quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Sirene de barragem com 2 milhões de metros cúbicos de rejeito terá teste mensal

O procedimento é para verificar equipamento e os moradores não precisam se deslocar para os pontos de encontro
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    Barragem do Gregório tem rejeitos de minério de ferro e fica localizada em Corumbá. (Foto: Edemir Rodrigues)Barragem do Gregório tem rejeitos de minério de ferro e fica localizada em Corumbá. (Foto: Edemir Rodrigues)
    O sistema de sirene da Barragem do Gregório, na Mina Santa Cruz, em Corumbá, terá teste mensal. Anunciada pela Vale, a medida preventiva é para conferir a eficiência do dispositivo e fazer ajustes, caso necessário. Para não alarmar os moradores, será tocada uma música instrumental com volume baixo e duração aproximada de cinco minutos.
    “A Vale vem atendendo todas as normas de segurança e envolvendo mais a população, que precisa entender o processo da barragem e suas consequências e ser permanentemente informada das ações. Isso garante uma sensação de segurança e mantém a total transparência dos procedimentos”, afirmou o chefe da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, tenente-coronel Fábio Catarinelli.
    Em agosto do ano passado, houve simulação de acidente na barragem de rejeitos e os órgãos de fiscalização apontaram a necessidade de maior engajamento das 199 pessoas que moram no entorno.
    Considerada de dano alto, a barragem Gregório está em operação há 28 anos em Corumbá, região do Pantanal, e fica a 40 km do centro urbano. A capacidade é para nove milhões de metros cúbicos de rejeitos. Segundo a Vale, ela foi redimensionada e opera com dois milhões de metros cúbicos.
    Em caso de rompimento, a lama percorrerá 12,7 km até a BR-262. Na rota de inundação, existem três balneários particulares abertos ao público. A licença da barragem foi renovada em setembro de 2019.
    Em Brumadinho (Minas Gerais), a capacidade da estrutura que se rompeu em janeiro de 2019 era de 12,7 milhões de metros cúbicos. A tragédia matou 270 pessoas.

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