quarta-feira, 5 de dezembro de 2018


Juiz mantém júri popular de acusados de matar médica Milena Gottardi no ES
O juiz constatou a existência de indícios de autoria de um crime doloso contra a vida e, por isso, o processo vai ser encaminhado ao Tribunal de Justiça do Espírito Santo.
Por André Rodrigues
O ex-marido da médica Milena Gotardo, Hilário Frasson, além dos outros cinco acusados de envolvimento na morte dela, tiveram o pedido negado de que não fossem levados a júri popular. A decisão é do juiz Marcos Pereira Sanches, da 1ª Vara Criminal de Vitória, concedida nesta segunda-feira (3).
Em sua decisão, o magistrado considerou que há um crime doloso contra a vida (quando há a intenção de matar) e que há indícios suficientes para os acusados serem julgados por este crime.
Em agosto deste ano, a defesa dos réus já havia recorrido da decisão do juiz com um recurso, o que fez suspender o andamento do processo.
O juiz pontuou que as novas teses apresentadas pela defesa dos acusados não podem ser acolhidas. Por isso, decidiu manter o júri popular e encaminhou os recursos para que o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) avalie se a determinação será mantida ou não.
O advogado da família de Milena Gotardo, Renan Sales, disse que, agora, vai trabalhar para que o TJ-ES decida sobre o júri popular ainda em 2018.
"Na qualidade de assistente de acusação, não vou polpar esforços para que o Tribunal de Justiça decida ainda esse ano. Não será fácil, estamos no final do ano, daqui a pouco tem recesso, mas vamos fazer de tudo para o que Tribunal julgue esse ano ainda", afirmou.
O caso
A médica Milena Gotardo foi baleada na cabeça no dia 14 de setembro, quando saía do Hospital das Clínicas, na capital. O ex-marido dela, Hilário Frasson, e pai dele, Esperidião Frisson, são acusados de serem os mandantes do crime. Eles Hilário Frasson
Ex-marido de Milena Gotardo. É acusado de ser o mandante do crime. Foi preso no dia 21 de setembro de 2017.
Esperidião Frasson
Pai de Hilário e sogro de Milena. É acusado de ser o mandante do crime, junto com o filho. Foi preso no dia 21 de setembro de 2017.
Valdir da Silva
Acusado de ser intermediário do crime. Conhecia Hilário, porque havia estudado com ele. Valcir afirmou em depoimento que dois meses antes do crime recebeu uma ligação de Hilário pedindo ajuda para matar Milena. Foi preso no dia 21 de setembro de 2017.
Ermenegildo Palauro Filho
Junto com Valcir, é acusado de ser intermediário do crime. Conhecia Hilário e Esperidião há mais de 30 anos. Foi preso no dia 25 de setembro de 2017.
Dionathas Alves Vieira
Acusado de atirar em Milena. Foi contratado por Valcir e Ermenegildo para realizar o crime. Em depoimento, Dionathas disse que receberia R$ 2 mil para matar a médica. Foi preso no dia 16 de setembro de 2017.
Bruno Rodrigues
Cunhado de Dionathas. Suspeito de roubar a moto usada no crime. Foi preso no dia 16 de setembro de 2017.
 Foram presos junto com dois intermediários e um executor.


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