quarta-feira, 5 de dezembro de 2018


PF cumpre 11 mandados de prisão na 57ª fase da Operação Lava Jato
Nova etapa investiga irregularidades na área de compra e venda de petróleo e derivados da Petrobras. Executivo ligado a ex-cônsul honorário da Grécia é alvo de mandado de busca.
Por José Vianna, Thais Kaniak e Mariana Queiroz, RPC Curitiba, G1 PR e GloboNews.
A Polícia Federal (PF) está nas ruas para cumprir mandados da 57ª fase da Operação Lava Jato. Esta etapa, de acordo com a PF, investiga a ação de uma organização criminosa que agia na área de trading da Petrobras. Foram expedidos 11 mandados de prisão preventiva, e 26 de busca e apreensão. Até o momento, cinco pessoas foram presas no estado do Rio de Janeiro.
Esta etapa, de acordo com a PF, investiga o pagamento de pelo menos US$ 31 milhões em propinas para funcionários da Petrobras, entre 2009 e 2014. O pagamento, ainda conforme a polícia foi feito por grandes empresas do mercado de petróleo e derivados – conhecidas como tradings.
Dos 11 mandados de prisão preventiva, que são por tempo indeterminado, 10 devem ser cumpridos na cidade do Rio de Janeiro, e um em Petrópolis (RJ).
G1 apurou que, entre os detidos, estão:
G1 apurou que, entre os detidos, estão:
  • Gustavo Buffara Bueno – advogado
  • André Luiz dos Santos Paza – advogado
De acordo com as investigações, esses dois advogados lavavam dinheiro para agentes públicos. Um atual funcionários da Petorbras dois ex-gerentes estão entre os presos.
Os presos serão levados para a Superintendência da PF, em Curitiba. Os investigados podem responder por corrupção, organização criminosa, crimes financeiros e de lavagem de dinheiro, segundo a PF.
A área de trading realiza negócios de compra e venda de petróleo e derivados da Petrobras por empresas estrangeiras.
A maioria dos mandados de prisão também devem ser cumpridos no estado do Rio de Janeiro. Somente um tem endereço em Curitiba.
Esta nova fase da Lava Jato foi batizada de "Sem Limites".
Sem Limites
Conforme a PF, foram verificados indícios de irregularidades na realização de negócios de locação de tanques de armazenagem da Petrobras pelas empresas investigadas.
Todas as ações viabilziavam o pagamento de vantagens indevidas a executivos e ganhos acima dos praticados no mercado para essas empresas, ainda de acordo com a PF.
Esta etapa também apura esquemas de corrupção na área de afretamento de navios.
O esquema criminoso, de acordo com a PF, ocorreu até meados de 2014. Contudo, a PF não descarta a continuidade do esquema na área a trading, com ramificações internacionais.
As operações de trading de óleos combustíveis e derivados eram de responsabilidade da diretoria de Abastecimento da Petrobras, especificamente da gerência executiva de Marketing e Comercialização. Busca e apreensão
De acordo com a apuração da GloboNews, um dos mandados de busca e apreensão é contra Omar Emir Chaves Neto. Ele é diretor de uma empresa de transporte marítimo.
Chaves Neto era ligado a Konstantinos Kotronakis, ex-cônsul honorário da Grécia. Kotronakis chegou a ser proibido de deixar o país, pelo então juiz federal Sérgio Moro, por suspeita de pagar propina ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Os policiais permaneceram cerca de uma hora no apartamento de Chaves Neto, no Rio de Janeiro (RJ). Eles apreenderam um computador, um HD externo e um celular.
Jorge Oliveira Rodrigues também foi alvo de busca e apreensão no Rio de Janeiro.
G1 tenta localizar a defesa dos citados.



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