quinta-feira, 1 de novembro de 2018


Bolsonaro diz que Moro pediu 'liberdade total' e que não vai interferir no trabalho do ministro
Presidente eleito concedeu entrevista coletiva no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (1º). Sérgio Moro aceitou convite para comandar Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Por Filipe Matoso e Nicolás Satriano, G1 — Brasília e Rio de Janeiro.
O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (1º) ter concordado "100%" com os pedidos do juiz Sérgio Moro para assumir o Ministério da Justiça, entre os quais "liberdade total" para combater a corrupção e o crime organizado.
Até então responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Paraná, Moro viajou ao Rio de Janeiro nesta quinta-feira e aceitou o convite de Bolsonaro para Pública a partir do ano que vem. Com isso, Moro deixou a Lava Jato.
"Conversamos por uns 40 minutos e ele [Moro] expôs o que pretende fazer caso seja ministro e eu concordei com 100% do que ele propôs. Ele queria uma liberdade total para combater a corrupção e o crime organizado, e um ministério com poderes para tal", disse o presidente eleito.
Ao conceder entrevista coletiva na casa dele, no Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que não vai interferir do trabalho do futuro ministro.
Questionado se Moro será o "xerife" do governo, respondeu: "É um ministério importante e, inclusive, ficou bem claro em conversa entre nós que qualquer pessoa que porventura apareça nos noticiários policiais vai ser investigada e não vai sofrer qualquer interferência por parte da minha pessoa".
Além de Sérgio Moro, Bolsonaro já anunciou os nomes de outros quatro ministros: o deputado Onyx Lorenzoni (Casa Civil), o economista Paulo Guedes (Economia), o general Augusto Heleno (Defesa) e o astronauta Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).


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