quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Greve dos Correios tem adesão de 70% dos trabalhadores, diz federação

 

Funcionários dos Correios entram em greve em todo o país
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Funcionários dos Correios entram em greve em todo o país

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT) informou nesta terça-feira (18) que a greve da categoria teve adesão de 70% dos trabalhadores em todo o país. Os funcionários da estatal decidiram cruzar os braços na segunda-feira (17).

Não há prazo para o fim da greve.

Já os Correios informaram que 83% dos funcionários trabalharam normalmente na manhã desta terça, conforme um balanço realizado pela companhia e afirmou que a paralisação "não afeta os serviços de atendimento da estatal".

"A rede de atendimento dos Correios está aberta em todo o país e os serviços, inclusive Sedex e PAC, continuam sendo postados e entregues em todos os municípios", disse, em nota, acrescentando que a empresa adotará adotou medidas como deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões para "minimizar os impactos à população".

De acordo com a FENTECT, os grevistas são contra a privatização da estatal, reclamam do que chamam de "negligência com a saúde dos trabalhadores" na pandemia e pedem que direitos trabalhistas sejam garantidos.

A entidade afirma que os sindicatos tentam dialogar com a direção dos Correios desde julho sobre estes pedidos, o que, segundo eles, não aconteceu. Alegam que, em agosto, foram surpreendidos com a revogação do atual Acordo Coletivo que estaria em vigência até 2021.

"A Federação ainda reforça que desde o início da pandemia foi necessário travar uma luta judicial, em guerra de liminares, para garantir equipamentos mínimos, testagem de trabalhadores e afastamento dos grupos de risco", informou a FENTECT por meio de nota divulgada nesta terça.

"Essa ação negacionista da empresa expõe não só a vida dos trabalhadores, mas também da população. Prova disso é a quantidade de óbitos e trabalhadores contaminados, a qual a empresa vem se negando a fornecer os dados oficiais."

Segundo a entidade, houve o registro de "mais de 70 óbitos de trabalhadores da ativa vítimas da Covid-19."

Problemas nos Correios continuam no Rio
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Problemas nos Correios continuam no Rio

De acordo com texto publicado no site da federação, "Foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras."

Em nota, os Correios informaram que "diversas comunicações inverídicas e descontextualizadas" têm sido praticadas pela federação que representa os trabalhadores da companhia e que "nenhum direito foi retirado, apenas (os direitos) foram adequados os benefícios que extrapolavam a CLT e outras legislações, de modo a alinhar a estatal ao que é praticado no mercado."

O que dizem os Correios

Os Correios divulgaram nova nota nesta terça sobre a decisão da categoria.

Desde o início das negociações com as entidades sindicais, os Correios tiveram um objetivo primordial: cuidar da sustentabilidade financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia.

Conforme amplamente divulgado, a diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período – dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida.

Diversas comunicações inverídicas e descontextualizadas foram veiculadas, com o intuito apenas de provocar confusão nos empregados acerca dos termos da proposta. À empresa, coube trazer as reais informações ao seu efetivo: nenhum direito foi retirado, apenas foram adequados os benefícios que extrapolavam a CLT e outras legislações, de modo a alinhar a estatal ao que é praticado no mercado.

Os trabalhadores continuam tendo acesso ao benefício do Auxílio-creche, para dependentes com até 5 anos de idade. Os tíquetes refeição e alimentação também continuam sendo pagos, conforme previsto na legislação que rege o tema, sendo as quantidades adequadas aos dias úteis no mês, de acordo com a jornada de cada empregado: 22 tíquetes para quem trabalha de segunda a sexta-feira e 26 tíquetes para os empregados que trabalham inclusive aos sábados ou domingos.

Estão mantidos ainda – aos empregados das áreas de Distribuição/Coleta, Tratamento e Atendimento -, os respectivos adicionais.

Vale ressaltar que, dentre as medidas adotadas para proteger o efetivo durante a pandemia, a empresa redirecionou empregados classificados como grupo de risco para o trabalho remoto – bem como aqueles que coabitam com pessoas nessas condições –, sem qualquer perda salarial.

Respaldados por orientação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como por diretrizes do Ministério da Economia, os Correios se veem obrigados a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em parte, isso significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos.

É importante lembrar que um movimento paredista agrava ainda mais a debilitada situação econômica da estatal. Diante deste cenário, a instituição confia no compromisso e responsabilidade de seus empregados com a sociedade e com o país, para trazer o mínimo de prejuízo possível para a população, especialmente neste momento de pandemia, em que a atuação dos Correios é ainda mais essencial para o Brasil.


Fonte:https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/08/18/greve-dos-correios-tem-adesao-de-70percent-dos-trabalhadores-diz-federacao.ghtml

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Mineradora Vale recebe aprovação para expansão da mina de minério de ferro Serra Sul – S11D no Pará

 

Mineradora Vale recebe aprovação para expansão da mina de minério de ferro Serra Sul – S11D no Pará

A Vale recebeu a aprovação do conselho  para uma expansão da já enorme mina de minério de ferro S11D, no estado do Pará, no norte do país

O projeto Serra Sul 120 da Mineradora Vale de $ 1,5 bilhão visa aumentar a capacidade da planta da mina S11D em 20 milhões de toneladas para 120 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Depois de concluído, ele aumentará a produção do Sistema Norte da Vale para 260 milhões de toneladas por ano.

A Mineradora vale sediada no Rio de Janeiro disse que a conclusão do Serra Sul 120 está prevista para o primeiro semestre de 2024

O projeto inclui a abertura de novas áreas de mineração, a duplicação da correia transportadora de longa distância (TCLD), que exigirá um investimento de US $ 385 milhões. Também envolve a implantação de novas linhas de processamento na fábrica e a expansão das áreas de armazenamento, disse a mineradora Vale.

Outrossim, a Vale observou que antecipar o projeto plurianual e o impacto contínuo da pandemia do coronavírus significa que a empresa terá que revisar as orientações sobre investimentos para 2021 e o período 2022-2024.

Tragédias anteriores na Vale e pandemia

Sendo assim, a mineradora Vale ainda está se recuperando do rompimento de uma barragem de rejeitos em uma de suas minas, que matou 270 pessoas no ano passado. O desastre obrigou a empresa a suspender as operações e reduzir a produção em várias de suas minas. O produtor de minério de ferro estimou originalmente que levaria de dois a três anos para atingir a meta de produção anual de 400 milhões de toneladas que havia originalmente estabelecido para 2019.

A pandemia de coronavírus, no entanto, pesou ainda mais nos planos da Vale, com a empresa reduzindo sua projeção para o ano em mais de uma ocasião. A vale agora espera produzir entre 310 milhões e 330 milhões de toneladas de finos de minério de ferro em 2020, abaixo dos 340 milhões para 355 milhões previstos anteriormente.

Em resumo, S11D é a mina de minério de ferro de mais alto teor do mundo, o que permite à Vale usar uma tecnologia de processamento sem água para peneirar e peneirar o minério antes de colocá-lo em estoques gigantes. Isso significa que não precisa de uma barragem de rejeitos para armazenar os resíduos.

Fonte: https://clickpetroleoegas.com.br/mineradora-vale-recebe-aprovacao-para-expansao-da-mina-de-minerio-de-ferro-serra-sul-s11d-no-para/