quinta-feira, 10 de novembro de 2022

PF abre inquérito para apurar se diretor-geral da PRF cometeu prevaricação e violência eleitoral Ministério Público apontou irregularidades nas blitzes feitas no domingo do 2º turno pela PRF e na demora em desfazer bloqueios em rodovias provocados por atos de caráter golpista. Por Isabela Camargo, Wellington Hanna e José Vianna, GloboNews e TV Globo — Brasília 10/11/2022 18h59 Atualizado em 12 horas Valdo Cruz: diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, não deve escapar de punição Valdo Cruz: diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, não deve escapar de punição A Polícia Federal abriu inquérito nesta quinta-feira (10) para apurar se o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, cometeu crimes de prevaricação e violência política. A investigação foi aberta a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram A investigação, que é mantida sob sigilo, será comandada pela superintendência da Polícia Federal em Brasília, já que Vasques não tem foro privilegiado. A PF vai apurar suspeitas de crimes diferentes, relacionados a episódios distintos das últimas semanas indicados pelo MP. Os policiais vão investigar: se a fiscalização de ônibus com eleitores durante o segundo turno das eleições, com ênfase desproporcional na região Nordeste e contrariando decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, respeitou a legislação – e se houve ofensa ao livre exercício do direito de voto; se Silvinei Vasques cometeu crime de prevaricação, por omissão, ao não orientar medidas mais enérgicas para a PRF desobstruir rodovias bloqueadas por atos de caráter golpista após as eleições, nas últimas semanas. Veja detalhes sobre o pedido do MP na reportagem abaixo, do dia 3: Interdições e bloqueios nas estradas diminuem; MPF pede abertura de inquérito para apurar conduta do diretor-geral da PRF Interdições e bloqueios nas estradas diminuem; MPF pede abertura de inquérito para apurar conduta do diretor-geral da PRF O crime de prevaricação acontece quando um funcionário público age contra a lei – ou deixa de agir por conta própria – para obter algum benefício pessoal. A pena é de detenção de três meses a um ano, e multa. Em ofício encaminhado à PF no início do mês, o MP já havia sinalizado uma suspeita de que Silvinei Vasques tivesse incorrido nesse crime frente aos bloqueios nas rodovias. Os procuradores também defendem que o diretor-geral da PRF, que declarou apoio a Bolsonaro no segundo turno, seja responsabilizado por "crimes praticados por invasores de rodovias". LEIA TAMBÉM PRF diz ao Supremo ter identificado e multado 40 pessoas e 10 empresas por organizar bloqueios bolsonaristas em estradas; veja lista Bolsonaristas atacam PRF em Novo Progresso, no Pará; veja vídeo PEC da Transição terá Bolsa Família fora do teto de forma permanente, diz relator do Orçamento Anterior

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