Mulheres Sem
Terra realizam ato em frente à sede nacional da Bayer/Monsanto
A ação faz
parte da Greve Geral pelo Clima que acontece hoje (20), em combate às mudanças
climáticas
20 de
setembro de 2019 06h19
Em sintonia
com a Greve Global pelo Clima, mulheres Sem Terra realizaram na manhã desta
sexta-feira (20), um protesto em frente à sede nacional da Bayer/Monsanto, no
bairro de Socorro, zona sul da capital paulista.
Nós,
mulheres Sem Terra nos juntamos ao grito pelo clima e pelo meio-ambiente
reafirmando a nossa posição na luta contra o latifúndio, contra o agronegócio
e, sobretudo, contra o governo Bolsonaro que é patrono do veneno.
O meio
ambiente no Brasil nunca esteve tão ameaçado, na Amazônia cerca de 31% dos
focos de queimadas registrados até agosto deste ano em áreas localizavam-se em
áreas de floresta. A conclusão é de uma análise feita pela equipe do
WWF-Brasil, sobre focos de queimadas no bioma, com base em séries históricas de
imagens de satélite e em dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais).
Esse
resultado revela que aproximadamente um em cada três focos de queimadas
registrados em 2019 não tiveram relação com a limpeza de pastagens, mas sim,
com queimadas que sucederam o corte de áreas de floresta, no ciclo tradicional
de corte e queima.
A
Bayer/Monsanto também responsável pelas queimadas na Amazônia, pois está
diretamente interessada na expansão da fronteira agrícola, financiado os
ruralistas do fogo e da bala.
A Bayer,
empresa alemã que produz remédios para humanos, animais e agroquímicos, comprou
em 2018 a agroquímica americana Monsanto por 66 bilhões de dólares, criando
assim, o maior grupo de agrotóxicos e transgênicos do mundo.
Somente em
2018 as vendas da Bayer totalizaram 39,586 bilhões de euros.Já no primeiro
semestre deste ano a empresa teve aumento de de 45% no lucro líquido. Esse
valor, de acordo com o indicador financeiro, Ebtida, corresponde a R$ 18,50
bilhões de reais.
Se é
Monsanto, te mata!
Quando comprou
a Monsanto, a Bayer suprimiu o nome da agroquímica numa tentativa de dissociar
sua imagem da maior produtora de venenos do mundo.
A mesma
preocupação não se estendeu aos produtos uma vez que a Bayer conservou toda a
linha da Monsanto, entre eles o Roundup.
Elaborado à
base de glifosato e criticado por ambientalistas, médicos e cientistas, o
veneno é associado ao surgimento de câncer, além de estar relacionado ao
extermínio de abelhas.
Mesmo a após
ser classificado como “cancerígeno” por alguns estudos recentes, a
Bayer/Monsanto continua vendendo o produto em larga escala para diversos
países, entre eles o Brasil, que hoje é o maior consumidor de agrotóxicos do
mundo.
Se é bancada
ruralista, te mata!
Em menos de
nove meses, o Ministério da Agricultura comandado por Jair Bolsonaro (PSL) já
liberou 353 novos agrotóxicos.
A farra dos
agrotóxicos além de demonstrar total descaso com a saúde da população e a
preservação do meio ambiente, favorece grandes empresas e latifundiários.
Vale
ressaltar que empresas como Bayer, Basf, BRF, JBS, Bunge, Syngenta e Cargill
compõem as associações do agronegócio brasileiras cujos recursos custeiam o
Instituto Pensar Agro (IPA), por sua vez o motor logístico da FPA, o principal
braço da bancada ruralista.
Nosso
compromisso é com a terra, com a defesa da saúde e com a construção de uma
sociedade mais justa e igualitária. A Bayer/Monsanto é veneno, a Bayer é
Monsanto é morte.
Por isso,
estamos e continuaremos em luta: em defesa da vida e da natureza.
Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, 20 de setembro de 2019.
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