quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Futebol, força viva da democracia: exposição lembra relação entre MST e futebol Exposição será inaugurada neste 24 de novembro, data de estreia da seleção brasileira na Copa Notícias 17 de novembro de 2022 Campo Dr. Sócrates, na Escola Nacional Florestan Fernandes. Foto: Ágatha Azevedo. Da Página do MST O futebol faz parte da vida, da política, das famílias e da sociedade brasileira como um todo. Ao longo do século passado, o futebol foi (e tem sido até hoje) uma ferramenta para unificar a população por meio de uma paixão compartilhada. E entendendo este importante papel, o MST realiza a exposição “Em Campo: MST e Futebol”, que será inaugurada na próxima quinta (24) de novembro, dia do primeiro jogo do Brasil na Copa do Mundo de Futebol Masculino. Assim como a bandeira do Brasil, o futebol brasileiro e sua estética hoje são símbolos em disputa. Diante do roubo desta identidade, é importante recuperar o verde e amarelo e a torcida pela seleção, afinal, a história do futebol mostra como a política e o projeto de país estão diretamente ligados à paixão pelo esporte. E se a identidade nacional não é algo congelado no tempo, cabe a nós entender como estes elementos estão em constante transformação e atualização, e como podemos (e devemos) recuperar os seus sentidos de união, a partir de uma série de fatores. “O futebol desperta paixões e, por isso, o MST decidiu trazer à memória como o Movimento sempre promoveu este vínculo”, lembram as idealizadoras da exposição. “Historicamente, o MST promoveu importantes eventos esportivos em todo o Brasil, com o objetivo de integrar as pessoas de áreas da reforma agrária popular e tentar mostrar a luta do Movimento para a sociedade”, completam. Nesta exposição, os coletivos de Cultura e de Arquivo e Memória do MST trazem imagens selecionadas que demarcam a importância do futebol no cotidiano dos Sem Terra, na luta por terra e vida digna, e como o futebol, para além do esporte, traz à vida de formas diretas e indiretas. Copa do Mundo A data para estreia da exposição não é por acaso. No próximo mês, o espírito de comunidade para além da identidade, seja esquerda ou direita, ricos ou pobres, todos se unem afetados por expectativas, tensões e alegrias futebolísticas. E assim como no futebol, o MST sabe que somente com a soma dos esforços e da boa vontade de todos, conseguiremos obter a vitória de nossas lutas. A Copa deste ano também demonstra uma posição de resistência. Isso porque, além da estética da seleção ter sido “sequestrada” pelo bolsonarismo, há uma postura machista e homofóbica do país que sedia o evento este ano: o Qatar. O país é conhecido mundialmente pelo desrespeito aos direitos humanos, como discriminação e violência de pessoas arbitrariamente privadas da sua nacionalidade e restrições aos direitos individuais, como a liberdade de expressão, além de leis para punir homossexuais. Neste sentido, o Movimento reafirma que é preciso uma torcida crítica neste momento. Mulheres, negros e LGBTQs também fazem parte dessa enorme massa de torcedores brasileiro, e para além da pouca representação do campo, precisamos cada vez mais unificar a sociedade em um momento tão importante na conjuntura política, em que o presidente eleito Lula traz a ideia de união para o enfrentamento das crises econômicas e sociais. Foto: Coletivo de Relações Internacionais do MST/ Arquivo e Memória do MST e de Cultura A exposição estará disponível até o final da Copa e poderá ser contemplada por aqueles que assistirem os jogos da seleção brasileira, que serão transmitidos no Galpão do Armazém do Campo e contarão com amigos e convidados do MST. Sobre a exposição A exposição “Em Campo: MST e Futebol” tem a proposta de trazer essa memória de como o futebol como poder político a partir de 10 fotografias, tiradas em diferentes contexto por fotógrafos do campo unitário, como Ágatha Azevedo, Julia Dolce, Joka Madruga, Carlos Carvalho e Guilherme Galdolfi. Elas estarão dispostas em grandes cartazes dispostos de uma forma inédita no Galpão do Armazém do Campo, em São Paulo. A ideia, segundo a organização, é trazer estas imagens de uma maneira que tragam os elementos e estética que o MST tem realizado nos quase 40 anos de sua história. A exposição ficará disponível até 18 de dezembro, no final da Copa do Mundo, mas há planos para que ela possa ser reproduzida em assentamentos e acampamentos do MST em todo o país. A mesa de abertura para a exposição, marcada para esta quinta-feira, terá a presença de Ana Chã, do Setor de Cultura do MST, Lucimeire, do Coletivo de Arquivo e Memória do MST e João Pedro Stedile, da Direção Nacional do MST. Serviço Exposição “Em Campo: MST e Futebol” De 24 de novembro à 18 de dezembro Inauguração: 24/11, às 15h Local: Galpão do Armazém do Campo – Alameda Eduardo Prado, nº 499 – Campos Elíseos *Editado por Martha Raquel

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