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'Retornamos tratamento equilibrado às questões do Oriente
Médio', diz Bolsonaro ao chegar a Israel
Presidente brasileiro desembarcou na madrugada deste
domingo (31) para visita oficial de 4 dias. Bolsonaro e o premiê Benjamin
Netanyahu devem assinar acordos bilaterais e fazer declaração conjunta à
imprensa.
Por Felipe Turioni, G1 — São Paulo
31/03/2019 03h59 Atualizado há 13 minutos
O presidente Jair Bolsonaro chegou a Israel na madrugada
deste domingo (31) para visita oficial de quatro dias e afirmou que pretende
fortalecer a parceria do Brasil com os israelenses. "Felizmente retornamos
o tratamento equilibrado às questões do Oriente Médio", discursou
Bolsonaro durante cerimônia de boas-vindas, em Tel Aviv, ao lado do premiê
Benjamin Netanyahu – um de seus principais aliados externos.
"Meu governo está firmemente decidido a fortalecer a
pareceria entre Brasil e Israel. A amizade entre nossos povos é histórica.
Tivemos um momento de afastamento, mas Deus sabe o que faz, e vo A cooperação
nas áreas de segurança e defesa também interessa muito ao Brasil. Eu e meu
amigo Netanyahu pretendemos aproximar nossos povos, nossos militares, nossos
estudantes, nossos cientistas, nossos empresários e nossos turistas".
Bolsonaro agradeceu a presença de Netanyahu, a quem também
chamou de irmão, na sua cerimônia de posse, no início do ano, e a ajuda do
Exército de Israel no resgate às vítimas da tragédia da Vale em Brumadinho.
"Antes de mais nada, quero aproveitar para agradecer a
participação do primeiro-ministro Netanyahu por ocasião da minha cerimônia de
posse. Foi a primeira visita de um chefe de governo israelense ao meu país.
Também quero expressar a gratidão do povo brasileiro pela demonstração
inequívoca de solidariedade que nos ofereceu Israel no enfrentamento da
tragédia de Brumadinho. Esse gesto jamais será esquecido", disse
Bolsonaro.
ltamos", disse o presidente brasileiro. A viagem a Israel é o quarto compromisso oficial de Bolsonaro no
exterior desde que assumiu a Presidência. Antes de ir ao Oriente Médio, ele já
viajou para a Suíça, os Estados Unidos e o Chile.
A visita de Bolsonaro ao premiê israelense ocorre às
vésperas de eleições convocadas para 9 de abril, nas quais é possível que
Netanyahu, líder do partido de direita Likud, deixe o poder. O parlamento de
Israel aprovou
a própria dissolução em dezembro, antecipando para abril as eleições
israelenses que deveriam ocorrer até novembro de 2019.
Se for reeleito pela quinta vez na eleição do mês que vem,
Bibi, como Netanyahu é conhecido seu país, vai superar o recorde de permanência
no cargo do fundador do Estado de Israel, David Ben-Gurion. O governo de
Netanyahu permaneceu ativo desde a dissolução do parlamento, mas não pode tomar
decisões que exijam o consentimento dos congressistas, como o voto de novas
leis.
A ida a Israel é uma retribuição à
visita do premiê israelense ao Brasil, em janeiro, para participar da
solenidade de posse do presidente brasileiro. Na primeira visita oficial de um
primeiro-ministro de Israel ao Brasil, Netanyahu visitou
o Pão de Açúcar e chegou a
jogar futebol com banhistas na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Na ocasião, Bolsonaro e Netanyahu tiveram um encontro no
qual reafirmaram a intenção de estreitar
os laços entre os dois países e fazer parcerias em diversos setores.
O israelense chamou o brasileiro de "grande amigo", "grande
aliado" e "grande irmão".
Possível transferência de embaixada
A agenda de Bolsonaro em Israel prevê compromissos em Tel
Aviv e em Jerusalém. As duas cidades estão no centro de uma polêmica
envolvendo a embaixada brasileira no país. Em Jerusalém, na
segunda-feira (1º), ele visitará o Muro das Lamentações, local sagrado para os
judeus.
Bolsonaro declarou no ano passado, após vencer a eleição
presidencial, que pretendia transferir
a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, a exemplo do que
fez o
presidente norte-americano, Donald Trump. Após três meses de governo, a
mudança ainda não foi oficializada.
Com a medida, o Brasil reconheceria Jerusalém como capital
de Israel, o que suscitou o receio de retaliações comerciais de países árabes,
grandes compradores de carne bovina e de frango do Brasil.
Israel considera Jerusalém a "capital eterna e
indivisível" do país. Mas os palestinos não aceitam e reivindicam
Jerusalém Oriental como capital de um futuro Estado palestino. A comunidade
internacional não
reconhece a reivindicação israelense de Jerusalém como sua capital
indivisível.
Após a polêmica declaração, o governo brasileiro tem adotado
um tom de cautela ao falar sobre o assunto. Em diversas ocasiões, o porta-voz
da Presidência, Otávio Rêgo Barros, disse que o governo estuda o assunto, e não
deve anunciar nenhuma medida nesse sentido na visita oficial a Israel.
Bolsonaro também deve visitar uma comunidade de brasileiros
estabelecida na cidade de Raanana.
A comitiva presidencial é formada pelos ministros Ernesto
Araújo (Relações Exteriores), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Marcos
Pontes (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) e Augusto Heleno
(Gabinete de Segurança Institucional).
Também viajaram para Israel com o presidente da República os
senadores Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) – filho mais velho de Jair Bolsonaro –,
Chico Rodrigues (DEM-RR) e Soraya Thronicke (PSL-MS), além da deputada Bia
Kicis (PSL-DF).
Veja abaixo a programação completa da visita de Jair
Bolsonaro a Israel:
Domingo
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