segunda-feira, 6 de abril de 2020



Presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, divulga estimativas do novo coronavírus em SP nesta segunda (6) — Foto: Reprodução/Governo de São PauloPresidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, divulga estimativas do novo coronavírus em SP nesta segunda (6) — Foto: Reprodução/Governo de São PauloPresidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, divulga estimativas do novo coronavírus em SP nesta segunda (6) — Foto: Reprodução/Governo de São Paulo
O governo de São Paulo estima que cerca de 1.300 mortes pelo novo coronavírus devem ocorrer no estado até a próxima segunda-feira (13). Sem a adoção de medidas de isolamento social, como a suspensão de aulas e a recomendação de que a população fique em casa, o cenário previsto seria de 5 mil mortes no estado até o dia 13.
Para os próximos 180 dias, a estimativa é de 111 mil mortes em São Paulo com a adoção das medidas já implementadas no estado, contra 277 mil mortes caso as restrições não fossem adotadas.

A expectativa de hospitalizações também se reduz nos próximos 6 meses com o isolamento social: são esperadas 670 mil hospitalizações por coronavírus com as medidas adotadas; sem elas, a previsão seria de 1,3 milhões de hospitalizações. Em relação às internações em UTIs, o governo espera uma redução de 168 mil casos com as medidas de isolamento social: a previsão é de 147 mil pessoas com coronavírus em UTIs nos próximos 6 meses, contra 315 mil sem as restrições adotadas.

Governo de São Paulo apresenta estimativa de mortes, hospitalizações e internações em UTI por coronavírus nos próximos 6 meses — Foto: Reprodução/Governo de SPGoverno de São Paulo apresenta estimativa de mortes, hospitalizações e internações em UTI por coronavírus nos próximos 6 meses — Foto: Reprodução/Governo de SPGoverno de São Paulo apresenta estimativa de mortes, hospitalizações e internações em UTI por coronavírus nos próximos 6 meses — Foto: Reprodução/Governo de SP
A previsão foi divulgada nesta segunda segunda (6) pelo presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, ao lado do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Até o momento São Paulo registrou 275 mortes por coronavírus e 4.620 casos confirmados da doença, segundo balanço publicado no domingo (5)
"Se nós não tivéssemos tomado nenhuma medida, nós chegaríamos no dia 13 de abril com quase 5 mil óbitos. Tomamos as medidas e esperamos chegar lá com menos de 1.300 óbitos. Isso aqui dá a dimensão da importância das medidas que estão sendo tomadas e que precisam ser respeitadas", disse Dimas Covas, do Instituto Butantan.
O instituto faz ainda uma previsão para os próximos 180 dias com e sem as medidas implementadas no estado de São Paulo. "Nós vamos reduzir 166 mil mortes. Nós precisamos reduzir o número de mortes. É um número muito significativo", afirma Dimas Covas.
A previsão também considera que as medidas de isolamento causarão uma redução no número de casos confirmados.
"Sem nenhuma medida [de isolamento] nós estaríamos lá no dia 13 de abril com quase 150 mil casos no estado de São Paulo. Com as medidas, nós vamos chegar nessa data com cerca de 20 a 25 mil casos. Essa é uma projeção pro dia 13, na semana que vem", disse Dimas Covas.

A previsão feita pelo Butantan leva em consideração dois cenários: no primeiro, a pandemia ocorre em meio a adoção de medidas consideradas medianas de isolamento; no segundo, a doença se espalha sem nenhuma medida de restrição.
Para a estimativa de quantos leitos de UTI serão necessários no estado, o Butantan considera ainda um terceiro cenário, no qual as medidas de isolamento são seguidas por mais pessoas e chegam a diminuir a mobilidade urbana em mais de 70%. Neste cenário, considerado equivalente ao atingido por países em quarentena, como a Espanha e a Itália, a redução no número de leitos de UTI necessários é ainda mais relevante.
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Doria anuncia mais duas semanas de isolamento

Ampliação da quarentena

Doria anunciou, na tarde desta segunda, a ampliação da quarentena no estado até o dia 22 de abril. A medida entra em vigor a partir desta quarta-feira (8).
A medida segue sem flexibilizações, e foi tomada pelo governo para conter o avanço da doença. A coletiva de imprensa teve a presença do infectologista David Uip, que retornou dos 14 dias de isolamento, após ter contraído a doença.
A determinação seguirá como a anterior, com o fechamento do comércio e mantendo apenas os serviços essenciais, como nas áreas de Saúde e Segurança.
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo informou neste domingo (5) que o estado chegou a 275 mortes relacionadas ao coronavírus. São 15 óbitos a mais que o registrado no boletim divulgado neste sábado (4).
A alta no número de mortes foi de 6% nas últimas 24 horas. Em uma semana, a secretaria contabiliza aumento de 180% no número de mortes pela doença, em comparação com o balanço do domingo (29), quando o número de vítimas chegava a 98 pessoas.
Devem seguir funcionando durante a quarentena:
  • Hospitais, clínicas, farmácias e clínicas odontológicas;
  • Transporte público;
  • Transportadoras e armazéns;
  • Empresas de telemarketing;
  • Petshops;
  • Deliveries;
  • Supermercados, mercados e padarias;
  • Limpeza pública;
  • Postos de combustível.
Deverão seguir fechados:
  • Bares;
  • Restaurantes;
  • Cafés;
  • Casas noturnas;
  • Shopping centers e galerias;
  • Academias e centros de ginástica;
  • Espaços para festas, casamentos, shows e eventos;
  • Escolas públicas ou privadas.

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