Ordem de reintegração de posse de
cinco lotes foi cumprida nessa terça-feira (11), iniciando no período da manhã
e concluído a tarde, no Bairro Cidade Jardim.
A Buriti Empreendimentos Imobiliários ganhou na
justiça o direito aos imóveis por falta de pagamento das parcelas restantes por
parte dos moradores. A população ficou revoltada e a polícia teve que ser
chamada.
Um dos moradores não estava no imóvel
no momento da chegada do Procurador de Justiça e
teve sua casa aberta com a ajuda de um chaveiro para a retirada dos pertences
do mesmo. O caminhão de mudança estava na porta e os móveis foram retirados e
levados para o Alojamento da Buriti. A cena
revoltou muitos populares que estavam no local. A Polícia Militar foi chamada e acompanhou a ação.
O vereador Rafael Brito esteve no local e tentou contornar a
situação, mas não obteve êxito. Rafael disse que irá propor uma comissão
na Câmara Municipal de Parauapebas para acompanhar a
situação. “Precisamos criar essa comissão para ter um embasamento jurídico, ter
uma equipe técnica para que possamos entender essa situação. Esses juros
abusivos onde um cidadão compra um lote por trinta mil, pagou vinte e oito mil
e deve quarenta mil. Não consigo entender. Começou pagando duzentos reais e
agora tá pagando quatro mil reais.”, afirmou Rafael.
Na Sessão Legislativa dessa
terça-feira, o vereador Marcelo Parceirinho tomou
conhecimento da ação e também criticou a o despejo das famílias. “Me chegou a
informação agora a pouco de que, neste momento, está acontecendo no Cidade
Jardim, o despejo de uma família que não deu conta de pagar o terreno. Uma
família foi expulsa por causa desse juros absurdos que estão sendo cobradas por
essas empresas de loteamento. E o poder público, tanto prefeito, o executivo e
essa casa tinha que ter alguma forma de interferir neste processo de expulsão
das pessoas que já, até, pagaram o até terreno que vale. Hoje se você for
comprar um terreno, custa R$ 40 mil reais, tem gente que já pagou 80 mil e
ainda está devendo cinquenta mil, cem… tem que pagar o terreno três, quatro,
cinco vezes. É de cortar o coração. Pra onde é que aquela família vai?”,
questionou Marcelo.
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