamento não é aleatório. “Dizer que o partido tem caráter marxista é totalmente inútil [para uma ação militar], só serve para doutrinação, para relacionar a esquerda a ameaças. Toda a nomenclatura indica a necessidade de doutrinação”, avaliou ele, que também coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas em Segurança Internacional.
O professor, que já acompanhou diversos exercícios a convite do próprio Exército, avaliou a meu pedido os documentos sobre a simulação realizada em Piquete entregues ao Intercept.
“É nitidamente um documento que faz um exercício de inteligência voltado para [combater] a esquerda, com referências temporais contemporâneas que marcariam hipotéticas ameaças”, fez coro João Roberto Martins Filho, professor titular sênior de Ciência Política da Universidade Federal de São Carlos, a UFSCar, e um dos decanos dos estudos sobre militares no Brasil. Ele também leu os documentos.
No dia 8 de março, 50 militares do Exército Brasileiro concluíram o módulo de nivelamento do Curso de Ações de Comandos (CAC). O CAC é conduzido pelo Centro de Instrução de Operações Especiais em ritmo de operações continuadas, desenvolvendo competências atitudinais, com o máximo de realismo na imitação do combate e grande conhecimento de todos os ambientes operacionais do País.No dia 8 de março, 50 militares do Exército Brasileiro concluíram o módulo de nivelamento do Curso de Ações de Comandos (CAC). O CAC é conduzido pelo Centro de Instrução de Operações Especiais em ritmo de operações continuadas, desenvolvendo competências atitudinais, com o máximo de realismo na imitação do combate e grande conhecimento de todos os ambientes operacionais do País.
A elite da tropa: Forças Especiais são responsáveis por operações de inteligência, incursão ao território inimigo e elaboração de planos de ação.Fotos: Reprodução/Academia Militar das Agulhas Negras
‘Completamente ilegal’
O CIOpEsp, em Niterói, e o BFEsp, em Goiânia, são subordinados ao Comando de Operações Especiais, que por sua vez é uma unidade do Comando Militar do Planalto, que abrange o Distrito Federal, Goiás, Tocantins, o Triângulo Mineiro e Brasília.
Via Lei de Acesso à Informação, o Exército me informou que a Base Administrativa do Comando de Operações Especiais, que tem autonomia operacional e CNPJ próprio, administrou um orçamento de R$ 43 milhões em 2020, “destinados à toda vida administrativa e ao preparo e emprego das organizações militares operacionais e de apoio operacional e logístico do COpEsp”.
Segundo o cientista político e historiador José Murilo de Carvalho, as Forças Especiais são de alguma maneira descendentes do aparato montado pelo Exército para perseguir, torturar e assassinar inimigos políticos durante a ditadura, os DOI-Codi – sigla para Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna. A intenção, após o fim dos DOI-Codi, era “manter a capacidade de combate à subversão e à guerrilha”.
São a “elite da tropa”, treinada para operações que exigem agilidade e precisão, como uma incursão a território inimigo. “Por exemplo: há uma ameaça de invasão do território brasileiro. Usam-se as forças especiais para atravessar a fronteira e buscar informações, fazer capturas de inteligência, para municiar o plano de reação”, explicou Cortinhas. “Num plano como esse, as Forças Especiais se infiltrariam nos grupos ou no território inimigo. São tropas extremamente bem treinadas, de preparo físico invejável, alta capacidade cognitiva”, ele me disse.
‘Não há nenhum respaldo legal ou constitucional. O exercício está desconectado de qualquer respeito ao estado de direito brasileiro’.
Para Cortinhas, exercícios só são úteis quando se referem a situações plausíveis, com que os militares podem eventualmente se deparar. Emular organizações de esquerda como inimigos, avaliou, “tem um peso na criação de uma mentalidade conservadora nas Forças Armadas”. “Desde o início da sua educação, os militares são alimentados de forma a verem como ameaças grupos de esquerda que brigam por direitos, como o uso social da terra”, analisou.
O anticomunismo ferrenho é um dos valores fundamentais dos militares brasileiros desde 1935, quando eles combateram e derrotaram levantes em suas tropas lideradas pela Aliança Libertadora Nacional, de Luís Carlos Prestes, que posteriormente batizaram de “intentona comunista”. “A frustrada revolta comunista de novembro de 1935 foi um evento-chave que desencadeou um processo de institucionalização da ideologia anticomunista no interior das Forças Armadas”, escreveu o antropólogo Celso de Castro, outro dos principais pesquisadores da caserna, em “A Invenção do Exército Brasileiro“.
Nos anos seguintes, o imaginário anticomunista se cristalizou: o comunismo era associado com o “mal, representado como uma enfermidade”. “Daí a metáfora, que teria vida longa, de uma ‘infiltração’ comunista, como se fosse uma doença/doutrina ‘exótica’ introduzida no Brasil por agentes estrangeiros ou por traidores da pátria”, diz o livro.
Chamou a atenção dos pesquisadores o descolamento do tema do treinamento com o momento político brasileiro. “Não há nenhuma ameaça à democracia partindo de organizações de esquerda, mas sim das de direita, que têm ameaçado instituições democráticas e sendo investigadas em inquéritos do Supremo Tribunal Federal”, argumentou o professor da UFSCar. Ele se referia, por exemplo, aos protestos organizados em Brasília nos últimos dois anos por partidários de Jair Bolsonaro, como os 300 do Brasil, inclusive convocados pelo próprio presidente, como no último 7 de setembro.
“É uma referência muito clara à situação dos anos 1960 e 70, porque todas essas formas de organização ficaram datadas de lá. Mas a esquerda não teve mais nenhum tipo de organização desse tipo depois”, criticou Martins Filho.
Além disso, ainda que houvesse uma guerrilha política – de esquerda ou direita – atuando no país, combatê-la seria atribuição da Polícia Federal.
“Uma operação como essa, de Forças Especiais, seria completamente ilegal. Não há nenhum respaldo legal ou constitucional [para uma ação como a simulada no exercício]. Ele está desconectado de qualquer respeito ao estado de direito brasileiro”, me disse o professor da UnB. “É presente entre os militares a ideia de que eles são solucionadores de quaisquer problemas [do país], o que gera situações como o que vivemos na atualidade, com militares da ativa e da reserva em todos os ambientes políticos e estratégicos do país”, afirmou.
A ilegalidade para que o professor Cortinhas chamou a atenção é flagrante no próprio documento assinado pelo major Firmino. Em determinado trecho, ele diz que “as autoridades não percebem o ELPB como ameaça à democracia”. Ou seja: até mesmo na simulação, o Exército agiu por conta própria.
Correção: 7 de dezembro, 12h30
Uma versão inicial deste texto informava que o exercício simulado da Operação Mantiqueira era parte de um curso destinado a cabos e soldados. Na verdade, o curso é dirigido a sargentos de carreira e oficiais do Exército. A informação foi corrigida.
Atualização: 7 de dezembro, 12h30
O texto foi atualizado com a informação de que existe uma organização chamada Movimento de Luta pela Terra, mesmo nome usado pelo Exército para batizar um de seus inimigos “fictícios”.
BOLSONARO “ACABA” COM O MST EM INVASÕES DE TERRA 30 de dezembro de 2021 PARTILHARFacebook Twitter Foto Divulgação Política de incentivo às armas, titulação de terras de assentados e corte de dinheiro para ONGs ligadas a movimentos neutralizaram os sem-terra. A Câmara de Conciliação Agrária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) registrou 11 invasões de fazendas no país em 2021. Em 2019, foram sete e, no ano passado, apenas seis. Trata-se dos menores números de ocupações feitas pelos movimentos sociais no Brasil desde 1995, quando o Incra começou a registrar as estatísticas. Nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), os sem-terra invadiram 2.442 fazendas. Já nos oito anos de governo Lula (PT), foram 1.968 invasões. Na gestão de Dilma Rousseff, os números caíram para 969 invasões. Os dados computados em três anos de mandato de Bolsonaro (24 até agora) são inferiores até os verificados no governo Temer, que durou de agosto de 2016 a dezembro de 2018: 54. Segundo o governo, um dos fatores que explicam a redução no número de invasões é o armamento dos fazendeiros – mais especificamente, uma regra que permite aos proprietários carregarem como armas por toda a extensão da propriedade. Antes, posse era restrita à sede do imóvel rural. Outro motivo é a diminuição dos repasses de recursos federais para entidades ligadas aos sem-terra, que eram abundantes nos governos petistas. Durante a gestão de Dilma Rousseff, as instituições sem fins lucrativos ligados à reforma agrária e aos movimentos sociais receberam mais de 100 milhões de reais. Desde o ano passado, o governo não transfere mais recursos para estas instituições. A administração Bolsonaro praticamente acabou com a reforma agrária, o que, em tese, Deveria dar fôlego às invasões. Em 2021, foram assentadas somente 4.422 famílias, um dos menores números da história. Fernando Henrique e Lula chegaram a ultrapassar a marca de 100 mil famílias assentadas em um único ano. Bolsonaro deu preferência à titulação das terras das famílias assentadas. Com a escritura em mãos, pois as famílias podem usar a propriedade para pedir empréstimo no banco e, se quiserem, podem vender a terra. Só este ano o governo distribuiu 128 mil títulos de regularização fundiária. No ano passado, foram 109 mil. Foto Divulgação. Armamento de fazendeiro e redução de recursos Levantamento da Câmara de Conciliação Agrária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária ( Incra ) apontou que desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro , o número de invasões de fazendas no país teve uma redução histórica. “TODOS TÊM COMPRAR FUZIL [ESPINGARDA] POVO ARMADO JAMAIS SERÁ ESCRAVIZADO”, AFIRMOU O PRESIDENTE BRASILEIRO, ENQUANTO FALAVA COM APOIANTES EM BRASÍLIA. Jair Bolsonaro De acordo com o Governo Federal, um dos fatores que influenciam na redução no número de invasões para o armamento dos fazendeiros, especificamente, a permissão de portar armas por toda a extensão da propriedade, já que antes a posse era restrita à sede do imóvel rural . Foto: Reprodução Facebook VEJA procurou o MST para comentar o caso, mas o movimento ainda não se pronunciou. Já o secretário Especial de Assuntos Fundiários, Nabhan Garcia, reconheceu que o armamento dos fazendeiros e o corte de verbas para entidades sociais contribuíram para a queda das invasões. Bolsonaro sanciona novo marco cambial do Brasil Lei que cria o Auxílio Brasil é publicada no Diário Oficial da União Gusttavo Lima compra fazenda de R$ 275 milhões! Mega da Virada: Prêmio vale mais de 116.000 bezerros Arroba bate R$ 342,00 em disparada recorde, segura peão! “Se o ladrão conhecido que o dono da casa está bem armado, é óbvio que ele não vai entrar na casa. Há outro fator fundamental: já avisei aos movimentos de terras que propriedade invadida não será desapropriada, ao contrário do que aconteceu no governo de Fernando Henrique e do Lula. Eles faziam uma apologia à invasão ”, declara Garcia, presidente licenciada da União Democrática Ruralista (UDR). “Não teve mais patrocínio do dinheiro público federal para invasão de terra. Não teve mais convênios. No Pontal do Paranapanema, era invasão toda semana. De seguida, o mandatário ainda ironizou sobre críticas à subida da inflação, dizendo saber que este tipo de arma tem um preço elevado. “Sei que um fuzil custa caro. Há idiotas que dizem: ‘Ah, temos é de comprar feijão’. Se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar”, afirmou. Compre Rural com informações da Veja Todo o conteúdo áudio visual do CompreRural está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral, sua reprodução é permitida desde que citado a fonte e com aviso prévio através do e-mail jornalismo@comprerural
Leia mais em: https://www.comprerural.com/bolsonaro-acaba-com-o-mst-em-invasoes-de-terra/
Atingido pela mineração de Parauapebas, Marabá fatura R$ 60 milhões a mais
Valor não aparece no “extrato” da ANM na internet, para onde muitos correm atrás de descobrir a quantia de royalties que cai na conta mensalmente; confira o “extra” repassado durante o ano
Publicado em 29/12/2021
às 16:25
Há muito mais royalties nos cofres de Marabá do que mostra a vã filosofia da Agência Nacional de Mineração (ANM). É mais ou menos nessa “pegada shakespeareana” que um levantamento inédito realizado pelo Blog do Zé Dudu revela agora que o principal município do sudeste do Pará recebeu muito mais Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) este ano que o que os olhos comuns possam ver no portal de repasses do órgão federal.
Nas contas do Blog, a Prefeitura de Marabá apurou R$ 60,94 milhões com um “extra” que é pago ao município por ser diretamente afetado pela produção mineral de seu vizinho (e filho) Parauapebas. Em 2017, uma mudança na legislação que rege o setor mineral mudou as regras de distribuição da Cfem, retirando 5% do município produtor, 8% do estado do município produtor e 2% da União e criando a figura do município impactado pela atividade mineral com direito a rateio de 15% do valor bruto apurado da compensação financeira.
Em decorrência disso, Marabá — que possui a maior parte do traçado da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e, portanto, é diretamente impactado pelas operações de carregamento do minério de ferro em Parauapebas — passou a ter direito líquido e certo dessa fatia de royalties, que tem crescido sobremaneira na esteira da alta do preço da commodity no mercado internacional.
CFEM EXTRA DE MARABÁ: IMPACTO PELA MINERAÇÃO DE PARAUAPEBAS
Janeiro — R$ 4.020.321,43
Fevereiro — R$ 4.233.099,64
Março — R$ 4.449.244,34
Abril — R$ 4.875.097,39
Maio — R$ 4.536.182,36
Junho — R$ 4.759.083,65
Julho — R$ 5.590.712,15
Agosto — R$ 6.270.937,03
Setembro — R$ 7.736.348,84
Outubro — R$ 5.685.577,98
Novembro — R$ 4.616.964,58
Quem vai ao site da ANM bisbilhotar a Cfem recebida pela prefeitura local, depara-se, contudo, com um valor abaixo da realidade. Isso ocorre porque ali, na tela de demonstrativo da distribuição dos royalties, constam apenas os montantes mensais decorrentes da produção. Marabá, como todos sabem, é um gigante produtor mineral brasileiro e lidera a movimentação de minério de cobre. Também vinha liderando a produção de manganês, mas praticamente sumiu do mapa este ano. Por essa razão, ele recebe, antes de tudo, compensação por ser produtor genuíno.
Dependência da Cfem
Em razão de a contabilidade da Cfem dos afetados ser feita a partir de metodologia própria, os valores são lançados em outra plataforma da Agência Nacional de Mineração e creditados em datas diferentes do dia em que cai na conta dos governos a Cfem por produção. Além disso, é comum que o dinheiro fique represado por meses e seja pago de uma vez.
Vale lembrar que as mineradoras repassam a Cfem à ANM, e esta é responsável por fazer o rateio a quem de direito. Diferentemente do que a maioria da população pensa, as mineradoras não “jogam” dinheiro diretamente na conta das prefeituras — e elas, as mineradoras, não são doidas de fazerem esse tipo de “doação”.
No total, ao longo de 2021, a Prefeitura de Marabá faturou R$ 157,85 milhões com royalties de mineração, o correspondente a 12,5% de uma arrecadação bruta de R$ 1,265 bilhão ajuntada pelo município, com todas as fontes de receita. É um percentual pequeno e que mostra que Marabá saberia viver mesmo sem royalties.
Para efeitos de comparação, em Parauapebas, onde o faturamento de Cfem foi de R$ 1,486 bilhão este ano, os royalties representaram 51% da receita total, enquanto em Canaã dos Carajás, que recebeu R$ 1,114 bilhão, a Cfem equivale a 66,4% da arrecadação bruta municipal. Os dois últimos municípios são extremamente dependentes dos recursos advindos da indústria extrativa mineral, que se serve de produtos finitos.
Empreendedora trans criou antiquário-café e emprega LGBTQIA+ em SP
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Criar um antiquário bem organizado que fosse também um espaço acolhedor para os clientes. Esse era o objetivo da empreendedora trans Ana Paula Tavares, 36, ao fundar o Antiquário Bar e Café (@antiquariocafe) em São Paulo. O que começou como um negócio familiar, hoje, emprega outros profissionais LGBTQIA+ entre seus funcionários.
A história é tema do vigésimo quarto episódio da série Negócios Plurais, sobre empreendedorismo e diversidade, realizada pela Folha em parceria com o Instagram. Toda semana, o jornal publica em seu perfil na rede social relatos em vídeo de empreendedores de todas as regiões do país e a história de Ana Paula marca o último episódio da série.
Formada em Design de Interiores, Ana Paula começou sua carreira trabalhando com restauração de obras de arte, desde objetos e quadros pequenos até fachadas de prédios antigos. Por isso, ela passou a frequentar locais como brechós e antiquários.
"Quando eu ia em um antiquário, eu começava a espirrar, saía de lá com a mão preta e sem lavar, porque não tinha uma pia para lavar as mãos. Geralmente, as peças não estavam catalogadas e não tinham preço", relata.
Após visitar tantos locais assim, segundo Ana Paula, o pensamento de que eles poderiam ser diferentes passou a falar mais alto. O objetivo para a inauguração do Antiquário Bar e Café, então, foi trazer um espaço novo, onde tudo estaria catalogado e os clientes seriam bem recebidos.
Localizado na Vila Mariana, zona sul da capital paulista, o antiquário foi inaugurado em março de 2019. No começo ela teve ajuda da mãe e do irmão mais novo, que trabalhavam no local em extensas jornadas de trabalho. Hoje, são oito funcionários fixos contratados.
A empreendedora conta que sua transição de gênero aconteceu gradualmente, já que desde criança se considerava diferente. Dos 14 aos 16 anos, Ana diz ter deixado o cabelo crescer e passado a usar roupas com as quais se identificava mais, como shorts curtos e vestidos. "Fui gostando, me entendendo e vi que aquilo era necessário para mim", relata.
Natural de Fortaleza (CE), Ana Paula se mudou para São Paulo em 2007. Após alguns anos de acompanhamento médico e psicológico, resolveu tomar mais um passo na transição. "Precisava fazer uma cirurgia de readequação sexual para ser feliz por completo", conta. "Hoje em dia, sou uma mulher realizada e muito feliz."
As mídias sociais e o futuro da democracia
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Boa parte das angústias das pessoas que se preocupam com o futuro da democracia advém do impacto dos espaços digitais sobre o tecido social e a capacidade de deliberação dos cidadãos. A invasão do Capitólio nos Estados Unidos tornou-se um ícone dos efeitos deletérios da desinformação e dos discursos tóxicos, intensificando a apreensão sobre o papel das redes sociais.
Neste contexto, o Pew Research Center inquiriu mais de 800 inovadores, executivos, gestores e pesquisadores do campo da tecnologia a propósito do futuro dos espaços digitais e seu papel na democracia. A grande maioria (70%) acredita que a revolução digital tem em igual medida aspectos positivos e negativos; 18% veem uma predominância dos negativos; e 10% dos positivos. Perguntados se, num arco de 15 anos, os espaços digitais serão ou não utilizados de maneira que servirão significativamente ao bem comum, 61% afirmaram que sim e 39%, que não.
Os pessimistas apontam que as fragilidades e perversidades humanas tendem a se amplificar com as novas tecnologias. Humanos são autocentrados e têm a visão curta; logo, são fáceis de manipular. Muitos temem que as instituições humanas não sejam capazes de acompanhar o ritmo e a complexidade das comunicações digitais. Alguns preveem mesmo uma espiral distópica com os avanços na Inteligência Artificial, hipervigilância, a “dataficação” de cada aspecto da vida ou engenharias comportamentais abastecidas pelo autoritarismo e magnificadas pela desinformação.
É um dado que, para maximizar os lucros, os atuais algoritmos das mídias sociais são programados para acelerar o engajamento dos usuários. O problema é que, mais ou menos deliberadamente, eles acabam favorecendo meios de engajamento eficazes, mas socialmente destrutivos, como o extremismo, o ódio e a mentira.
Diante disso, os otimistas ancoram suas melhores esperanças no redesenho dos algoritmos a fim de qualificar a interação dos indivíduos e robustecer o debate democrático. Há um anseio difuso por uma regulação que promova o discurso cívico e reprima a desinformação. Mas ele se depara com a questão crucial: quem seria responsável pelos critérios e sua execução: os governos? As próprias mídias? Os usuários?
Para muitos, o Estado, por meio de uma combinação de regulação e pressões brandas, teria o papel de induzir as empresas de tecnologia a adotar comportamentos mais éticos. Alguns apontam que, como em todos os avanços anteriores na comunicação humana, após um primeiro momento disruptivo, o letramento digital e a familiaridade com os aspectos mais tenebrosos da tecnologia trarão naturalmente melhoras.
Entre as propostas que têm sido aventadas para redesenhar o ambiente digital estão a introdução de mais competição no ecossistema de informações por meio de softwares que permitam às pessoas escolher algoritmos que priorizem conteúdos conforme seus padrões editoriais; sistemas eletivos online que favoreçam consensos ao invés da polarização entre grupos partidários; uma Declaração dos Direitos da Internet que permita uma soberania individual, garantindo o anonimato a cada pessoa, mas erradicando robôs; ou sistemas de comunicação construtivos que reduzam a voltagem do ódio e concilie divisões.
É possível apontar fragilidades e riscos em cada uma dessas estratégias. Possivelmente, o melhor caminho será uma combinação de todas – de maneira que as virtudes de umas compensem os vícios de outras –, orientada pelo princípio da subsidiariedade, ou seja, a primazia da regulação sobre o conteúdo caberia ao usuário e, subsidiariamente, às outras autoridades, das menos às mais centralizadas: as próprias mídias, os governos nacionais e, por fim, uma governança global.
O que parece incontroverso é que, tal como o espaço público físico, o virtual precisa de alguma regulação. É a única alternativa à anarquia. E se essa regulação não for implementada pela coletividade conforme os princípios e métodos democráticos, a história sugere que inevitavelmente o será conforme as ambições autocráticas ou plutocráticas de uns poucos.
Em 2021, publicamos notícias sobre direitos de crianças e adolescentes, com diversos recortes, como raça e gênero. Como muitas vezes as meninas sofrem maior impacto da violência, separamos cinco notícias a respeito do assunto publicadas durante o ano. Confira:
1. Meninas realizam o dobro de trabalhos domésticos em relação aos meninos, diz pesquisa
De acordo com a pesquisa Por Ser Menina no Brasil, realizada pela Plan International Brasil, as meninas ainda realizam o dobro de trabalhos domésticos em relação aos meninos (67,2% das meninas contra 31,9% dos meninos).
Para a organização, os números validam a tese de que as meninas são precocemente responsabilizadas pelo cuidado com o lar e com as pessoas. Assim, elas têm menos tempo para os estudos, lazer e atividades de desenvolvimento para a vida. A carga de trabalho doméstico piorou durante a pandemia: 54,6% das meninas disseram que as tarefas aumentaram.
Galeria: Celebridades que viveram em lares temporários (StarsInsider)
Deve ser seriamente desafiador e doloroso lidar com instabilidade quando estamos crescendo. As crianças geralmente se dão melhor quando têm amor e apoio consistentes, e uma rotina estável. Ser separado de seus pais e mudar de casa está longe do cenário ideal, mas ocasionalmente também pode ser a melhor coisa para todos os envolvidos. Entrar no sistema de adoção certamente não significa que uma criança não vai conseguir fazer grandes coisas. Esta lista de celebridades prova exatamente isso!Em alguns casos, o acolhimento e a adoção realmente trouxeram a essas futuras estrelas o amor e a estabilidade que precisavam. Em outros casos, as adversidades que enfrentaram os empurraram para desenvolver seus talentos e lutar por uma vida melhor. Clique na galeria para ver quais astros e estrelas passaram um tempo no sistema de adoção enquanto cresciam.
2. Campanha contra trabalho infantil doméstico propõe reflexão sobre recorte racial e de gênero da violação
A campanha Meninas Livres do Trabalho Infantil Doméstico, organizada pelo projeto Criança Livre de Trabalho Infantil, propõe uma reflexão a respeito do recorte racial e de gênero da violação. Segundo informações divulgadas pela campanha, os dados apontam que desde o pós-abolição, as mulheres e meninas negras continuaram na condição de trabalhadoras domésticas e são a maioria até hoje, no Brasil.
3. Nove em cada dez meninas dizem que as fake news tiveram impacto negativo sobre elas
Uma pesquisa realizada pela Plan International revelou que nove em cada dez das meninas disseram que as fake news tiveram impacto negativo sobre elas. No Brasil, 72% receberam alguma mentira sobre a pandemia. O estudo Verdades e Mentiras - As meninas na era da desinformação e das fake news ouviu 26 mil meninas e jovens mulheres de 15 a 24 anos em 26 países, incluindo o Brasil, onde 1 mil meninas participaram. De acordo com a organização da sociedade civil, as conclusões são que os impactos para as meninas são devastadores.
4. Dia das Mulheres e Meninas na Ciência: livro conta história de menina que sonhava em ser cientista
O livro "Os Sonhos de Ághata", escrito por Luciana Leite e ilustrado por Mara Oliveira, conta a história de uma menina muito curiosa que sonhava em ser cientista, mas que ainda não sabia a qual área da ciência ela queria se dedicar.
5. Dez dados sobre violações de direitos vividas por meninas
Diariamente, crianças e adolescentes têm direitos violados no Brasil, mas muitas violências têm gênero e afetam muito mais as meninas. Confira dez dados importantes sobre o assunto, coletados pela Plan International Brasil.
overnador diz que a Bahia aceitará ajuda da Argentina após recusa de Bolsonaro
Daniela Quitanilha 15 horas atrás
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Bolsonaro prorroga vigência de Comitê que monitora mercado de gás
No clima do réveillon! Confira 10 filmes com temática de Ano Novo
Rui Costa diz que aceitará ajuda do governo argentino Jonne Roriz / PT© Jonne Roriz / PT Rui Costa diz que aceitará ajuda do governo argentino Jonne Roriz / PT
Apesar de o Governo Federal dispensar a ajuda humanitária da Argentina, o governador da Bahia, Rui Costa, disse em sua conta no Twitter que “aceitará diretamente, sem precisar passar pela diplomacia brasileira, qualquer tipo de ajuda neste momento”.
“A Argentina ofereceu ajuda humanitária às cidades afetadas pelas chuvas na #Bahia, apesar da negativa do Governo Federal. Me dirijo a todos os países do mundo: a #Bahia aceitará diretamente, sem precisar passar pela diplomacia brasileira, qualquer tipo de ajuda neste momento”, disse o governador.
No estado, 136 cidades decretaram situação de emergência e 24 pessoas morreram devido as fortes chuvas. A Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec) informou que 629.398 pessoas foram afetadas, 91.258 pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas e 434 pessoas ficaram feridas.
+ Ajuda argentina à Bahia não era necessária no momento, diz presidente
“Os baianos e brasileiros que moram aqui no estado precisam de todo tipo de ajuda. Estamos trabalhando muito, incansavelmente, para reconstruir as cidades e as casas destruídas, mas a soma de esforços acelera este processo, portanto é muito bem-vinda qualquer ajuda neste momento” disse Costa, no Twitter.
ulher de Carlos Alberto fica indignada com entrevista de ex a Sérgio Mallandro
Redação Novelando 2 horas atrás
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Bolsonaro prorroga vigência de Comitê que monitora mercado de gás
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Atual mulher de Carlos Alberto rebate entrevista de Andréa Nóbrega a podcast de Sérgio Mallandro. Foto: Reprodução Instagram© Fornecido por Novelando Atual mulher de Carlos Alberto rebate entrevista de Andréa Nóbrega a podcast de Sérgio Mallandro. Foto: Reprodução Instagram
A atual mulher de Carlos Alberto de Nóbrega, Renata Domingues não gostou de ver a ex-mulher dar risada de perguntas em entrevista dada ao podcast do Sérgio Mallandro, sobre a vida íntima do ex-casal no passado
Andréa deu uma entrevista para o podcasdt Papapagio Falante, com Sérgio Mallandro e Luiz França, e contou sobre momentos de intimidade entre ela e o ex-marido. “Ele me conquistou com os cabelos grisalhos… Ele é uma pessoa bem resolvida, então ele nunca deixou o mau humor invadir a nossa vida. A gente sentava, conversava, eu dava conselho porque não é fácil, quatro filhos que ele ajudava, mais ex-esposa, mais o programa que ele grava, edita e escreve até hoje”, disse ela.
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A atual mulher do apresentador de A Praça É Nossa, não gostou nada do que viu e confessou em entrevisa ao site NaTelinha que considerou desrespeitosa a participação de Andréa e as perguntas feitas pelo apresentador, principalmente relacionadas a intimidade do ex-casal.
“O Carlos mesmo viu e falou que isso é um absurdo, isso não é humor. Me sinto indignada com esse tipo de programa. Tanta coisa para se falar, para se comentar, e fica batendo na mesma tecla sempre? Ele falou que se sente indignado e que isso não é humor, isso é uma apelação. E quem participa desse tipo de programa é tão apelativo quanto quem faz”.
Atual mulher de Carlos Alberto rebate entrevista de Andréa Nóbrega a podcast de Sérgio Mallandro. Foto: Reprodução Instagram© Fornecido por Novelando Atual mulher de Carlos Alberto rebate entrevista de Andréa Nóbrega a podcast de Sérgio Mallandro. Foto: Reprodução Instagram
Veja a entrevista na íntegra:
Reprodutor de vídeo de: YouTube (Política de Privacidade, Termos)
Quantas vezes casou Carlos Alberto de Nóbrega?
O primeiro casamento de Carlos Alberto foi com Marilda de Nóbrega, que durou de 1957 até 1991. A segunda esposa do apresentador foi Andréa de Nóbrega, que atuou na Praça por alguns anos. Atualmente, Carlos é casado com Renata Domingues.
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ulher de Carlos Alberto fica indignada com entrevista de ex a Sérgio Mallandro
Redação Novelando 2 horas atrás
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Bolsonaro prorroga vigência de Comitê que monitora mercado de gás
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Atual mulher de Carlos Alberto rebate entrevista de Andréa Nóbrega a podcast de Sérgio Mallandro. Foto: Reprodução Instagram© Fornecido por Novelando Atual mulher de Carlos Alberto rebate entrevista de Andréa Nóbrega a podcast de Sérgio Mallandro. Foto: Reprodução Instagram
A atual mulher de Carlos Alberto de Nóbrega, Renata Domingues não gostou de ver a ex-mulher dar risada de perguntas em entrevista dada ao podcast do Sérgio Mallandro, sobre a vida íntima do ex-casal no passado
Andréa deu uma entrevista para o podcasdt Papapagio Falante, com Sérgio Mallandro e Luiz França, e contou sobre momentos de intimidade entre ela e o ex-marido. “Ele me conquistou com os cabelos grisalhos… Ele é uma pessoa bem resolvida, então ele nunca deixou o mau humor invadir a nossa vida. A gente sentava, conversava, eu dava conselho porque não é fácil, quatro filhos que ele ajudava, mais ex-esposa, mais o programa que ele grava, edita e escreve até hoje”, disse ela.
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A atual mulher do apresentador de A Praça É Nossa, não gostou nada do que viu e confessou em entrevisa ao site NaTelinha que considerou desrespeitosa a participação de Andréa e as perguntas feitas pelo apresentador, principalmente relacionadas a intimidade do ex-casal.
“O Carlos mesmo viu e falou que isso é um absurdo, isso não é humor. Me sinto indignada com esse tipo de programa. Tanta coisa para se falar, para se comentar, e fica batendo na mesma tecla sempre? Ele falou que se sente indignado e que isso não é humor, isso é uma apelação. E quem participa desse tipo de programa é tão apelativo quanto quem faz”.
Atual mulher de Carlos Alberto rebate entrevista de Andréa Nóbrega a podcast de Sérgio Mallandro. Foto: Reprodução Instagram© Fornecido por Novelando Atual mulher de Carlos Alberto rebate entrevista de Andréa Nóbrega a podcast de Sérgio Mallandro. Foto: Reprodução Instagram
Veja a entrevista na íntegra:
Reprodutor de vídeo de: YouTube (Política de Privacidade, Termos)
Quantas vezes casou Carlos Alberto de Nóbrega?
O primeiro casamento de Carlos Alberto foi com Marilda de Nóbrega, que durou de 1957 até 1991. A segunda esposa do apresentador foi Andréa de Nóbrega, que atuou na Praça por alguns anos. Atualmente, Carlos é casado com Renata Domingues.
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Marido toma Viagra e mata mulher após ela se recusar a fazer sexo
Homem de 80 anos não aceitou ouvir não e matou a esposa na noite de Natal
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a
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30/12/2021 12:48
-
Atualizada às 30/12/2021 12:51
Discussão entre Vito Cangini e a esposa Natalia Kyrychok começou pois o italiano acusou a mulher de estar atraída pelo patrão e, por esse motivo, teria desistido de fazer sexo com ele
Reprodução
Discussão entre Vito Cangini e a esposa Natalia Kyrychok começou pois o italiano acusou a mulher de estar atraída pelo patrão e, por esse motivo, teria desistido de fazer sexo com ele
Uma mulher, de 61 anos, morreu após ter recusado fazer sexo no dia no Natal com o marido, 80, depois dele já ter tomado um comprimido de Viagra. O caso aconteceu na residência do casal em Fanano di Gradara, na Itália.
Segundo o jornal "The Sun", a discussão entre Vito Cangini e a esposa Natalia Kyrychok começou pois o italiano acusou a mulher de estar atraída pelo patrão e, por esse motivo, teria desistido de fazer sexo com ele.
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O idoso matou Natalia e deixou o corpo ensanguentado no chão, antes de ir para a cama dormir, como se nada tivesse acontecido.
Drop here!
Itália
Crime
Feminicídio
Mega da Virada sorteia R$ 350 milhões hoje; ainda dá tempo de apostar
Jogos podem ser feitos até 17h desta sexta-feira; sorteio acontece às 20h
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Dimítria Coutinho
|
31/12/2021 06:00
Mega-Sena sorteia R$ 350 milhões hoje
Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas
Mega-Sena sorteia R$ 350 milhões hoje
A Caixa Econômica Federal sorteia nesta sexta-feira (31) o concurso 2.440 da Mega-Sena. A Mega da Virada vai pagar prêmio estimado em R$ 350 milhões. Até hoje, em 12 edições, ninguém ganhou o prêmio sozinho.
As apostas podem ser feitas até as 17 horas (horário de Brasília) desta sexta-feira. O sorteio acontecerá às 20h e será transmitido no canal oficial do YouTube da Caixa e também na TV Globo.
Como apostar na Mega da Virada?
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É possível fazer um jogo nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa em todo o país. Além disso, também é possível apostar pela internet, através do site ou aplicativo oficial das Loterias Caixa.
Um jogo simples da Mega da Virada, com seis números, custa R$ 4,50 mas, pela internet, o valor mínimo de aposta é de R$ 30 - gastando R$ 31,50 dá para fazer sete jogos simples ou um jogo de sete números. Veja aqui o passo a passo para jogar online .
Qual a probabilidade de ganhar na Mega da Virada?
A probabilidade de acertar as seis dezenas sorteadas na Mega-Sena varia de acordo com o tipo de aposta. Na aposta simples, a chance é de 1 em 50.063.860.
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Confusão na Mega da Virada: relembre histórias de quem já foi premiado
Mega da Virada: quanto o prêmio de R$ 350 milhões rende na poupança?
A probabilidade aumenta proporcionalmente à quantidade de números jogados. Em um jogo com 15 números, o maior possível, a chance de ganhar é de 1 em 10.003. O preço, porém, também aumenta: esta aposta custa R$ 22.522,50.
terça-feira, 28 de dezembro de 2021
Prefeitura de Parauapebas iniciou uma nova obra a cada 9 dias em 2021
No portfólio das frentes de trabalho abertas está a ponte Liberdade-União, refeita integralmente e, segundo moradores, em tempo recorde, por ter sido iniciada e finalizada no prazo previsto.
Publicado em 28/12/2021
às 15:52
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Um levantamento realizado com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu mostra que a gestão do prefeito Darci Lermen abriu uma nova frente de obras e serviços a cada nove dias corridos — ou praticamente duas semanas administrativas, de segunda a sexta — no decorrer deste ano. Foram emitidas pelo menos 40 ordens de serviço, considerando-se apenas as frentes de trabalho genuinamente iniciadas em 2021. Os investimentos totais somam R$ 186,982 milhões, quantia superior à arrecadação inteira de 80% das 144 prefeituras do Pará.
Os quatro maiores contratos, todos superiores a R$ 20 milhões, dizem respeito a serviços diversos. A empreita de máquinas e caminhões com condutores e combustível, por exemplo, teve custo orçado em R$ 26,931 milhões. Já o contrato para drenagem e pavimentação de três bairros do complexo VS10 (Morada Nova, São Lucas e Talismã) foi orçado em R$ 23 milhões.
O pacote de obras que compreende macro e microdrenagem, sistema viário, esgotamento sanitário, abastecimento de água, urbanização e iluminação da primeira etapa do Igarapé Lajeado, braço do famoso Programa de Saneamento Ambiental de Parauapebas (Prosap), teve custo de R$ 22,898 milhões. Enquanto isso, o serviço de drenagem e pavimentação da rua principal e das adjacentes da VS10 foi estimado em R$ 20,643 milhões.
Até pouco tempo concentradas exclusivamente na Secretaria Municipal de Obras (Semob), as obras públicas de Parauapebas hoje são tocadas também por outras unidades orçamentárias, como o Prosap e a Secretaria Especial de Governo (Segov). Vale ressaltar que essas não são as maiores licitações do município este ano.
Começadas e terminadas
Pelo menos 10% das 40 frentes de trabalho apuradas pelo Blog iniciadas este ano chegaram ao fim antes do raiar de 2022. A mais famosa delas é, sem dúvidas, a ponte que interliga a Rua Vinícius de Moraes (Bairro Liberdade) à Rua 11 (Bairro União). No valor de R$ 2,671 milhões, a ponte — refeita em substituição à estrutura anterior condenada por órgãos de segurança — foi erguida em tempo recorde e, segundo populares, entrou para a história como a obra indiscutivelmente útil mais rápida de Parauapebas.
Confira algumas das obras iniciadas e já concluídas, conforme consta do portal da transparência:
Ponte Liberdade–União | Começou em 27/4 e terminou em 27/10 | Custou R$ 2,671 milhões
Construção de calçadas no Beira Rio 2 | Começou em 1º/2 e terminou em 31/7 | Custou R$ 206,6 mil
Aquisição de sacos de cimento | Começou 6/7 e terminou em 6/11 | Custou R$ 150 mil
Reforma da sala de tomografia | Começou em 9/7 e terminou em 2/8 | Custou R$ 97,6 mil
Queiroga rebate sociedades de cardiologia e diz que tem coragem para fazer mudanças
GUILHERME SETO 51 minutos atrás
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TV Globo divulga primeiras fotos da nova versão da novela Pantanal
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em publicação nas redes sociais, o ministro Marcelo Queiroga rebateu críticas que tem recebido de sociedades de cardiologia por ter publicado portaria que reduziu os valores que podem ser pagos pelo Sistema Único de Saúde em materiais e procedimentos utilizados pelos profissionais da área.
Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, grupos de representação de cardiologistas têm falado em risco de desabastecimento de equipamento por causa da portaria. O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Eduardo Rocha, disse que o preço a ser pago no marcapasso, por exemplo, foi reduzido de R$ 5,2 mil para R$ 2,7 mil.
Celso Amodeo, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (da qual Queiroga é presidente licenciado), falou em possíveis consequências nas ofertas de marcapassos, stents, desfibriladores e outros aparelhos de cirurgia cardíaca.
"Algumas empresas já avisaram que já não vão mais deixar em comodato os aparelhos nos hospitais. É uma preocupação nossa", disse Amodeo.
"Os hospitais que integram a rede de assistência de alta complexidade cardiovascular, tão relevantes aos brasileiros, não podem depender, exclusivamente, das margens de comercialização de materiais especiais. É um modelo que não se sustenta a longo prazo", escreveu Queiroga nesta terça-feira (28).
"Por isso, o Ministério da Saúde iniciou uma reestruturação desse modelo de remuneração. O primeiro passo foi a revisão e adequação dos valores de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) empregados na cardiologia e cirurgia cardiovascular. A economia gerada com essa ação será integralmente revertida na melhora da remuneração dos profissionais de saúde e dos hospitais", completou.
Ao finalizar o texto, o ministro disse que em breve anunciará novas medidas "para reforçar a assistência cardiovascular de alta complexidade e equalizar essas distorções e trazer sustentabilidade aos hospitais que atuam nesse segmento. São ações históricas que o governo do PR Jair Bolsonaro tem coragem pra fazer!"
Gasto da Presidência com cartão corporativo pagaria auxílio a 38 mil
Ao longo de 2021, mais de R$ 15 milhões foram gastos pela gestão Bolsonaro
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Por
Brasil Econômico
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28/12/2021 15:57
Presidente Jair Bolsonaro
Reprodução/Flickr
Presidente Jair Bolsonaro
Sob o comando de Jair Bolsonaro, a Presidência da República gastou R$ 15,2 milhões com o cartão corporativo neste ano, o suficiente para bancar cerca de 38 mil parcelas de R$ 400, valor pago pelo Auxílio Brasil .
Os dados, disponíveis no Portal da Transparência do governo federal, estão presentes em um levantamento realizado pelo Metrópoles. O valor foi gasto até outubro deste ano, quando os dados foram atualizados, e 99,2% do dinheiro não tem informações públicas a respeito de como foi gasto.
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"Infelizmente essa falta de transparência só aumenta as suspeitas acerca desses gastos do cartão corporativo. Seriam esses gastos estritamente necessários ou seriam privilégios? Não sabemos", questiona ao Metrópoles o advogado e diretor do Observatório Social de Brasília, Welder Rodrigues Lima.
Os R$ 15,2 milhões foram gastos ao longo do ano pela Presidência da República, o que também engloba a Secretaria Especial de Administração, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o Gabinete da Segurança Institucional (GSI) e o Gabinete da Vice-Presidência da República.
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A maior parte do montante, mais de R$ 8,3 milhões (54,8% do total), foi gasta pela Secretaria Especial de Administração da Presidência da República, responsável pela execução e supervisão das atividades administrativas da Presidência. Em seguida, veio a Abin, que gastou quase R$ 5,2 milhões (33,9% do total).
Jair Bolsonaro
Cartão corporativo
Presidência da República
Auxílio Brasil
Benefício social
Gasto da Presidência com cartão corporativo pagaria auxílio a 38 mil
Ao longo de 2021, mais de R$ 15 milhões foram gastos pela gestão Bolsonaro
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Presidente Jair Bolsonaro
Reprodução/Flickr
Presidente Jair Bolsonaro
Sob o comando de Jair Bolsonaro, a Presidência da República gastou R$ 15,2 milhões com o cartão corporativo neste ano, o suficiente para bancar cerca de 38 mil parcelas de R$ 400, valor pago pelo Auxílio Brasil .
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"Infelizmente essa falta de transparência só aumenta as suspeitas acerca desses gastos do cartão corporativo. Seriam esses gastos estritamente necessários ou seriam privilégios? Não sabemos", questiona ao Metrópoles o advogado e diretor do Observatório Social de Brasília, Welder Rodrigues Lima.
Os R$ 15,2 milhões foram gastos ao longo do ano pela Presidência da República, o que também engloba a Secretaria Especial de Administração, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o Gabinete da Segurança Institucional (GSI) e o Gabinete da Vice-Presidência da República.
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Defesa comprou picanha e filé mignon com dinheiro da Covid, diz TCU
Da redação 20 horas atrás
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Larissa Manoela faz 21 anos e ganha bolo em voo de volta ao Brasil
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O ministro da Defesa, Braga Netto José Cruz/ Agência Brasil© José Cruz/ Agência Brasil O ministro da Defesa, Braga Netto José Cruz/ Agência Brasil
Auditoria do Tribunal de Contas da União afirmou que o Ministério da Defesa usou dinheiro destinado ao combate à covid-19 para comprar picanha e filé mignon. O documento foi obtido com exclusividade pelo jornal Folha de S.Paulo.
Segundo informações do levantamento feito pela Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas (Selog), foram usados R$ 535 mil em itens considerados de luxo. Os auditores acreditavam que, assim como nos Ministérios da Educação e Saúde, que por conta da pandemia diminuíram as despesas com alimentação, o mesmo aconteceria com o Ministério da Defesa. Contudo, as cifras aumentaram em 2020.
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O tribunal também declarou que dos R$557 mil usados indevidamente da ação orçamentária que seria para enfrentamento à pandemia para a compra de itens não essenciais, 96% foram despendidos pelo Ministério da Defesa.
Em nota, a assessoria do ministério disse que as atividades de exército, marinha e aeronáutica permaneceram normais na pandemia e isso incluiu a alimentação das tropas.
O levantamento do tribunal, no entanto, aponta que “não parece razoável alocar os escassos recursos públicos na compra de itens não essenciais, especialmente durante a crise sanitária, econômica e social pela qual o país está passando, decorrente da pandemia”. Nos itens adquiridos ainda se destacaram bacalhau, salmão, camarão e bebidas alcoólicas.
Naufrágio causa morte de bebê e desaparecimento de seis pessoas no sul do Pará
Treze pessoas faziam parte da tripulação que navegava pelo rio Araguaia, no município de Santana do Araguaia. O piloto da embarcação foi preso
Publicado em 28/12/2021
às 00:21
Seis pessoas de uma mesma família desapareceram, e um bebê de oito meses veio a óbito, após o naufrágio de uma embarcação no Rio Araguaia, no município de Santana do Araguaia, sul do Pará. O acidente aconteceu nesta segunda-feira (27), próximo ao distrito de Barreira de Campo.
Segundo a Polícia Militar, o barco transportava treze pessoas que voltavam de um acampamento em uma ilha da região, onde passaram o Natal. No meio da viagem, começou a entrar água na embarcação, que acabou afundando. Entre os desaparecidos estão duas crianças. Outras seis pessoas conseguiram ser resgatadas por moradores da região, que possuem barcos e lanchas. Foi montada uma força-tarefa para tentar encontrar as pessoas desaparecidas.
O delegado da Polícia Civil de Santana do Araguaia, Luciano Freitas, informou que o homem que dirigia a embarcação, que é conhecida como “voadeira”, não tinha habilitação para conduzir o transporte e está preso na delegacia da cidade.
Confira todas as informações do Sub-20 do Fogão para a tradicional competição
Atualizado em 27-12-2021 às 17:40
A temporada de 2022 está prestes a começar para a equipe Sub-20 do Botafogo! O time comandado pelo técnico Ricardo Resende segue em reta final de preparação para a Copa São Paulo de Futebol Júnior, maior e mais tradicional torneio das categorias de base do futebol brasileiro, disputado no estado de São Paulo.
O torneio começa no próximo domingo (02/01), mas o Glorioso estreia apenas na segunda-feira (03/01) contra o Aparecidense-GO, às 15h15, com trabsmissão do canal Sportv. Assim, o Alvinegro está no Grupo 14 da Copinha, que tem como sede a cidade de Taubaté. Os jogos serão realizados no Estádio Joaquim de Morais Filho, mais conhecido como Joaquinzão.
Confira os detalhes das partidas do Botafogo na primeira fase da Copinha de 2022:
03/01 (segunda-feira), às 15h15 - BOTAFOGO x Aparecidense-GO - Estádio Joaquim de Morais Filho - Transmissão: SporTV
06/01 (quinta-feira), às 15h15 - Petrolina-PE x BOTAFOGO - Estádio Joaquim de Morais Filho - Transmissão: SporTV
09/01 (domingo), às 11h - Taubaté-SP x BOTAFOGO - Estádio Joaquim de Morais Filho - Transmissão: SporTV
Confira a lista de inscritos do Botafogo para a Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2022:
Goleiros: Gabriel Toebe, Igo Gabriel, Lucas Barreto e Mauricio
Zagueiros: Carlos Henrique, Daniel Alexandre, Ewerton, Kawan e Reydson
Laterais: Daniel Fagundes, Jefinho e Juan
Meio-campistas: Dudu, Felipe, Guilherme Liberato, Hugo Iglesias, Juninho, Kauê, Paulo Henrique, Pedro China, Raí e Wendel Lessa
Atacantes: Gabriel Conceição, Gabriel Henrique, Jhonnatha, Maranhão, Marquinhos, Matheus Nascimento, Nicolas e Rikelmi
Observação: Apesar de inscritos na competição, todos os atletas do plantel Sub-20 estão disponíveis e podem ser selecionados para incorporarem o elenco profissional durante a pré-temporada de 2022.
Assessoria de Comunicação
Lula não pode fazer aliança a qualquer preço, diz Erundina
JOELMIR TAVARES 48 minutos atrás
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Decana da esquerda brasileira, a deputada federal Luiza Erundina, 87 (PSOL-SP), diz que a oposição não pode titubear diante da candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e prega união em torno de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas faz ressalvas sobre as alianças.
"Não pode ser a qualquer preço", diz à Folha a ex-prefeita de São Paulo, que resiste à entrada do ex-governador Geraldo Alckmin (recém-saído do PSDB, agora sem partido) como vice na chapa. Para ela, o modelo histórico dos tucanos destoa de um projeto de reconstrução que o petista deve apresentar.
Licenciada da Câmara dos Deputados por ordem médica em razão do risco de contaminação por Covid-19, ela mantém o trabalho parlamentar em seu escritório na capital paulista e em atividades virtuais.
Erundina faz também críticas ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e ao Orçamento de 2022 aprovado pelo Parlamento, com cifras que ela considera "escandalosas e criminosas" para o fundo eleitoral (R$ 4,9 bilhões) e as emendas de relator (R$ 16,5 bilhões).
"O Congresso é corresponsável pelo que acontece, funciona de costas para a sociedade", afirma.
Folha - Quais as suas queixas sobre Lira, que é alvo frequente de críticas em suas redes sociais?
Luiza Erundina - Discordo da forma como ele conduz a presidência da Casa. É responsável, como presidente da Câmara, e com o apoio do centrão, pelos malefícios que recaem sobre o nosso povo.
Quem governa o país não é Bolsonaro, com as bobagens que ele faz todo dia. Quem governa, comprometendo o futuro do país, seu patrimônio, sua soberania, é sem dúvida nenhuma Lira e [Paulo] Guedes [ministro da Economia]. Os dois têm uma base de sustentação alimentada a preço de ouro, haja vista o quanto se destinou no Orçamento para as emendas de relator, mais de R$ 16 bilhões.
Sem dúvida nenhuma, a história vai registrar o papel do Lira e do Congresso, neste período de tragédia bolsonarista no Brasil, como grandes responsáveis pelo comprometimento do futuro do país, do ponto de vista social, econômico, ambiental. É por isso que recomendo aos partidos que cuidem das eleições proporcionais. Não dá para menosprezar a escolha dos deputados e senadores.
Folha - Lira, quando questionado sobre a fisiologia do centrão, diz que os partidos de centro são responsáveis por dar estabilidade a todos os governos. Acha possível governar sem o centrão?
Luiza Erundina - Sim, é só fechar a torneira das emendas. O centrão se vende permanentemente, a quem estiver disposto a comprar voto. E ele [Lira] é um dos chefões do centrão.
Sem falar na forma como ele procede na aplicação do regimento da Casa. Chegou a alterar dispositivos regimentais no curso de votações importantes para conseguir obter os resultados que queria. É um absurdo. Em seis mandatos, nunca vi tanto abuso e desrespeito à Constituição e ao regimento.
As oposições não conseguem aprovar um destaque a uma matéria que é danosa para o nosso povo. A correlação de forças é muito desigual. Não se consegue o número de votos porque vem o rolo compressor do centrão e da maioria, regados a dinheiro público. Essa é a verdade. O Orçamento de 2022 é um retrato fiel disso e vai deixar registrado o atual Congresso como o mais corrupto da história do país.
Folha - A sra. se constrange de alguma forma diante da pesquisa Datafolha que mostrou estar em 10% a aprovação da população ao Congresso, menor índice da atual legislatura?
Luiza Erundina - Com certeza, me constranjo, porque eu gostaria que houvesse um processo radicalmente democrático, controlado pela sociedade civil, com participação direta, como ocorre em outros países. Se a democracia direta e participativa não é exercitada, o sistema não é aperfeiçoado, vai sempre ficar refém do Congresso.
Folha - Por que acha que a avaliação é tão ruim?
Luiza Erundina - Nosso Congresso funciona de costas para a sociedade. Quando a sociedade está se desmontando, com a humilhação do desemprego em massa, mais de 600 mil mortes por Covid que poderiam em grande parte terem sido evitadas, a população disputando comida no lixo ou comendo ossos... Em uma das economias mais fortes do mundo.
Isso me dá um enorme desgosto. Desgosto com a política em si, com a forma como ela é exercida. Esta legislatura é a pior composição que a Câmara já teve, não tenho a menor dúvida. A corrupção corre solta, os acordos, os arranjos. Não tem nem sequer um presidente independente.
Folha - E mesmo assim a sra. cogita disputar mais um mandato. Por quê?
Luiza Erundina - Porque eu quero ter voz para denunciar. Sonho é algo que me alimenta. E falo isso não só pensando no meu tempo de vida. Sonho, para mim, é algo que não cabe em uma vida, porque é medido pelo tempo da história.
Estou com saúde, com a cabeça boa. Recebo manifestações das pessoas que votam em mim para que não desista, que vá em frente. Mas nem decidi ainda se saio ou não [candidata]. Estou conversando com o meu pessoal para ver se é o caso, se interessa ou não ao meu partido.
Folha - A sra. discorda do valor de R$ 4,9 bilhões para o fundo eleitoral, mas qual seria uma alternativa para o financiamento de campanhas?
Luiza Erundina - Esse valor para campanhas é escandaloso e criminoso. E isso vai para o bolso de alguns candidatos, os donos dos partidos, as candidaturas laranjas.
Lamentavelmente, as últimas reformas políticas se resumiram a remendos na legislação em benefício dos partidos. Este país precisa fazer uma reforma política de fôlego, com debate sobre teto para o financiamento público, orçamentos mais modestos de campanha, controle, fiscalização e transparência.
Folha - E no curto prazo, de que o país precisa?
Luiza Erundina - De fato, não há soluções simples para garantir o futuro deste país, que está comprometido. Por isso, nestas eleições, não se pode apenas ficar discutindo nomes ou posições de chapa. Tem que se apontar o que se pretende fazer em medidas de emergência no pós-pandemia. Não tenho entusiasmo nenhum de discutir nomes, sejam eles os melhores da praça, se isso não vier associado a um projeto, a planejamento, a compromissos.
Folha - No debate que ocorre dentro do seu partido, a sra. acha que o PSOL tem que necessariamente ter candidato próprio à Presidência?
Luiza Erundina - Não, não acho isso. Acho que, exigindo as questões que considero fundamentais, de não ser só [apoio a] um nome, ou um nome junto de não sei quem lá, [pode haver composição]. Com base no objetivo primeiríssimo, que é derrotar Bolsonaro.
Folha - Alas do PSOL desaprovam as movimentações de Lula ao centro e a possível chapa com Alckmin. Como avalia?
Luiza Erundina - Antes da possibilidade de ter aliança com Alckmin na vice, havia quase consenso no partido de uma frente ampla com unidade das forças que queiram tirar o país deste abismo em que se encontra, derrotando o bolsonarismo, não só o Bolsonaro.
E não seria apoiar qualquer um, porque Lula não é qualquer um, já foi testado como presidente duas vezes. Não é que ele tenha sido perfeito. Tenho restrições, fiz críticas a seus governos. Mas não dá para titubear, ele provavelmente seja um dos poucos capazes de derrotar Bolsonaro.
Folha - Como deveria ser negociada essa aliança, essa frente ampla?
Luiza Erundina - Não pode ser a qualquer preço. Não pode ser a preço de conciliações que não permitirão que se façam as reformas de que o país precisa. Precisamos recuperar aquilo que se perdeu ao longo de três anos de Bolsonaro. A busca de governabilidade não pode levar a conciliações que não servem para construir um outro país.
Não é questão de nomes. Não tenho nada contra a pessoa do ex-governador [Alckmin], mas o partido do qual ele fez parte a vida inteira é conciliador de primeiríssima hora. Todo governo, seja qual for, tem tucano nele. Lembremos que o [governador João] Doria apoiou o Bolsonaro. O modelo histórico do PSDB é de governos privatistas, neoliberais, de Estado mínimo e que subordinam o Legislativo.
Folha - Que programa Lula deveria então propor?
Luiza Erundina - Primeiro, tem que haver uma frente democrática, de união nacional. Não necessariamente tem que ser uma frente de esquerda, ortodoxa. E o programa tem que sair não do candidato ou dessa frente, mas da sociedade.
Não vi até agora nenhuma discussão de programa. O que se pretende fazer com a economia, com os prejuízos que este governo deixou, com a austeridade fiscal imposta pelo teto de gastos?
Folha - E como lidar com o bolsonarismo?
Luiza Erundina - Não acho que, ao derrotar o Bolsonaro, estaremos derrotando o bolsonarismo, que é uma corrente ideológica radical de direita e um movimento mundial. Mas no Brasil muita gente já se converteu e viu a bobagem que fez ao eleger esse cara. Percebeu o equívoco.
Folha - O Brasil já teve políticos de direita melhores?
Luiza Erundina - Não, a direita é sempre a direita. Não tem isso de melhor ou pior. É como a história de "capitalismo selvagem": todo capitalismo é selvagem. Agora, essa direita que vive à custa da desigualdade e da discriminação racial e de gênero está atrasada demais.
Eu faço política preocupada com os meus atos e posições. Quando retirei a minha candidatura a vice na chapa do Haddad [na eleição municipal de 2012], depois do encontro do Lula e do Haddad com o [Paulo] Maluf, é porque não faço concessões. Esse pragmatismo é bom na política? Não. Mas, se for para fazer do mesmo jeito, é preferível deixar para a direita, que faz melhor, por não ter escrúpulos.
Folha - Ter chegado ao segundo turno na eleição de 2020 em São Paulo, como vice de Guilherme Boulos (PSOL), deu à sra. novo fôlego?
Luiza Erundina - Sim, sem dúvida. Sou movida a desafios e não consigo viver acomodada, me queixando que tudo está ruim. Acho que tem sempre jeito. Já vivi tanto e vi tanta virada neste país.
Sou de uma família de dez filhos nordestinos, camponeses, sem-terra. Meus primeiros dois irmãos morreram crianças, por subnutrição. E no Nordeste é assim: família pobre e numerosa, quando não morre no primeiro ano de vida, se cria e é forte. E eu sobrevivi.
Folha - Como avalia o governo Ricardo Nunes (MDB) na Prefeitura de São Paulo?
Luiza Erundina - Péssimo. É um prefeito ilegítimo, ele não teve voto. É absolutamente desconhecido do eleitor, uma pessoa que não foi testada pelas urnas. Política é coisa séria. Não pode a prefeitura da maior cidade do país estar na mão de um aprendiz.
Com que sentimento a sra. entra em 2022? Eu cultivo a esperança. A desesperança é conservadora, porque é paralisante. Quando você reduz as expectativas, deixa de agir para mudar aquilo que precisa mudar. Sempre vou acreditar nisso. É por isso que eu vou morrer jovem, apesar da minha idade.
Eu não preciso mais de mandato, poderia estar descansando. Mas não posso. Nasci para fazer as coisas que imagino serem obrigação minha, em nome dos pobres, dos excluídos, dos marginalizados. Eu sou dessa origem. E estou arrastando outras pessoas. É isso o que eu acho que é a política.
RAIO-X Luiza Erundina de Sousa, 87
Nascida em Uiraúna (PB), é deputada federal por São Paulo, em seu sexto mandato. Foi prefeita da capital paulista (1989-1992), além de vereadora, deputada estadual e ministra. Militou no PT de 1980 a 1998, quando migrou para o PSB. Filiou-se ao PSOL em 2016 e concorreu novamente a prefeita. Foi vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo em 2020, derrotada no segundo turno.
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Lula e Alckmin podem fazer campanha em dois palanques em São Paulo
Pedro Venceslau 3 horas atrás
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Diante do impasse nas negociações para que PT e PSB estejam juntos no palanque do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, dirigentes dos dois partidos já admitem que uma eventual chapa do petista com Geraldo Alckmin de vice pode levar a uma situação inusitada em São Paulo. Como o PT insiste em lançar Fernando Haddad ao governo paulista e o PSB não abre mão da candidatura de Márcio França, a solução, caso não haja acordo nacional entre os dois partidos, seria Lula fazer campanha com Haddad e Alckmin subir no palanque de França.
Por esse raciocínio, que agrada a pessebistas e petistas ouvidos pela reportagem, todos sairiam ganhando. Há no PT, porém, quem defenda que Alckmin se filie a outro partido para ser vice de Lula, sendo o PV e o Solidariedade opções – ambos já sinalizaram interesse na filiação do ex-tucano.
Segundo relato de participantes, na última reunião entre Lula e o PSB, na semana passada, um acordo chegou a ser colocado na mesa: em maio de 2022 os partidos fariam uma pesquisa qualitativa em São Paulo para saber quem estaria melhor colocado, Haddad ou França. E o pior colocado abriria mão da candidatura.
Alckmin é um dos principais cotados porém, desconfiança dos dois lados em relação a esse cenário. Procurado, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que a candidatura de França “está colocada”. “Se for prejudicial para a esquerda, então tira a do Haddad”, disse. Depois da reunião com o PSB, Lula participou de um evento com catadores, como faz tradicionalmente desde o início de seu primeiro mandato, em 2003. Durante seu discurso, falou que Haddad vai ganhar a eleição ao governo de São Paulo, o que foi interpretado como um sinal de que a candidatura é inegociável.
Outros
O presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro Sergio Moro (Podemos) e o governador João Doria (PSDB) já têm candidaturas consolidadas em São Paulo, o maior colégio eleitoral do País com 33 milhões de eleitores. Bolsonaro lançou seu ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e a expectativa entre bolsonaristas é que o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, seja candidato ao Senado. Já Moro se aliou ao deputado Artur do Val (Patriotas), integrante do MBL, grupo que o apoia. Foi a primeira articulação regional do ex-ministro. Em 2020, Do Val disputou a prefeitura da capital e teve 10% dos votos. Já Doria aposta na ampla coligação de seu vice, Rodrigo Garcia (PSDB), para tentar ampliar seu leque de aliança.
Federação
As conversas entre PT, PSB e PCdoB para formação de uma federação partidária em 2022 enfrentam novos obstáculos: as eleições municipais de 2024 e a composição da direção. Os dirigentes não conseguiram chegar a um acordo sobre como seria a representação de cada legenda no comando da agremiação nem como seriam escolhidos os candidatos a prefeito.
Há o temor de que o PT imponha uma maioria que relegue às demais agremiações o papel de “satélites”. O PSOL já se afastou das negociações com o PT e prioriza formar federação com a Rede. Procurada, a assessoria do PT afirmou que estes assuntos só entrarão em debate em janeiro.para ser vice de Lula nas eleições de 2022.
Perereca ameaçada sobrevive bem na Fazenda Água Limpa
MARCELO LEITE E LALO DE ALMEIDA 1 hora atrás
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A chuva tinha parado quando Reuber Albuquerque Brandão, 49, chega às 18h45, acompanhando a reportagem, à Fazenda Água Limpa. Um lobo-guará cruza na frente da Kombi dirigida pelo herpetologista, mas o vertebrado que buscamos é bem menor.
Os 4.500 hectares (4,5 km2) da área experimental da Universidade de Brasília (UnB), a poucos quilômetros do Plano Piloto, fervilham de vida silvestre. Na parte mais alta, a água escorre por gretas no terreno formando pequenos córregos; basta um passo para atravessá-los.
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O coaxar é intenso, e Brandão começa a enumerar os cantores: Dendropsophus minutus, perereca amarela de trinado agudo; Physalemus cuvieri, sapo-cachorro, que late como tal; Boana buriti, perereca-de-pijama, assim apelidada pelas listras que cortam o corpo de ponta a ponta.
Ouvir é uma coisa, ver é outra. O primeiro réptil avistado após o pôr-do-sol não é um batráquio, mas uma cobrinha: Chironius brazili, dois palmos de verde silencioso repousando enroscada sobre folhas de um arbusto do cerrado.
Mais alguns minutos de procura e enfim aparece a vedete vocalizadora da noite: Pithecopus oreades, ou perereca-de-folhagem-oreádica, descrita em 2002 por Brandão. O nome científico do gênero (do grego "pithekos", macaco) alude ao estilo simiesco de locomoção lenta entre galhos, sem saltos.
Ao esticar membros para caminhar de folha a folha, a P. oreades (cujo segundo nome remete às ninfas gregas das montanhas) revela um padrão marcante de vermelho reticulado em preto. O segredo colorido fica oculto entre dobras do verde predominante do corpo quando ela se encolhe.
A perereca depende dos riachos cristalinos para se reproduzir. Fêmea e macho fazem ninhos de folhas enroladas sobre pequenos poços nos córregos, de onde os ovos tornados girinos pingam sobre a água mais calma em que desenvolverão membros e perderão a cauda.
Por causa dessa dependência de águas com temperatura de 20ºC a 27ºC, a perereca serve como um indicador da qualidade das águas que se originam nas áreas altas do cerrado, cerca de 15% do bioma que alimenta boa parte dos rios e hidrelétricas do país. Se desaparecer, é sinal de que os recursos hídricos não vão bem.
Brandão foi procurado pelo Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF) para estudar a conservação da P. ayeaye, prima da perereca brasiliense que vive na Serra da Canastra (MG) e está criticamente em perigo, segundo a Lista Vermelha de espécies ameaçadas.
Sugeriu então que o projeto abrangesse outras três espécies aparentadas, entre elas a P. oreades, que podia monitorar a meia hora de carro da UnB. Nascia o projeto Conservação de Pithecopus ayeaye, Espécies Relacionadas e Seus Ecossistemas, financiado com US$ 46 mil (R$ 262 mil) pelo CEPF no período 2019-21.
A equipe de Brandão visitou 68 localidades de ocorrência em montanhas e serras, quase sempre áreas frágeis de cerrado, ameaçadas por desmatamento e expansão urbana. Modelos de distribuição das populações indicaram áreas prioritárias para conservação.
Com base nisso, o próximo passo é buscar convencer proprietários a criar reservas particulares de patrimônio natural (RPPNs) em Goiás e Minas Gerais. Enquanto conseguirem ouvir o coaxar das Pithecopus, seres humanos poderão contar com água boa e limpa mesmo na vizinhança da rumorosa capital federal.
*
Os jornalistas Lalo de Almeida e Marcelo Leite viajaram a convite do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) e do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF)
Undine', de Christian Petzold, é uma fábula para falar de relações e sentimentos
Luiz Carlos Merten 3 horas atrás
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Meio divertido, Christian Petzold contou, na Berlinale do ano passado, como enganou seus atores, Paula Beer e Franz Rugowski. “Havia ficado encantado com a química dos dois em Em Trânsito e lhes disse que já tinha uma nova história para eles. Acrescentei que estava escrita e era um melodrama com elementos de mitologia grega. Morderam a isca e, a partir daí, só me restou escrever o filme.” No clima descontraído da coletiva, após a apresentação de Undine para a imprensa, a fábula dos bastidores somou-se à fábula na tela. O filme, em cartaz nos cinemas, terminou recompensado pelo júri: Paula Beer venceu o prêmio de melhor atriz.
Na trama de Undine, ela trabalha como guia de visitantes no Berlin City Museum. É uma das áreas preferidas de Petzold na capital alemã. Foi-lhe apresentado por seu amigo cineasta Christoph Hochhäusler. “Com os elementos fantásticos cercando minha personagem central, achei que seria interessante colocá-la no ambiente do museu. Faria todo sentido que ela conhecesse a história da cidade, sendo quem é.”
Paula é uma sereia. Nutre-se do amor dos homens para permanecer sob a forma humana, mas tem um problema - o companheiro tem de ser fiel, ou ela o mata. Logo no início de Undine, ela não apenas está terminando uma relação como começa outra. A ruptura num café provoca uma onda de revolta de intensidade tão grande que o grande aquário ornamental voa pelos ares. No caos que se segue, há uma troca de olhares entre Paula e Rogowski. Algo nasce ali, naquele momento. Petzold: “Para mim, o cinema é um laboratório para falar sobre sentimentos”. Na trama de Undine, ela vive na Terra há mais de 300 anos. Busca o companheiro certo, fiel, e, nesse processo, vivencia a cidade e sua transformações. A arquitetura de Berlim também é personagem.
Referências do passado
Embora já tenha feito filmes de época, como Bárbara e Phoenix, Petzold é atraído por histórias contemporâneas. “É muito estressante recriar o passado na tela. Tantos detalhes de objetos e figurinos. A chance de dar errado é imensa. O paradoxo é que viver numa cidade como Berlim nos confronta a toda hora com referências ao passado - aos crimes do nazismo e à divisão pelo muro.” É nesse mundo complexo que Petzold situa suas histórias que investigam o humano. Yella é sobre uma mulher que foge do passado representado pelo marido violento. Bárbara é sobre uma médica que, no passado, tentou fugir da parte Oriental da Alemanha. E Phoenix é sobre essa judia que ressurge das cinzas para se vingar do marido que, ao que tudo indica, a denunciou aos nazistas durante a 2.ª Guerra.
Nada é simples no cinema de Petzold. Transit é sobre vidas em trânsito. O homem que assume a identidade de um escritor que morreu para tentar fugir da França, invadida pelos nazistas. A mulher do escritor, que ressurge e pode arruinar seu plano. Agora é o mito - Ondina, a sereia. “Li a história quando estava nos meus 20 anos. Quando pensei na história, não fiz nenhuma pesquisa. Tenho 61, usei apenas aquilo de que me lembrava e tentei preencher o restante com o meu conhecimento sobre as pessoas. Ninguém vira cineasta se não estiver interessado no comportamento alheio. Quando digo que o cinema é um laboratório para investigar os sentimentos estou pensando nas pessoas, naquilo que são capazes de fazer, para o bem e para o mal.”
RADAR PARAUAPEBAS: Saiba o que é notícia na Capital do Minério nesta última semana de 2021
Arrecadação bruta da Prefeitura de Parauapebas se aproxima de R$ 3 bi, valor R$ 1 bi acima da previsão feita pela própria prefeitura no orçamento para 2021. É dinheiro pra mais de metro!
Publicado em 27/12/2021
às 13:33
RECESSO LEGISLATIVO
Já está valendo a Portaria 574, assinada pelo presidente da Câmara de Parauapebas, Ivanaldo Braz, que decreta o recesso funcional da Casa. Esta será a semana realmente com atividades suspensas porque, embora os efeitos da portaria tenham começado a partir do último dia 21, na semana passada a Câmara trabalhou bastante com sessão extraordinária e pagamento das rescisões dos comissionados exonerados. O recesso funcional segue até o próximo dia 31
RETORNO AO BATENTE
O parlamento municipal mais rico do Pará deve voltar ao batente na terceira semana de fevereiro, conforme a Portaria 574. Pelo Regimento Interno da Casa de Leis, os servidores da Câmara até retornam ao trabalho em 3 de janeiro, mas numa espécie de “operando em baixa capacidade” até o dia 11 de fevereiro. As chefias devem montar escalas, de maneira que todos os setores funcionem das 8 às 12 horas. Já os vereadores têm autonomia para fazerem seus “corre” da maneira como julgarem conveniente.
EXPECTATIVA DE EDITAL
É grande a ansiedade pelo edital de seleção da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), particularmente pela aparição da graduação em Enfermagem, que trará 50 vagas e será ofertado em regime noturno no campus de Parauapebas. O curso da Ufra, regular e de ingresso anual, será o segundo do gênero de uma instituição pública federal no interior do Pará — o primeiro fora de Belém é ofertado em Breves, na região do Marajó. O acesso ao curso da rural será feito por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
DESPEDIDA DO MINÉRIO
O principal produto da cesta comercial de Parauapebas entra a semana em clima de melancolia e sob forte queda nos portos da Ásia, onde é precificado. Após um ano ardente, com preços que jogaram a fortuna da Prefeitura de Parauapebas a cifras estelares, em decorrência da fartura de royalties, a commodity tem seu comportamento de mercado em dúvida: o preço vai subir forte ou não? Segundo especialistas, o consumo de aço deve enfrentar queda de 1,2% em razão do desaquecimento do mercado da construção na China. Além disso, o avanço da covid no país asiático pesa sobre os mercados. No último fim de semana, o país registrou o maior número de casos desde janeiro.
ARRECADAÇÃO RECORDE
Esta semana, a arrecadação bruta da Prefeitura de Parauapebas deve sacramentar seu recorde, próximo a R$ 3 bilhões, conforme prevê o Blog com base em informações do portal da transparência. O valor líquido fechará a semana (e o ano) em R$ 2,8 bilhões. O valor do faturamento é R$ 1 bilhão superior ao previsto no orçamento municipal. Em 12 meses corridos, entre novembro de 2020 e outubro de 2021, a administração de Darci Lermen acumulou R$ 2,915 bilhões brutos e R$ 2,778 bilhões líquidos, receita maior que a de capitais como Natal, João Pessoa, Florianópolis e Vitória.
COVID-19
Nos últimos sete dias (20/12 a 26/12) foram contabilizados 151 novos casos, com quatro mortes registradas. No total, Parauapebas já tem 57.719 casos de pacientes infectados pelo vírus, além de 507 óbitos registrados. Já são 56.890 os recuperados pelo sistema de saúde local. A taxa geral de ocupação de leitos no município (atualizada às 11h33 deste domingo) está em 23%, sendo que leitos de enfermaria SUS: 22%; UTI SUS: 18%; enfermarias particulares: 26%; UTI particular: 50%. O atendimento exclusivo para pacientes portadores do vírus acontece no Centro Especializado de Atendimento de Covid-19, anexo ao Hospital Geral de Parauapebas.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2021
Governo Bolsonaro recua e cancela autorizações de garimpo na Amazônia
2 horas atrás
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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, cancelou nesta segunda-feira (27) a autorização de sete projetos de pesquisa de ouro em uma das áreas mais preservadas da Amazônia.
O recuo, feito em ato do Conselho de Defesa Nacional, foi publicado no Diário Oficial da União. Como revelou a Folha, o ministro havia dado aval aos projetos de garimpo na região de São Gabriel da Cachoeira (AM), cidade mais indígena do Brasil, onde estão 23 etnias.
O MPF (Ministério Público Federal) no Amazonas instaurou um procedimento de apuração para investigar e fiscalizar as autorizações dadas pelo ministro do GSI, diante do risco socioambiental das medidas. Integrantes do MP suspeitam que os atos buscavam preparar terreno para a mineração em terras indígenas, proposta defendida pelo presidente Jair Bolsonaro.
As autorizações foram cassadas com base em manifestações da ANM (Agência Nacional de Mineração), Funai (Fundação Nacional do Índio) e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
"Considerando as novas informações técnicas e jurídicas, apresentadas diretamente ao GSI, e que serão estudadas pela ANM, o ministro de Estado chefe do GSI, na qualidade de secretário-e xecutivo do Conselho de Defesa Nacional, cassou os Atos de Assentimento Prévio", afirma nota do GSI.
No mesmo comunicado, a pasta comandada por Heleno reconhece que há áreas de requerimento mineral "nos limites" de terras indígenas ou em região com demarcação ainda não homologada.
Heleno, que despacha no Palácio do Planalto e se coloca como um dos principais auxiliares de Bolsonaro, é secretário-executivo do Conselho de Defesa, órgão que aconselha o presidente em assuntos de soberania e defesa. Cabe ao ministro do GSI dar aval ou o não a projetos de mineração na faixa de fronteira, numa largura de 150 km.
Galeria São Gabriel da Cachoeira (AM) Município com maior população indígena do país fica na fronteira com Colômbia https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1666891315689557-sao-gabriel-da-cachoeira-am *** Uma autorização de pesquisa permite "atividades de análise e estudo da área em que se pretende lavrar", conforme a ANM. São os trabalhos necessários para se definir uma jazida de um minério.
As primeiras autorizações para empresas e empresários pesquisarem ouro na região de São Gabriel da Cachoeira foram dadas em 2021, levando-se em conta o levantamento feito nos atos dos últimos dez anos pela Folha.
Os empreendimentos seriam instalados no extremo noroeste do Amazonas, na fronteira com Colômbia e Venezuela. A região, conhecida como Cabeça do Cachorro, é uma das mais preservadas da Amazônia e uma das últimas fronteiras de conservação plena do bioma.
Para toda a Amazônia, Heleno já autorizou 81 projetos de garimpo desde o início do governo Bolsonaro. O ministro defendeu seus atos, no dia seguinte à publicação da reportagem pela Folha.
Segundo o ministro, "é legal autorizar a pesquisa/lavra de minerais, na faixa de fronteira, inclusa a Amazônia". "Respeitadas a legislação e o meio ambiente, continuaremos a mapear nossas riquezas pelo bem do Brasil e do nosso povo", afirmou na segunda-feira (6), em publicação numa rede social.
Os atos do general beneficiaram empresas com áreas embargadas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis), inclusive uma empresa com autorização para pesquisar ouro na Cabeça do Cachorro. Também houve aval a garimpeiro que atua com dragas de sucção em leitos de rios da Amazônia
Aumento do fenômeno de dolinas gigantes preocupa Equador
RFI 1 hora atrás
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A frequência da aparição de dolinas no Equador preocupa o país. O fenômeno – de causas naturais, na maioria das vezes – é representado pelo surgimento repentino de um buraco no solo e atinge 22 das 24 províncias equatorianas.
© AP - Pablo Spencer
Do correpondente da RFI em Quito, Eric Samson
A incidência das dolinas é retratada regularmente pela imprensa local, principalmente quando ocorre em plena cidade, quando provoca pânico dos moradores. Cada vez mais, o temor de ver a terra se abrir sob os pés é maior: neste ano, o fenômeno ocorreu 93 vezes no Equador, 53% a mais do que em 2020 (59 registros) e também superior a 2019, quando ocorreu 74 vezes.
A última dolina aconteceu na quarta-feira (22), destruindo uma dúzia de casas e uma estrada perto do vilarejo andino de Chimbo. O solo cedeu no meio da madrugada. Cinco famílias foram atingidas, mas desta vez, ninguém morreu.
Na maior parte das ocorrências, o fenômeno acontece por causas naturais, como após chuvas torrenciais, ressecamento dos lençóis freáticos ou o desmoronamento de grutas subterrâneas. Mas, por vezes, o responsável pela aparição da abertura é o homem.
Há duas semanas, no sul do país, casas e escolas desmoronaram em Zaruma, pequena cidade a 50 quilômetros de túneis subterrâneos construídos ilegalmente por garimpeiros clandestinos.
Maior cascata do país desapareceu
Em fevereiro de 2020, foi a vez de a cascata mais conhecida do Equador, de 150 metros de altura, desaparecer. “Eu estava no meu sítio e me surpreendi quando um buraco de 10 metros de diâmetro se abriu no rio Coca. Depois, aumentou para 30 metros e, em duas semanas, a cascata São Rafael tinha sumido”, relembra o guia turístico Jairo Cabrera, que vivia da renda das visitas ao local. “Agora, não temos mais a maior e mais bela cascata do país”, lamenta.
Desde então, a dolina de São Rafael provoca um fenômeno de erosão que destrói os córregos do rio e ameaça até a central hidrelétrica de Coca Codo Sinclair, a maior do Equador.
Os especialistas não chegaram a um consenso sobre as causas do fenômeno: alguns apontam que a cascata se encontrava em uma área com forte atividade sísmica, mas outros apontam a construção da barragem desestabilizou o solo.
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Nota técnica do ministério diz que vacina da covid para criança é segura e contraria governo
Lauriberto Pompeu 4 horas atrás
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BRASÍLIA - A Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, do Ministério da Saúde, elaborou uma nota técnica em que reforça a segurança da aplicação das vacinas em crianças. "Antes de recomendar a vacinação da covid-19 para crianças, os cientistas realizaram testes clínicos com milhares de crianças e nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada", escreveu a chefe da pasta, Rosane Leite de Melo.
A posição foi externada ao Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito de uma ação movida pelo PT, quando a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu mais prazo para fornecer um calendário de vacinação contra o coronavírus. A manifestação contraria as falas recentes do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que têm colocado em xeque a segurança do imunizante da Pfizer na faixa etária de 5 a 11 anos.
A nota também lembra que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu autorização emergencial para o uso de vacinas contra o coronavírus em crianças no dia 16. O produto da Pfizer também já é aplicado no exterior, em lugares como Estados Unidos e Europa.
Para reforçar a segurança dos imunizantes, a secretaria do ministério ressaltou ainda que as vacinas são acompanhadas "com o programa de monitoramento de segurança mais abrangente e intenso da história do Brasil". "O PNI (Plano Nacional de Imunização) monitora a segurança de todas as vacinas covid-19 depois que as vacinas são autorizadas ou aprovadas para uso, incluindo o risco de miocardite em pessoas acima de 12 anos de idade", disse a pasta.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que não há contradição entre os esclarecimentos dados pela secretaria ao STF e a posição do governo. A pasta declarou que já se manifestou favorável à vacinação de crianças e que decidirá em janeiro se a recomendação será mantida. "No dia 5 de janeiro, após ouvir a sociedade, a pasta formalizará sua decisão e, mantida a recomendação, a imunização desta faixa etária deve iniciar ainda em janeiro", disse.
Queiroga quer exigir prescrição médica para aplicar doses nesta faixa etária
No dia 19 de dezembro, em cerimônia da Caixa Econômica Federal, o presidente afirmou que a imunização infantil é "coisa muito séria" e defendeu medidas que podem dificultar o acesso à vacina, como a apresentação de receita médica. "Criança é uma coisa muito séria. Não se sabe os possíveis efeitos adversos futuros", disse Bolsonaro .
O Conselho de Secretários Estaduais da Saúde (Conass), porém, já afirmou que não vai cobrar a prescrição para aplicar doses nesta faixa etária. Especialistas dizem que a exigência atrasaria a vacinação e dificultaria o acesso à proteção, sobretudo para as famílias mais vulneráveis.
Queiroga foi na mesma linha do chefe e minimizou as mortes de crianças por covid. “Os óbitos em crianças (por coronavírus) estão absolutamente dentro de um patamar que não implica em decisões emergenciais. Ou seja, favorece o Ministério da Saúde, que tem de tomar suas decisões em evidências científicas de qualidade", afirmou no último dia 23. Apesar do que disse o ministro, mais de mil crianças morreram pela doença.
Antes de decidir se libera ou não em nível nacional a vacinação de crianças, o governo quer aplicar uma consulta pública sobre o tema. A previsão é que uma decisão seja tomada apenas a partir do dia 5 de janeiro.
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