Privatista,
Guimarães levou Jair Bolsonaro para giro com investidores no exterior em 2017.
Nome do
executivo, hoje sócio do banco Brasil Plural, foi indicado nesta quinta-feira
(22) pela equipe do presidente eleito.
Por Julia
Duailibi
O indicado
para ser o novo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães,
foi o anfitrião de Jair
Bolsonaro em um giro pelos Estados Unidos para conversas com
investidores estrangeiros. Os encontros se deram em outubro de 2017, em Boston.
Foram quatro reuniões articuladas por Guimarães com gestores de fundos
americanos, das quais também participaram os seus três filhos. Estava previsto
ainda um encontro com integrantes do mercado financeiro em Nova York, que
acabou cancelado.
Guimarães, um
dos sócios da Brasil Plural, foi um dos primeiros integrantes do mercado
financeiro a apostar na candidatura de Bolsonaro. Ele articulou a agenda de
reuniões, que tinha como objetivo tornar o nome do então pré-candidato à
Presidência mais palatável aos investidores. Segundo relatos dos encontros, a
ideia foi mostrar um presidenciável mais palatável às propostas do mercado financeiro,
ideias que passaram a ser defendido por Bolsonaro com a adesão do economista
Paulo Guedes à sua candidatura.
Desde então,
o banqueiro, que trabalhou no BTG e no Bozano – mas não à época de Paulo Guedes
–, colabora com Bolsonaro e tem participado das reuniões na equipe de
transição. Ele tem experiência em desestatização, atuou na venda do Banespa e
no IPO (ofertas iniciais de ações) da BB Seguridade, em 2013, quando ficou
próximo de Ivan Monteiro, atual presidente da Petrobras e que chegou a ser cotado
para presidente do Banco do Brasil.
O nome de
Guimarães foi questionado por aliados de longa data de Bolsonaro, que
divulgaram pelo Whatsapp mensagens vinculando Guimarães ao ex-presidente da OAS
e um dos réus da Lava-Jato, Leo Pinheiro, que é seu sogro.
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