sexta-feira, 2 de novembro de 2018


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Estudos mostram que há mais mortes de crianças por arma de fogo em Estados americanos com legislação flexível
Uma das pesquisas apresentadas em evento do American Academ. of Pediatrics mostra que, nos locais com leis menos restritivas, ocorrem proporcionalmente o dobro Todos os anos, 2.715 crianças morrem nos Estados Unidos em decorrência de armas de fogo. É a segunda maior causa de morte na faixa etária - atrás de acidentes e à frente da soma entre os casos de câncer e problemas cardíacos.
Estudos que devem ser apresentados neste mês em evento da American Academy of Pediatrics, em Orlando, Flórida, vão mostrar que os casos de morte de crianças pelo uso de armas de fogo - corrigidas discrepâncias populacionais, econômicas e sociais - ocorrem duas vezes mais em Estados com legislação mais flexível do que em Estados em que o porte de arma é mais restritivo.
"Nossa principal conclusão é que os Estados com uma legislação mais rígida sobre armas de fogo tiveram menos crianças que morreram por armas de fogo. E as leis que mantêm especificamente as armas fora do alcance crianças também resultaram em menos mortes em geral entre as crianças, principalmente suicídios", afirmou à BBC News Brasil a médica traumatologista Stephanie Chao, professora e pesquisadora do hospital infantil da Escola de Medicina de Stanford.
"Nossa pesquisa e pesquisas em geral mostram consistentemente que, quando as crianças têm mais acesso a armas de fogo, há taxas mais altas de lesões e morte", frisou.
"Ações e leis que mantêm as armas longe das crianças, particularmente dentro das casas, estão correlacionadas a menos mortes."
Três pesquisas que serão apresentadas no congresso pediátrico abordaram a questão das armas de fogo. Duas delas, complementares, partiram justamente da hipótese de que haveria uma variação entre o número de lesões infantis causadas por armas conforme as facilidades ou restrições de legislação - nos Estados Unidos, ao contrário do Brasil, são regras estaduais que definem a questão.
O tema da posse e do porte de arma vem sendo discutido nos dois países. Uma das propostas de campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), reforçada nos últimos dias, era revisar o Estatuto do Desarmamento para facilitar a compra de armamento pela população civil.
 
de mortes por causa de armas de fogo

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