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Corpo de Domingos Oliveira é sepultado no Rio
Amigos, parentes e artistas foram prestar uma última
homenagem ao ator artista. Domingos estava em sua casa, quando se sentiu mal e
não resistiu.
Por Alba Valéria Mendonça, G1 Rio.
24/03/2019 14h07 Atualizado há um dia
O corpo do ator, autor e diretor Domingos Oliveira, foi
sepultado no início da tarde deste domingo (24) no cemitério São João Batista,
na Zona Sul do Rio de Janeiro. Domingos
morreu na tarde de sábado (23), aos 82 anos. Ele sofria de Mal de
Parkinson. Segundo informações da família, o artista estava em sua casa, no
Leblon, quando se sentiu mal e não resistiu.
Além de familiares, estavam presentes na cerimônia de
sepultamento Maitê Proença, Caio Blat, Camila Amado, Sophie Charlotte, Letícia
Sabatella, Daniel Dantas e Michel Melamed. Entre a noite de sábado e a manhã deste domingo, amigos,
parentes e artistas foram prestar uma última homenagem ao ator no velório do
diretor.
A viúva Priscilla Rosembaum e a filha Maria Mariana contaram
que receberam ontem uma carta que Domingos tinha escrito há 20 anos sobre a
morte dele.
“Chorei e ri muitas vezes, a carta é incrível. Ele fez a
dramaturgia do próprio enterro. Agora, minha missão é de Priscila contou que até sexta-feira ele
estava trabalhando e que representar, contar histórias era a vida dele. “Ele
dizia que só a arte salva e sem arte não há salvação”, disse a viúva.
Domingos Oliveira tinha uma relação profunda com este
teatro. Ele foi diretor da casa durante oito anos, na década de 90. Vários
artistas que contracenaram lá, falaram desse período de riqueza do teatro.
A atriz Fernanda Montenegro fez um discurso emotivo sobre a
importância de Domingos Oliveira para a arte e a cultura no Brasil. Ela contou
que conheceu o diretor há uns 60 anos.
“É uma época de sonhos que vai com ele. Era um poeta, de uma
sensibilidade que a gente não vê todo dia. Arregimentador de cultura, de
humanidade, de juventude. Um homem da cidade, com mais de 80 anos,
absolutamente jovem trazendo ainda uma esperança daqueles anos que se foram.
Nós tínhamos esperanças de um país melhor, uma crença no nosso futuro, na nossa
responsabilidade como brasileiros, como o caráter do brasileiro. Hoje não
estamos nem na entressafra, estamos numa baixaria absoluta. Ele simbolizava
tudo isso para mim”, disse Fernanda Montenegro, muito emocionada.
Domingos se consagrou com filmes como "Todas as
mulheres do mundo" e "Barata Ribeiro, 716", em quase 60 anos de
carreira no teatro, na televisão e no cinema. Apesar de doente na última década
– sofria de Mal de Parkinson – e com dificuldades para andar, o artista nunca
parou de produzir.
“Scobrir a criatividade dele dentro de nós”, disse a filha.
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