PF cumpre
11 mandados de prisão na 57ª fase da Operação Lava Jato
Nova
etapa investiga irregularidades na área de compra e venda de petróleo e
derivados da Petrobras. Executivo ligado a ex-cônsul honorário da Grécia é alvo
de mandado de busca.
Por José
Vianna, Thais Kaniak e Mariana Queiroz, RPC Curitiba, G1 PR e GloboNews.
A Polícia
Federal (PF) está nas ruas para cumprir mandados da 57ª fase da Operação Lava
Jato. Esta etapa, de acordo com a PF, investiga a ação de uma organização
criminosa que agia na área de trading da Petrobras. Foram expedidos 11 mandados
de prisão preventiva, e 26 de busca e apreensão. Até o momento, cinco pessoas
foram presas no estado do Rio de Janeiro.
Esta etapa,
de acordo com a PF, investiga o pagamento de pelo menos US$ 31 milhões em
propinas para funcionários da Petrobras, entre 2009 e 2014. O pagamento, ainda
conforme a polícia foi feito por grandes empresas do mercado de petróleo e
derivados – conhecidas como tradings.
Dos 11
mandados de prisão preventiva, que são por tempo indeterminado, 10 devem ser
cumpridos na cidade do Rio de Janeiro, e um em Petrópolis (RJ).
O G1 apurou
que, entre os detidos, estão:
O G1 apurou
que, entre os detidos, estão:
- Gustavo Buffara Bueno – advogado
- André Luiz dos Santos Paza –
advogado
De acordo
com as investigações, esses dois advogados lavavam dinheiro para agentes
públicos. Um atual funcionários da Petorbras dois ex-gerentes estão entre os
presos.
Os presos
serão levados para a Superintendência da PF, em Curitiba. Os investigados podem
responder por corrupção, organização criminosa, crimes financeiros e de lavagem
de dinheiro, segundo a PF.
A área de
trading realiza negócios de compra e venda de petróleo e derivados da Petrobras
por empresas estrangeiras.
A maioria
dos mandados de prisão também devem ser cumpridos no estado do Rio de Janeiro.
Somente um tem endereço em Curitiba.
Esta nova
fase da Lava Jato foi batizada de "Sem Limites".
Sem
Limites
Conforme a
PF, foram verificados indícios de irregularidades na realização de negócios de
locação de tanques de armazenagem da Petrobras pelas empresas investigadas.
Todas as
ações viabilziavam o pagamento de vantagens indevidas a executivos e ganhos
acima dos praticados no mercado para essas empresas, ainda de acordo com a PF.
Esta etapa
também apura esquemas de corrupção na área de afretamento de navios.
O esquema
criminoso, de acordo com a PF, ocorreu até meados de 2014. Contudo, a PF não
descarta a continuidade do esquema na área a trading, com ramificações
internacionais.
As operações
de trading de óleos combustíveis e derivados eram de responsabilidade da
diretoria de Abastecimento da Petrobras, especificamente da gerência executiva
de Marketing e Comercialização. Busca e apreensão
De acordo
com a apuração da GloboNews, um dos mandados de busca e apreensão é
contra Omar Emir Chaves Neto. Ele é diretor de uma empresa de transporte
marítimo.
Chaves Neto
era ligado a Konstantinos
Kotronakis, ex-cônsul honorário da Grécia. Kotronakis chegou a ser
proibido de deixar o país, pelo então juiz federal Sérgio Moro, por
suspeita de pagar propina ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Os policiais
permaneceram cerca de uma hora no apartamento de Chaves Neto, no Rio de Janeiro
(RJ). Eles apreenderam um computador, um HD externo e um celular.
Jorge
Oliveira Rodrigues também foi alvo de busca e apreensão no Rio de Janeiro.
O G1 tenta
localizar a defesa dos citados.
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