O presidente
eleito, Jair Bolsonaro, defendeu hoje um rígido controle na entrada de
refugiados venezuelanos que chegam ao país. Ele afirmou que os venezuelanos
fogem de uma ditadura e que o Brasil não pode deixá-los à própria sorte. Como
medida para tentar resolver o problema, o presidente eleito sugeriu a criação
de campos de refugiados. “A criação de campos de refugiados, talvez, para
atender aos venezuelanos que fogem da ditadura de seu país”, disse durante
cerimônia militar no Rio de Janeiro.
Bolsonaro
disse que esteve em Roraima por duas vezes ao longo dos últimos quatro anos e
que o estado não vai conseguir resolver a situação sozinha. O presidente eleito
disse que faltou ao governo brasileiro se antecipar ao problema e defendeu um
controle migratório de venezuelano mais firme. “Porque do jeito que estão
fugindo da fome e da ditadura, tem gente também que nós não queremos no
Brasil”.
Devolução
de venezuelanos
Bolsonaro
mostrou-se contrário à proposta do governador eleito de Roraima, Antônio
Denarium (PSL), que cogita o fechamento da fronteira e defende a criação de um
programa de devolução de venezuelanos para o país de origem.
“Eles não
são mercadoria nem objeto para serem devolvidos. Se tivesse um governo
democrático há algum tempo, nós deveríamos tomar outras providências como, por
exemplo, excluir a Venezuela do MERCOSUL. A Venezuela não pode ser tratada como
país democrático”.
Médicos
cubanos
O presidente
eleito falou também sobre a saída dos médicos cubanos do Programa Mais Médicos.
Bolsonaro disse que o governo Temer já está realizando uma seleção para
contratação de novos médicos para ocupar as vagas deixadas pelos cubanos e já
tem um número suficiente para preencher as vagas.
“Nós não
podemos deixar as pessoas no Brasil num regime de semiescravidão, completamente
ao arrepio da lei federal. Qualquer um de fora que trabalhe aqui tem que ser
submetido às mesmas leis de vocês que estão aqui. Não pode confiscar salário,
não pode afastar famílias. Temos muitos cubanos e cubanas que tem famílias lá
em Cuba e já constituíram novas famílias aqui. Este projeto [Mais Médicos]
destruiu famílias e nós não podemos admitir isso”, avaliou.
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