Gilmar Mendes manda soltar último preso da Operação Integração II
Luiz Fernando Wolff Carvalho era o último investigado na operação que ainda estava preso. Ele é apontado como articulador e negociador de propinas pagas por concessionárias.
G1 PR — Curitiba
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar o empresário Luiz Fernando Wolff Carvalho, o último investigado da Operação Integração II que ainda estava preso.
Wolff é diretor da Triunfo Participações e apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como articulador e negociador de propinas pagas por concessionárias do Paraná.
Ele está detido no Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e já teve alvará de soltura expedido pela 23ª Vara Federal de Curitiba.
O ministro levou em conta os mesmos argumentos que usou para soltar os outros presos na operação e o ex-governador Beto Richa na Operação Rádio Patrulha, do Ministério Público do Paraná (MP-PR).
Gilmar Mendes considera que os elementos apresentados são insuficientes para a prisão.
"Em síntese, embora as declarações dos colaboradores devam ser objeto de apuração a investigação, entendo que esses elementos, por si só, são insuficientes para ensejar prisão do postulante, ainda mais quando se referem a fatos antigos e não há demonstração de risco concreto e atual à ordem pública ou econômica", disse Gilmar.
55ª fase da Lava Jato
A Operação Integração II, como foi batizada a 55ª fase da Operação Lava Jato, investiga crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, estelionato e peculato em um esquema relacionado à administração das rodovias federais no Paraná, no chamado Anel da Integração.
A operação foi deflagrada no fim do mês de setembro deste anos e prendeu investigados no Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), as investigações apontaram que eram mantidos dois esquemas paralelos de pagamentos de propinas. Em um deles, de acordo com o MPF, foram identificados pagamentos mensais de propina em torno de R$ 240 mil, no ano de 2010.
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