quinta-feira, 28 de março de 2019



Secretaria de Saúde apresenta situação epidemiológica para leishmaniose
Francesco Costa | Portal Pebinha de Açúcar 
Publicado em: 28/0 Levando-se em consideração o elevado número de casos de leishmaniose em humanos no início de 2018, a direção de Vigilância em Saúde, representada pelas coordenações de Vigilância Ambiental e Vigilância Epidemiológica, em parceria com as seguintes secretarias municipais: Urbanismo (SEMURB)Obras (SEMOB)Educação (SEMED)Produção Rural (SEMPROR)Meio Ambiente (SEMMA) e Assessoria de Comunicação (ASCOM), deram início ao Mutirão de Combate à Leishmaniose como medida de controle da doença no município de Parauapebas.
O mutirão teve a contribuição de aproximadamente 150 pessoas, entre elas Agentes de Combate às Endemias (ACE), Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Agentes de Educação Ambiental, Agentes de Serviços Gerais, médicos veterinários, além de líderes de bairros e Ongs protetoras de animais, desenvolvendo as seguintes ações: Palestras abordando a forma de prevenção à doença e combate ao vetor; Poda de árvores; Limpeza das ruas e recolhimento de entulhos; Avaliação médica veterinária; Testes rápidos caninos; Encaminhamento de material biológico para exames de leishmaniose visceral canina ao Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) e Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém/PA; Acompanhamento de animais suspeitos de LV canina e aplicação de repelente nos animais.
3/2019 Conforme Relatório das Ações Realizadas no Mutirão de Combate à Leishmaniose, verificou-se que entre junho a novembro de 2018, foram atendidos 9.250 animais em 29 bairros da zona urbana e 11 bairros da zona rural. “Tanto a Leishmaniose Tegumentar quanto a Leishmaniose Visceral têm tratamento para os humanos. O tratamento é gratuito e está disponível na rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), porém, se não for tratada, pode levar o paciente a óbito”, alerta Michele Oliveira, Coordenadora do Departamento de Vigilância em Saúde, dando por certo que as leishmanioses são consideradas primariamente como uma zoonose, podendo acometer o homem quando este entra em contato com o ciclo de transmissão do parasito. Porém, é uma doença pode levar de dois a três meses para se manifestar após a picada do inseto vetor.
Em geral apresentam-se uma ou mais feridas na pele que não cicatrizam. Existem duas formas da doença: cutânea e mucosa.
Cutânea: O primeiro sinal da forma cutânea costuma ser uma única ou várias lesões, quase sempre indolores na pele. No início assemelham-se à picada de um inseto, aumentando de tamanho e profundidade até virarem feridas normalmente arredondadas. Localizam-se geralmente nas partes expostas à picada do inseto (pernas, braços, mãos, rosto e pescoço).
Mucosa: É mais rara, na maioria das vezes surgindo após a lesão cutânea clássica, e se caracteriza por lesões destrutivas na mucosa das vias aéreas superiores, como nariz, garganta, palatos, lábios, língua, laringe e, mais dificilmente, traqueia e parte superior dos pulmões. Ao exame podem ser observados vermelhidão e ulceração (ferida). Se não tratada, esta forma poderá causar deformações graves no corpo do paciente, tais como perda parcial ou total do nariz, lábios e pálpebras. As principais queixas são: Obstrução nasal, Eliminação de cascas, Sangramento no nariz, Dificuldade de engolir, Dor ao engolir e Rouquidão.
Em Parauapebas, foram confirmados 101 casos de LEISHMANIOSE TEGUMENTAR no ano de 2018, com taxa de incidência de 49,78/100.000 habitantes, apresentando redução pouco significativa comparada ao ano de 2017 (104 casos). Em anos anteriores, verifica-se aumento gradativo de 2013 a 2015, passando de 94 casos (2013) para 151 casos (2015), com incidência de 79,51/100.000 habitantes, a maior registrada no período, conforme mostrado no gráfico 1:

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