
Baile de Paraisópolis movimenta economia local, e
comerciantes faturam até R$ 2 mil por noiteSÃO PAULO — As imagens escuras de
vielas e becos estreitos, cenário da ação policial que terminou com a morte de
nove jovens no domingo passado em Paraisópolis , não condizem com a realidade
da Rua Ernest Samper, onde o baile funk ocorre há quase dez anos. O “palco” da
festa — área de um quilômetro quadrado no meio da favela — tem vida própria
mesmo quando não há eventos.
A região tem ofertas de todo tipo de serviço, que acabam
fomentando a economia local. De lojas de frango a serviços de autobronzeamento,
a favela tem sua lógica econômica. Mas é no sábado que predomina uma das
principais matérias-primas do faturamento da região: a música, especificamente,
o funk.
De acordo com comerciantes, o faturamento na noite do baile
chega a R$ 2 mil, o dobro do que eles conseguem em toda semana. A divulgação da
festa pela internet aumentou o público e a concorrência.
Vans e ônibus chegam de outras cidades. Os “boys”, moradores
do Morumbi, o bairro nobre ao lado de Paraisópolis, também fazem visitas.
Muitos deles ficam no “camarote”, como são chamadas as lajes onde rola uísque e
outras bebidas. O preço varia.
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