sábado, 25 de janeiro de 2020


Um homem observa a lama depois do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. — Foto: Mauro Pimentel/AFPUm homem observa a lama depois do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. — Foto: Mauro Pimentel/AFPUm homem observa a lama depois do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. — Foto: Mauro Pimentel/AFP
Um ano após o rompimento da barragem de Brumadinho, que deixou 259 mortos e 11 desaparecidos, a Vale conseguiu recuperar a confiança dos investidores, mitigou boa parte do impacto financeiro da tragédia e caminha para um 2020 de fortes resultados.
A alta dos preços do minério, a demanda aquecida da China e a produção a baixo custo da mineradora ajudam a explicar por que ela conseguiu abrandar rapidamente os efeitos da tragédia.
Ao menos junto aos investidores, os danos já foram recuperados. Na bolsa, a empresa tem um valor praticamente igual ao de um ano atrás, quando a lama de rejeitos cobriu Brumadinho e provocou uma das maiores tragédias envolvendo uma companhia privada no país.
Logo após o desastre, a reação no mercado financeiro foi imediata. As ações da mineradora caíram bruscamente diante da incerteza quanto ao tamanho do impacto na operação da empresa.
"As ações obviamente despencaram porque não poderia nem ser considerado acidente, já que aconteceu pela segunda vez", diz a analista Gabriela Cortez, do Banco do Brasil, que acompanha as ações da mineradora, em referência ao rompimento da barragem da Samarco em Mariana, em 2015. A Samarco pertence à Vale e à anglo-australiana BHP Billiton.
As perdas na bolsa chegaram a mais de R$ 70 bilhões nos dias que se seguiram à tragédia. Mas cerca de três meses depois boa parte desse valor foi recomposto. Em 25 de janeiro de 2019, no dia do rompimento da barragem, o valor de mercado da Vale era de R$ 287,8 bilhões. No pior momento, em 7 de fevereiro, chegou a R$ 213,2 bilhões e, na última sexta-feira, estava em R$ 275,9 bilhões.

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