domingo, 8 de dezembro de 2019


MC Bolhão, DJ Esculaxa, DJ CR7 e MC Sacana: quatro atrações dos bailes de Paraisópolis, que movimentam a economia da favela paulista Foto: Photographer: Patricia Stavis / Agência O Globo

Baile de Paraisópolis movimenta economia local, e comerciantes faturam até R$ 2 mil por noiteSÃO PAULO — As imagens escuras de vielas e becos estreitos, cenário da ação policial que terminou com a morte de nove jovens no domingo passado em Paraisópolis , não condizem com a realidade da Rua Ernest Samper, onde o baile funk ocorre há quase dez anos. O “palco” da festa — área de um quilômetro quadrado no meio da favela — tem vida própria mesmo quando não há eventos.
A região tem ofertas de todo tipo de serviço, que acabam fomentando a economia local. De lojas de frango a serviços de autobronzeamento, a favela tem sua lógica econômica. Mas é no sábado que predomina uma das principais matérias-primas do faturamento da região: a música, especificamente, o funk.
De acordo com comerciantes, o faturamento na noite do baile chega a R$ 2 mil, o dobro do que eles conseguem em toda semana. A divulgação da festa pela internet aumentou o público e a concorrência.
Vans e ônibus chegam de outras cidades. Os “boys”, moradores do Morumbi, o bairro nobre ao lado de Paraisópolis, também fazem visitas. Muitos deles ficam no “camarote”, como são chamadas as lajes onde rola uísque e outras bebidas. O preço varia.

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