/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/J/I/WJrKjeSdAwJ6XMpEs83A/frame-02-33-10.795-1-.jpg)
'Vocês não devem lealdade a quem queima comida', diz Juan
Guaidó a militares da Venezuela.
Autoproclamado presidente interino da Venezuela disse que o
mundo viu 'a pior cara da Venezuela' neste sábado e pediu ajuda à comunidade
internacional 'para assegurar a liO autoproclamado presidente interino da
Venezuela, Juan Guaidó, insistiu que os militares venezuelanos deixem de
obedecer ao regime de Nicolás Maduro. "Vocês não devem lealdade a quem
queima comida na frente de famintos", afirmou o líder oposicionista em
discurso em Cúcuta (Colômbia) neste sábado (23).
"[Os militares] não devem nenhum tipo de obediência a
quem, com sadismo, decide que não entre ajuda humanitária para o país",
afirmou Guaidó, que é presidente do Parlamento venezuelano.
O opositor de Maduro também anunciou que participará na
segunda-feira (26) da reunião do Grupo de Lima, em Bogotá, "para discutir
possíveis ações diplomáticas" contra Maduro. O grupo reúne 13 países,
inclusive o Brasil, que não reconhecem o governo de Maduro.
O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, e o ministro
das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, representarão o país no encontro. Os
outros países do Grupo de Lima são: Argentina, Canadá, Colômbia, Costa Rica,
Chile, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru.
Berdade do nosso país'. Mais tarde, o presidente do
Parlamento escreveu no Twitter que "os eventos de hoje me forçam a tomar
uma decisão: a formalmente propor à comunidade internacional que nós precisamos
ter todas as opções em aberto para assegSegundo o líder da oposição, o regime
de Maduro "celebra um massacre da nossa gente, em que hospitais
venezuelanos não recebem ajuda". "Celebram a morte de mais
venezuelanos", acusou Guiado.
"Perguntem para seus familiares se precisamos de comida
e de remédio. Perguntem. Ele [Maduro] é o assassino", afirmou.
O autodeclarado presidente interino também pediu esforços
para "conseguir liberdade para a Venezuela". "Pedimos que
mantenham todas as cartas na mesa".
"““ “““ Hoje o mundo viu a pior cara da Venezuela”.”
urar a liberdade do nosso país, que luta e continuará lutando”.Minutos antes, o
presidente da Colômbia, Iván Duque, afirmou que o regime de Maduro teve neste
sábado "a sua derrota moral".
"A ditadura venezuelana pode apelar para violência para
evitar ajuda, mas teve hoje sua derrota moral, sua derrota diplomática",
afirmou.
O presidente colombiano foi um dos primeiros a reconhecer
Guaidó como presidente interino da Venezuela. No discurso desta noite, Duque
disse pediu que "o mundo diga 'basta!' à ditadura venezuelana.
"O mundo pode ver como hoje queimaram alimentos e
medicamentos, que foram incinerados e que poderiam, seguramente, ter salvado
vidas na Venezuela", disse o presidente da Colômbia. O secretário de
Estado americano, Mike Pompeo, condenou a violência do governo Maduro e
prometeu "tomar medidas" para apoiar a democracia no país. "Os
Estados Unidos condenam os ataques a civis na Venezuela, realizados pelos
assassinos de Maduro", escreveu Pompeo no Twitter.
"Os Estados Unidos tomarão medidas contra aqueles que
se opõem ao restabelecimento pacífico da democracia na Venezuela. Agora é o
momento de agir para apoiar as necessidades do desesperado povo
venezuelano", afirmou o chanceler americano.
O governo brasileiro condenou "os atos de violência
perpetrados pelo regime ilegítimo do ditador Nicolás Maduro", chamou o
governo de Maduro de "criminoso" e apelou à comunidade internacional
para "somarem-se ao esforço de libertação da Venezuela".
"O uso da força contra o povo venezuelano, que anseia
por receber a ajuda humanitária internacional, caracteriza, de forma
definitiva, o caráter criminoso do regime Maduro", afirma nota divulgada
pelo Itamaraty na madrugada deste domingo.
O governo brasileiro diz que os ataques são "um brutal
atentado aos direitos humanos" e que "nenhuma nação pode
calar-se". "O Brasil apela à comunidade internacional, sobretudo aos
países que ainda não reconheceram o Presidente encarregado Juan Guaidó, a
somarem-se ao esforço de libertação da Venezuela", afirma o governo brasileiro.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro,
afirmou que "a comunidade internacional deve ser dura, atendendo aos dAlmagro
chamou o governo de Maduro de "usurpador" e que as ações que
impediram entrada de ajuda humanitária à Venezuela são
"inadmissíveis".
"Matar pessoas que levavam alimentos e remédios é uma
baixeza ética. É um regime que comemora a vitória por assassinar seu
povo", repudiou Almagro.
Resumo dos confrontos sábado (23)
As fronteiras da Venezuela com o Brasil e a Colômbia
amanheceram fechadas, conforme prometido por Maduro
Caminhonetes saíram de Boa Vista e foram até a fronteira com
a Venezuela com ajuda humanitária, mas voltaram para o lado brasileiro no fim
do dia
Venezuelanos protestaram e atacaram uma base do exército
venezuelano
3 pessoas morreram e ao menos 15 ficaram feridas em Santa
Elena, cidade venezuelana a 15 km da fronteira com o Brasil
Na fronteira com a Colômbia, 2 caminhões com ajuda
humanitária foram incendiados
Confrontos na fronteira com a Colômbia deixaram 285 feridos
e 37 pessoas hospitalizadas, segundo o governo colombiano
Mais de 60 militares venezuelanos abandonaram os postos e
pediram asilo, ainda de acordo com o governo colombiano
Maduro afirmou em discurso que não é mendigo e que está
disposto a comprar toda comida que o Brasil quiser vender e rompeu relações
diplomáticas com Colômbia
Guaidó voltou a apelar a militares para que eles retireitos
interamericanos e ao direito internacional".
Nenhum comentário:
Postar um comentário