terça-feira, 9 de julho de 2019



Boletim Epidemiológico mostra números de hepatites virais por agente etiológico
Francesco Costa | Portal Pebinha de Açúcar 
Publicado em: 09/07/2019
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 400 milhões de pessoas em todo o mundo estejam infectadas pelos vírus da hepatite B e C, número dez vezes maior que o de pessoas contaminadas pelo vírus HIV, mas a maior parte dos portadores sequer sabe que está doente.
Ainda segundo a OMS, apenas uma em cada 20 pessoas com hepatite viral sabe que está doente e só uma em cada 100 pessoas com a doença está recebendo tratamento.
No Brasil, milhões de brasileiros são portadores do vírus B e C e não sabem (PAHO, 2016). No Brasil, mais de 70% (23.070) dos óbitos por hepatites virais são decorrentes da Hepatite C, seguido da Hepatite B (21,8%) e A (1,7%). O país registrou 40.198 casos novos de hepatites virais em 2017. Este boletim tem como objetivo apresentar a situação epidemiológica das Hepatites Virais no município de Parauapebas, realizando análise histórica de 2008 a 2018.
Em Parauapebas, entre os anos de 2008 e 2018, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 504 casos de hepatite virais. Destes, 45,8% (231/504) são de etiologia viral HAV, 44% (222/504) de etiologia viral HBV, 8,9% (45/504) de etiologia HCV e nenhum caso para hepatite D. Após 2012, quando se atingiu o pico máximo de 39,1 casos/100 mil habitantes, a taxa de detecção de hepatite A no município vem apresentando uma importante queda, atingindo 0,0 casos/100 mil habitantes em 2018. Nesse mesmo período, as taxas das hepatites B e C mostraram tendência de aumento, mas que logo foram controladas e também apresentaram queda. Em 2018, as taxas foram de 3,9 e de 1,5 casos/100 mil habitantes para os dois agravos, respectivamente. Vale ressaltar que nenhum caso de hepatite D foi registrado em Parauape Em Parauapebas, do total de casos de hepatite B notificados de 2008 a 2018, 143 (64,41%) ocorreram entre as mulheres. Até o ano de 2015, indivíduos do sexo feminino tiveram mais casos que o masculino, entretanto, no ano seguinte vêm apresentando tendência de queda, chegando a apenas 12,5% (1/8) dos casos em mulheres para 87,5% (7/8) em homens.
Em relação à faixa etária é possível observar que as pessoas com 20 a 29 anos são as mais acometidas com o vírus B, sendo superada em 2013, 2015 e 2018 pela faixa etária de 30 a 39 anos. Observa-se que em 2018, a faixa etária dos adultos 30 a 39 anos apresenta a maior incidência com 50% (4/8) dos casos.
A faixa etária dos menores de 20 anos apresenta uma série histórica com baixo número de casos, fato que pode ser atribuído à incorporação da vacina da hepatite B no calendário nacional de imunização a partir de 1999.

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