quinta-feira, 25 de abril de 2024

Marabá e Itupiranga: Seju e Emater promovem ação de cidadania no Distrito de Cruzeiro do Sul Mais de 500 pessoas serão beneficiadas com acesso a documentos, orientações jurídicas e atividades de extensão rural Publicado em 24/04/2024 às 18:24 A Secretaria de Estado de Justiça (Seju) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater-Pará) estão promovendo, desde o dia 22 (segunda-feira), uma Ação de Cidadania, no Distrito de Cruzeiro do Sul, localizado no município de Itupiranga, na fronteira com Marabá, a 200 km, na Região de Integração Carajás. A ação vai até o dia 26 (sexta-feira), com o objetivo de garantir acesso a documentos e benefícios sociais para a população rural, proporcionando serviços de emissão de documentos, orientações jurídicas e de extensão rural. Até o momento já foram atendidas 250 pessoas e a perspectiva é de que, até o final da Ação Cidadania, esse número chegue a 500. A emissão de Carteira de Identidade está sendo feita por servidores da Seju e da Polícia Civil. Jayson da Silva Araújo (Seju) e Franciele Guerra (PC) estão à frente das equipes. Já foram emitidos 168 documentos. Por meio da Emater, já foram emitidos de 10 Cadastros Nacional da Agricultura Familiar – CAFs (antiga declaração de Aptidão ao Pronaf – DAP), documento que proporciona acesso às diversas modalidades e linhas de crédito rural, operacionalizadas no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e políticas públicas e sociais. Esse trabalho está sendo feito pelos servidores Aguiberto Alves “Zico”, Richardson Mourão “Rick” e Antonio Corrêa “Correão”, do Escritório Local de Marabá. No dia 26 (sexta-feira) acontece o encerramento, com as autoridades e parceiros. Uma participação importante será dos gerentes Wagner André e Maria Andreylsa do Banco da Amazônia (Basa), que abordarão sobre crédito rural e financiamento em geral. O coordenador da Emater, em Marabá, Aguiberto Rodrigues Alves, ressaltou que a ação consta do Planejamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Proater), no âmbito do Subprojeto 1, de apoio à cidadania, educação e cultura. “Estamos felizes e motivados com esta parceria com a Secretaria de Justiça, que nos permitirá levar cidadania as pessoas”, destacou. O supervisor da Emater Regional Marabá, Fernando Araújo elogiou o trabalho da equipe marabaense, por essa primeira ação com a Secretária de Justiça, e disse que pretende ampliar esse tipo de ação para toda a região administrativa, sob a jurisdição dele. (Ascom Emater) EMATER, Seju DEIXE SEU COMENTÁRIO
Eleições 2024: Google anuncia proibição de propaganda com conteúdo político nas eleições de 2024 A empresa fez o anúncio após a atualização das regras para propaganda eleitoral feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Publicado em 24/04/2024 às 18:36 Candidatos às Câmaras Municipais e Prefeituras de todo o Brasilnão contarão neste ano com uma ferramenta para levar suas propostas à rede mundial de computadores (Internet). A gigante de tecnologia norte-americana Google anunciou oficialmente, que não permitirá anúncios com conteúdo político, durante o período eleitoral deste ano: os famosos “impulsionamentos”, muito utilizados por candidatos pouco conhecido dos eleitores em seus redutos eleitorais. Em nota, a empresa foi sucinta e disse que a decisão foi tomada após a atualização das regras para impulsionamento de propaganda eleitoral feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em fevereiro passado. A empresa afirma que vai atualizar sua política de conteúdo político do Google Ads “para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país”. Não se sabe o valor dessas receitas, mas especialistas do mercado garantem que os valores são milionários. Nas eleições municipais de 2020, a receita estimada foi de R$ 36 milhões, apenas com impulsionamentos. “Essa atualização acontecerá em maio tendo em vista a entrada em vigor das resoluções eleitorais para 2024. Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto”, diz a empresa no comunicado distribuído. A resolução 23.732, que altera as regras sobre propaganda eleitoral aprovadas pela Justiça Eleitoral em 2019, traz uma definição de “conteúdo político-eleitoral” considerada ampla demais pelo Google. Para o TSE, esse tipo de propaganda é toda aquela que “versar sobre eleições, partidos políticos, federações e coligações, cargos eletivos, pessoas detentoras de cargos eletivos, pessoas candidatas, propostas de governo, projetos de lei, exercício do direito ao voto e de outros direitos políticos ou matérias relacionadas ao processo eleitoral”. A Justiça Eleitoral exige que as plataformas digitais que oferecerem esse tipo de serviço de impulsionamento de conteúdo eleitoral precisam manter um repositório dos anúncios “para acompanhamento, em tempo real, do conteúdo, dos valores, dos responsáveis pelo pagamento e das características dos grupos populacionais que compõem a audiência (perfilamento) da publicidade contratada”. As empresas também devem disponibilizar uma ferramenta de consulta, “acessível e de fácil manejo, que permita realizar busca avançada nos dados do repositório” a partir de palavras-chave e nome dos anunciantes, por exemplo. O Tribunal também proíbe a priorização paga de conteúdo que promova propaganda negativa (de outros candidatos) ou “difunda dados falsos, notícias fraudulentas ou fatos notoriamente inverídicos ou gravemente descontextualizados, ainda que benéficas à usuária ou a usuário responsável pelo impulsionamento”. As medidas previstas pelo TSE deverem ser implementadas em até 60 dias da entrada em vigor da norma, no caso de plataformas que já oferecessem o serviço de impulsionamento de anúncios, e valem até para anos não eleitorais. O Google, controlado pela Alphabet, que registrou um lucro líquido de US$ 73,79 bilhões em 2023 (alta de 23% em relação ao ano anterior), avalia que seria inviável moderar tantos anúncios numa eleição que ocorrerá em mais de 5.570 municípios. Também teme que a amplitude do conceito traga insegurança para a moderação. Em 2020, em que as eleições municipais foram marcadas pelo curto período de campanha e pelas restrições impostas pela pandemia de covid-19, os candidatos gastaram — em média — R$ 36 milhões em impulsionamentos de conteúdos na internet para aquele pleito. Os maiores valores com impulsionamento de conteúdo político na internet foram gastos com três empresas: Facebook, que também administra o Instagram; Adyen, fintech responsável pelo sistema de pagamentos da plataforma, e o próprio Google. O TSE, até o fechamento desta reportagem, não havia comentado a decisão. Fica em aberto, portanto, se a Corte eleitoral, tem como objetivo acessório das resoluções, banir espontaneamente as big techs da campanha desse ano. * Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília. eleições 2024, Política, propaganda eleitoral DEIXE SEU C
Marabá recebe capacitação para o combate ao trabalho análogo ao escravo Evento busca fortalecer rede de proteção a trabalhadores da região que venham a ser encontrados em situação degradante Publicado em 24/04/2024 às 18:44 A Organização Não Governamental (ONG) Só Direitos, em parceria com a Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários de Marabá (Seaspac), realizou, nesta quarta-feira (24), uma capacitação sobre o fluxo de atendimento envolvendo pessoas resgatadas em situação de trabalho análogo ao escravo. A reunião ocorreu no auditório do Ministério Público do Estado do Pará. O evento contou com a participação de diversas entidades e setores envolvidos nesse atendimento, como Secretaria Municipal de Educação (Semed), Secretaria de Saúde (SMS), serviços de acolhimento e outros órgãos, com discussões sobre o fluxo integrado e o protocolo unificado referente ao circuito que inicia na denúncia, passa pelo atendimento e segue para o encaminhamento. Selli Rosa, socióloga participante da Só Direitos, foi a facilitadora da capacitação e explica a relevância do fortalecimento da rede de atendimento aos trabalhadores vítimas de trabalho análogo à escravidão. “É focar esse preceito da atuação em rede, o quanto é importante o reconhecimento, a importância de cada instituição dentro desse fluxo. Esse é um momento pontual de construção de fluxo intuitivo e protocolo unificado; e a Só Direitos continua o diálogo com as secretarias para que seja estabelecido como plano municipal integrado e intersetorial,” afirma. “O pós-resgate é muito mais importante do que o resgate porque é como essa pessoa, esse sobrevivente, essa vítima vai ter retorno depois de todo esse acolhimento e o atendimento, os encaminhamentos dentro dos programas e serviços das áreas das políticas públicas”. A Só Direitos atua no Pará há 18 anos, com pautas no enfrentamento ao tráfico de pessoas e trabalho escravo, com atuação também em regiões de divisa com outros estados, como Maranhão, e fronteiriços com países como Guiana Francesa e Suriname. A capacitação acontece dentro do projeto “Direito, redes e comunidades”, uma parceria com a Fundação Pan Americana para o Desenvolvimento (PADF) e em diálogo com a Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae). É considerada a realidade do estado: regiões onde há o avanço do garimpo ilegal e desmatamento são situações de alerta para o trabalho análogo à escravidão. A assistente social e diretora da ONG, Angélica Gonçalves, explica como o projeto atua. “O projeto ‘Direito, redes e comunidades’ tem como base fortalecer as redes tanto intersetoriais como políticas públicas, secretarias, ONGs, mas também a comunidade. Tem dois eixos, que é a proteção, trabalhar e fortalecer as políticas públicas para o atendimento, tanto de trabalhadores e trabalhadoras que passaram pela situação de escravidão contemporânea, como também trabalhadores e trabalhadoras que estão vulneráveis em relação aos direitos humanos,” descreve. “O outro eixo é trabalhar as comunidades, fortalecer, empoderar as comunidades para que as pessoas possam se fortalecer e lutar contra a violação de direitos humanos”. A titular da Seaspac, Nadjalucia Oliveira, avalia que a capacitação traz à tona o debate sobre um problema histórico que persiste no país e que se revela em diversas formas na atualidade. “Nós tínhamos casos muito pontuais aqui, mas ninguém sabia como lidar com esse atendimento. Então, agora, o governo trouxe para si a pauta e está adentrando estados e municípios para que eles fortaleçam essa rede e que essa rede comece a identificar esse fenômeno nos municípios. A gente só olhava para o trabalho no campo, mas tem tantas outras formas de trabalho análogo à escravidão que o mundo todo hoje, dentro de um sistema capitalista, você vê denúncias,” destaca. Seaspac, Trabalho Escravo DEIXE SEU COMENTÁRIO

sábado, 6 de abril de 2024

Polícia Militar prende casal de dependentes químicos que atacou mulher a faca Karla Cristina da Silva Sousa foi perseguida por Williene Silva Farias e Daniel Brás da Silva que, ainda conseguiram feri-la em uma das mãos Publicado em 05/04/2024 às 13:20 A Polícia Militar prendeu, na noite de ontem (4), em Parauapebas, o casal Williene Silva Farias e Daniel Brás da Silva, acusados de terem perseguido e ferido, na mão direita, a golpe de faca Karla Cristina da Silva Sousa, após perseguição pela Rua Chico Mendes, no Bairro da Paz. Para escapar do ataque, a vítima pediu socorro e foi acolhida em uma residência na mesma via. Ela, então, ligou para a PM, denunciado a agressão e pedindo ajuda. Karla Cristina disse aos policiais militares que conhecia os agressores e que eles eram dependentes químicos. Com a descrição do casal, uma guarnição saiu em busca e encontrou Williene e Daniel, nas proximidades da esquina das ruas Sol Poente e Lauro Corona, área conhecida pelo consumo de drogas, e deu voz de prisão ao casal. Junto com a vítima e a faca usada na agressão, eles foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil, para os procedimentos legais.
Homem é assassinado na Vila Palmares Sul e indivíduo acusado de furtos, surrado por populares no NH Marcos Souza Cunha foi morto a tiro e golpes de arma branca, no quintal da casa dele Publicado em 06/04/2024 às 15:55 Foi assassinado, na noite desta sexta-feira (5), no quintal da casa em que morava, na Rua São Luís, Vila Palmares Sul, Marcos Souza Cunha. O Posto da Polícia Militar, naquela localidade, foi avisado por um morador sobre os estampidos de dois tiros no endereço citado. A guarnição se deslocou para o local e, após buscas pelo matagal, encontrou o homem caído no chão, já sem vida. Os policiais observaram um disparou de arma de fogo na cabeça e perfurações nas costas e braços, possivelmente feitos por arma branca. Em julho do ano passado, Marcos Cunha foi preso por tentativa de homicídio contra um vizinho. O crime não foi consumado porque a arma que ele portava falhou. Populares surram indivíduo acusado de furtos Por volta das 14h também de ontem (5), um escrivão de Polícia Civil e uma guarnição da Polícia Militar livraram de morte por linchamento o indivíduo Júnior Siqueira, acusado de vir cometendo vários furtos em comércios do Bairro Novo Horizonte. Apanhado por populares, ele passou a ser espancado na presença da companheira Ednea Campos Lima, acusada de cumplicidade no crime. Siqueira só não apanhou até a morte por intervenção de um policial civil, que evitou que ele continuasse sendo surrado. Uma guarnição da PM chegou logo depois e chamou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que removeu o acusado ao Hospital Municipal para atendimento médico, e depois o conduziu, junto com Ednea, à 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil. (Caetano Silva) Polícia Civil
Articulação de Helder Barbalho aumenta bancada do MDB na Câmara, mas perde aliado em Ananindeua Helder convenceu o deputado Alexandre Guimarães (TO) a trocar o Republicanos pelo MDB, mas não impediu Dr. Daniel mudar do MDB para o PSB Publicado em 06/04/2024 às 15:05 Helder Barbalho participa do Fórum Econômico Mundial, na Suíça “Nem sempre se ganha, nem sempre se perde”, o ditado popular ajuda a explicar dois movimentos das peças do xadrez político nacional e regional, em movimentos do qual o governador Helder Barbalho (MDB), lidera, com vistas a voos mais altos na política nacional. No lado do ganho da moeda, Barbalho celebrou uma vitória na Câmara dos Deputados. O governador do Pará ajudou a convencer o deputado Alexandre Guimarães (TO) a trocar o Republicanos pelo MDB, aumentando a bancada do seu partido no Congresso. O MDB quer candidatura própria na sucessão de Arhur Lira (PP-AL), na presidência da Câmara dos Deputados. No lado de perda da moeda, o prefeito de Ananindeua, Dr. Daniel, segunda maior cidade do Pará e colégio eleitoral que deu início a carreira do jovem governador paraense, decidiu trocar o MDB pelo PSB. Com isso, o governador Helder Barbalho (MDB) perde um de seus principais aliados no estado, num revés anteriormente precificado. Os dois não se bicam há tempos. Em Brasília, a troca de partido do deputado Alexandre Guimarães foi sacramentada na última quarta-feira (3), após decisão liminar do ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A saída de Guimarães do Republicanos foi amigável, e ele manterá seu cargo de deputado federal. A “janela eleitoral” deste ano, só vale para vereadores. A janela para deputados será apenas em 2026. Com Guimarães, o MDB chega a 45 deputados na Câmara. O parlamentar é antigo aliado de Barbalho. Apesar de ser eleito pelo Tocantins, ele já foi vice-prefeito do município de Novo Repartimento, no Pará, de 2017 a 2020. O deputado é mais uma liderança regional cooptada por Barbalho. Além de Guimarães, o governador do Pará articulou a filiação de mais políticos, como o vice-governador do Rio de Janeiro, Thiago Pampolha. Estão na lista também o deputado federal Yury do Paredão (CE), expulso do PL em julho, após “fazer o L” em uma foto ao lado de ministros do governo Lula (PT), e o prefeito de Macapá, o Dr. Furlam. Ananindeua Segundo maior colégio eleitoral do Pará, o município de Ananindeua, com 351.118 eleitores (TSE/MAR-2024), na Região Metropolitana de Belém, sozinho elege candidatos proporcionais seja qual for o pleito, sem precisar de uma urna de outro município. A saída do prefeito Dr. Daniel do MDB para o PSB, do ex-deputado federal Cássio Andrade, já era precificada pelo governador Helder Barbalho. Não se sabe como ficará a situação Andrade. A decisão de acolher o prefeito rebelde pode sobrar para ele, que preside o PSB no Pará, e é Secretário o de Estado de Esporte e Lazer (SEEL) do governador Helder Barbalho. Daniel disputará a reeleição neste ano e é mencionado como possível concorrente para o governo do Pará em 2026, contra um candidato apoiado pelo governador, que não poderá tentar novo mandato. Ele foi eleito em 2020 com 67% dos votos e apoio de Helder. “Respeito o trabalho do governador Helder, agradeço ao presidente do MDB no estado, Jader Filho, pela colaboração de sempre, e, agora no PSB, reafirmo meu compromisso com a continuidade do nosso trabalho em Ananindeua e a abertura permanente ao diálogo”, disse o prefeito. Nos bastidores, aliados de Daniel relatam um processo de gradual distanciamento com o governador. Eles reclamam que Helder passou a retaliar o prefeito nas últimas semanas após o gestor não aceitar um acordo para indicar seu vice na chapa. Entre os pontos apontados por pessoas próximas ao prefeito, estão a exoneração de diretores de escolas estaduais na cidade e pedidos do governador para aliados deixarem a gestão municipal e ensaiar apoio a outro pré-candidato. Deputada federal mais bem votada do Pará, Alessandra Haber, mulher de Daniel, por enquanto continuará no MDB, mas sua saída é dada como certa. * Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília. Congresso Nacional, eleições 2024, Política
Articulação de Helder Barbalho aumenta bancada do MDB na Câmara, mas perde aliado em Ananindeua Helder convenceu o deputado Alexandre Guimarães (TO) a trocar o Republicanos pelo MDB, mas não impediu Dr. Daniel mudar do MDB para o PSB Publicado em 06/04/2024 às 15:05 Helder Barbalho participa do Fórum Econômico Mundial, na Suíça “Nem sempre se ganha, nem sempre se perde”, o ditado popular ajuda a explicar dois movimentos das peças do xadrez político nacional e regional, em movimentos do qual o governador Helder Barbalho (MDB), lidera, com vistas a voos mais altos na política nacional. No lado do ganho da moeda, Barbalho celebrou uma vitória na Câmara dos Deputados. O governador do Pará ajudou a convencer o deputado Alexandre Guimarães (TO) a trocar o Republicanos pelo MDB, aumentando a bancada do seu partido no Congresso. O MDB quer candidatura própria na sucessão de Arhur Lira (PP-AL), na presidência da Câmara dos Deputados. No lado de perda da moeda, o prefeito de Ananindeua, Dr. Daniel, segunda maior cidade do Pará e colégio eleitoral que deu início a carreira do jovem governador paraense, decidiu trocar o MDB pelo PSB. Com isso, o governador Helder Barbalho (MDB) perde um de seus principais aliados no estado, num revés anteriormente precificado. Os dois não se bicam há tempos. Em Brasília, a troca de partido do deputado Alexandre Guimarães foi sacramentada na última quarta-feira (3), após decisão liminar do ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A saída de Guimarães do Republicanos foi amigável, e ele manterá seu cargo de deputado federal. A “janela eleitoral” deste ano, só vale para vereadores. A janela para deputados será apenas em 2026. Com Guimarães, o MDB chega a 45 deputados na Câmara. O parlamentar é antigo aliado de Barbalho. Apesar de ser eleito pelo Tocantins, ele já foi vice-prefeito do município de Novo Repartimento, no Pará, de 2017 a 2020. O deputado é mais uma liderança regional cooptada por Barbalho. Além de Guimarães, o governador do Pará articulou a filiação de mais políticos, como o vice-governador do Rio de Janeiro, Thiago Pampolha. Estão na lista também o deputado federal Yury do Paredão (CE), expulso do PL em julho, após “fazer o L” em uma foto ao lado de ministros do governo Lula (PT), e o prefeito de Macapá, o Dr. Furlam. Ananindeua Segundo maior colégio eleitoral do Pará, o município de Ananindeua, com 351.118 eleitores (TSE/MAR-2024), na Região Metropolitana de Belém, sozinho elege candidatos proporcionais seja qual for o pleito, sem precisar de uma urna de outro município. A saída do prefeito Dr. Daniel do MDB para o PSB, do ex-deputado federal Cássio Andrade, já era precificada pelo governador Helder Barbalho. Não se sabe como ficará a situação Andrade. A decisão de acolher o prefeito rebelde pode sobrar para ele, que preside o PSB no Pará, e é Secretário o de Estado de Esporte e Lazer (SEEL) do governador Helder Barbalho. Daniel disputará a reeleição neste ano e é mencionado como possível concorrente para o governo do Pará em 2026, contra um candidato apoiado pelo governador, que não poderá tentar novo mandato. Ele foi eleito em 2020 com 67% dos votos e apoio de Helder. “Respeito o trabalho do governador Helder, agradeço ao presidente do MDB no estado, Jader Filho, pela colaboração de sempre, e, agora no PSB, reafirmo meu compromisso com a continuidade do nosso trabalho em Ananindeua e a abertura permanente ao diálogo”, disse o prefeito. Nos bastidores, aliados de Daniel relatam um processo de gradual distanciamento com o governador. Eles reclamam que Helder passou a retaliar o prefeito nas últimas semanas após o gestor não aceitar um acordo para indicar seu vice na chapa. Entre os pontos apontados por pessoas próximas ao prefeito, estão a exoneração de diretores de escolas estaduais na cidade e pedidos do governador para aliados deixarem a gestão municipal e ensaiar apoio a outro pré-candidato. Deputada federal mais bem votada do Pará, Alessandra Haber, mulher de Daniel, por enquanto continuará no MDB, mas sua saída é dada como certa. * Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília. Congresso Nacional, eleições 2024, Política

quinta-feira, 4 de abril de 2024

PF fecha garimpo ilegal de ouro em Rio Maria Seis trabalhadores em condições degradantes foram liberados e nenhuma pessoa foi presa na operação Publicado em 04/04/2024 às 11:18 A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, dia 3, uma operação de combate à extração ilegal de ouro e crimes ambientais no município de Rio Maria, sul do Pará. Foram feitas diligências em três locais, sendo que em um deles a atividade ilícita foi flagrada. Os policiais encontraram seis trabalhadores em condições degradantes de trabalho. Após os procedimentos de polícia judiciária os trabalhadores foram liberados. Não houve prisões. Uma máquina escavadeira hidráulica e um motor de garimpo foram apreendidos, além de uma pequena quantidade de ouro, mercúrio e uma motosserra. O responsável pela atividade minerária ilegal foi identificado e responderá aos crimes de usurpação de bens da União, crimes ambientais e trabalho escravo. (Fonte: Polícia Federal do Pará) garimpo ilegal
Canaã dos Carajás: Polícia Civil investiga assassinato de irmãos na zona rural Antônio Guilherme Alves Barros e Jailson Alves Barros saíram cedo de casa para fazer um serviço em uma chácara, mas não retornaram no final do dia Publicado em 03/04/2024 às 18:24 Em Canaã dos Carajás, a Polícia Civil investiga a morte dos irmãos Antônio Guilherme Alves Barros, 19 anos de idade, e Jailson Alves Barros, 25, cujos corpos foram encontrados na casa de apoio de uma chácara localizada no Assentamento Eduardo Galeano. Familiares dos dois trabalhadores rurais procuraram a Delegacia de Polícia para comunicar que eles saíram de casa, ontem, terça-feira (2), pela manhã, a fim de fazerem um serviço de capina e borrifação de veneno na propriedade, mas estranharam o fato de eles não terem retornado para casa. Imediatamente, uma equipe de investigadores da Depol se dirigiu à chácara, onde encontrou, por volta das 3h da madrugada desta quarta-feira (3), os corpos de Antônio Guilherme e Jailson, sem vida, um a lado do outro, deitados de bruços. Ambos estavam com marcas de ferimentos na cabeça e em outras partes dos corpos. A partir daí a Polícia Civil iniciou investigações a fim de elucidar o duplo homicídio. (Caetano Silva) Polícia Civil, Polícia Militar DEIXE SEU COMENTÁRIO
Paysandu e Remo ficam no empate sem gols pelo jogo de ida das semifinais da Copa Verde Com grandes chances para ambos os lados, Leão e Papão ficaram no 0 a 0 Publicado em 04/04/2024 às 08:22 Nada de gols no primeiro duelo das semifinais da Copa Verde de 2024. Na noite desta quarta-feira (3), Paysandu Sport Club e Clube do Remo não saíram do empate de 0 a 0 no Estádio Olímpico Jornalista Edgar Proença, o Mangueirão, em Belém. Apesar do empate, Leão e Papão tiveram boas chances de marcar. As duas equipes voltam a campo pelas semifinais da Copa Verde na próxima quarta-feira (10), às 20h, no Mangueirão. Quem vencer se garante na final da competição, em caso de empate, os rivais vão decidir a vaga nos pênaltis. O jogo: Placar em branco! O Remo começou bem melhor que o rival. Ribamar recebeu passe e ficou de frente para marcar, mas acabou chutando descalibrado para fora. Em mais uma tentativa do Leão, Pavani deu bom passe para Ribamar, que desta vez acertou no travessão bicolor. Só os azulinos estavam atacando. Na terceira vez de Ribamar, Raimar deu belo lançamento para o atacante, que de frente outra vez, não conseguiu finalizar. A torcida azulina foi à loucura nas arquibancadas. O Paysandu acordou para o jogo. Edinho cobrou escanteio e quase marcou gol olímpico, a bola bateu na trave. Em outra chance bicolor, Biel cruzou para Nicolas, o atacante deixou a bola passar para Edinho, que chutou para a defesa do goleiro Marcelo Rangel. O Remo chegou mais uma vez com Ribamar, o atacante ficou de frente e foi travado na hora do chute. Já no segundo tempo, em uma chance remista, a bola passou na frente de Ribamar que perdeu mais um gol. O Papão teve uma chance parecida, quando após um cruzamento, a bola passou por Nicolas e ficou para Robinho, o meia perdeu uma boa oportunidade de abrir o marcador. Outra vez o time alviceleste chegou, depois que Bryan cruzou para Nicolas cabecear e parar na defesa do goleiro Marcelo Rangel. Placar final: Paysandu 0 x 0 Remo.
Justiça reabre investigação contra prefeito de Tucuruí pela morte de Jones Willian ⁠Alexandre Siqueira não terá foro privilegiado pelo cargo na rumorosa investigação da morte do ex-prefeito Publicado em 04/04/2024 às 11:58 O atual prefeito de Tucuruí, Alexandre Siqueira, volta a se preocupar com mais uma decisão judicial no processo em que ele figura como réu na Vara Criminal de Tucuruí por corrupção passiva. Além dele, também figuram na denúncia feita pelo Ministério Público Estadual (MPPA): Firmo Leite Giroux, Moisés Gomes Soares Filho, Andrey Fernandes Mateus, José Eduardo Rollo da Silva, Donivaldo de Jesus Palha, Jonatas Rabelo Galvão, Amarildo Leite dos Santos e Afonso Alves Rodrigues. A denúncia diz respeito às investigações referentes a crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e violação de sigilo funcional. Segundo o MPPA, devido à extração de dados em aparelhos celulares apreendidos, foi possível identificar indícios de delitos praticados por agentes públicos e particulares, relacionados à apuração do crime de homicídio que vitimou o então prefeito de Tucuruí, Jones William da Silva Galvão. Pelos dados extraídos, os denunciados Alexandre Siqueira, Firmo Leite Giroux, Moisés Gomes Soares Filho e Andrey Fernandes Mateus teriam oferecido vantagem indevida a Donivaldo de Jesus Palha, Amarildo Leite dos Santos, Jonatas Rabelo Galvão, Afonso Alves Rodrigues, investigadores da Polícia Civil, e ao delegado José Eduardo Rollo da Silva, para possivelmente omitir atos de ofício, dos quais deveriam manter sigilo. O Blog do Zé Dudu já havia divulgado o teor da denúncia no ano passado, antes da atual decisão judicial. O MPPA apurou que, antes de se tornar prefeito, Alexandre Siqueira, juntamente com Firmo Leite Giroux, Moisés Soares Filho e Andrey Fernandes, teria oferecido dinheiro para policiais envolvidos na investigação da morte de Jones Willian para obter informações privilegiadas. Eles, inclusive, teriam oferecido e pago por diversas vezes, nas mesmas circunstâncias de tempo e local, vantagem patrimonial indevida a cinco integrantes da Polícia Civil do estado do Pará. Recentemente, a defesa do prefeito Alexandre Siqueira fez pedido para que os autos tramitem em segredo de justiça, alegando vulnerabilidade e vida privada do gestor. Porém, a Justiça não aceitou, observando que “a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem”. “A intimidade de tais indivíduos não pode ser utilizada como forma de acarretar a não prestação de informações a sociedade, ou seja, tal argumento não deve prevalecer em detrimento do dever de publicidade, posto que o sigilo é a exceção,” disse o magistrado Bruno Felipe Espada, em sua mais recente decisão. O juiz também negou seu pedido de foro privilegiado, por estar no cargo de prefeito, argumentando que “o investigado Alexandre França Siqueira, em tese, teria essa prerrogativa, uma vez que ocupa o cargo de chefe do Executivo municipal. Entretanto, o tema foi por inúmeras vezes discutido e decidido pelo Supremo Tribunal Federal, restando concluído que o foro por prerrogativa de função, aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas”. Outra nova medida adotada pelo magistrado foi afastar os policiais e delegado investigados – Donivaldo de Jesus Palha, Amarildo Leite dos Santos, Jonatas Rabelo Galvão, Afonso Alves Rodrigues e o delegado José Eduardo Rollo da Silva – pelo prazo de 30 dias, mas sem deixar de receber seus salários. Por fim, Bruno Espada aceitou pedido do MPPA para a reabertura das investigações, por policiais imparciais. Justiça, MPPA, Polícia Civil, Tucuruí DEIXE SEU CO
Tuna Luso vence o Santa Rosa e garante vaga na final da Copa Grão Pará Jonathan Chula marcou o gol único que garantiu a Águia na decisão Publicado em 04/04/2024 às 13:46 (Foto: Raul Martins/Ascom Tuna) Os eliminados da fase de mata-mata do Campeonato Paraense de 2024 seguem na disputa da Copa Grão Pará, que vale vaga na Copa do Brasil de 2025. Em jogo único válido pelas semifinais da competição inédita, a Tuna Luso Brasileira enfrentou o Santa Rosa Esporte Clube na manhã desta quinta-feira (4), no Estádio Francisco Vasques, o Souza, em Belém. Em um primeiro tempo equilibrado, o placar não saiu do 0 a 0. Já no segundo tempo, as emoções seguiram com os dois times perdendo gols. Até que, após cruzamento da esquerda, o atacante Jonathan Chula bateu de primeira e marcou um belo gol, aos nove minutos: 1 a 0 para a Águia Guerreira. E foi só. Tuna 1 x 0 Santa Rosa. Com o resultado, a Tuna se garantiu na final e vai enfrentar o vencedor de Águia e São Francisco, que se enfrentam nesta sexta-feira (5), às 18h, no Estádio Municipal Zinho de Oliveira, em Marabá. Por Fábio Relvas Copa Grão Pará, Futebol DEIXE SEU COMENTÁRIO
Após 50 dias, PF e PRF recapturam no Pará foragidos da penitenciária federal de Mossoró Rogério Mendonça e Deibson Nascimento fugiram em 14 de fevereiro; buscas envolveram PF, PRF, Força Nacional e órgãos locais. Dupla estava em Marabá, a 1,5 mil km de Mossoró Publicado em 04/04/2024 às 14:28 Fugitivos de presídio federal em Mossoró, em imagem após a recaptura (Foto: Reprodução) A Polícia Federal informou nesta quinta-feira (4) que recapturou, em Marabá (PA), os dois fugitivos que haviam escapado da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A operação envolveu o monitoramento de três veículos que, segundo as investigações, davam cobertura à fuga – ao todo, seis pessoas foram presas nos três carros. Um dos foragidos foi capturado pela Polícia Federal, e outro, pela Polícia Rodoviária Federal. Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, tinham fugido do presídio no dia 14 de fevereiro. Foram 50 dias até a recaptura. “Na tarde desta quinta-feira (4), em uma ação conjunta das polícias Federal e Rodoviária Federal, foram presos, em Marabá (PA), os foragidos do Sistema Penitenciário Federal Rogério Mendonça e Deibson Nascimento”, informou a PF em nota oficial. Marabá, no sudeste do Pará, fica a mais de 1.600 quilômetros de distância de Mossoró. Um trajeto em “linha reta” passaria por pelo menos cinco estados: além de Pará e Rio Grande do Norte, também por Ceará, Piauí e Maranhão – e, a depender do trajeto, pelo Norte do Tocantins. Os suspeitos foram presos na ponte que atravessa o Rio Tocantins. A abordagem ocorreu neste local para evitar a fuga pelo rio. Investigadores informaram à TV Globo que a dupla deve ser devolvida a Mossoró – e que essa transferência seria uma “questão de honra” para o Ministério da Justiça, que coordena o sistema penitenciário federal. Os dois presos, originalmente do Acre, estavam na unidade desde setembro de 2023 e integram a facção criminosa Comando Vermelho. Os dois abriram passagem por um buraco atrás de uma luminária do presídio e cortaram duas cercas de arame usando ferramentas de uma obra que ocorria no local para escapar. Foi a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que inclui ainda penitenciárias em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO). Recaptura envolveu força-tarefa Após a fuga, autoridades locais e federais criaram uma força-tarefa para capturar os fugitivos. O grupo incluía a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar do estado. A Força Nacional também foi enviada para ajudar na operação, mas deixou a força-tarefa em 30 de março, após 46 dias de buscas. Segundo o Ministério da Justiça, a partir de então, as buscas passaram a ser focadas em ações de inteligência. Segundo um levantamento da GloboNews, apenas com as forças federais, a operação custou R$ 2,1 milhões aos cofres públicos. Veja abaixo: Polícia Federal: R$ 497.812 Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen): R$ 372.218,62 Força Nacional: R$ 1.245.549 Total: R$ 2.115.579

segunda-feira, 1 de abril de 2024

Cláusula eleitoral assombra PSDB, PDT, Cidadania e Novo; legendas correm risco de desaparecer Em 2022, sete partidos não conseguiram eleger deputados federais e 15 não atingiram a cláusula de barreira Publicado em 01/04/2024 às 12:31 Criação de partido político no Brasil virou um negócio Temendo seguir o caminho de 15 partidos que não conseguiram alcançar a cláusula de barreira, o que tem como consequência o acesso aos fundos partidários eleitorais, partidos tradicionais como PSDB, PDT, Cidadania e Novo, que já tiveram de presidente a algumas das maiores bancadas do Congresso Nacional podem, em 2026, simplesmente desaparecer do mapa, e a solução encontrada é a composição de federações partidárias. O bote jogado ao mar revolto, chamado de federação partidária parece ser a única salvação para a sobrevivência ou adiamento da morte certa de partidos médios, que um dia chegaram a ser grandes, mas que estão vivendo a difícil e implacável mudança ditada pelo poder de escolha do eleitor. De alguma maneira, PSDB, PDT, Cidadania e Novo desagradam fiéis eleitores que, decepcionados com a postura das legendas em vários assuntos, simplesmente migraram o voto para outro partido. É poder invisível que existe na mão de cada eleitor: manter ou exterminar grupos políticos reunidos em uma legenda que não mais atendem ao que o povo quer que seja feito. Bote salva-vidas As federações partidárias ganharam impulso este ano como principal tática de legendas representadas na Câmara dos Deputados para lidar com os desafios da regra de desempenho eleitoral, mais conhecida como cláusula de barreira, e para fortalecer a sua influência no plenário. Os primeiros meses de 2024 foram marcados pela intensificação das negociações por novos arranjos, com alvos nas eleições municipais deste ano e, sobretudo, nos pleitos nacionais de 2026. Para alguns partidos, as alianças representam para os partidos o meio de turbinarem seus projetos. Para outros, são a última cartada para continuarem no jogo das urnas. Enquanto o União Brasil busca estabelecer uma superfederação de centro-direita com o PP e, possivelmente, com o reforço do Republicanos; o PSDB, já federado ao Cidadania, procura estancar as deserções se unindo ao PDT, com esperança de ainda trazer o Podemos para o pacto. É uma corrente de almas antes da palavra final do eleitor: que representa vida ou morte a esses partidos. Assim como ocorreu em 2022, com PT-PV-PCdoB, PSDB-Cidadania e PSol-Rede, as federações partidárias praticamente asseguram a conquista de mais assentos na Câmara, conforme o coeficiente eleitoral, e o cumprimento da cláusula de desempenho. A regra vigora desde 2018 e vem endurecendo a cada pleito, com a contrapartida de que os partidos federados sigam juntos nos quatro anos de mandato dos eleitos. Ocorre que nesse arranjo, há um partido que manda e os outros obedecem, caso contrário, são retirados da federação com um simples requerimento, sem maiores dificuldades de deferimento pela Justiça Eleitoral, a quem cabe a última palavra para autorizar a criação de uma federação. O fato é que, sem a proteção das federações partidárias, algumas legendas podem perder o acesso aos fundos partidário e eleitoral, aos horários de propaganda na TV e aos cargos na Câmara. Por esta razão, muitas negociações conduzidas pelos dirigentes das legendas se orientam além dos aspectos programáticos, ideológicos e históricos ao que mais pesa: acesso ao dinheiro. Em paralelo, o fim das coligações proporcionais e a aplicação gradual da legislação eleitoral nos últimos anos vem induzindo um processo de fusões e de redução do total de siglas partidárias presentes na Câmara, que chegou ao auge em 2018, com 30, e está atualmente em 23. A tendência é este número cair para oito após 2030, quando o percentual mínimo de votos será de 3%. Depois da eleição de 2018 só teve direito ao fundo partidário e ao tempo de propaganda o partido que recebeu ao menos 1,5% dos votos para deputado nas eleições, distribuídos em ao menos nove das 27 unidades da Federação, com no mínimo de 1% dos votos em cada uma delas. Os partidos que não atingiram esses percentuais tiveram que eleger ao menos nove deputados para manter o benefício. A exigência subiu para 2% dos votos válidos obtidos no país em 2022 e será de 2,5% na eleição seguinte. União Brasil e PP miram candidatura presidencial Após meses de disputas internas pelo controle do União Brasil, com desdobramentos ligados à possível formação de uma federação com PP e Republicanos, a executiva nacional finalmente conseguiu destituir o presidente da legenda, o deputado Luciano Bivar (PE). A manobra não apenas marca a virada na dinâmica de poder interno, mas também impulsiona a candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, para a Presidência da República em 2026. Caso a combinação entre as três legendas se concretize, elas formarão o maior arranjo partidário do país, com potencial para capturar o Centrão e a direita, além de já ter a perspectiva de comandar a Câmara e o Senado. O União Brasil tem os candidatos favoritos para a eleição dos presidentes das duas Casas em 2025: o senador Davi Alcolumbre (AP) e o deputado Elmar Nascimento (BA). Partidos menores visam a sobrevivência com federações partidárias Em outra circunstância, PDT e PSDB, preocupados em garantir sua sobrevivência política diante da cláusula de barreira, têm negociado uma federação para as eleições de 2026. As conversas estão sendo lideradas pelo presidente nacional do PSDB, o ex-governador de Goiás Marconi Perillo, o senador Tasso Jereissati (PSDB) e o ex-governador Ciro Gomes (PDT). O plano é concretizar essa aliança até 2025, em tempo de influir nas eleições para as mesas diretoras do Congresso. Para o PSDB, a iniciativa ganha ainda mais relevância após o desempenho arrasador nas eleições de 2022, quando perdeu nove cadeiras na Câmara e viu sua hegemonia no governo de São Paulo, mantida por quase três décadas, ser rompida. O PSDB tem apenas um deputado federal na Câmara do Deputados, algo impensável há quatro anos. Já o PDT, que anteriormente negociava uma aliança com o PSB, teve seus planos frustrados após o recente rompimento entre Ciro Gomes e seu irmão, o senador e ex-governador Cid Gomes, que migrou para o partido socialista. O poder do dinheiro e do voto Dinheiro e votos tem que andar de mãos atadas na prática política brasileira. A regra imemorial diz que: um não sobrevive sem o outro. Os partidos vêm se orientando pelas regras da cláusula de barreira desde a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de 2017, em resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF), que havia derrubado ante o mecanismo. Atendência é que o quadro partidário na Câmara se resuma a oito legendas após 2030, podendo chegar a sete conforme o desempenho já em 2026, sobretudo dos partidos de centro e centro-direita. As mudanças dialogam com o avanço do Legislativo nos últimos anos sobre a pauta de votações e sobre a definição de políticas públicas, protagonismo que desafia o próprio sistema presidencialista brasileiro. A aplicação da cláusula de barreira parece não estar promovendo uma consistência ideológica significativa nos partidos remanescentes, embora essa tenha sido uma das justificativas para a sua implementação. A ideia de dar maior clareza programática às legendas, excluindo do jogo eleitoral aquelas pequenas que apenas vendiam tempo na propaganda eleitoral da TV e votos para o governo no plenário, não eliminou o pragmatismo político. Em vez disso, na opinião de especialistas da matéria: “O verdadeiro jogo continua centrado no controle dos cartórios de candidaturas e no acesso às verbas orçamentárias”. Embora a redução do número de partidos possa teoricamente enxugar a diversidade política, as fusões e incorporações resultantes tendem a atrair gama mais ampla de afiliações. Especialistas destacam que o objetivo principal da cláusula de barreira era garantir a governabilidade, não necessariamente a coesão ideológica. PDT, PSDB e Novo são os principais ameaçados Leandro Gabiati, cientista político e diretor da Dominium Consultoria, diz que a sobrevivência dos partidos à cláusula de barreira é uma questão que suscita diversas apostas. Ele sugere que MDB, PSD, União Brasil, PSB, PT, Republicanos, PL, PP e Podemos têm boas chances de seguir adiante com esforço próprio, enquanto partidos menores precisam avaliar estratégias para continuar no jogo e não perder espaço. O especialista expressa dúvidas em relação a casos especiais, como PDT e PSDB, que desde o ano passado discutem opções de federações partidárias. Quanto ao Novo, Gabiati é categórico ao afirmar que suas chances de sobrevivência são praticamente nulas diante das regras e de sua inflexibilidade programática. Sete partidos não conseguiram eleger deputados federais em 2022 Neste contexto, formação de mais federações partidárias é uma tendência que garantirá sobrevivência a legendas que optarem por essa tática diante dos desafios impostos pela legislação. O percentual que define quantas vagas dentre os 513 deputados cada partido obteve é o mesmo para determinar a sua fatia nos bolos bilionários dos fundos partidário e eleitoral, custeados pelo Tesouro, após arrecadar os impostos do contribuinte, goste ele da política ou não. Os 23 partidos com assento na Câmara brigam hoje também para figurar no clube de oito remanescentes, pressionados pela sobrevivência política. No último pleito, sete dos 30 partidos da época não conseguiram eleger deputados e muitos outros ficaram na berlinda, em busca de abrigo em fusões ou de federação, a exemplo do acordo entre PTB e Patriota, a incorporação do PSC pelo Podemos e do Pros pelo Solidariedade. A cláusula de barreira, estabelecida em 2017 como parte de uma reforma política, tem o objetivo de reduzir a fragmentação partidária no Brasil e concentrar a distribuição de recursos dos fundos partidário e eleitoral. Para manter acesso a esses recursos desde 2023, os partidos precisaram eleger pelo menos 11 deputados, distribuídos em no mínio nove estados, ou obter 2% dos votos válidos para a Câmara em nove unidades federativas. Com exceção do Podemos, os partidos atualmente envolvidos em fusões não atingiram a cláusula, assim como o Novo, que elegeu só três deputados. Embora as mudanças nas regras eleitorais visem racionalizar o sistema político e melhorar a governabilidade, a redução no número de partidos não deverá acabar com o fenômeno da polarização política. De toda forma, à medida que 2026 se avizinha, as federações partidárias emergem como estratégia crucial para a adaptação dos partidos às novas realidades eleitorais. Novo nega federação partidária e quer criar base de apoio O presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, descarta buscar integrar alguma federação partidária para se proteger das ameaças do endurecimento da cláusula de barreira nas próximas eleições para a Câmara. “Entendemos que não há nenhum outro partido que sequer tenha qualquer proximidade com a nossa visão de mundo ou com a nossa cultura institucional. Por isso, não há no momento nenhuma previsão de federação”, disse. O dirigente garantiu que o Novo vai continuar como “partido livre”, atuando solitário nas disputas nas urnas este ano e em 2026. Segundo Ribeiro, as estratégias que o partido está tomando para atingir os percentuais mínimos de votos válidos exigidos pela cláusula de barreira em 2026 passam pelo engajamento na conquista de filiações e lançamentos de candidaturas desde já. “O primeiro passo é a eleição de 2024. Lá em 2020, quando disputamos apenas em 46 municípios, perdemos a chance de construir essa capilaridade com vereadores e de prefeitos. Esse erro está sendo corrigido agora. Já estamos presentes em mais de 333 municípios e devemos chegar a 500 para as eleições deste ano, o que nos dará uma base ampla de vereadores, de prefeitos, que darão sustentação aos candidatos a deputado em 2026, definidores da cláusula de barreira”, explicou. O presidente do Novo acredita que a legenda conseguiu adotar uma estratégia ousada e até mesmo pragmática, com utilização de recursos do fundo partidário que estavam depositados, para poder lançar candidaturas mais competitivas, a partir de uma organização mais sólida. “Estamos muito confiantes de que vamos conseguir alcançar a cláusula de barreira não só de 2026, mas de 2030 também”, disse. Na eleição de 2018, o Novo elegeu oito deputados, número que caiu para três em 2022, deixando o partido ameaçado dentro do avanço dos demais partidos. * Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília. Eleições, Federação Partidária, Partidos políticos, Política DEIXE SEU COMENTÁRIO Anterior Governo começa abril com desafios no Congresso Nacional Canaã dos Carajás: Uepa convoca aprovados no Prosel Especial para matrícula Próximo Posts relacionados
Canaã dos Carajás: Uepa convoca aprovados no Prosel Especial para matrícula Prazo será nos dias 3, 4 e 5 de abril, de forma presencial no polo da Uepa, na rua Getúlio Vargas, ao lado da sede da Semed e do cartório Publicado em 01/04/2024 às 12:36 Aprovados no Processo Seletivo Especial de Canaã dos Carajás, realizado pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), por meio de convênio com a prefeitura do município devem realizar a matrícula nos dias 3, 4 e 5 de abril de 9h às 16h (matrícula) e 9h às 13h (heteroidentificação), de forma presencial no Polo de Canaã dos Carajás, localizado na Rua Getúlio Vargas, S/N ao lado da sede da Semed e do cartório, no bairro Novo Horizonte. No ato de confirmação da matrícula, o candidato deverá estar munido de originais (para confirmação) e cópias dos seguintes documentos, conforme o edital do processo seletivo: a) Carteira de Identidade; b) Cadastro de Pessoas Físicas (CPF); c) Certidão de Nascimento ou Casamento; d) Certificado de Alistamento Militar (candidatos do sexo masculino); e) 01 (uma) foto 3 x 4 recente (colorida); f) Título de Eleitor, acompanhado do comprovante de votação na última eleição; g) Histórico Escolar do Ensino Médio; h) Certificado de Conclusão do Ensino Médio; i) Comprovante de Residência (recente que contenha CEP). A expansão da Uepa para o município começou com visitas técnicas e reuniões entre a universidade e a gestão municipal, iniciadas em março de 2022. Na mesorregião sudeste do Pará, a Uepa já possui campus em Marabá, Parauapebas, Conceição do Araguaia e Redenção. O Processo Seletivo Especial para o município de Canaã dos Carajás, surgiu a partir da demanda de um convênio celebrado entre a universidade e a prefeitura de Canaã dos Carajás, “considerando uma grande demanda reprimida do município”, conforme recorda a professora Camila Claide, que coordena o convênio firmado. As provas foram realizadas de forma presencial. A publicação do edital Nº102/2023 foi feita em 07/12/2023, onde foram ofertadas o total de 150 vagas distribuídas entre os cursos de Biomedicina, Secretariado Executivo, Fisioterapia e Gastronomia. Ao todo, o Prosel Especial recebeu 3.164 inscritos. A prova foi realizada no dia 3 de março e o curso mais concorrido foi o de Biomedicina “A expectativa da coordenação do Convênio era atender a comunidade local e a região de Carajás. E, ficamos felizes que 80% dos aprovados residem no município de Canaã dos Carajás”, comemora a professora Camila. Confira a lista dos aprovados aqui. (Agência Pará) matrícula, Prosel, UEPA