quinta-feira, 1 de novembro de 2018


. Quatro adolescentes aprendidos em protesto em SP contra Bolsonaro são soltos
Eles estavam em ato que terminou em confronto com a polícia na última terça-feira (30). A liberdade deles só foi possível com o comparecimento dos pais ou responsáveis.
Por Glauco Araújo, G1 SP — São Paulo.

Os quatro adolescentes apreendidos após o protesto contra o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) em São Paulo na noite desta terça-feira (30) foram soltos na tarde desta quinta-feira (1º) da Fundação Casa no Brás, na região central da capital.
No dia do protesto, houve confronto entre manifestantes e policiais, e a liberdade dos adolescentes só foi possível com o comparecimento dos pais ou responsáveis.
A decisão é da Vara da Infância e Juventude. Os quatro jovens foram acusados de dano qualificado, desacato e incêndio. Eles foram apreendidos por policiais militares e levados ao 78º Distrito Policial, onde o caso foi registrado.
Um homem foi preso em flagrante, mas foi liberado nesta quarta-feira (31) após passar por audiência de custódia no Fórum da Barra Funda. Ele vai responder o processo criminal em liberdade provisória.
00h00min/00h41min Um homem foi preso em flagrante, mas foi liberado nesta quarta-feira (31) após passar por audiência de custódia no Fórum da Barra Funda. Ele vai responder o processo criminal em liberdade provisória.
Os adolescentes foram apresentados nesta quinta-feira na Vara Especial da Infância e Juventude do Brás e ouvidos pelo Ministério Público, que recomendou que respondesse em liberdade, o que foi aceito pelo juiz.
Segundo a advogada de defesa dos quatro detidos por depredação, Maira Pinheiro, dois dos menores foram feridos durante a abordagem. "Um deles foi atingido por uma bala de borracha, o outro teve escoriações no rosto após ter a cabeça pressionada contra o chão."
O grupo também foi acompanhado juridicamente pelos advogados do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente "Ezequiel Ramin", e por defensores públicos.
"Nesse caso, por estarem sendo acusados de crimes sem violência ou grave ameaça às pessoas, não cabe internação, e sim medidas socioeducativas em meio aberto, como liberdade assistida e prestação de serviços a comunidade. A criminalização e repressão às manifestações serão crescentes diante da atual conjuntura política nacional e estadual", disse Ariel de Castro Alves, coordenador da Comissão da Criança e do Adolescente do Condepe (Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo).


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