quarta-feira, 15 de janeiro de 2020


Polícia confirma mais uma morte por síndrome nefroneural em BH
Polícia confirma mais uma morte por síndrome nefroneural em BH
A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou, na manhã desta quarta-feira (15), a morte de mais uma pessoa devido à síndrome nefroneural. A vítima é um homem, que não teve a identidade e a idade divulgadas até a última atualização desta reportagem.
O paciente morreu no Hospital Mater Dei, região Centro-Sul de Belo Horizonte. O corpo deverá passar por exames e perícia no Instituto Médico-Legal (IML).

Uma força-tarefa investiga a relação das internações e mortes com o consumo da cerveja Belorizontina, da fabricante Backer. A substância tóxica dietilenoglicol foi encontrada em lotes do produto. Esta é a segunda morte relacionada ao caso confirmada oficialmente pela Polícia Civil. Há 18 notificações de pessoas doentes sendo investigadas.
A primeira vítima da síndrome a morrer foi Paschoal Dermatini Filho, de 55 anos. Ele estava internado em Juiz de Fora e morreu em 7 de janeiro.
Uma terceira morte ainda resta ser confirmada. Trata-se de uma mulher com sintomas da síndrome nefroneural em Pompéu, região Centro-Oeste de Minas Gerais. Este caso não constava no último balanço oficial da SES, mas a Secretaria Municipal de Pompéu informou ter notificado a pasta estadual.
Entre os sintomas da síndrome nefroneural estão alterações neurológicas, além de insuficiência renal. De acordo com a presidente da Sociedade Mineira de Nefrologia, Lilian Pires de Freitas do Carmo, os primeiros sinais de intoxicação por dietilenoglicol são dores abdominais, náuseas e vômitos. O tratamento é feito no hospital, com monitoração, e tem o etanol como antídoto.
Polícia confirma segunda morte por síndrome nefroneural em BH
Polícia confirma segunda morte por síndrome nefroneural em BH

Lotes contaminados com substância tóxica

Em dois dias 568 garrafas da cerveja belorizontina já foram entregues em BH
Em dois dias 568 garrafas da cerveja belorizontina já foram entregues em BH
Um laudo divulgado pela força-tarefa que apura o caso aponta que os lotes L1 1348, L2 1348 e L2 1354 estão contaminados por dietilenoglicol e monoetilenoglicol. A Backer considera que são dois lotes, sendo L1 1348 e L2 1348 duas linhas diferentes de um mesmo lote.
A substância tóxica foi encontrada em amostras de lotes da Belorizontina, que também usa o rótulo Capixaba, e em um tanque reservatório de liquido anticogelante, usado no processo de fabricação das cervejas da Backer.
Uma perícia contratada pela própria cervejaria confirmou a presença da substância tóxica na cerveja, conforme mostra o vídeo abaixo. Em nota divulgada no início desta tarde, a empresa informou que a "ainda está em andamento" e que "precisa aguardar a conclusão dos laudos para compartilhar os resultados com a sociedade".
Perícia contratada pela Backer confirma substância tóxica em cerveja
Perícia contratada pela Backer confirma substância tóxica em cerveja

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