domingo, 8 de dezembro de 2024
Pela primeira vez na história, Marabá entra na lista dos 10 maiores exportadores do Brasil
Em se tratando de resultado comercial, que é a diferença entre valor exportado e importado, Marabá sobe à 5ª colocação nacional, com lucro espetacular de US$ 440 milhões, superando até São Paulo
Publicado em 06/12/2024
às 13:45
Marabá
“É pra glorificar de pé, igreja!”, diria qualquer crente em ver o lendário e centenário município de Marabá no topo das maiores economias do país. E a glória chegou. Veio em novembro e acaba de ser divulgada pelo Ministério da Economia, por meio de sua Secretaria de Comércio Exterior (Secex): Marabá tomou parte, pela primeira vez na história, na lista dos dez maiores exportadores de commodities do Brasil. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu.
O Blog havia antecipado anos atrás a perspectiva de triunfo de Marabá na balança comercial, o que passaria indiscutivelmente pela ampliação da capacidade de produção nas operações de cobre de Salobo, de propriedade da mineradora multinacional Vale. Os indícios da alavancagem de Marabá começaram em 2022 (relembre aqui), mas não com tanto vigor como a partir deste ano (relembre aqui).
Ainda assim, nada se compara com novembro, mês em que Marabá exportou 443,85 milhões de dólares em commodities e ocupou o 7º lugar no Brasil, à frente de potências como o município industrial São Bernardo do Campo-SP (401,62 milhões de dólares) e os portuários Santos-SP (376,83 milhões de dólares), Rio Grande-RS (323,64 milhões de dólares), Ilhabela-SP (318,59 milhões de dólares) e Paranaguá-PR (315,27 milhões de dólares).
Entre os 15 maiores exportadores do Brasil, quatro são representantes paraenses. Além de Marabá, integram a lista Canaã dos Carajás (3º), com 641,65 milhões de dólares exportados, mais uma vez superando Parauapebas (5º), que embarcou 582,36 milhões de dólares. Mais atrás está Barcarena (14º), que enviou ao exterior 306,67 milhões de dólares em produtos da terra.
15 MAIORES EXPORTADORES DO BRASIL EM NOVEMBRO
1º Rio de Janeiro (RJ) — 3,069 bilhões de dólares
2º Duque de Caxias (RJ) — 1,037 bilhão de dólares
3º Canaã dos Carajás (PA) — 641,65 milhões de dólares
4º São Paulo (SP) — 603,70 milhões de dólares
5º Parauapebas (PA) — 582,36 milhões de dólares
6º Itajaí (SC) — 483,41 milhões de dólares
7º Marabá (PA) — 443,85 milhões de dólares
8º São Bernardo do Campo (SP) — 401,62 milhões de dólares
9º São José dos Campos (SP) — 376,83 milhões de dólares
10º Santos (SP) — 340,28 milhões de dólares
11º Rio Grande (RS) — 323,64 milhões de dólares
12º Ilhabela (SP) — 318,59 milhões de dólares
13º Paranaguá (PR) — 315,27 milhões de dólares
14º Barcarena (PA) — 306,67 milhões de dólares
15º Piracicaba (SP) — 268,70 milhões de dólares
Em termos de resultado gerado ao país, pela diferença entre o valor exportado e o importado, Marabá sobe à 5ª colocação nacional, uma performance épica. O lucro (ou superávit comercial) que o município paraense forneceu ao Brasil é maior que o resultado dado, por exemplo, pela cidade de São Paulo, que é a maior do mundo ocidental. Enquanto o superávit de Marabá totalizou 440,36 milhões de dólares em novembro, a cidade de São Paulo registrou rombo na balança da ordem de 164,47 milhões de dólares. Isso, contudo, se deve ao fato de São Paulo ser um tradicional ponto de “desova” de produtos importados e o maior centro distribuidor do país.
Segredos de Marabá
Sim, Marabá vai seguir aumentando os passos nas exportações nos próximos meses e poderá ameaçar Parauapebas no ranking. A principal aposta continua sendo o minério de cobre, do qual Marabá é o maior produtor nacional há pelo menos oito anos consecutivos.
No mês passado, o município realizou a maior exportação de cobre da história, totalizando 415,5 milhões de dólares. Enquanto isso, a produção de cobre na mina de Sossego, em Canaã dos Carajás, rendeu 121,12 milhões de dólares. Fora do eixo Centro-Sul do Brasil, o cobre marabaense foi o 3º produto de maior valor, só atrás do minério de ferro de Parauapebas, com 582,31 milhões de dólares em exportações, e do minério de ferro de Canaã dos Carajás, com 520,44 milhões.
Além do cobre, a cesta de produtos marabaenses contemplou, em novembro, ferro fundido (23,41 milhões de dólares), minério de ferro (3,13 milhões) e carnes (1,8 milhão).
Economia, Exportação
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