Depois de 45 anos, pai e filha se reencontram em Parauapebas
Redação do Portal Pebinha de Açúcar
Publicado e Em 1975 o senhor Adalto se separou da mulher e
veio para o sudeste do Pará em busca de trabalho
Hoje, com 76 anos de idade, o senhor Adalto Soares de Sousa
reencontrou a filha mais velha, graças a ajuda de uma amiga que postou nas
redes sociais a foto dele contando a história de vida desse senhorzinho.
Segundo Adalto, quando chegou na região, Parauapebas era apenas uma fazenda.
“Quando vim para aqui, em busca de emprego, eu me separei da
mãe dos meus filhos, pois ela brigava muito comigo e esta minha filha tinha
apenas dois anos, aqui em Parauapebas era uma fazenda, eu tomava banho e
pescava neste igarapé que passa aqui perto, o igarapé Ilha do Coco, e tinha um
curral aqui perto”, explica o senhor apontando para Rua Rio de Janeiro, no
Bairro Rio Verde.m: 23/10/2020 Dona Joanes Santos conheceu o bom velhinho lá no
Garimpo das Pedras, e logo fizeram amizade, e segundo ela, sempre ele ficava
triste quando ela ia no local com os filhos.
“Um dia perguntei porque sempre ficava triste quando eu
vinha com meus filhos, aí ele me contou que há 45 anos ele não via os filhos e
perdeu o contato, e que ele não queria morrer sem reencontrar os três filhos”,
relata a dona de casa, toda emocionada.
Logo, Joanes anotou em um caderno toda a história do senhor
Adalto, como nome e sobrenome de toda a família e de outras pessoas que ele se
lembrava do município de Portel, na Ilha do Marajó.
“Com todas as informações, cheguei em casa e escrevi tudo
que tinha anotado, coloquei uma foto e publiquei no meu Facebook. Algumas
pessoas compartilharam minha publicação, mas nada relevante, e uma amiga de
Belém, Deise, me pediu que mandasse todas as informações que eu tinha colocado
no meu face, porque ela tinha algumas amigas de Portel. E não é que ela
encaminhou para a amiga e acharam a filha mais velha em menos de uma semana”,
conta dona Joanes, toda orgulhosa pela conquista.
Então, a filha que trabalha como sacoleira lá no Marajó,
entrou em contato e arrumou as malas para vir buscar o pai, que ela não tinha
notícias desde criança.
“Quando vi todas as informações e a foto, eu sabia que era
meu pai, ele saiu de casa com 31 anos e nunca mais vi ele, as pessoas lá onde
eu moro falavam: seu pai já morreu, e no meu coração algo me dizia que não, que
ele estava vivo, e que um dia eu iria me encontrar com ele”, enfocou dona Maria
de Nazaré Soares, já em prantos. Mas dona Joanes não teve tempo de contar para
Adauto que encontrou uma pessoa que aparentemente era a filha dele, mas o
senhor de 76 anos contou algo que ele considera um aviso de Deus.
“Eu estava no Garimpo das Pedras e de noite eu sonhei que
alguém me falava, vai para Parauapebas na casa da Joanes que alguém está te
esperando. No outro dia arrumei minhas coisas e vim para a cidade, e quando
cheguei, meu coração quase parou quando vi aquela mulher parada na sala, eu
sabia que era minha filha Maria de Nazaré”, conta Adalto secando as lágrimas
que escorria pelo rosto todo enrugado. Pai e filha puderam dar um abraço
apertado que estava guardado nos sonhos por 45 anos e o simpático senhorzinho
agora vai para Portel, reencontrar os outros 2 filhos, amigos e parentes que
ainda vivem por lá.
“Por muitos anos eu trabalhei para juntar dinheiro para
voltar para minha cidade, mas sempre quando estava com algo guardado algo
acontecia, na última vez que pensei em ir, meu dinheiro foi roubado, aí pensei:
vou parar de sonhar em voltar para Portel e ver minha família, pois sempre
acontece algo que não consigo ir, e agora estou aqui com minha filha do meu
lado”, disse Adalto, querendo contar para filha que nunca desistiu deles. Filha
e Pai já pegaram o ônibus para a capital paraense, depois vão pegar um barco
para seguir viagem para Portel, e logo vamos saber como foi a recepção da
cidadezinha de mais de 50 mil habitantes do homem que por 45 anos ficou perdido
da família, trabalhando nas fazendas da região, na “Capital do Minério”.
Reportagem: Adersen Arantes | Portal Pebinha d
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