Chamonzinho conclama deputados por uma CPI da Celpa no Pará
Correio de Carajás
P Durante discurso proferido na manhã da última terça-feira,
dia 19, no plenário da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Chamonzinho
(MDB) promoveu dura reflexão sobre os problemas envolvendo a concessionária de
energia Celpa. Ele conclamou os colegas deputados à criação urgente de uma
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Celpa naquele Poder Legislativo.
“Nós precisamos reagir a esses desmandos contra o povo do
Pará praticados pela Celpa. Nós não aguentamos mais uma pessoa que tem apenas a
geladeira em casa pagar conta de R$ 500. Quase todo o salário mínimo dessa
pessoa vai embora. E nós aqui nesta Casa ainda não tomamos uma atitude mais
ríspida, mais séria”, disse o parlamentar
Em um aparte, o também deputado Fábio Freitas lembrou a
Chamonzinho que na sexta-feira, dia 22, a Assembleia Legislativa promove uma
audiência pública das 8 ao meio-dia para tratar do problema da energia.
Chamonzinho destacou que na manhã desta terça-feira o
governador Helder Barbalho reunido em Brasília com o diretor-geral da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone da Nóbrega. Na pauta,
questões envolvendo os serviços de energia elétrica fornecidos no Pará e como a
Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon) pode entrar na
fiscalização tanto do serviço quanto das tarifas praticadas. O presidente da
Arcon, Eurípedes Reis da Cruz Filho, estava junto com Helder.
Segundo o deputado estadual, a intenção do Pará é de ver
reativado o convênio Arcon-Aneel para que a agência paraense volte a ter força
e autoridade para acompanhar de perto a atuação da Companhia Elétrica em todo o
Estado.
O medebista destacou, ainda, que na véspera, o promotor de
Justiça Hélio Rubens, da Comarca de Parauapebas, ingressou com mais uma ação
contra a Celpa por descumprimento de suas obrigações como concessionária. “A
gente continua refém do poderio e da quantidade de advogados que defendem a Rede
Celpa, e o povo órfão de alguém que os defenda”, queixou-s
O presidente da Arcon, Eurípedes Reis, acompanhando o
governador Helder, esteve reunido com o diretor-geral da Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone da Nóbrega. Na ocasião, Helder
defendeu que, ao contrário do que foi informado ao órgão regulador federal –
que o Pará é um dos estados com a melhor qualidade de energia do Brasil -, a
realidade vivenciada pelas famílias paraenses é bem diferente. E, neste sentido,
propôs que a Agência de Regulação e Controle de Serviços Púbicos do Estado do
Pará (Arcon) passe a fiscalizar o serviço prestado pela Equatorial Energia,
antiga Celpa.
Pepitone da Nóbrega reconheceu a alta carga de subsídios na
tarifa e explicou que isto se deve ao fato do país ter que acionar
termoelétricas, como forma de preservar seus reservatórios de água, uma vez que
os níveis seguem baixos, devido às chuvas escassas em diversas regiões do país.
“Acredito que temos que discutir a legitimidade desses subsídios serem
recolhidos pelo setor elétrico, considerando que eles são destinados a outros
setores da economia. Isto deve ser levado ao Congresso Nacional, pois em última
instância, vai constituir para a desoneração da tarifa de energia. É natural que
a população enseje qualidade e preços justos e nós estamos estreitando os laços
com a Agência de Regulação do Pará para resgatar a qualidade do serviço”,
afirmou.
Hoje, apesar de ser um dos maiores fornecedores de energia,
o Pará possui a terceira maior tarifa do Brasil. Isto se deve porque o modelo
vigente para a distribuição e aplicações de tarifas de energia no país, não
leva em conta o fato dos estados serem fornecedores de energia. “Nós temos uma
visão federativa, em que o governo federal identifica as demandas e a
necessidade de energia de cada Estado através das diversas distribuidoras, que
fornecem índices de qualidade. Estas, por sua vez, são escolhidas através de
Leilões (A-4 e A-6)”, explicou Pepitone.
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