MST denuncia pulverização de agrotóxicos sobre acampados no interior do Pará; vídeo
Famílias do acampamento Quintino Lira, em Santa Luzia, dizem que estão sofrendo consequências de intoxicação.
Por G1 PA — Belém
Famílias do acampamento Quintino Lira, em Santa Luzia do Pará, nordeste do estado, denunciam que estão sofrendo consequências de intoxicação com a pulverização "irresponsável" de agrotóxicos na área onde vivem.
Um vídeo (veja acima) mostra a situação das plantações no local. O áudio foi cortado pela reportagem para proteger a identidade do denunciante.
Segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o uso indiscriminado dos agrotóxicos partes de fazendas na região e aviões são usados para a pulverização, que estão atingido plantações e moradias.
Um dos acampados afirmou os estragos são muitos. "Nossas roças, mulheres grávidas, crianças e nossos idosos são os mais afetados. Há vários relatos de dores no corpo, falta de ar, forte dor de cabeça, ardência nos olhos e enjoos ocasionados pela inalação dos agrotóxicos".
Ainda de acordo com o MST, a situação atinge também toda a região de comunidades vizinhas ao acampamento. "O manuseio de agrotóxicos está contaminando o meio ambiente, os alimentos e a água consumida pelos moradores da região", afirma.
Os acampados e o movimento pedem respostas do governo estadual sobre o uso indiscriminado de agrotóxicos no Pará. Segundo nota divulgada, as secretarias municipais de Meio Ambiente e da Saúde já foram acionadas.
"Queremos que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e os órgãos públicos tomem as devidas providências. Contra os crimes do latifúndio e do agronegócio não iremos nos calar diante das atrocidades ocorridas".
O G1 solicitou nota às autoridades citadas, mas ainda aguardava resposta até a última atualização da reportagem.
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