quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020


Policiais continuam paralisados e amotinados em batalhões no Ceará — Foto: Camila Lima/SVMPoliciais continuam paralisados e amotinados em batalhões no Ceará — Foto: Camila Lima/SVMPoliciais continuam paralisados e amotinados em batalhões no Ceará — Foto: Camila Lima/SVM
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Representantes dos três poderes e da OAB começam a negociar com policiais no Ceará
O Ceará chegou nesta quinta-feira (26) ao 10º dia seguido de paralisação de parte da Polícia Militar com três batalhões e uma base policial ainda fechados. Para tentar solucionar o motim, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE), Erinaldo Dantas, solicitou ao representante dos PMs amotinados uma lista de reivindicações para que seja apresentada ao governo do Ceará.
Nesta quarta-feira (26), o governo cearense pediu ao Governo Federal a prorrogação da permanência de militares do Exército no estado. O prazo inicial se encerra na sexta-feira (28).
Os representantes dos três poderes e da OAB começaram a negociar com os policiais militares após a formação de uma comissão. O grupo realizou a primeira reunião oficial para traçar estratégias de conciliação e depois se dirigiu a um dos batalhões ocupados nesta quarta.
A comissão é composta pelos seguintes membros:
  • Poder Executivo - Procurador-Geral do Estado, Juvêncio Viana
  • Poder Judiciário - Corregedor-Geral Desembargador Teodoro Silva Santos
  • Poder Legislativo - Deputado estadual Evandro Leitão (PDT)
Funcionam como observadores as seguintes autoridades:
  • Ministério Público - procurador-geral de Justiça, Manuel Pinheiro
  • Exército - Coronel Marcos Cesário
  • OAB - Erinaldo Dantas (presidente do órgão)
Os policiais militares escolheram como intermediador um coronel reformado do Exército, que é advogado de associações militares.
“Quando os ânimos se acalmarem, aí nós falaremos como é que pode ser negociada a situação dos policiais, como pode ser negociado esse dilema em que se entrou”, disse o coronel Walmir Medeiros.
Desde o início do movimento, o estado registrou 195 homicídios. O número representa um aumento de 57% em relação aos casos registrados durante a última paralisação de PMs no Ceará, em 2012. O movimento daquele ano durou sete dias (de 29 de dezembro de 2011 e 4 de janeiro de 2012), um a menos que o atual, e teve 124 assassinatos.


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