PM é
condenado por matar estudante durante discussão em Belém
Alexandre
Cristiam Conceição Pereira, 21, foi morto em fevereiro de 2017. O militar
confessou o crime.
Por G1
PA — Belém
O policial
militar Joel Arnoud Sampaio, 27, foi condenado a doze anos de prisão em regime
fechado nesta quarta-feira (21) pela morte do estudante Alexandre Cristiam
Conceição Pereira, 21. Ao
ser preso, o militar confessou o crime, ocorrido em fevereiro de 2017
após uma discussão na av. Marques de Herval em Belém.
De acordo
com o inquérito policial, a vítima estava em um veículo com dois amigos quando se
encostaram ao capacete que estava no retrovisor da motocicleta do militar, nas
proximidades de um bar. Eles teriam parado o carro para ver se o objeto havia
arranhado, quando o policial se aproximou e a discussão começou.
O réu disse,
em depoimento, que só atirou porque Alexandre estaria muito alterado e teria
avançado de forma agressiva, com uma das mãos no bolso como se estivesse
armado.
Momentos
antes de morrer, ainda segundo o inquérito, a vítima teria dito que a moto
estava "no meio da rua". Alexandre foi atingido com um tiro no
pescoço. As testemunhas disseram que o policial teria dito "isso é para
ele respeitar a cara de do homem" e, em seguida, retornou ao bar.
Alexandre
foi socorrido e levado para um hospital de pronto atendimento, mas não
resistiu.
O PM se
apresentou na delegacia três dias depois, acompanhado de advogado para ser
encaminhado ao presídio Anastácio das Neves, em Santa Isabel do Pará, na região
metropolitana.
Julgamento
A promotoria
de justiça sustentou que o PM foi autor de homicídio simples. A tese foi
confirmada por testemunhas.
Segundo a
defesa, o réu agiu em legítima defesa putativa, quando o indivíduo reage contra
uma agressão que supõe ou imaginava que iria ocorrer. Uma testemunha de defesa
disse que ele agiu porque pensava que a vítima e os amigos estariam armados.
O Tribunal
de Justiça do Pará (TJPA) informou que a pena base aplicada de treze anos foi reduzida
em um ano devida o réu ter confessado a autoria do crime. O juiz Raimundo Flecha
determinou a prisão, negando o direito de apelar da condeção em liberdade.
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