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Polícia de Mogi das Cruzes prende suspeito de criar cobras
ilegalmente e usá-las para atacar animais em vídeos para internet
Segundo investigadores, vídeos tinham mais de três milhões
de visualizações em uma rede social. Três cobras foram A Polícia Civil de Mogi
das Cruzes prendeu um homem suspeito de criar cobras ilegalmente e usá-las para
atacar outros animais em vídeos para a internet. Ao todo, três espécies
venenosas, incluindo uma rara na região do Alto Tietê, foram apreendidas.
A investigação durou cerca de 20 dias e o suspeito foi
localizado no apartamento onde mora, no bairro do Rodeio. Segundo a Polícia, o
homem criava os animais há cerca de quatro anos, tem mais de três milhões de
visualizações nas redes sociais e é conhecido em todo o país.
"Nós recebemos uma denúncia através da DEPA, que é uma
delegacia na internet que a população denuncia maus-tratos aos animais. Ele
postava vídeo de uma das cascavéis atacando um porquinho-da-índia de uma forma
cruel. [A cobra] mordendo e ele agonizando até a morte", descreve o chefe
dos investigadores do 1º Distrito Policial, Luís Roberto Burg de Mello.
No local os policiais encontraram duas cobras da espécie
cascavel e uma urutu, para qual não existe soro antiofídico na cidade. Mello
diz, ainda, que o homem tentou resistir à prisão e que se negou a entregar uma das
serpentes.
"No primeiro momento ele resistiu um pouquinho,
escondeu uma das cobras em uma gaveta, não queria fornecer a urutu, mas depois
acabou entregando. [Agora] vai ser conduzido ao 1º DP de Mogi das Cruzes para o
delegado tomar as medidas e colocar ele na legislação vigente", completa. O
veterinário Jefferson Renan de Araújo Leite, da Divisão de Zoonoses, participou
do resgate. Segundo o especialista, a urutu, rara no Alto Tietê, é mais comum
no interior de São Paulo e em áreas de serrado. Ele afirma que as três são
venenosas e que podem provocar diferentes danos ao ser humano.
“Além de ser crime manter esses animais dentro de casa, há
um risco grande de um acidente gravíssimo. Pode, inclusive, levar a óbito. Esse
tipo de comportamento não é adequado. A gente não deve estar manuseando esse
tipo de animal da forma como ela era manuseada”, informa.
Leitte afirma que as cobras apresentavam comportamento
tranquilo e que estão acostumadas ao manejo. Ele destaca ainda que o suspeito
também cometeu um crime com relação à alimentação delas, pois usava animais
vivos e de forma cruel.
"Existem pessoas que têm cobras legalizadas, têm
serpentes legalizadas, e que alimentam com roedores, mas aí é alimento morto,
roedores congelados ou outros animais. Ele estava fazendo um crime
ambiental", declara.
As cobras serão recolhidas ao Centro de Controle de Zoonoses
(CCZ) e, posteriormente, encaminhadas ao Instituto Butantã em São Paulo. Crimes
contra os animais podem ser denunciados pelo site da Delegacia Eletrônica da
Polícia Civil.
apreendidas no
apartamento do suspeito.
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