terça-feira, 12 de novembro de 2019

Ações de BR Distribuidora, Embraer, Yduqs e Cosan caem após resultados do 3º tri; veja mais destaques

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta terça-feira (12)
 Em uma sessão negativa para o Ibovespa nesta terça-feira (12), os investidores repercutem principalmente a temporada de balanços. Yduqs (YDUQ3), Cosan (CSAN3), BR Distribuidora (BRDT3) e Embraer (EMBR3), que divulgaram seus números do trimestre, registram queda entre 2% e 4%, enquanto a Marfrig (MRFG3), que chegou a subir cerca de 4%, amenizou fortemente a alta.
Confira os destaques do noticiário corporativo:

Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11)

De acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo FOEX, houve um leve aumento no preço da celulose na China, enquanto ocorre deterioração contínua na Europa. Os preços de celulose de fibra longa subiram em US$ 1 a tonelada nesta semana na China, para US$ 459,70 a tonelada, enquanto os preços de fibra curta subiram US$ 2 a tonelada, para US$ 574.
Já na Europa, os preços de celulose de madeira caíram US$ 12 a tonelada, para US$ 688. “Na Europa, a demanda continua com uma tendência fraca, sugerindo que poderemos ver mais pressão descendente na região. Continuamos cautelosos com o setor, afirmam os analistas do Bradesco BBI.

BR Distribuidora (BRDT3)

A BR Distribuidora encerrou o terceiro trimestre de 2019 com lucro líquido de R$ 1,336 bilhão, o que representou uma alta de 23,9% sobre o mesmo período do ano passado. Em nove meses, o lucro da companhia soma R$ 2,115 bilhões, alta de 33,2%.
O Ebitda recuou 60,4% no trimestre e somou R$ 602 milhões. O Ebitda ajustado foi de R$ 771 milhões, alta de 22,1%, o que gerou uma margem de 2,4%, ante 3,2% no terceiro trimestre de 2018.
A receita líquida da companhia chegou a R$ 24,36 bilhões, uma redução de 7,9%, e o resultado financeiro passou de R$ 353 milhões no ano passado para R$ 1,579 bilhão no terceiro trimestre deste ano.
Segundo o Credit Suisse, o resultado da companhia mostrou um avanço considerável  frente o trimestre anterior, mas ficou abaixo das estimativas do mercado. O Ebitda (ex IFRS 16) de R$ 734 milhões ficou 9% abaixo da expectativa do banco, indicando uma margem de R$ 70 por metro cúbico, um avanço de R$ 20 por metro cúbico, puxado principalmente pelo varejo e B2B, enquanto aviação pesou negativamente. Já os ganhos não recorrentes de R$ 73 milhões ajudaram a impulsionar o Ebitda, indicando uma margem recorrente de R$ 63 o metro cúbico.

Eletrobras (ELET3;ELET6)

A Eletrobras registrou lucro líquido de R$ 716 milhões no terceiro trimestre de 2019, revertendo o prejuízo de R$ 2,26 bilhões observado no mesmo período de 2018. Considerando o resultado das operações continuadas, ou seja, sem contar o desempenho do segmento das empresas de distribuição, que foram vendidas, esses ganhos reverteram as perdas de R$ 1,248 bilhão. Em nove meses, a estatal elétrica apresentou um lucro líquido de R$ 7,624 bilhões, ante prejuízo líquido de R$ 404 milhões anotado de janeiro a setembro do ano passado.
A companhia destacou que o resultado foi influenciado pelo aumento da receita na Amazonas GT em R$ 469 milhões com o início de fornecimento do contrato de comercialização de energia da usina termoelétrica Mauá 3 e o recebimento de receita adicional por investimentos em melhorias nas hidrelétricas que operam sob o regime de cotas (GAG Melhoria), de R$ 250 milhões. A Eletrobras destacou, ainda, a redução de suas despesas operacionais recorrentes com pessoal, materiais, serviços de terceiros e outros (PMSO), em 17%.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia somou R$ 2,76 bilhões, montante 303% maior que o reportado em igual etapa de 2018. A margem Ebitda cresceu 28 pontos porcentuais, passando de 10% para 38%. De janeiro a setembro, no entanto, o indicador cresceu apenas 4,3%, para R$ 7,053 bilhões. A margem Ebitda acumulada baixou 1,7 p.p., para 35%.
Excluindo itens como os custos dos planos de Aposentadoria Extraordinário (PAE) e do de Demissão consensual (PDC), despesas com investigação independente e consultorias extraordinárias na holding, ajustes retroativos, provisões para contingência, contratos onerosos, impairment e provisão para perdas em investimentos, entre outros itens extraordinários, o Ebitda recorrente do terceiro trimestre somou R$ 3,962 bilhões, 23,6% acima dos R$ 3,205 bilhões de um ano antes. A margem Ebitda recorrente avançou 5,5 p.p. para 54%
Somente em provisões, incluindo valores relacionados a desligamento de funcionários, créditos de CCC (Conta de Consumo de Combustíveis) na Amazonas Energia e outras contingências, a Eletrobras anotou despesa superior a R$ 1 bilhão no trimestre. O montante é inferior, porém, aos R$ 2,58 bilhões reportados no terceiro trimestre de 2018.
A receita operacional líquida totalizou R$ 7,29 bilhões, montante 9,8% acima do verificado de julho a setembro de 2018. Considerando apenas as operações recorrentes, a expansão foi 11,% para R$ 7,354 bilhões.
A Eletrobras informou ainda que foram indeferidos, por sentença do juiz federal da 5ª vara civil do Distrito Federal, todos os pedidos promovidos por associações setoriais, em face da União e da Aneel, visando a suspensão dos efeitos sobre suas tarifas do pagamento dos créditos relativos aos ativos considerados não depreciados existentes em 31 de maio de 2000 (RBSE), devidos às concessionárias de transmissão que renovaram suas concessões, em 2013.
A Eletrobras registrou, em 30 de setembro de 2019, o montante de cerca R$ 5,9 bilhões a receber a título da parcela da RBSE, objeto da tutela antecipada cassada. Os pedidos foram realizados pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores Livres (ABRACE), pela Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro) e pela Associação Brasileira dos Produtores de Ferroligas e de Silício metálico (Abrafe).
Em relatório, o Bradesco BBI avalia que a decisão é claramente positiva à Eletrobras e, se considerado ao valor nominal, representaria um adicional de R$ 3,9 bilhões em VPL (após impostos) para a companhia, ou 7,4% do valor de mercado atual.
“No entanto, acreditamos que esse não seja o fim do litígio e a ABRACE provavelmente tentará restabelecer a liminar. Uma solução final para esse problema está em andamento há algum tempo, incluindo a substituição do Ke no cálculo da RBSE pelo setor WACC, mas isso ainda está pendente”, destacou.

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