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Comissão do
Senado pode votar nesta quarta-feira proposta que visa suspender decreto das
arm Decreto foi editado
por Bolsonaro em maio e, desde então, tem gerado questionamentos na Justiça e
no Congresso. Parecer pela derrubada, se aprovado, terá de ser an A Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) do Senado se reunirá nesta quarta-feira (12) para decidir se aprova um
parecer favorável à suspensão do decreto do presidente Jair Bolsonaro que
alterou as regras de uso de armas e de munições, facilitando o porte.
Senadores
aliados de Bolsonaro dizem que o cenário na CCJ é "negativo" e, por
isso, avaliam que o governo pode ser derrotado. Se a comissão aprovar o parecer
pela derrubada, o texto ainda terá de ser analisado pelo plenário do Senado.
O direito ao
porte é a autorização para transportar a arma fora de casa. É diferente da
posse, que só permite manter a arma dentro de casa.
O decreto
foi assinado por Bolsonaro em 7 de maio. Desde então, tem gerado
questionamentos na Justiça e no Congresso Nacional. A Rede, por exemplo, pediu
ao Supremo Tribunal Federal para anular o decreto. O Ministério Público pediu à
Justiça Federal para suspender o ato de Bolsonaro. Ainda não houve decisão.
Na semana
passada, aliados de Bolsonaro na CCJ tentaram prolongar a discussão sobre o
tema e, como parte da estratégia, propuseram a realização de uma audiência
pública para debater o decreto. O pedido, no entanto, foi rejeitado por 16
votos a 4.
O relator
dos projetos que serão analisados, Marcos do Val (Cidadania-ES), defensor da
flexibilização das regras sobre armas, votou pela manutenção do decreto
presidencial.
No entanto,
senadores contrários ao decreto – Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), Fabiano
Contarato (Rede-ES) e Rogério Carvalho (PT-SE) – apresentaram votos pela
derrubada da medida.
alisado pelo
plenário. O relator dos
projetos que serão analisados, Marcos do Val (Cidadania-ES), defensor da
flexibilização das regras sobre armas, votou pela manutenção do decreto
presidencial.
No entanto,
senadores contrários ao decreto – Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), Fabiano
Contarato (Rede-ES) e Rogério Carvalho (PT-SE) – apresentaram votos pela
derrubada da medida. Cenário
negativo'
O líder do
PSL no Senado, Major Olimpio (SP), do partido de Bolsonaro, se diz favorável ao
decreto, mas acrescenta ver "dificuldade" para a proposta ter êxito
na votação desta quarta.
Olimpio
destaca que, na opinião dele, houve uma união entre
"desarmamentistas" e parlamentares que discordam da forma como o
governo tratou o assunto.
"Eu
pedi uma audiência pública para sentir a temperatura da comissão, e a comissão
me deu um cacete de 16 a 4. E eu não acredito que possa ser diferente em
relação à discussão [do conteúdo]", disse Olimpio.
"A
maioria da população brasileira é favorável ao conteúdo do decreto. Mas aí você
junta uma parcela [de senadores] que é contrária ao conteúdo e mais a
insatisfação do Legislativo que está sentindo a sua competência usurpada.
Então, nós temos esse duplo cenário negativo", completou.
O líder do
governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), disse que há uma sinalização, na
CCJ, de maioria contrária ao decreto porque o tema "sempre traz muita
polêmica" e, por isso, é preciso esperar a votação no plenário.
"Se o
decreto for derrubado [pelo Congresso], está derrubado. Aí, o governo vai
discutir a possibilidade de encaminhar através de projeto de lei ou vai rever
as normas que estão reguladas pelo decreto", disse.
O presidente
do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que, se a CCJ analisar o tema
nesta quarta, vai conversar com líderes partidários para ver se há entendimento
para analisar o tema também no plenário principal da Casa.
'Retrocesso'
Autor de um
dos relatórios contrários ao decreto, Fabiano Contarato (Rede-ES) classifica a
medida como um "retrocesso". "É a banalização da vida",
enfatiza.
"A
segurança pública é direito de todos e dever do Estado. Então, o Executivo, em
nome de uma medida populista, renuncia à sua tarefa e a transfere para a
população", disse Contarato.
Na avaliação
do parlamentar, o decreto pode aumentar o número de mortes por arma de fogo no
país. Cronologia
Relembre a
cronologia do caso:
7 de maio:
Bolsonaro edita o decreto sobre porte de armas;
8 de maio:
Rede aciona o STF e pede a anulação do decreto;
10 de maio:
Técnicos da Câmara dizem que decreto tem ilegalidades;
15 de maio:
Ministério Público aciona a Justiça Federal e pede suspensão do decreto;
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