Sem quórum, CCJ da Câmara adia reunião sobre PEC da prisão
em 2ª instância.
O presidente da CCJ, deputado Felipe Franceschini (PSL-PR),
reconheceu dificuldade em alcançar a quarada para 14h, a primeira reunião da
Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ) dessa semana, marcada para
esta segunda (11/11), dia atípico para a Câmara, ainda não tem quórum para
começar. A quantidade mínima de parlamentares é 34. Às 14h, horário marcado
para o início, apenas dois deputados estavam registrados. Uma hora depois, 13
deputados registraram presença. E às 15h33, 17. antidade mínima de
parlamentares na comissão neO principal motivo da reunião é a votação da
proposta de emenda à Constituição (Pec) da prisão após julgamento em segunda
instância. O presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR) marcou a data na
última sexta, após a decisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal, que se
manifestaram contrários à prisão antes do término do trânsito. Em julgado. Por
conta da reunião dos Brics, a semana será mais curta no Congresso, o que
poderia ser usado como justificativa para antecipar o encontro. Mas
Francischini tenta avançar com a Pec a toque de caixa há semanas.
Os partidos de oposição são contrários à Pec. Mas, ainda não
é possível saber como se posicionarão os partidos de centro. A 3a presidente da
CCJ, Caroline de Toni (PSL-SC), já avisou que, apesar da expectativa de
Francischini, de votar o tema na segunda, a matéria só deverá ser apreciada na
terça (12/11). “A oposição pediu inversão da pauta. Não é o primeiro item. A
oposição fará obstrução de várias horas. Por isso é interessante que a gente
aguarde ter quórum para começar. Esperar os 34”, afirmou por volta de 14h50.
“Acredito que vamos começar hoje a discussão. Mas acho que não se encerra hoje
a discussão. Muitas pessoas estão inscritas e teremos que vencer a obstrução.
Mas, acredito que amanhã, no máximo, a gente possa entrar na votação.
Conhecendo a prática da casa”, acrescentou.
“O que está em jogo é a segurança jurídica, a estabilidade
do país. Nós vimos manifestações, não só nas ruas, mas também nas redes
sociais, do clamor popular. O povo não aguenta mais a impunidade. A prisão em
segunda instância é tão importante quanto as reformas que aconteceram no país.
Essa mudança de entendimento do supremo contraria a própria essência e história
do direito penal mundial. De toda a história dos países signatários da ONU, o
Brasil é o único no mundo que inovou nesse sentido. Democracias sólidas em todo
o mundo mantém entendimento que após a condenação em segunda instância a pessoa
já começa o cumprimento da pena”, criticou a pesselista.
Para Caroline de Toni, seria possível uma mudança baseada
apenas no Código de Processo Penal. “A cláusula da presunção da inocência,
inciso 57 do artigo 5o da Constituição, se refere ao momento em que a pessoa
era inscrita no rol dos culpados, no trânsito em julgado. Então, isso é uma
tradição do direito. O momento em que a sentença é relatada, gera efeitos que
são acerca da discussão da culpabilidade. É ilógico que a pessoa tenha que
aguardar o recurso nos tibunais superiores para poder começar a cumprir a pena.
Menos de 10% das sentenças são reformadas no STJ e menos de 1,5% no STF. Não
entendemos a posição do Supremo e vamos tentar, de nossa parte, consolidar esse
entendimento”, afirmou.
“Não precisaria se mudar o inciso 57, mas na comissão
especial, no inciso 61 que fala das modalidades de prisão. Não precisamos tocar
no princípio da presunção de inocência. A gente pode encontrar a melhor forma
de fazer essa adequação. Na minha opinião, nem precisaria ser mediante PEC. No
próprio pacote anticrime do ministro Moro já tinha essa previsão. Bastaria
alterar o artigo 283 do CCP para termos a consolidação do entendimento”, opinou
a parlamentar.
Existe um movimento na Câmara para cruzar os
braços para outras propostas até a votação da Pec. “Isso não esgota as
possibilidades. A discussão não esgota. O Senado também vai pautar o tema e
nós, enquanto representantes do povo, vamos tentar apresentar essa matéria da
melhor forma possível, seja mediante mudança na constituição ou na lei
processual. Acredito que, diante do clamor popular, temos vários partidos
mobilizados, até em orientar nas próximas votações da casa, obstrução, até que
seja aprovada a Pec. O clamor das ruas está sendo ouvido e nada mais justo. S“A
oposição é totalmente contrária, mas os partidos de Centro, não dá pra falar em
nome dos partidos. Cada deputado, conforme a bancada, converso com vários, e
depende do deputado, ele tem opinião pessoal. Tem gente também que tem processo
e pode ser contrária. Mas, eu acredito que teríamos maioria para aprovar. “Normalmente
quem tem processo analisa sob o ponto de vista pessoal, o que é direito de cada
um também”, criticou. “Olmos os representantes do povo”, disse. sesta segunda
(11/1
Nenhum comentário:
Postar um comentário