Médica é
a primeira vítima identificada do desastre na barragem da Vale
- Yahoo Notícias
- Publicado em: 26/01/2019
Foi
identificada a primeira vítima que morreu em decorrência do rompimento de
barragem da mineradora Vale em Brumadinho (MG). Marcelle Porto Cangussu era
médica e trabalhava na empresa desde 2016.
Procurada
pelo portal G1, a família de Marcelle disse que estava no Instituto Médico
Legal de Belo Horizonte cuidando dos trâmites burocráticos para liberação do
corpo e não quis dar mais detalheO corpo de bombeiros informou que ao menos
nove pessoas morreram após a tragédia em Minas Gerais. Ainda segundo a
corporação, são mais de 300 desaparecidos.
A Vale, no
entanto, divulgou uma lista com os trabalhadores da empresa que estão
desaparecidos. São 413 nomes , dos quais 90 são terceirizados, de acordo com
informações da própria empresa às 9h (Brasília). Por conta da alta demanda, o
site brasileiro da empresa apresentava difícil acesso e estava bastante
instável.
O governador
de Minas Gerais, Romeu Zema, que estava no helicóptero com Bolsonaro, disse que
mantém a esperança de encontrar sobreviventes após o rompimento da barragem da
mineradora Vale em Brumadinho. “Vamos fazer o possível e o impossível para
isso”, destacou, por meio de seu perfil na rede social Twitter.
Justiça
bloqueia R$ 1 bilhão da Vale
O juiz de
plantão da Vara de fazenda Pública de Belo Horizonte , Renan Carreira de
Machado, determinou no final da noite da sexta-feira (25) o bloqueio de R$ 1
bilhão nas contas da mineradora Vale. O valor será bloqueado em virtude do
rompimento da barragem em Brumadinho.
A decisão
ocorre em tutela de urgência e em resposta a uma ação do governo do Estado de
Minas Gerais, que havia acionado a Vale pedindo que a mesma fosse
responsabilizada pelo desastre ambiental que, até o momento, causou nove mortes
e tem mais de 300 pessoas desaparecidas.
“Evidenciado
o dano ambiental, na espécie agravado pelas vítimas humanas, em número ainda
indefinido, cabe registrar que a responsabilidade da Vale S/A é objetiva, nos
termos do art. 225, §§2º e 3º, da Constituição da República”, registrou o juiz.
O Magistrado
deferiu o pedido feito pelo governo de Minas por “indisponibilidade e bloqueio
de R$1.000.000,00 (um bilhão de reais) da Vale S/A ou de qualquer de suas
filiais indicadas […] com imediata transferência para uma conta judicial a ser
aberta especificamente para esse fim, com movimentação a ser definida pelo
juízo competente pelo Estado de Minas Gerais”.
O Juiz ainda
fez uma série de outras determinações para a Vale. São elas impedir que os
rejeitos contaminem as fontes de nascente e captação de água; ter total
cooperação com Poder Público no resgate e amparo às vítimas, tendo de
apresentar em 48h o relatório pormenorizado das medidas adotadas; iniciar a
remoção do volume de lama lançado com o rompimento, informando semanalmente ao
Juízo e às autoridades competentes as atividades realizadas e os resultados
obtidos; por fim, realizar o mapeamento dos diferentes potenciais de
resiliência da área atingida.
A empresa
disponibilizou também atendimento telefônico à população, assim como ações de
uma equipe de assistentes sociais e psicólogos para atendimento dos atingidos e
de seus familiares. Os números para contato são: 0800 285 7000 (Alô Ferrovia –
prioritário) e 0800 821 5000 (Ouvidoria da Vale).
O presidente
Jair Bolsonaro sobrevoou a área atingida pelo desastre na manhã deste sábado e
montou um gabinete de crise para trabalhar no evento.s
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