Juiz
mantém júri popular de acusados de matar médica Milena Gottardi no ES
O juiz
constatou a existência de indícios de autoria de um crime doloso contra a vida
e, por isso, o processo vai ser encaminhado ao Tribunal de Justiça do Espírito
Santo.
Por André
Rodrigues
O ex-marido
da médica Milena Gotardo, Hilário Frasson, além dos outros cinco acusados de
envolvimento na morte dela, tiveram o pedido negado de que não fossem levados a
júri popular. A decisão é do juiz Marcos Pereira Sanches, da 1ª Vara Criminal
de Vitória, concedida nesta segunda-feira (3).
Em sua
decisão, o magistrado considerou que há um crime doloso contra a vida (quando
há a intenção de matar) e que há indícios suficientes para os acusados serem
julgados por este crime.
Em
agosto deste ano, a defesa dos réus já havia recorrido da decisão
do juiz com um recurso, o que fez suspender o andamento do processo.
O juiz
pontuou que as novas teses apresentadas pela defesa dos acusados não podem ser
acolhidas. Por isso, decidiu manter o júri popular e encaminhou os recursos
para que o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) avalie se a
determinação será mantida ou não.
O advogado da
família de Milena Gotardo, Renan Sales, disse que, agora, vai trabalhar para
que o TJ-ES decida sobre o júri popular ainda em 2018.
"Na
qualidade de assistente de acusação, não vou polpar esforços para que o
Tribunal de Justiça decida ainda esse ano. Não será fácil, estamos no final do
ano, daqui a pouco tem recesso, mas vamos fazer de tudo para o que Tribunal
julgue esse ano ainda", afirmou.
O caso
A médica
Milena Gotardo foi baleada na cabeça no dia 14 de setembro, quando saía do
Hospital das Clínicas, na capital. O ex-marido dela, Hilário Frasson, e pai
dele, Esperidião Frisson, são acusados de serem os mandantes do crime. Eles Hilário Frasson
Ex-marido de
Milena Gotardo. É acusado de ser o mandante do crime. Foi preso no dia 21 de
setembro de 2017.
Esperidião
Frasson
Pai de
Hilário e sogro de Milena. É acusado de ser o mandante do crime, junto com o
filho. Foi preso no dia 21 de setembro de 2017.
Valdir da
Silva
Acusado de
ser intermediário do crime. Conhecia Hilário, porque havia estudado com ele.
Valcir afirmou em depoimento que dois meses antes do crime recebeu uma ligação
de Hilário pedindo ajuda para matar Milena. Foi preso no dia 21 de setembro de
2017.
Ermenegildo
Palauro Filho
Junto com
Valcir, é acusado de ser intermediário do crime. Conhecia Hilário e Esperidião
há mais de 30 anos. Foi preso no dia 25 de setembro de 2017.
Dionathas
Alves Vieira
Acusado de
atirar em Milena. Foi contratado por Valcir e Ermenegildo para realizar o
crime. Em depoimento, Dionathas disse que receberia R$ 2 mil para matar a
médica. Foi preso no dia 16 de setembro de 2017.
Bruno
Rodrigues
Cunhado de
Dionathas. Suspeito de roubar a moto usada no crime. Foi preso no dia 16 de
setembro de 2017.
Foram presos junto com dois intermediários e
um executor.
Cadeia neste bandido marido de Milena
ResponderExcluir