Mundo ultrapassa 10 milhões de casos de coronavírus, diz universidade
Mortes pela Covid-19 se aproximam das 500 mil, segundo monitoramento da Universidade Johns Hopkins. Brasil é o segundo país com mais diagnósticos da doença, e o segundo com mais mortes, em números absolutos.
Coronavírus universidade — Foto: Reprodução/Johns Hopkins
O número de casos confirmados de novo coronavírus no mundo ultrapassou a marca de 10 milhões neste domingo (28), mostra monitoramento da universidade norte-americana Johns Hopkins. Segundo o levantamento, o número de mortes pela Covid-19 chega a quase 500 mil.
Em números absolutos, Estados Unidos e Brasil são os dois países com mais casos do novo coronavírus e mais mortes pela Covid-19. Ambos, inclusive, são os únicos a registrar mais de 1 milhão de casos confirmados e respondem por mais de um terço de todos os registros da virose
A maior parte dos casos está concentrada nos EUA, país que acumula quase um quarto de todas as confirmações no mundo. O Brasil é o segundo país com mais casos confirmados de coronavírus, já são mais de 1,2 milhão de testes positivos para a doença.
Uma das razões para a preocupação é que o mundo tem registrado em média 1 milhão de novos casos do coronavírus a cada semana — por exemplo, o total no planeta chegou a 8 milhões em 15 de junho, há exatamente duas semana. Do primeiro caso confirmado de Covid-19 até a marca de 1 milhão atingida em abril, passaram-se mais de três meses.
Suspeito de tentativa de homicídio a servidores do Ibama em Placas é transferido para Santarém
Foragido da Justiça, Cristiano de Sousa Paiva, vulgo Metralha, foi preso pela PM durante barreira sanitária. Ele é acusado de liderar grupo que cometeu crime em julho de 2019.
Cristiano de Sousa Paiva, vulgo Metralha, foi transferido de Placas para o presídio em Santarém — Foto: Divulgação
De acordo com a Polícia Civil, Metralha foi parado em uma barreira sanitária de combate ao coronavírus, em Placas, e conduzido à delegacia onde foi constatado que havia mandados de prisão em aberto por diversos crimes, como atentado contra a vida e também ambientais.
O delegado titular de Placas, Domingos Djalma, solicitou a transferência na terça-feira (23), quando uma operação integrada foi iniciada com apoio do delegado de Rurópolis Ariosnaldo Vital Filho, e dos investigadores Alexandre Ripper e Guilherme Saraiva, além dos policiais militares da 17ª CIPM.
Metralha foi transferido durante operação integrada das Polícias Civil e Militar de Placas e Rurópolis — Foto: Divulgação
A transferência foi concluída nesta quarta-feira (24). Cristiano de Sousa Paiva passou por exame de corpo de delito e já está na Centro Agrícola Silvio Hall de Moura, na comunidade Cucurunã.
Outro líder
Outra pessoa é apontada como líder do atentado aos servidores do Ibama e Exército. Wesley Pádua de Oliveira, conhecido como Ceguinho, se apresentou assim que teve a prisão preventiva decretada. Ele ficou preso por alguns dias e foi liberado pela Justiça Federal sob liberdade provisória após pagamento de fiança.
Denunciados à Justiça
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça Federal seis acusados, entre eles Metralha e Ceguinho, por uma série de crimes cometidos em tentativas de impedir fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Placas, no oeste do Pará, em 15 de julho do ano passado.
Na ocasião, madeireiros ilegais e seus cúmplices tentaram atear fogo em dois servidores e em um veículo da autarquia, tentaram bloquear um caminhão do Exército e ameaçaram incendiá-lo, e queimaram pontes, deixando a cidade isolada.
Operação Flamma em Placas, no Pará — Foto: Reprodução
Os acusados Cristiano de Sousa Paiva e Wesley Pádua de Oliveira foram denunciados por dupla tentativa de homicídio qualificado, com emprego de fogo, mediante emboscada e para assegurar a ocultação de outro crime.
Eles também foram acusados por associação criminosa e por dificultar fiscalização ambiental. No total, esses crimes podem acarretar até 36 anos de prisão. Wesley foi denunciado, ainda, por posse ilegal de arma, crime punível com até 3 anos de prisão.
Foram denunciados por associação criminosa e por dificultar a fiscalização ambiental, ainda, Dhavid Rafael Oliveira Vieira, Mezaque Conceição de Jesus, Gedelson Viana, e Edileuza Pereira de Oliveira foi denunciada por associação criminosa. As denúncias foram oferecidas no dia 2 de junho.
O atentado
Segundo as investigações, apesar de a serraria Nova Aliança, de Wesley Pádua de Oliveira, estar sob vários embargos do Ibama e de ter sido lacrada, no dia da fiscalização foi detectado que os lacres tinham sido rompidos e que a empresa estava funcionando normalmente.
Na madeireira houve um início de tensão e os fiscais foram acuados por um grupo que se encontrava na empresa. Os dois servidores decidiram buscar apoio do Exército. Ao sair da empresa, a viatura do Ibama foi perseguida pelo grupo, que na ação utilizou motocicletas e um caminhão carregado com madeira.
Dirigido por Cristiano de Sousa Paiva, o caminhão emboscou o veículo do Ibama, fechando o caminho e impedindo a passagem. Em seguida, Metralha desceu da boleia, pegou galões de combustível, pneus velhos na carroceria do caminhão e derramou o líquido no veículo da autarquia ambiental, que só não foi incendiado porque os fiscais conseguiram manobrá-lo rapidamente e fugir.
Mais violência
Mesmo após o Ibama já ter conseguido apoio do Exército, o grupo da madeireira não se intimidou. Segundo depoimentos aos investigadores, por três vezes, Metralha jogou o caminhão carregado de madeira em direção ao caminhão do Exército em trânsito, na tentativa de fazer com que o veículo militar saísse da rodovia.
Enquanto os servidores do Ibama estavam depondo na delegacia de polícia de Placas, o grupo da serraria voltou a ameaçar ateando fogo no veículo do Ibama e, desta vez, também no caminhão do Exército. Uma das pessoas envolvidas nos crimes chegou ao local com uma caminhonete com vários galões de combustível.
Foi preciso que os militares engatilhassem suas armas para evitar que o grupo se aproximasse do caminhão do Exército.
Operação prende 4 por fraudes na Saúde do RJ; desvios passam de R$ 9 milhões
Operação do MPRJ cumpre 7 mandados de prisão no RJ e em SP e 14 de busca e apreensão. Ex-dirigente e atual presidente de organização social estão entre presos desta quinta-feira.
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Dirigente de Organização Social é preso em operação contra desvio de dinheiro na Saúde
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciou nesta quinta-feira (25) uma operação contra operadores do Instituto Lagos Rio, Organização Social (OS) que gere hospitais e Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) da rede estadual. A Operação Pagão investiga uma suspeita de desvios de mais de R$ 9 milhões.
Até a última atualização desta reportagem, quatro pessoas haviam sido presas. O ex-dirigente e atual fornecedor da OS, Sildiney Gomes Costa foi detido em Vargem Grande, na Zona Oeste da cidade. Já o diretor-presidente do Instituto Lagos Rio, de acordo com site da OS, José Marcus Antunes Andrade, foi preso em São Paulo.
José Marcus é cunhado do operador da OS, Juracy Batista, que mora em São Paulo. Ele e o filho, Fábio Souza, estavam no Rio, onde foram presos.
Juracy está afastado do quadro social da OS desde 2012, mas, de acordo com as investigações, continuava atuando com influência no esquema de desvios.
A Justiça do RJ expediu 7 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão expedidos contra 12 denunciados por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Os mandados são cumpridos no Rio de Janeiro - capital, Petrópolis e Itaboraí - e em São Paulo - capital e Barueri.
Os denunciados são:
Juracy Batista de Souza Filho, que, segundo o MP, ocupava papel central no esquema de desvio de recursos públicos, dirigindo e coordenando as atividades
Fábio Figueiredo Andrade de Souza (filho de Juracy)
Fernanda Andrade de Souza Risden (filha de Juracy)
José Marcus Antunes de Andrade (cunhado de Juracy)
Sildiney Gomes Costa (ex-dirigente da OS)
José Carlos Jorge Lima Buechem (ex-dirigente)
Hugo Mosca Filho (ex-dirigente)
Renê Borges Guimarães (empresário)
José Antonio Sabino Júnior (empresário)
José Pedro Mota De Sousa Ferreira (empresário)
José Antônio Carauta de Souza Filho (empresário)
Gustavo de Carvalho Meres (empresário)
Outra organização social investigada
Sildiney Costa, preso nesta quinta-feira (25), tem relação com outra organização social que está na mira do Ministério Público do Rio. Segundo a investigação que levou à prisão do empresário Mário Peixoto, Sildney negociava contratos em nome da Mahatma Gandhi.
A O.S. administra o Hospital estadual de Traumatologia e Ortopedia (HTO) da Baixada Fluminense, que também foi citado na denúncia. Os promotores apontam indícios de que Sildney recebia dinheiro de empresas que forneciam serviços e materiais para a unidade.