quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Regiões afastadas do Pará não conseguem preencher vagas dos cubanos no Mais Médicos

Regiões afastadas dos centros urbanos, como o Baixo Amazonas e a ilha do Marajó, tiveram número de inscrições bem abaixo do total. Cidades como Aveiro, Trairão, Curuá, Faro, Santa Cruz do Arari e Curralinho não tiveram preenchimento de vaga alguma

  
Foi anunciado pela coordenadora da Comissão Estadual do Programa Mais Médicos no Pará, Sônia Bahia, que 431 médicos sinalizaram, até a noite de segunda-feira (26), disposição para trabalhar em pelo menos um dos 122 municípios do estado. Isso representa cerca de 84% das vagas deixadas pelos profissionais vindo de Cuba.
No entanto, segundo a coordenadora, regiões afastadas dos centros urbanos, como o Baixo Amazonas e a ilha do Marajó, tiveram número de inscrições bem abaixo do total de vagas. No Baixo Amazonas, são 70 vagas e 55 inscritos; no Marajó, somente 15 se inscreveram para as 39 vagas.
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Nas cidades de Aveiro, Trairão, Curuá, Faro, Santa Cruz do Arari e Curralinho não tiveram preenchimento de vaga alguma, até então. Já as regiões Metropolitana, Carajás e Rio Caeté tiveram 100% de prenchimento.
Atualmente, o Mais Médicos no Pará conta com 537 médicos cubanos, dos 790 profissionais. O Programa está presente em 122 dos 144 municípios do estado, incluindo todos da região do arquipélago do Marajó. Das cidades contempladas com o programa, 69 delas contavam apenas com médicos cubanos, como é o caso de Melgaço, que possui o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil e que tinha as seis vagas destinadas ao município ocupadas por cubanos.
O índice de cubanos trabalhando na saúde pública no estado aumenta quando são observadas as áreas indígenas. Nos quatro Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) no Pará, 99,9% dos médicos que assistiam à população local eram de médicos cubanos. Com o novo edital, apenas quatro médicos se disponibilizaram em trabalhar nos Dseis.
“Nos preocupamos com essa situação, mas temos acompanhado o programa e estamos tentando apoiar os municípios. Pois, existem profissionais recém-formados, que muitas vezes ainda não têm cadastro no Conselho Regional de Medicina. Vamos tentar agilizar esse processo”, afirmou Sônia Bahia.
As inscrições vão até o dia 7 de dezembro pelo site http://maismedicos.gov.br/, que chegou a apresentar instabilidade nos primeiros dias de abertura para cadastramento.
Menos de 10% se apresentaram até agora
Apesar de Jair Bolsonaro ter colocado em seu Twitter que quase 100% das vagas do programa Mais Médicos haviam sido preenchidas por brasileiros, dados divulgados pelo Ministério da Saúde, nesta quarta-feira (28), divergem do militar. Somente 8,9% dos aprovados no novo edital do Mais Médicos se apresentaram para trabalhar nos postos de saúde.
Com informações do G1
Fonte: https://www.revistaforum.com.br/regioes-afastadas-do-para-nao-conseguem-preencher-vagas-dos-cubanos-no-mais-medicos/

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