
Publicado em 22 de outubro de 2019
MARABÁ
Em Marabá, Helder “mima” Toni Cunha e deputado pode ser o
candidato a prefeito do governo em 2020
Deputados Chamonzinho e Dirceu Caten também estavam no
palanque, mas não receberam os afagos do governad O governo do Estado fez o
maior barulho em uma cerimônia de lançamento das obras de recuperação da
PA-150, entre Morada Nova e Goianésia. O evento, realizado no fim de tarde e
início de noite desta segunda-feira, 21, reuniu prefeitos da região, sete
deputados estaduais: Dr. Daniel (presidente da Alepa), Chicão, Caveira, Dra.
Heloísa Guimarães, Dirceu ten Caten, Chamonzinho, e o próprio Toni Cunha, além
de lideranças regionais.
Apenas os três deputados com vínculo com Marabá (Toni,
Chamonzinho e Dirceu) usaram a palavra, além do secretário Regional, João
Chamon e o secretário de Transportes, Antônio de Pádua.
Mas o discurso que mais acendeu o alerta dos grupos
políticos da cidade foi do próprio governador Helder Barbalho, que citou o nome
de Toni Cunha pelo menos 17 vezes ao longo dos 22 minutos em que usou a
palavra. Sempre “penso” para a esquerda, lado em que Toni estava sentado, o
governador começou a pavimentar o caminho para fortalecer o nome do delegado
licenciado da Polícia Federal na cidade nas eleições para prefeito em 2020.
A diferença de tratamento começou pelos cumprimentos. Citou
Toni Cunha como “deputado aqui de Marabá”; deputado Dircen ten Caten, também
com atuação aqui no município de Marabá; o deputado Chamonzinho, também aqui da
região”. O delegado, então, surgiu na boca do gestor estadual como único de
Marabá. Aliás, é preciso fazer uma justiça. Outro nome a quem Helder disse ser
de Marabá foi o secretário de Transportes, Antônio de Pádua, “que representa
Marabá no nosso governo”.
Depois vieram os atendimentos aos pedidos de Toni. Para
isso, citou que Cunha havia lhe cobrado a iluminação do trecho da rodovia
BR-222 entre Morada Nova e São Félix e que ele vai mandar fazer estudo para
avaliar o valor. Depois, Helder, mais sensível ainda aos pedidos do
delegado-deputado, disse que vai implantar uma delegacia para atender as
demandas dos dois grandes núcleos (Morada Nova e São Félix).
Toni havia articulado um grupo de moradores de Morada Nova
para “torcer” por ele na arquibancada do evento. E este mesmo grupo,
curiosamente, era quem questionava Helder, em tom de voz alto, pela ausência do
prefeito Tião Miranda na cerimônia.
O secretário Pádua também parecia alinhado com o governador
em citar, na ocasião, o nome de Toni. Disse que ele havia ido várias vezes em
seu gabinete cobrando as obras de restauração da PA-150.
Com a certeza de que não estará tão próximo de Tião Miranda
nas eleições do ano que vem, Helder Barbalho parece não ver outra saída a não
ser apoiar um candidato pretensamente forte para enfrentar o atual prefeito de
Marabá em 2020 e que possa apoiá-lo em sua tentativa de reeleição, em 2022.
As bajulações de Helder em direção a Toni vinham ocorrendo
de forma mais discreta em outros eventos públicos. Mas, para alguns políticos
de Marabá, esta foi a primeira vez que o governador exaltou tanto o deputado. A
tendência é que daqui para frente a coisa comece a ficar mais escancarada.
or
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