quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

 

Famílias Sem Terra do Pontal do Paranapanema comemoram certificação orgânica

Com a documentação, as famílias pretendem aumentar a produção e a comercialização dos alimentos

Depois de cerca de dois anos trabalhando na transição das técnicas e manejos para atingir as diretrizes exigidas pela certificadoras, finalmente as cinco famílias assentadas no Pontal do Paranapanema, nos assentamentos Rodeio e Água Limpa, município de Presidente Bernardes (SP) conseguiram a aprovação do órgão responsável e, agora, contam com o selo para certificar seus produtos.

Conforme relatam as famílias, o trabalho com a produção agroecológica já era uma
perspectiva adotada por elas há muito tempo, entendendo que esta é a forma mais adequada
de trabalhar com a terra, pois se trata de uma produção de alimentos menos agressiva para o
meio ambiente, que produz alimentos saudáveis sem o uso de agrotóxicos e é uma perspectiva
política do MST para as famílias assentadas.

Entretanto, a iniciativa de buscar a certificação orgânica é uma preocupação de expandir as possibilidades de mercado para avançar ainda mais.

As famílias fazem parte da Associação dos Produtores Assentados da Rodeio (APAR), que temA produção já é comercializada em feiras regionais, pelo projeto de cestas agroecológicas
Raízes do Pontal 1 e pelo programa CSA Brasil. Até o momento, a qualidade agroecológica era
atestada pela relação de confiança e troca entre as famílias produtoras e os consumidores e
consumidoras, que inclusive faziam visitas no assentamento para conhecer a produção e as
técnicas de trabalho das famílias.

As famílias também reservam parte da produção para contribuir nas ações de solidariedade da campanha Periferia Viva em Presidente Prudente.

Entre as dificuldades para conseguir a certificação, aárea de produção, fazer o controle de manejo com anotações diárias da produção e outras.

Agora, já com a certificação, a dificuldade será cobrir os custos financeiros mensais da
certificadora. Para isso, as famílias já estão se organizando para aumentar a produção e ter
condições de arcar com estes custos.

Estes avanços nos animam a continuar lutando pela Reforma Agrária Popular, apostar na
agroecologia e na solidariedade. Produzir alimentos saudáveis é um compromisso dos
trabalhadores e das trabalhadoras do campo, seguimos nessa luta criando novas estratégias
para avançar cada vez mais.

Conheça um pouco mais sobre a produção das famílias no vídeo abaixo:


reunido famílias deste assentamento para organizar a produção de alimentos de forma
coletiva.

Uma das conquistas da APAR foi a construção de uma agroindústria para beneficiamento e pré-processamento dos alimentos (Packhouse). Agora, contando com a certificação e com a infraestrutura necessária, as famílias poderão alcançar novos mercados com alimentos saudáveis e diversificados.



s famílias relatam que tiveram que
adequar uma série de elementos como: o cercamento do poço semiartesiano, troca da caixa
d’água para uma com material específico, construção de barreiras naturais ao redor de toda a


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