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nesta semana para garantir que a reforma tenha chance de
obter o número mínimo necessário de votos para passar para o segundo turno de
votação.
Rodrigo Maia avalia que Onyx diz que governo estima cerca de
330 votos na Câmara a favor da PEC da Previdência
Ministro da Casa Civil se reuniu com Rodrigo Maia neste
domingo (7) na residência oficial do presidente O ministro da Casa Civil, Onyx
Lorenzoni, afirmou neste domingo (7) que mapeamento do Palácio do Planalto
aponta que a proposta de reforma da Previdência deve ser aprovada em primeiro
turno no plenário da Câmara com cerca de 330 votos.
Para ser aprovada pelos deputados, a proposta de emenda à
Constituição (PEC) da Previdência precisa obter, no mínimo, 308 votos, em dois
turnos de votação, número correspondente a 60% dos 513 parlamentares da Casa. A
estimativa divulgada pelo chefe da Casa Civil prevê uma margem de segurança
para que o texto passe para o segundo turno.
Onyx foi na manhã deste domingo à residência oficial do
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para alinhar a estratégia para
colocar a PEC em votação nesta semana. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre
(DEM-AP), e o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da
Economia, Rogério Marinho, também participaram da reunião.
A expectativa do governo e de Maia é de que o parecer do
deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) aprovado na última semana pela comissão
especial comece a ser analisado pelos deputados a partir de terça (9).
No sábado (6), depois de conversar com líderes do Centrão na
residência oficial, o presidente da Câmara demonstrou otimismo de que a PEC
será aprovada com "boa margem" de votos, mas preferiu não projetar um
placar para a votação da reforma no plenário.
"A gente tem um cálculo assim, vamos dizer, realista,
com pé bem no chão, e a gente caminha para ter algo em torno de 330 [votos],
que poderá ser até mais do que isso. É uma margem que a gente acredita ser
possível", declarou o chefe da Casa Civil a jornalistas ao deixar a casa
de Rodrigo Maia no final da manhã deste domingo.
O ministro da Casa Civil relatou que, na reunião deste
domingo, eles trataram dos procedimentos da votação da PEC em primeiro turno. É
possível que essa seja a última atuação de Onyx como articulador político de
Bolsonaro.
Após sofrer uma série de derrotas no Legislativo nos
primeiros seis meses de governo, o presidente da República decidiu tirar a
interlocução com o parlamento do rol de atribuições do ministro da Casa Civil.
Na última semana, a articulação política saiu das mãos de Onyx e passou para o
gabinete do novo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, um
general do Exército que é amigo de Bolsonaro.
Em seu primeiro ato como articulador político do Planalto,
Ramos compareceu neste sábado à residência oficial de Maia para participar da
reunião com líderes partidários da Câmara.
da Câmara. Para ser aprovada no plenário Onyx Lorenzoni
informou que, na manhã de terça-feira, haverá uma nova reunião com governadores
para negociar uma eventual inclusão de estados e municípios no texto que vai
ser votado em plenário pelos deputados. Por pressão do Centrão, Samuel Moreira
deixou de fora do relatório final os servidores estaduais e municipais.
Questionado sobre se o governo defenderá mudanças no texto
aprovado pela comissão especial na semana passada, o ministro da Casa Civil
disse que "quanto menor o número de alterações, melhor". Ele
ponderou, entretanto, que podem ocorrer alterações pontuais durante a apreciação
da proposta no plenário.
Na última sexta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro
afirmou que o texto que será submetido ao plenário da Câmara tem equívocos e
que podem ocorrer alterações no plenário da Câmara para corrigi-los.
, são necessários, pelo menos, 308 voto Na ocasião, o
presidente não mencionou diretamente quais pontos ele considera que estão
equivocados, porém, nas últimas semanas – após ser alvo de protestos de
categorias policiais – ele passou a defender regras mais brandas de
aposentadoria para integrantes das carreiras de segurança pública.
No entanto, apesar do lobby do presidente da República, os
integrantes da comissão especial que analisou a PEC da Previdência preferiram
não flexibilizar o regime de aposentadoria previsto no texto do próprio governo
para policiais e agentes penitenciários.
Desconsiderando o esforço de Bolsonaro para que os deputados
revejam no plenário as mudanças propostas pelo próprio governo para os
integrantes de carreiras policiais, o ministro da Casa Civil afirmou que a
intenção do Executivo federal é que o parecer de Samuel Moreira não seja
desidratado para que a previsão de economia de R$ 987 bilhões em 10 anos seja
mantida.
"Já há um consenso bastante forte entre as bancadas no
sentido de que a manutenção do texto que saiu da comissão é o cenário
desejável", enfatizou Onyx na manhã deste domingo.
Na tramitação da PEC na comissão especial, os integrantes do
colegiado operaram mudanças que já reduziram a estimativa de economia para a
próxima década em mais de R$ 200 bilhões.
"O governo trabalha para que não acha desidratação [do
projeto]. Vai ficar nesse volume [de R$ 987 bilhões", complementou Onyx.
Cronograma da votação
Na penúltima semana antes do recesso que iniciará no dia 18,
a Câmara terá sessões extraordinárias de votação no plenário entre segunda (8)
e quinta-feira (11).
As sessões marcadas para a tarde de segunda e a manhã de
terça servem para garantir a contagem do prazo de duas sessões entre a
publicação do parecer de Samuel Moreira e a inclusão do texto na ordem do dia
(a lista com os itens a serem votados pelos deputados no plenário principal da
Casa).
A intenção de Rodrigo Maia é de que a PEC da Previdência
comece a ser analisada na terça-feira pelos 513 deputados. A proposta
previdenciária será o único item das pautas de votações de terça, quarta e
quinta-feira.
O presidente da Câmara declarou que espera ter a presença de
500 deputados na Câmara é possível dispensar o prazo de duas sessões entre a
publicação do parecer e a inclusão do texto na ordem do dia (a lista de
matérias sujeitas à votação) – o chamado interstício – desde que governistas e
deputados favoráveis ao texto trabalhem neste sentido.
O presidente da Câmara ponderou neste sábado que, se o
resultado da votação da PEC em primeiro turno for "contundente", pode
ser que haja respaldo político para a quebra do intervalo de cinco sessões para
a votação em segundo turno, o que permitiria a conclusão da tramitação na
Câmara ainda nesta semana.
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